Arquivo da Categoria: 3º ciclo

Este meu olhar de cronista…

O impacto das redes sociais nas novas gerações

 

            As gerações atuais, nomeadamente a Geração Z, dependem completamente das redes sociais.

             Essa perceção torna-se mais evidente em momentos como aquele que ocorreu há umas semanas em que, durante 6 horas, as aplicações do grupo Facebook foram abaixo, o que levou ao caos entre os adolescentes.

             Apesar de eu mesmo ser um grande consumidor das redes sociais, penso que esta dependência é prejudicial aos jovens. Por estarem constantemente agarrados ao telemóvel e às redes sociais, não fazem exercício físico nem convivem tanto como deveriam.

              Esta dependência também pode fechar as portas da felicidade e abrir as da tristeza. Ao verem fotos, normalmente manipuladas, que transmitem modelos de beleza, começam a olhar-se mais ao espelho e a não se sentirem bem nos seus corpos.

          Concluindo, para o bem do futuro da humanidade, esta dependência das redes sociais tem de parar.

 

Dinis Ribeiro Sousa, 9.º E 

Palavras do avesso

                  As palavras têm diversas funções e significados. “Palavra” em si é tão complexa que até a infopédia tem dificuldade em lhe atribuir uma definição.

                As palavras têm a capacidade de exprimir o quanto gostamos de alguém, bem como defender-nos das ações amargas dos que são incapazes de sentir empatia. Conseguem espalhar paz e solidariedade pelo mundo e, com elas, podemos pedir ajuda quando nos sentimos sós. As palavras dispõem da habilidade de fazer alguém sorrir, sonhar. As palavras têm o milagroso poder de mudar o mundo e de salvar vidas.

                Muitos consideram as palavras conjuntos maçadores de letras, mas eu não partilho da mesma opinião. Existem palavras para descrever quase tudo aquilo que vemos, sentimos, pensamos e ouvimos, por exemplo, a palavra “petricor”, que descreve o cheiro resultante das primeiras chuvas a cair no solo após um período longo de tempo quente e seco. Há palavras com um significado tão profundo que nem podem ser traduzidas, tal e qual “saudade”. As palavras podem ter um efeito altamente positivo, como também podem arruinar vidas.

                Há poucos dias, estava eu a deambular na internet desmedidamente entediada. Paro num vídeo. Curiosa, abro nos comentários: pessoas compreensivas tentam apaziguar a situação, no entanto, o mal já está feito. Isto acontece todos os dias. Ou os dentes são tortos ou os olhos são castanhos ou canta mal ou fala demasiado. Já lá vão catorze anos e eu ainda não consigo entender o interesse de “meter o nariz” em vidas alheias. Bisbilhotar nem causa grandes danos, o problema é depreciar, sabendo que isso causará dor. As palavras podem espalhar bondade e igualdade. Mesmo assim, são constantemente utilizadas para fazer propaganda ao ódio.

              As palavras são utilizadas incorretamente. Primeiro, usam-nas para derramar hostilidade. Depois, são mal definidas. Passo a explicar: a palavra “amor” carrega grande importância, mas é vulgarizada. Não me interpretem mal, eu sou estritamente a favor da divulgação do amor, mas leiam o que tenho a dizer. Agora, os jovens aplicam “amar” para qualquer situação: “Eu amo aquela camisola”, “Eu amo este estranho que acabo de conhecer”. Não é que esteja errado, mas soa-me desafinado. Talvez, porque eu ainda não me atreva a pronunciá-la. Isto porque, tal como todos aqueles que a usam abundantemente, eu ainda não tenho a certeza do que é amar.

             Penso que, algum dia, hão de aprender a aplicar bem as palavras. Até lá, continuarão a usá-las do avesso.

Sofia Oliveira Barbosa – 9.º A 

 

Livros para quê?

            Tudo num livro me encanta. Desde as suas belas capas, que me fazem apaixonar à primeira vista, ao cheiro a novo ou, ainda, ao assombrosamente colossal talento dos autores. 

