A exploração dos recursos naturais

Os recursos naturais são aqueles que o planeta oferece sem necessidade de intervenção humana. Eles são essenciais para a nossa sobrevivência, mas, se forem consumidos num ritmo mais rápido do que a sua regeneração natural, como acontece atualmente, eles podem acabar.

A exploração direta dos recursos do planeta interfere sempre, de algum modo, no ambiente. Mas, quando é feito em elevada escala, promove a destruição dos habitats originando vários problemas como, por exemplo, a redução da biodiversidade ou, em certos casos, a extinção de espécies, causando graves desequilíbrios nos ecossistemas.

A utilização dada aos recursos explorados acaba, por sua vez, por se tornar fonte de diversos tipos de poluição!

Como o nome sugere, são aqueles que têm elevada capacidade de renovação e num curto espaço de tempo, seja de forma natural, seja com o auxílio da ação humana. Além da rápida renovação, alguns destes recursos são inesgotáveis (comparativamente com o tempo de vida humana), como a luz solar, por exemplo.

Não possuem a capacidade de renovação num curto espaço de tempo, sendo recursos finitos na escala humana. Exemplos: petróleo, carvão, ouro, entre outros minerais.






A exploração de minério

A exploração do minério é uma das bases económicas de um país. Como matéria-prima fundamental, o minério é utilizado em quase todos os produtos consumidos, sejam produtos do dia a dia, infraestruturas, etc.

Estes materiais podem ser utilizados de diversas maneiras sendo, a mais comum, a confeção de joias e objetos valiosos de arte. No entanto, também são utilizadas em peças para instrumentos de precisão ou ainda no fabrico de abrasivos.

São das maiores fontes de rendimento de qualquer país!

A exploração pode ser feita à superfície ou a grande profundidade abaixo do solo.

Na sua forma tradicional, a exploração geralmente é executada nas margens de rios, em locais onde recebem grande volume de sedimentação e em planícies fluviais, principalmente nas bacias hidrográficas.

A mineração pode causar grandes impactos ambientais:

  • Poluição sonora;
  • Poluição do ar;
  • Remoção da vegetação nas áreas de extração;
  • Destruição das margens dos rios;

  • Modificações profundas da paisagem;

  • Contaminação dos solos;

  • Contaminação das águas;

afetando a flora e a fauna e acabando ,assim, por comprometer a saúde humana.






A exploração de petróleo e carvão

A importância do petróleo

  • Esse recurso natural é utilizado principalmente para a produção de fontes de energia e como matéria-prima na indústria. São derivados do petróleo, por exemplo, a gasolina, o diesel, a querosene, o fuelóleo, o alcatrão, etc…
  • A extração petrolífera é um processo complexo que requer grandes investimentos em maquinaria e mão de obra.
  • O petróleo é utilizado, para além de fonte de energia, na produção de diversos bens industriais, como lubrificantes e plásticos.
  • A importância deste recurso provocou, a nível mundial, uma grande dependência do petróleo.

A importância do carvão

  • O carvão tem uma enorme importância na formação do mundo em que vivemos hoje. Ele foi o combustível responsável pela primeira revolução industrial, que ocorreu entre meados do século XVIII e início do XIX, e iniciou-se em países com boas reservas desse mineral, como a Inglaterra e a França.
  • Diante desse evento, mudou-se a forma de produção, da manufatura (trabalho manual) para uma produção movida a máquinas a vapor, o que acelerou a produção de bens.
  • Com o passar do tempo as máquinas a vapor foram substituídas por máquinas elétricas ou movidas por outro combustível. Contudo, mesmo assim, o carvão continua a ser muito importante na atualidade como fonte de combustível nas centrais termelétricas e como combustível para aquecer os fornos de siderúrgicas.

A exploração do petróleo passa por três etapas principais, que são:

  • prospecção,
  • perfuração,
  • extração.

O petróleo é encontrado em bolsões profundos em terra firme e abaixo do fundo do mar.

O petróleo é um combustível não renovável, fóssil e extremamente poluente. Os impactos gerados por esse elemento natural vão desde o seu processo de produção, passando pelo seu consumo, e pela deposição irregular dos seus derivados. Portanto, há uma grande preocupação ambiental na atualidade com relação à utilização desse recurso, justamente pelo elevado nível de impacto provocado no meio natural.

