Oriana por um dia

    Um dia, numa manhã de primavera, estava a fazer uma corrida de bicicleta pela rua fora. Eu já tinha pedido muito aos meus pais para participar naquela corrida, eles achavam que era muito perigoso, mas eu lá consegui fazer com que eles mudassem de ideias.

    Quando já estava a meio da corrida, vi uns animais presos numa armadilha, na floresta ao lado da rua. Não pensei duas vezes, antes de ir salvá-los. Podia ficar em último na corrida, naquele momento nada do que eu estava a fazer era mais importante que os salvar. Eram dois coelhinhos muito fofos.

   Quando os salvei apareceu a fada Oriana, ela disse que já tinha encontrado a pessoa perfeita para a substituir enquanto ela ia estar fora. Ela também me disse que ia a uma reunião de fadas boas e perguntou-me se eu aceitava tomar conta da floresta por aquele dia. Eu disse que era uma grande honra e que não a ia desiludir. Ela deu-me uma lista de tarefas que tinha de realizar.

   Não tardei a começar as tarefas. Primeiro tinha de regar as árvores, mas enquanto eu regava as árvores, os animais gritavam a dizer que tinham fome e a velha lamentava-se de ser tão velha e de ainda ter de trabalhar. Quando finalmente acabei de regar as árvores todas, tive de levar a velha à cidade e conduzi-la para ela não cair nos abismos. Mas ao mesmo tempo perguntava-me como é que a fada Oriana aguentava aquilo todos os dias? Quando a velha voltou para a sua casa, tive de ir dar de comer aos animais. Depois fui à casa do homem muito rico, mas depois lembrei-me do que a fada me disse e não fiz nada do que os objetos me disseram. Não faltava nada naquela casa, por isso voltei para a beira dos animais. As árvores estavam a chorar e eu não compreendi porquê. Depois é que vi que alguém tinha pegado fogo à floresta. Peguei em baldes, enchi-os com a água do rio e comecei a apagar o fogo, os animais ajudaram-me e conseguimos apagar o mesmo. Quando a fada Oriana voltou, expliquei-lhe o sucedido, ela percebeu e dei-lhe a varinha de condão.

   Depois despedi-me dos animais, das árvores e das plantas e fui para casa.

 

Lucas Reis, 5ºD