           Quando abro uma porta, deixo de estar sentada no sofá, na cama ou na desconcertantemente desconfortável cadeira da minha sala de aula. Teletransporto-me para um universo pormenorizadamente detalhado onde tudo é possível: os porcos têm asas e as galinhas dentes, a água ganha vida e as nuvens sabem falar, o vento baila e os navios piratas cortam o azul do céu. Daquele instante em diante, deixo de ser eu. Sou semideusa, sou feiticeira, sou exploradora, sou detetive, sou um fantástico ser marinho.

          Quando eu abro um livro, descubro uma nova realidade de expressões. As mesmas 26 letras formam tantas palavras! Tantas palavras originam tantas frases! Frases estas que criam os mais belos parágrafos. Parágrafos belos que criam as mais fascinantes histórias. Histórias estas que me fazem desejar ser Peter Pan ou deusa ou titã ou outro ser imortal qualquer. Só assim, teria uma eternidade para ler todos os livros do mundo! Tudo isto, porque, mal abro um livro, nada mais importa. Deambulo entre realidades e todos os medos se tornam num facto de tal maneira distante que são apenas mais uma fraca estrela no céu.

         Porém, às vezes, os meus olhos imploram por descanso e desvio-os das páginas. Aí, fico apavorada. Estou rodeada de gente com rostos retangulares, reluzentes, tecnológicos; quer estejam a atravessar a rua quer sentados na companhia (se me é permitido denominá-la assim) uns dos outros. Alguns encaram-me perturbados. Será que também eu tenho cara de folha amarela e repleta de letras? Sinto-me ímpar entre tais seres. No entanto, sinto-me identicamente certa.

          Estar rodeada de livros trouxe-me inúmeras vantagens. Graças a eles nasce em mim um olhar criativo. Uma caneta deixa de ser uma simples caneta. É, agora, o início e o fim de conflitos. Torna-se na origem do próximo êxito literário. Foi, durante séculos, uma importante via de comunicação entre famílias. Cresce em mim, da mesma forma, um olhar crítico que me permite estar aqui a escrever hoje.

         O livro físico entrou em desuso, já que o leitor começa a preferir carregar consigo um e-book. No entanto, independentemente disso, os livros permitiram, até hoje, que a sociedade se desenvolvesse,  proporcionando ao ser humano a capacidade de interpretar o mundo e os seus problemas.

         Então, o que seríamos nós sem eles? “Igualmente desenvolvidos” respondem-me as pessoas. À rapidez de um clique, os telemóveis (mesmo gerando vício e ansiedade) conseguem responder às nossas perguntas e entreter-nos. Já não necessitamos dos livros para tal. Também não necessitamos de um rápido raciocínio, a internet faz tudo por nós. Tal como não precisamos de saber falar e escrever bem, o computador corrige o texto automaticamente. Para quê perder tempo a formular a minha própria opinião sobre tal assunto, se posso roubar a que alguém partilhou online?

         Os livros carregam consigo pensamentos, criatividade, opiniões, sentimentos e, de certa forma, a história do mundo. Carregam, inclusive, um grande fardo: o de nos fazerem sonhar. Se os livros desaparecerem, levarão as pessoas criativas consigo. O mundo tornar-se-á num lugar confuso e cinzento. A gente levará um vida sem sentido, mais pobre e com os pés tão bem assentes no chão que receio comecem a ser engolidas pela terra.

Sofia Oliveira Barbosa – 9.º A 

 

O que visto amanhã?

             Entro no edifício cheio de luzes, cores, painéis com anúncios de grandes marcas…

             Observo as várias lojas – de telemóveis e outras tecnologias, roupa, maquilhagem, perfumes, malas, bijuteria, livros (ou, como eu gosto de lhes chamar, pequenas viagens para outros mundos) –, os cartazes de cinema e os vários restaurantes.