  • Primeiramente, destaca-se que, durante a sua extração, há um alto risco de derramamento de petróleo, principalmente nos ambientes aquáticos.
  • Por sua vez, durante o seu consumo, principalmente de derivados utilizados como fonte de energia como a gasolina, há a emissão de um grande volume de gases poluentes na atmosfera. Essas emissões contribuem para o agravamento de problemas ambientais. Tais emissões interferem ativamente nas atuais mudanças climáticas registadas em todo o planeta.
  • Já no que toca ao depósito irregular de petróleo e derivados, há um grande risco de degradação do meio natural, principalmente em relação à vegetação, ao solo e à água, e que prejudica as diversas formas de vida.

A exploração do carvão pode ser feita de duas formas: 

  • Lavra a céu aberto;
  • Lavra subterrânea.

Essa escolha depende do tipo de solo e a relação estéril-minérios (estéril é o resto da mineração, como as rochas residuais, as quais não possuem valor económico relevante).

Atualmente o método mais usado é o de exploração a céu aberto. Os principais países exploradores de jazidas de carvão são: Austrália, China, Estados Unidos, Indonésia e Rússia. A China é a maior produtora, chegando a quase metade da produção mundial.

A queima de carvão para obtenção de energia produz efluentes altamente tóxicos como, por exemplo, o mercúrio e outros metais pesados (como vanádio, cádmio, arsênio e chumbo).

Além dos referidos impactos da mineração, a queima de carvão em indústrias e centrais termoelétricas causa graves impactos socioambientais, em face da emissão de material particulado e de gases poluentes, dentre os quais se destacam o dióxido de enxofre (SO2) e os óxidos de nitrogênio (NOx).

São prejudiciais à saúde humana, sendo os principais responsáveis pela formação da chamada chuva ácida, que provoca a acidificação do solo e da água e, consequentemente, alterações na biodiversidade, entre outros impactos negativos, como a corrosão de estruturas metálicas.

A libertação de dióxido de carbono causa poluição na atmosfera, agravando o aquecimento global.

Os maiores impactos socioambientais do carvão decorrem de sua mineração, que afeta principalmente os recursos hídricos, o solo e o relevo das áreas circunvizinhas.

A abertura dos poços de acesso aos trabalhos de lavra, e o uso de máquinas e equipamentos manuais,  provocam a emissão de óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e outros poluentes da atmosfera.






A exploração do Oceano
e outros
recursos hídricos

A obtenção do sal

A extração de sal de um depósito subterrâneo é feito através de solução-perfuração de poços de halite:

Insere-se água fresca ou reciclada através dos poços revestidos, para dissolver o sal, e deixa-se o tempo considerado razoável para que a solução de salmoura atinja o ponto de saturação em cloreto de sódio.

O sal extraído do mar é obtido por evaporação da água do mar, e é usado como ingrediente na cozinha e em produtos cosméticos.

A extração do minério no leito oceânico

A mineração ou extração do minério do leito oceânico tem vindo a ser um assunto discutido no sentido de se tornar uma realidade prática no futuro próximo.

Um dos motivos pelos quais esta exploração está a ser discutida é a procura de sulfuretos polimetálicos, crostas de cobalto, nódulos de ferro-manganês, prata, cobre, entre outros metais raros e especiais. O aumento desta procura deve-se à evolução da tecnologia de energias renováveis que necessitam destes minérios para a sua elaboração.

Existem três tipos de minerais com possível interesse comercial provenientes do leito oceânico entre eles: 

Os nódulos polimetálicos são precipitados minerais de óxidos de ferro e manganês. Crescem de forma lenta, dois ou três centímetros a cada milhão de anos.

Possuem níquel, cobre e cobalto e ainda vestígios de outros metais importantes para as indústrias de alta tecnologia.

As crostas de ferro manganês são ricas em cobalto. Este minério surge com a deposição de cobalto em superfícies rochosas. Estas camadas são formadas de forma lenta (cerca de 1 milhão de anos para que a crusta cresça entre 1 a 5 milímetros).

Nódulo Polimetálico (Crédito: International Seabed Authority) e Crosta de ferro-manganês (Crédito: American Geophysical Union)

Os sulfetos polimetálicos são gerados da acumulação de minerais formados simultaneamente com a formação de nova crusta oceânica em limites convergentes e divergentes entre placas.

Ver a imagem de origem

 

Estimativas realizadas calculam que cerca de 7.5% da cadeia mesoceânica global (cerca de 6000 km) está a ser atualmente explorada pela sua riqueza mineral.

De acordo com uma estimativa otimista cerca de 10% dos minerais do mundo (entre eles: cobalto, zinco e cobre) poderia vir do oceano até 2030.

