Visita de estudo Serralves

Joana Vasconcelos 

É uma artista plástica portuguesa, nascida em 1971. Vive e trabalha em Lisboa e expõe regularmente desde meados da década de 1990.

 O seu trabalho é reconhecido internacionalmente desde a sua participação na 51.ª Bienal de Veneza, em 2005, com a obra A Noiva (2001-05).

Joana Vasconcelos foi a primeira mulher e a mais jovem artista a expor no Palácio de Versalhes, em 2012.

Não fomos a Versalhes, mas a Joana Vasconcelos veio a Serralves

No passado dia 24 de abril, os alunos do Ensino Secundário, de Artes Visuais (10º E e 12ºD), e os alunos do ensino especial do Agrupamento tiveram o privilégio de visitar a exposição de Joana Vasconcelos, no Museu de Arte Contemporânea da Fundação Serralves.

A exposição, que também se estendeu pelo jardim de Serralves, intitulada “I’ m your mirror”, é uma retrospetiva da obra da artista e reúne mais de 30 peças, produzidas desde 1997 até a atualidade, refletindo 21 anos de evolução e amadurecimento da sua obra.

A exposição que visitámos é constituída por um conjunto de peças icónicas da coleção da artista, contudo as que mais nos surpreenderam foram “A Noiva” (2001-2005) — uma peça em forma de lustre, construído apenas com tampões— “Marilyn”(2009) — os sapatos gigantescos feitos de panelas — e “Coração Independente Dourado” (2004), que alude aos corações de filigrana de Viana.  Claro que todos os alunos ficaram impressionados com o gigantismo de algumas peças, com o colorido de algumas obras, representando animais revestidos de croché e com a originalidade desta artista portuguesa que consegue fazer arte a partir de objetos do dia a dia.

Esta visita de estudo revelou-se muito interessante e enriquecedora, particularmente para os alunos de artes visuais, na medida em que Joana Vasconcelos é uma artista plástica, cuja obra nos desafia e nos deixa frequentemente desconfortáveis. Algumas peças de arte constituem-se como uma crítica à sociedade contemporânea, questionando, por vezes, o nosso quotidiano banal, o estatuto da mulher, a diferenciação classista ou até a própria identidade nacional. Mas a arte não será isso mesmo, uma subversão do quotidiano banal, um desafio à normalidade?

(Nem todos os alunos terão a honra de visitar a exposição de Joana Vasconcelos acompanhados pelos respetivos professores de artes, mas esperamos que todos possam fazê-lo, porque é uma experiência visualmente deslumbrante).

Ana Fonseca,12º D