            Vejo muitas pessoas, todas diferentes: um grupo de amigos convive; uma mulher, com os seus trinta e poucos anos, empurra um carrinho de bebé; uma mãe, um pai e uma menina de três anos almoçam… Aparentemente, são todos muito diferenciados, mas, na verdade, têm algumas coisas em comum: o telemóvel, as redes sociais e as coisas de marca.

           Hoje em dia, a marca das nossas sapatilhas é mais importante que o nosso nome. A roupa que vestimos diz mais sobre nós do que a nossa própria personalidade. Isto deve-se às redes sociais e à influência que elas têm sobre nós e os nossos comportamentos. Acabamos todos sempre por aderir às tendências, quer sejam apps, sapatilhas, peças de roupa (que até há pouco tempo, por não estarem na moda, nós achávamos extramente berrantes, esquisitas, desengraçadas, hediondas).

          Aplicações como o Instagram, o Pinterest, o Tiktok e até o Snapchat e o Youtube influenciam-nos todos os dias, até nas roupas que vestimos… O que não é mau, até se tornar um processo repetitivo e tóxico, cortando as asas da nossa criatividade.

         Para além de nos afetarem desta forma, as redes sociais também nos afastam. Vou a caminhar na rua ou na escola ou até no shopping e vejo quase toda a gente no telemóvel: a responder a mensagens ou apenas a ver as suas redes sociais, quando podiam, nesse exato momento, estar a conviver ou a socializar.

         A internet também nos influencia de outras formas. Por exemplo, quando estamos simplesmente a vaguear nesta rede e começamos a seguir pessoas, podemos ficar obcecados, pelo estilo de vida, pelas roupas e oportunidades que elas têm e nós não temos e (por alguma razão) achamos que também temos de ser assim: ter tudo o que os outros têm, ou aparentam ter. Ou, ainda, quando deixamos que imensas pessoas que não conhecemos nos sigam num aplicativo, apenas para podermos dizer que temos mais seguidores do que o nosso amigo. Como se isso nos fizesse melhores no nosso trabalho (a não ser que sejamos “influencers”), ou até mesmo melhores pessoas.

          E quando chego a casa e paro para refletir, percebo que a nossa geração anda vestida praticamente toda da mesma forma e está viciada nas tecnologias e redes sociais, tornando-se muito egoísta, angustiada com a opinião dos outros, pouco social, tendenciosa e materialista.

Francisca Fidalgo de Jesus – 9.º A 

 

O crescimento

             Lembro-me como se fosse hoje do meu primeiro dia de aulas. Incrível como o tempo passa!…
             Queremos tanto crescer rapidamente, livrando-nos da escola, que, quando damos conta, já passou. No meu caso, frequento o 9.º ano e ainda tenho mais três anos pela frente, mas já sinto saudades do tempo em que era apenas criança!

            Tenho saudades daqueles momentos tão simples, quando cantávamos a tabuada do 2 e resolvíamos com os dedos as contas de somar. Era um tempo maravilhoso, um tempo único! (Um tempo em que ainda percebia de matemática!)

            Pensando bem, sinto saudades de tudo! Saudades de quando era tudo mais fácil, saudades de quando era apenas uma criança. É incrível como existem momentos e pessoas que marcam a nossa vida, como aquela paixãozita que todos nós tivemos na primária, entre muitas coisas magníficas e outras que o não foram tanto.

            Hoje é tudo tão estranho!… Sempre me imaginei como aquelas raparigas mais velhas, aquelas que tinham um corpo mais desenvolvido do que o meu, aquelas que tinham namorados, aquelas mais crescidas. Hoje, com quase 15 anos, vejo que as coisas não são tão incríveis como eu imaginava!

           Ainda não consegui perceber quando se deixa de ser criança para se passar a ser crescido, adolescente… Provavelmente, quando percebemos que a aparência importa, provavelmente, quando percebemos que os problemas já não se resolvem só com um rebuçado, provavelmente quando começamos a perder o nosso brilho.

