O nosso projeto

 

Este projeto nasce da identificação no projeto educativo do Agrupamento de Escolas de Canelas de um conjunto de
constrangimentos a nível institucional e pedagógico, tais como: a) resultados académicos abaixo do esperado,
obrigando a um maior investimento na implementação de ações de melhoria das práticas letivas; b) a necessidade de
implementação de práticas de trabalho colaborativo entre os docentes; c) a existência de práticas pedagógicas
tradicionais e pouco estimulantes para os discentes; d) a resistência de parte do corpo docente em trabalhar com
ferramentas digitais na sua prática letiva.
Com este projeto pretendemos que a Escola crie padrões de qualidade para o seu desempenho, que regule e
monitorize o seu trabalho, que apoie e incentive as boas práticas. Sendo os professores uma peça-chave para a
qualidade da educação, entendemos que se deve apostar na formação contínua, no trabalho de equipa, na partilha,
como meios de melhorar o desempenho profissional e, consequentemente, as aprendizagens. Desejamos implementar
no nosso agrupamento: a) o uso de metodologias ativas em sala de aula, variando as estratégias, as atividades e os
materiais, b) o desenvolvimento de práticas de trabalho articulado, de forma sistemática, entre os diferentes níveis e
ciclos de escolaridade, c) a promoção do trabalho de equipa e da cultura colaborativa; d) a realização de projetos de
formação diversificada para professores (seminários, oficinas, ações de formação).
Por outro lado, esta candidatura visa internacionalizar o AEC, conferindo-lhe uma dimensão europeia ao seu ensino e
aprendizagem, promovendo competências interculturais e linguísticas na comunidade escolar, resultante das atividades
do projeto, desde a preparação à participação e disseminação do projeto.
Integram as mobilidades 22 participantes, docentes do quadro da escola, de todas áreas curriculares e níveis de ensino
distintos, coordenadores de departamento e elementos da direção. São igualmente propostos para os cursos
selecionados e para as atividades de job shadowing, docentes que presidem a estruturas intermédias.
O período de vigência das atividades é de 24 meses, desde julho de 2020 a julho de 2022. Na primeira fase as
atividades serão centradas nas práticas pedagógicas, no uso de ferramentas digitais e no trabalho colaborativo,
integrando a realização de dois cursos estruturados (Croácia e Finlândia) e quatro atividades de job shadowing (Grécia,
Suécia, Espanha e França), aqui no intuito de realização de conhecimento e aprendizagem válidas em contextos
educativos com referência de qualidade.
Numa segunda fase, são abordadas metodologias inovadoras, nomeadamente, inovação e criatividade na prática letiva,
estratégias e técnicas de ensino. Nesta etapa, serão realizados quatro cursos estruturados nos Países Baixos, França e
Islândia.
A estratégia de participação, trabalho e disseminação das aprendizagens realizadas, por via de ações distintas para
grupos de docentes, consoante nível de ensino e grupo disciplinar, implica que os docentes com frequência de curso ou
participação nas atividades de job shadowing garantam a execução de atividades formativas e de partilha no seio do
corpo docente do agrupamento. Esta metodologia implicará a consequente divulgação/partilha e disseminação por via
dos canais institucionais, da página do projeto Erasmus, das reuniões de trabalho interpares no âmbito das mobilidades
do staff, da formação interna e externa, aqui com uma ligação implícita ao Centro de Formação, Aurélio Paz dos Reis,
parceiro formalizado, abrindo a experiência e ganhos pedagógicos adquiridos a um leque alargado de docentes e
escolas do concelho.
Os impactos previstos são:
a) garantir o desenvolvimento, de forma colaborativa, de novas práticas pedagógicas, mais inovadoras e promotoras de
sucesso.
b) preparar os docentes no desafio pedagógico lançado pela gestão flexível do currículo, exigindo novas abordagens,
através da inovação, criatividade e experimentação, utilização de tecnologias e práticas profundamente enraizadas no
trabalho colaborativo;
c) motivar outros atores educativos a investir no seu desenvolvimento profissional e a trabalhar colaborativamente;
d) desenvolver nos alunos competências que lhes permitam ser mais autónomos e melhorar o seu desempenho escolar;
e) desenvolver capacidades linguísticas e o contacto com novos métodos e instrumentos de ensino nos docentes do
agrupamento, reforçando a dimensão europeia da escola, contribuindo para um ensino e educação de maior qualidade.
Em suma, o projeto é formulado como promotor de um novo paradigma educativo nesta instituição, que viabilize, num
prazo imediato, uma mudança estratégica e metodológica na sua orientação educativa, assente em práticas
colaborativas e metodologias inovadoras, agregadoras de ferramentas e experiências pedagógicas enriquecedoras, facilitadoras, a médio prazo, de uma clara redução do insucesso escolar.