Segundo estas projeções, o lucro global anual da mineração marinha poderá aumentar, de nada, para 10 biliões de euros em 2030.

O estado português, em 2009, formulou junto da ONU um pedido de alteração à extensão da Zona Económica Exclusiva (ZEE) portuguesa, extensão essa que seria baseada na potencialidade de existirem riquezas minerais, e não só, no solo e subsolo além da ZEE atual.

A atual proposta pretende aumentar a ZEE de 1.8 milhões de quilómetros quadrados existentes, para sensivelmente o dobro.

Portugal tenta duplicar território marítimo

Esta é uma oportunidade de ouro para Portugal se afirmar nas relações internacionais e começar a representar um papel de relevo nas mesmas, embora na teoria todos os estados sejam iguais perante o direito internacional, sabemos que na prática isso não se verifica, e esta extensão da ZEE pode contribuir para que Portugal tenha um papel mais preponderante em questões importantes para a humanidade tais como, por exemplo, a questão ambiental, pesca ilegal e uma maior ação de vigilância do Atlântico norte, assumindo assim um papel “mais igualitário” em relação aos estados mais preponderantes.

É também uma oportunidade para o país conhecer melhor as suas posses marítimas e os recursos existentes, o que acarreta o desenvolvimento de parcerias e recursos aumentando dessa forma as competências no campo científico.

A esta extensão estão inerentes grandes responsabilidades, responsabilidades essas que consistem numa maior fiscalização, patrulhamento e o necessário investimento para tal efeito, o que talvez a nível interno não seja tão consensual.

Tendo em conta que conhecemos tão pouco dos oceanos, seria inconsciente  não investir no nosso maior recurso, que é a nossa posição geográfica extraordinária, e de fazer do nosso país uma plataforma internacional na cooperação de assuntos relacionados com os oceanos, contribuindo assim para o aumento do conhecimento e ao mesmo tempo diversificar a nossa economia e criar fontes de riqueza para o futuro.

Adaptado de

Portugal e a extensão da ZEE, os novos descobrimentos ou o novo mapa cor-de-rosa? por Filipe Galvão (apetabuleirodexadrez.blogspot.com)

A Pesca

Crucialmente importante para grande parte da humanidade, o peixe fornece 17% da proteína animal consumida em todo o mundo (7% para todas as proteínas, vegetais e animais), fornece 60 milhões de empregos diretos no setor primário de pesca e aquicultura (40 e 20 milhões de empregos, respetivamente), e cria um valor total de primeira venda de quase US$ 400 biliões.

Mais de 3 biliões de pessoas dependem da biodiversidade marinha e costeira para a sua subsistência.

A tendência para os próximos anos é ainda ascendente, com 200 milhões de toneladas esperadas até 2030! A aquicultura continuará sua progressão iniciada na década de 1980, já que fornecerá 59% do consumo global de pescado!

Como sabemos hoje, o oceano e os seus recursos necessários às atividades de pesca e aquicultura não são infinitos (como há décadas somos levados a acreditar) e os efeitos da pesca têm um impacto significativo nos ecossistemas. A comunidade internacional entendeu como os riscos são colossais. A pesca e a aquicultura sustentáveis estão agora, mais do que nunca, no centro das estratégias de desenvolvimento.

Estão em muito mau estado geral. Globalmente, 34% dos stocks de peixe são atualmente explorados de forma insustentável; 66% são colhidos de forma sustentável (com rendimento máximo ou subexplorado).

Por causa da pesca excessiva, as capturas no mar ficaram estagnadas nos últimos 40 anos. Mesmo com o aumento do esforço de pesca, o oceano não é capaz de oferecer mais.

AO CONSUMIR PRODUTOS DA PESCA E DA AQUICULTURA NÃO SUSTENTÁVEIS, VAMOS CONTRIBUIR PARA O DESAPARECIMENTO DA BIODIVERSIDADE.

Ao enfraquecer populações de espécies desejáveis ​​causando danos colaterais a muitos ecossistemas, a pesca e as más práticas contribuem para a perda (ou mesmo colapso) da biodiversidade. Essa é uma das conclusões do último relatório da Plataforma Intergovernamental de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável (IPBES). Cerca de 1 milhão de espécies animais e vegetais estão ameaçadas de extinção, principalmente nas próximas décadas, algo que nunca aconteceu antes na história da humanidade.