          Sinto-me assim, não sei se gosto!…

 

Clara Martins 9.º E 

 

 

 

Saúde Mental A “voz” dos alun@s 10 de outubro de 2021

5º ano de escolaridade

A saúde mental para mim…

é ter a cabeça organizada, andar descansado.

é uma boa influência para a nossa vida.

quando alguém está bem ou sente-se segura no seu corpo e mente.

A falta de saúde mental é a falta de equilíbrio na saúde.

 

Cuido da minha saúde mental…

quando estou feliz mas também quando estou triste e tento ficar feliz a fazer qualquer coisa.

quando estou a passear, a brincar ao ar livre, a nadar e a fazer exercícios.

quando desenho, danço e falo com alguém.

quando tenho um problema para resolver, resolvo e não o esqueço e não vou abaixo.

quando tento não passar muito tempo no telemóvel.

 

 

6º ano de escolaridade

A saúde mental para mim…

estar feliz, emocionalmente.

é ter gosto pelas coisas.

com bom humor, quando queremos aprender mais, conviver com as pessoas e principalmente ajudar quem mais precisa.

é ter cuidado com o que pensas e o que vais fazer.

é cuidar dos nossos pensamentos e lutar para estar feliz.

é pensar mais com a cabeça e não ocupar a cabeça (cérebro) com coisas que não preciso.

 

Cuido da minha saúde mental…

quando faço um jogo com a Sara.

quando fico muito feliz.

quando faço o que gosto com os meus amigos e com a minha família.

quando como comida, ouço música e choro para libertar todo o mal em mim.

quando leio um livro, estou com a família, passo carinho à minha cadela e aos meus gatos.

 

 

7º ano de escolaridade

A saúde mental para mim…

são os sentimentos que temos, os problemas e as situações em que estamos.

é ficar feliz, ter boas amizades e ser alegre com a vida que tem.

é sentir-se seguro consigo mesmo, ter uma vida simples sem preocupações e sem conflitos…

é estar bem consigo, com a vida e poder se sentir feliz mesmo em momentos ruins.

 

Cuido da minha saúde mental…

quando sinto que preciso de ajuda e procuro-a.

quando deixo outras pessoas felizes ou quando ajudo as pessoas.

sinceramente, eu não sei quando cuido da minha saúde mental, eu nem sei se cuido dela.

quando me deito a pensar em coisas que me fazem feliz.

 

 

8º ano de escolaridade

A saúde mental para mim…

é estar bem comigo mesmo, ter relações saudáveis com as outras pessoas. Também acho que nos podemos sentir felizes se ajudarmos os outros a ter uma boa saúde mental.

é o nosso bem-estar bem estar, com as nossas ideias e amizades. Quando temos amizades e relações boas. Também quando não entramos em pânico com algum problema e paramos para refletir o que podemos fazer para o resolver.

é paz interior.

 

Cuido da minha saúde mental…

quando faço o que eu gosto e quando estou com as pessoas que me fazem feliz.

quando tenho um sono equilibrado, quando sou feliz e tenho uma mente ativa.

quando leio um livro.

 

9º ano de escolaridade

A saúde mental para mim…

é ter a noção do que eu faço.

é ter os cuidados precisos.

é sentir-me bem comigo mesma e disposta para o meu dia a dia.

 é o bem-estar connosco mesmo, sentirmo-nos bem com aquilo que somos, não deixando nada nem ninguém nos derrubar com críticas e insultos.

é ter estabilidade social, conseguir amar o seu físico, ter problemas com os quais consiga lidar sem afetar muito.

 

Cuido da minha saúde mental…

quando acordo e cuido de mim.

quando partilho o que sinto com os outros, quando faço pequenas coisas de que gosto, quando tiro tempo para mim.

quando não me sinto bem, e é preciso um refúgio, para mim o meu refúgio é a música, a arte ou as artes marciais.

quando estou a relaxar e tirar um momento para refletir internamente.

quando estou com os meus amigos e família, ouço música ou paro durante um tempo para pensar sobre o que me afeta.

