A hidrosfera

A hidrosfera é a camada de água da superfície terrestre, em qualquer estado físico (sólido, líquido ou gasoso). Inclui rios, lagos, oceanos, lençóis de água subterrânea, glaciares, nuvens, vapor de água da atmosfera e a água existente nos próprios organismos vivos.

  1. Água salgada de mares e oceanos: 97,2 %;
  2. Água na forma de gelo, em glaciares e nas calotes polares: 2,2 %;
  3. Águas subterrâneas: 0,6 %;
  4. Rios e lagos: 0,02 %;
  5. Água presente na atmosfera, quer na forma de vapor, quer na forma líquida, como aerossol ou nuvens: 0,001 %;
  6. Água presente na constituição dos seres vivos (biosfera): 0,00007 %.

Toda a água superficial ou subterrânea da Terra na sua forma líquida (ou sólida):

  • 97,5 % é água salgada;
  • 2,5% é água doce,
    • Desta, 1,8% está na forma de gelo.

Poluentes mais encontrados na água

A OMS considera água contaminada quando esta apresenta alterações na sua composição físico-química que a tornam inutilizável.

 






Origem da
poluição
marinha

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O oceano é um dos maiores recetores de poluição dos meios ambientes. Os poluentes vão parar ao mar por inúmeras vias, essencialmente por descargas de efluentes e lixos domésticos ou industriais diretamente nos cursos de água ou mar, em águas de escorrência que levam os poluentes desde a terra, pela ação do vento ou chuvas (que transportam contaminantes atmosféricos a larga distância) ou também devido a acidentes com navios ou infraestruturas em alto mar.

Os efluentes

Apesar de maioritariamente constituídos por líquidos, também podem carregar lixos sólidos.

Como vão parar ao mar?
  • Descargas diretamente nos cursos de água, de esgotos domésticos ou industriais;
  • Águas  de escorrência;
  • Vento, chuva;
  • Acidentes com navios ou infraestruturas no mar.

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Os plásticos

  • São o poluente mais presente na água;
  • Não são biodegradáveis;
  • Demoram bastante tempo a tornar-se invisíveis (mas tornam-se ainda mais perigosos, transformando-se em micro ou nanoplásticos que podem introduzir-se na cadeia alimentar).

É o tempo que os materiais demoram a tornar-se invisíveis.

  • Redes e fios de pesca: 600 anos
  • Garrafas de plástico e fraldas: 450 anos
  • Sacos de plástico: 10 a 20 anos
  • Pontas de cigarro: 2 a 5 anos





Consequências

  • Alteração do equilíbrio físico-químico da água:

A capacidade do Oceano para absorver quase 30% do CO2 presente na atmosfera parecia ser benéfica. Mas este reage com a água levando à sua acidificação e consequente diminuição do pH:

CO2 (g) + H2O (l) → H2CO3 (aq)

Com impacto na vida marinha:

  • O dióxido de carbono é tóxico na corrente sanguínea dos animais marinhos.
  • O CO2 diminui os iões de carbonato de cálcio das conchas e esqueletos, e visto que estes têm calcite na sua composição, são deteriorados pelo ácido das águas: CaCO3 (s) + H2O (l) + CO2 (g) → Ca2+ (aq) + 2 HCO3 (aq)
  • No que toca aos impactos da acidificação das águas, a pesca é também afetada, sendo esta comercial (atividade de captura de peixes e outros frutos do mar para fins comerciais, fornecendo assim uma grande quantidade de alimentos para os países ao redor do mundo) e recreativa (pesca que se pratica como atividade de lazer, sem fins lucrativos).
  • A diminuição de abundância de espécies de moluscos, leva a uma perturbação da teia alimentar marinha, devido a mudanças de estrutura e produtividade da produção de fitoplâncton e zooplâncton, levando a uma escassez de alimento para os peixes.
  • Falta de peixes nesta atividade leva à inatividade dos pescadores.
  • “Mar” de plásticos (micro e nanoplásticos) e outras formas de poluição :

  • A principal causa de morte: sacos e embalagens de plástico. Os animais mais afetados são as baleias, as tartarugas e as aves marinhas, tendo mais de metade das tartarugas do mundo já consumido plástico, segundo a pesquisa da universidade de Queensland na Austrália. Os animais marinhos morrem frequentemente por engolir ou por estrangulamento do plástico que chega ao oceano.
  • Para além do plástico, a causa da morte dos animais marinhos deve-se ao petróleo que é derramado no oceano devido a acidentes nas plataformas petrolíferas ou com navios-petroleiros. Estes derrames provocam a diminuição da biodiversidade marinha, sendo que os peixes morrem por asfixia e, as aves marinhas, por intoxicação ou pela absorção nas penas do petróleo, impedindo o voo e a regulação da temperatura corporal. 

Micro e nanoplásticos são ingeridos…

  • Pela ingestão de alimentos já com plástico no seu organismo. As pequenas partículas de plástico são ingeridas por animais marinhos e entram na cadeia alimentar. Sendo estes consumidos pelo homem, o plástico introduz-se no nosso organismo.
  • E entram no organismo como partículas encontradas nos alimentos, devido aos invólucros e garrafas.
  • Segundo um estudo de 2019, ingerimos cerca de 121 mil partículas de plástico anualmente;
  • Estudos recentes detetaram plástico na corrente sanguínea de 80% dos participantes. A concentração total de plástico encontrada em 17 dos 22 participantes atingiu uma média de 1,6 microgramas/ mL, o que equivale a uma colher de chá com plástico em mil litros de água.
  • A saúde humana não é só afetada pelos microplásticos. Também está exposta às doenças encontradas na água. Há poluentes que não tingem a água, logo são invisíveis ao olho humano. A água contaminada é uma fonte de doenças que provoca mais de 500 mil mortes anuais a nível global por diarreia. Esta água também transmite doenças como a cólera (é uma infeção do intestino delgado por algumas estirpes das bactérias Vibrio cholerae), febre tifoide (é uma doença infeciosa causada pela bactéria Salmonella typhi), poliomielite. (este vírus é extremamente contagioso e atinge principalmente as crianças pequenas. Invade o sistema nervoso e pode causar paralisia total numa questão de horas.)