Para os ecossistemas terrestres e de água doce, a “exploração direta de organismos e recursos” é um dos cinco fatores diretos da perda de biodiversidade, atrás de “mudanças no uso (da terra e do mar)”, à frente de “mudanças climáticas”, “poluição” e “invasões” de espécies exóticas (invasivas)”.

Muitas das populações de animais visadas pela pesca estão esgotadas e não se recuperam necessariamente mesmo quando a pesca é permanentemente fechada. Desaparecem, pura e simplesmente.

O bacalhau (Gadus morhua), que alimentou gerações de pessoas, nunca mais voltou à Terra Nova. O seu desaparecimento alterou tanto o ecossistema que este não foi mais capaz de sustentá-lo novamente. A história poderia repetir-se para muitas espécies e o ponto sem retorno poderia ser alcançado novamente.

Predadores do alto mar, como espadarte, espadim, tubarões e atum, valorizados por sua carne e barbatanas, estão a desaparecer do oceano. Os tubarões oceânicos (Carcharhinus longimanus) ou makos (Isurus oxyrhinchus e I. paucus) estão a tornar-se muito raros. O tubarão-anjo, outrora tão abundante na costa da Côte d’Azur, e que deu nome à Baie des Anges, quase desapareceu do Mediterrâneo. O tubarão branco e as raias da guitarra seguem os seus passos! No entanto, esses predadores desempenham um papel importante na regulação dos ecossistemas! Sabemos que o seu desaparecimento começa a causar efeitos em cascata.

As soluções para conciliar as nossas necessidades e a preservação do Oceano exigem um consumo responsável (sustentável) dos recursos do Planeta e, claro, dos recursos marinhos.

A sustentabilidade abrange múltiplos e complexos aspetos, de natureza ambiental, sanitária, económica, social, ética e cultural.

Ao longo das várias etapas da sua cadeia de valor (também chamada de “ciclo de vida”), desde a produção (por captura ou cultivo), consumo e descarte/reciclagem, até ao processamento, transporte e distribuição, o pescado que consumimos gera impactos no meio ambiente. A noção de sustentabilidade está ligada à natureza e intensidade desses impactos estudados pelos cientistas, mas também aos critérios de aceitabilidade adotados pela sociedade.

Para avaliar a sustentabilidade de cada elo da cadeia de valor e do produto final, é necessário poder contar com um referencial que, esquematicamente, assume a forma do “retrato-robô do peixe sustentável”.

A pesca sustentável ideal é aquela que (não se limitando a):

  • Preserva o recurso e a integridade do ambiente marinho (qualidade da água, habitats, funcionamento do ecossistema);
  • Não participa na pesca ilegal;
  • Não polui e evita o desperdício de recursos, que se insere numa dinâmica de economia circular e participa na Economia Azul;
  • Limita as emissões de gases com efeito de estufa e não contribui para as alterações climáticas;
  • Garante o bem-estar dos peixes ou faz com que sofram o mínimo possível;
  • Produz peixe saudável e nutritivo, com boas qualidades organoléticas.

Os lençois freáticos

https://geoexploradoras.blogspot.com/2012/05/aquiferos.html

O lençol freático corresponde à reserva de água subterrânea na qual a água da chuva penetra através de poros e fissuras presentes no solo. mais especificamente, representa a linha ou limite entre a zona de aeração do solo (cujos poros são preenchidos com ar e água) e a zona saturada (onde a água penetra preenchendo todos os vazios, poros e rachas). 

Devido à sua proximidade com a superfície, as águas subterrâneas são vulneráveis à contaminação. Os lençóis freáticos localizados em áreas com solos arenosos e baixa cobertura vegetal, combinados com alta pluviosidade, são mais sensíveis ou suscetíveis à poluição.

A água subterrânea, definida pelo lençol freático, sofre pouca perda por processos de evaporação. Além disso, ajuda o rio a não transbordar, absorvendo o excesso de água da chuva.

Por serem uma fonte de água renovável, são sobreexplorados há milénios pelos seres humanos. Mas é necessário ter em consideração a renovação da água dentro dos aquíferos. O problema é que estes estão a ser explorados a um ritmo mais rápido do que aquele ao qual eles se conseguem recuperar e, isso, pode causar efeitos perigosos. O uso além do limite, reduz a vazão e piora a qualidade da água (que pode ficar contaminada), seca riachos e causa impactos geológicos na superfície, como o afundamento do solo

A água subterrânea pode ser retirada de forma permanente e em volumes constantes, por muitos anos, desde que esteja condicionada a estudos prévios do volume armazenado no subsolo e das condições climáticas e geológicas de reposição.