 

 

10º ano de escolaridade

A saúde mental para mim…

é quando estamos stressados, confusos ou não nos conseguimos concentrar em nada.

é algo que já não tenho há algum tempo, gostar de si, ter autoestima, ser feliz….

A saúde mental é um problema que afeta a nossa higiene, humor e que principalmente nos afasta das pessoas sem motivo aparente.

é o pleno funcionamento de nossas capacidades intelectuais e a disposição para realizarmos as atividades que nos dão prazer, consequentemente mais felicidade e ânimo.

é estar bem tanto psicologicamnete, como mentalmente, tendo assim a capacidade de realizar todas as coisas do dia a dia de forma consciente e manter-me emocionalmente estável.

é quando estamos bem connosco, não temos de estar sempre felizes porque todos temos os nossos dias menos bons. Mas mesmo assim conseguimos fazer as nossas coisas, temos interesse nelas, e no geral somos alegres, com os nossos altos e baixos.

é poder ajudar os outros.

 

Cuido da minha saúde mental…

quando me sinto em baixo ou ansioso mas normalmente não tenho noção disso acho que é algo que acontece naturalmente.

quando me deparo que acordo sem vontade de ir para a escola, de querer estar sozinha.

quando me sinto menos bem, quando sinto que não aguento mais nada e que a qualquer momento vou começar a chorar de desespero, às vezes demoro a dar prioridade à minha saúde mental, mas tenho que mudar isso.

quando faço as atividades que mais gosto como ler, estudar e estar com os meus amigos ou com a minha família.

quando me abstraio de coisas que sei que me irão prejudicar ou me afasto de pessoas que não me fazem sentir bem, focando-me assim no que eu gosto e aproveitando o meu tempo com quem me faz sentir bem, a fazer o que me traz felicidade e paz.

pois é algo realmente importante, algo que precisamos de ter sempre estável, para conseguirmos enfrentar tudo sempre.

quando tenho companhia ou atenção de pessoas específicas. Pessoas que me fazem feliz e me divertem.

 

 

11º ano de escolaridade

A saúde mental para mim…

é querer viver e aproveitar cada minuto, é estar bem acompanhada genuinamente e principalmente estar bem sozinha.

é a estabilidade, o equilíbrio e o foco. A vontade e energia de fazer algo que gostamos, um sorriso ou alegria por um objetivo cumprido. É algo bastante importante que devemos cuidar como um bem necessário à vida.

é o que a pessoa pensa sobre ela mesma…

 

Cuido da minha saúde mental…

quando desabafo com a mãe ou algum amigo. Quando saio com amigos.

quando acordo às seis da manhã para estudar, quando passo horas a olhar para a lua…

eu particularmente não cuido da minha saúde mental, quando tenho um problema tento aceitá-lo e adaptar-me a ele.

 

 

 

12º ano de escolaridade

A saúde mental para mim…

é a capacidade de manter-me psicologicamente estável.

é o bem-estar psicológico de cada indivíduo, o seu comportamento sozinho e perante os outros, uma consciência tranquila e livre de stress.

é o bem-estar a nível físico e psicológico,  que conta também com uma boa relação com o meio e com relações e amizades que nos fortalecem.

é um estado de espírito, é cuidar de mim, do meu intelecto, do meu pensamento.A saúde mental é importante para poder ter uma vida saudável e pacífica tanto para mim mesma como para os outros.

é conseguir ser feliz apesar do que me rodeia.

 

Cuido da minha saúde mental…

quando não penso e não estudo na escola.

quando faço exercício físico, vou à praia ver o pôr do sol, saio de casa com a minha família e distraio-me dos estudos.

quando sozinho ou acompanhado reflito acerca do meu comportamento e das minhas atitudes.

quando reconheço que não estou no meu melhor momento e tomo a iniciativa e a coragem para perceber o que se está a passar, os “porquês” que me levaram até esse momento e como posso melhorar.

quando faço as atividades que mais gosto, estou com as pessoas que mais amo, invisto em mim e no meu futuro e tenho consciência das minhas qualidades, não precisando da aprovação dos outros para me sentir bem comigo mesma.

Atividade de sensibilização ambiental promovida pela GAIURB

 

No passado dia 2 de dezembro, as turmas do 7º G, 7.º F e 7.º H participaram, no âmbito da disciplina de

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, numa oficina sobre plantação e apadrinhamento de árvores promovida pela GAIURB.

A atividade teve como objetivos ensinar boas práticas ambientais e alertar para a preservação da flora local e da água.

Nesse dia, os alunos procederam ao plantio de freixos (espécie caducifólia que perde as suas folhas no Outono, entra em floração no fim do Inverno ou início da Primavera e pode atingir até 25 m de altura),  no corredor de frente fluvial do rio Douro, mais exatamente no Areinho de Oliveira do Douro, assim como de plantas aromáticas.

As árvores plantadas pelos alunos do Agrupamento de Canelas ficaram assinaladas com uma placa de identificação, para mais tarde recordar, e não deixar cair no esquecimento a atividade e a responsabilidade ambiental assumida por quem participou na oficina.

Continuem a plantar árvores pois elas absorvem o gás carbônico (CO2) e libertam oxigênio; aumentam a biodiversidade; diminuem os efeitos das ilhas de calor urbano; absorvem a água da chuva, diminuindo os riscos de enchentes; embelezam a cidade; oferecem sombra; diminuem a poluição (sonora e do ar); reduzem o nível de stresse das pessoas; melhoram a qualidade do ar das cidades e a qualidade de vida das pessoas.

 As árvores dão vida ao nosso planeta e embelezam o nosso mundo. Plantar e cuidar de uma árvore é um ato de respeito pela Terra, é um ato de amor pela humanidade, é dar um beijo à vida e à natureza que tão mal temos tratado.

Por favor, plantem muitas árvores!

 

A coordenadora de Cidadania

Poesia a partir de contos

 Textos poéticos a partir dos contos analisados em sala de aula e no âmbito do projeto “Na Senda dos Contos”.

A Gaivotinha                                                             

Tudo começou, quando um gato                                  

um ovo encontrou                                                         

e com um nobre ato                                                      

a cria ajudou.           

                                                     

Era uma gaivota linda                                                   

chamada Ditosa                                                             

Muito sortuda e ainda                                                   

mais maravilhosa!                                                          

 

Desejava muito voar                                                      

e aos gatos pediu ajuda.                                                 

Bastava acreditar                                                            

e aproveitar vento e chuva.                                            

 

O poeta participou,                                                        

Zorbas se emocionou,                                                   

a gaivota voou                                                               

e tudo mudou!                                                                

7ºF (texto construído a partir do conto História de uma Gaivota e do Gato que a                      Ensinou a Voar, de Luís Sepúlveda)  

 

O Regresso do Cavaleiro

Um cavaleiro na Dinamarca

pela floresta a andar

com a família à sua espera

Para o Natal festejar.

 

Esteve numa gruta em Belém

onde nasceu o Divino Menino.                                                    

De lá satisfeito veio                                                         

E seguiu o seu caminho.

 

Difícil foi o regresso                                               

pois dificuldades foi encontrar                                                      

por isso houve pouco progresso                                            

e logo começou a rezar.

 

Já perto de casa desanimou                                                   

mas a esperança nunca perdeu.                                                            

 Um pinheiro iluminado avistou                                                              

Que a casa o conduziu.

 7ºH (texto construído a partir do conto O Cavaleiro da Dinamarca, de Sophia de M. B. Andresen)

 

E se eu fosse um animal? Qual seria? Porquê?