A exploração das florestas

A Exploração Florestal é o aproveitamento da área florestal , isto é, é a prática da extração de recursos de uma área florestada.

A floresta é fonte de diversas atividades, matérias-primas e serviços.

Como resultado, o seu contributo para a economia mundial e, em particular, a portuguesa é indiscutível. Embora não existam estatísticas oficiais que tracem o retrato completo da economia da floresta em todas as suas componentes, sabemos que as indústrias de base florestal – madeira, cortiça, mobiliário, e pasta, cartão e papel – geraram, em 2019, um volume de negócios superior a 9,8 mil milhões de euros.

Estes números indicam que as indústrias de base florestal e silvicultura contribuíram, nesse ano, respetivamente, para cerca de 4,6% e 0,44% do Produto Interno Bruto nacional (PIB) na ótica da produção, ou seja, do valor de todos os bens e serviços finais produzidos em Portugal.

A deflorestação

A desflorestação é a remoção total de árvores ou outra vegetação da terra e pode ser causada pela atividade humana ou por catástrofes naturais.

Este processo leva a mudanças na estrutura do solo, padrões de fluxo de água, populações de fauna e flora, entre outros.

  • Converter árvores em pé em produtos utilizáveis pelo processo industrial.
  • De um modo geral, à floresta estão associadas atividades, providenciando tanto bens como serviços, como:
    • a produção de:
      • lenha,
      • cortiça,
      • celulose (produção de papel),
      • madeira,
    • silvopastorícia,
    • caça,
    • pesca,
    • apicultura,
    • recreio e lazer.
  • Construção de estradas – a deflorestação está diretamente relacionada  com a construção de estradas e a movimentos migratórios (ocupação de terrenos florestais por colonos, como na Amazónia, por exemplo).

É o uso dos recursos naturais disponíveis de um modo que os seres humanos consigam desenvolver as atividades necessárias ao seu desenvolvimento sem que venham a prejudicar ou destruir a natureza, preservando e evitando o máximo possível qualquer impacto negativo no meio ambiente e gerando, assim, uma melhor qualidade de vida para as gerações atuais e futuras.

Atividades relacionadas :

  • Silvicultura, desmatação e limpezas florestais.

A execução de trabalhos silvícolas em massa florestal tem como objetivo otimizar e manter limpa a floresta. Com recurso a equipamentos mecanizados especializados, executam-se operações de desmatação, de limpeza de matos, podas de formação, desramações e desbastes de povoamentos florestais, linhas de alta tensão, ruas e estradas, entre outros.

  • Transformação e processamento de Biomassa Florestal.
  • Tratamento de resíduos.
  • Preparação de terrenos e (re)plantação de florestas.
  • Construção de infraestruturas. A construção de estradas é uma das principais causas do desmatamento. No entanto, aplica-se também a construção de barragens e bases militares. 
  • Incêndios florestais. Se não se proceder à replantação das árvores, os fogos muito intensos podem levar à desertificação de zonas anteriormente cobertas de árvores.
  • Alargamento da área agrícola, dizimando vastas extensões de floresta para permitir a criação de gado, o cultivo de soja ou óleo de palma, por exemplo.
  • Agricultura de queimada.
  • Pecuária intensiva.
  • Atividade mineira, pedreiras e extração de petróleo. Os minérios, uma vez extraídos, devem ser transportados para centros de processamento. Isto requer inúmeros quilómetros de construção de estradas o que provoca uma maior degradação.
  • Utilização da madeira como fonte de energia.
  • Extração de madeiras. A madeira é uma enorme fonte de capital, seja para o comércio de papel, lenha, construção ou mobiliário, entre muitos outros, sendo fundamental na economia e política dos países.
  • O crescimento demográfico e urbanização estão igualmente relacionados. À medida que as populações aumentam, há uma necessidade de expansão pelas cidades e uma maior procura por terrenos para habitação e construção.

No gráfico de cima, vemos como Portugal figura como o quarto país (entre 2001 e 2014) com maior perda de cobertura arbórea.

Nos gráficos seguintes, podemos analisar os principais fatores de perda de florestas tropicais, sendo que o Brasil encabeça a lista devido, essencialmente, à desmatação para agricultura e criação de gado.

Note-se que há uma distinção entre deflorestação (perda completa da cobertura arbórea) e degradação da floresta (perda ou substituição de espécies, alterando a constituição primária da floresta).

( Global Forest Watch )