 

Ao longo do ano, as turmas de 9.º ano participaram num projeto da Biblioteca escolar: “10 minutos a ler”. O romance que os acompanhou, Um ateliê de sonhos de Lucy Adlington, permite acompanhar a protagonista na sua luta pela sobrevivência num campo de concentração durante a segunda guerra mundial. De igual modo, é um apelo lancinante à perseverança, ao nunca desistir de acreditar nos sonhos, à amizade em tempos conturbados. Uma vez que a protagonista, Ella, designa grande parte das outras personagens não pelo nome próprio, mas pelo nome do animal com  o qual ela os associou (por partilharem determinadas características), foi lançado o repto aos alunos de se verem pelos olhos de Ella. Desse modo, deveriam selecionar o animal com o qual se identificam, justificar essa opção e elencar algumas vantagens e desvantagens. Assim, sob a forma de narrativa, página de diário ou texto de opinião, nasceram textos de autorreflexão, propiciadores do (re)conhecimento do Eu.

 

 

Perosinho, 20 de maio de 2021

    Querido diário

    Inicialmente, irei apresentar-te a característica que mais me marca e, a partir dela, a) vou associar-me à borboleta.

  De acordo com a minha experiência de vida, diria que sou uma pessoa de muitas mudanças; não só físicas, mas também do foro psicológico. Geralmente, consigo sempre compreender os argumentos que os outros têm sobre determinados temas, com isso mudo de opinião muito facilmente. Umas das outras coisas que me fazem identificar com a borboleta é que, no início, antes de ela ser uma borboleta, é uma simples lagarta que todos olham e dizem que é insignificante, fraca e que não tem nada a oferecer ao mundo. Depois de um amadurecimento, ela descobre o seu verdadeiro potencial e decide mostrar a todos que estavam errados. Fá-lo com umas belas asas, que demonstram a sua personalidade, e que tornam claro que não devemos julgar o livro pela capa. Como nem tudo é um mar de rosas, ser uma borboleta tem o seu ponto fraco. Quando ela era um ser pequeno e, supostamente, insignificante, ninguém se importava ou, quando se importavam, era para a rebaixar ainda mais. Por isso, ela tornou-se desconfiada e tem tendência a não confiar em ninguém, o que faz dela uma solitária.

    Por fim, devo dizer que estou surpresa com o quanto me identifico com a borboleta, agora só espero não morrer tão cedo como ela!

                              Até à próxima, querido diário

                                                                                                                         Tatiana

Tatiana Vicente 9.º B n.º 19

 

     Na minha opinião, se eu fosse um animal, provavelmente seria alguma espécie de ave que predomina na natureza em vez de ambientes urbanos e com grandes concentrações.

     Honestamente, não saberia dizer qual em específico, pois são tantas que seria difícil escolher; porém, talvez uma águia, por exemplo. Isto porque valorizo muito e aprecio a liberdade deste tipo de animal, é incrível poder simplesmente voar e pousar onde eu quiser, sem grandes problemas. As águias também possuem uma grande agilidade e velocidade, que admiro e gostaria de adquirir. Claro que, sendo um animal completamente selvagem, seria responsável pela minha sobrevivência, o que pode talvez ser visto como uma desvantagem, mas isso não seria grande problema pois com as aptidões de uma águia e a minha persistência e vontade seria algo com que não me preocuparia muito. As águias também são praticamente inexistentes em ambientes com grandes concentrações humanas, existindo mais em grandes zonas naturais sem interferência da humanidade e afastadas dos mesmos e dos seus problemas, geralmente, inúteis e prejudiciais, coisa que gostaria de fazer também, caso fosse possível.

     No geral, a águia é um animal que admiro, pois a sua exuberante liberdade de vida e a sua dependência apenas de si mesma e não dos humanos, é algo que me agradaria poder ser, também como o constante contacto com a natureza, algo que também amo profundamente.

Diogo Lemos Ribeiro 9.º B,n.º16

 

           Se eu fosse um animal, seria um lobo. Posso não ter todas as características de um, mas tenho um conjunto de itens, que eles têm, com aos quais me identifico muito bem.

         Os lobos são animais muito organizados, cautelosos e equilibrados; vivem em matilha, tal como eu que sou uma pessoa organizada e gosto de andar sempre com pessoas em quem confio plenamente. No entanto, às vezes, também gosto de andar sozinho, de ter o meu próprio espaço; essa é uma das características que me diferencia do lobo. Gosto de ser cauteloso nas decisões que tomo, pensando nos riscos e vantagens da decisão, diria que também sou uma pessoa equilibrada. 

         São animais que não gostam de mudanças e desorganização, daí andarem em matilha e respeitarem a hierarquia que representa a organização. Sou uma pessoa que não gosta de desorganização, é uma coisa que me perturba se for em demasia. Além do mais, também não gosto de mudanças, mas faço um esforço para me adaptar a elas, assim como eles.

         Além das nossas diferenças, temos muitas características em comum e o lobo é um animal que me fascina de diversas formas. São estes os  motivos porque escolhi este animal.

 

Isaac Lamarão,9.B n.º 12

 

     Associar-me a um animal em específico é uma tarefa difícil, pois pessoas e animais reúnem muitas características diferentes e únicas. Porém, através de reflexão e das perguntas feitas a outras pessoas, cheguei à conclusão de que posso associar-me à coruja.

     A coruja, um símbolo do conhecimento e da sabedoria, um animal de raciocínio, quieto e desconfiado; características que creio serem semelhantes às minhas, pois posso dizer que sou alguém que não sabe tudo, mas busco o conhecimento máximo, que raciocino antes de qualquer ação, gosto de atividades de introspeção e sou relativamente desconfiado e seletivo quanto às pessoas. Este modo de vida tem muitas vantagens, como evitar desavenças com pessoas e sucesso em coisas que realmente me importam: notas escolares, por exemplo. Assim, tenho sempre um foco: lógica e calma são as minhas principais características. Porém, como tudo, há desvantagens, acredito que a maior seja, justamente, ser alguém muito desconfiado.

     Considero muito interessante o raciocínio acerca da correspondência psicológica entre nós e os animais, pois permite-nos fazer uma autoavaliação, atividade que é muito necessária para monitorizar os nossos comportamentos e planearmos o futuro.

 

Gabriel Inocêncio,9.B,n.º7

 

Um Dia de Gata

      Eu creio que acordei cedo… Acordei com o barulho da caixa  mágica da minha dona. Ela fala sozinha com aquela caixa e leva-a  para todo o lado, deve ser importante… Porque é que ela tem uma  caixa que a acorda cedo? Talvez ela tenha acordado de propósito  para me dar comida… 

      Voltei a dormir depois de comer. 

     Durante o dia, como e durmo conforme me apetece, porque  tenho a casa toda só para mim. No entanto, às vezes tenho saudades da  minha dona, porque gosto de festas e quero mais comida. É mesmo  pena não conseguir abrir aquele armário frio sozinha! Se ao menos  ela já tivesse voltado… 

     É bom fazer o que quero, quando quero; não ter de caçar para  comer, nem ter de me preocupar com outros gatos no meu território. Porém, é muito aborrecido ter de esperar pela comida ou ir àquele senhor de  branco, a que chamam veterinário, para ser picada com sei lá o quê… 

    São muito estranhas as pessoas… Porque é que se castigam  naquela máquina de tortura a que chamam chuveiro? E porque  passam o dia todo fora de casa? O que é isso do trabalho? E porque é  que caminham em duas patas? E metem-se dentro de trapos  porquê? Não entendo… 

      Fico sempre sentada à porta, enquanto espero que a minha dona  volte. Não consigo dormir com fome… Vou dormir depois de comer. 

Rita Santos,9.ºB, n.18