Educação Não-formal: aprendizagem e inclusão

           Entre os dias 10 e 15 de julho de 2023, um grupo de docentes do Agrupamento de Escolas de Canelas viajou até Itália, onde contactou de perto com metodologias, no âmbito da Educação Não-formal, desenvolvidas na Instituição YMCA de Siderno.

           Cumprindo objetivos próprios, que incluem uma relação estreita com a Escola formal, este espaço pedagógico é dinamizado por professores, técnicos e voluntários e recebe crianças e jovens de diferentes instituições, níveis de escolaridade e estratos socioeconómicos, envolvendo-os em múltiplas atividades que visam a ocupação do tempo não letivo/ tempos livres, o complemento e consolidação das aprendizagens, a regulação dos comportamentos e o apoio em termos sociais. Assente no princípio da participação coletiva e da ligação com a comunidade, procura-se promover o conhecimento dos alunos a partir dos seus interesses, permitindo-lhes movimentarem-se entre diferentes valências e optarem pelos projetos e atividades que, do seu ponto de vista, são mais significativos.

        Durante o período de aulas, os alunos frequentam a instituição em período pós-letivo e, em articulação com as diferentes escolas, são desenvolvidas competências pessoais e sociais através das artes performativas, de atividades desportivas, da apresentação de desafios pedagógicos e resolução de problemas, da realização de tarefas de preparação para a vida ativa, entre outros. O caráter pedagógico de todas as tomadas de decisão permite que o diálogo com as escolas se estreite e se cumpram objetivos comuns, de aprendizagem, de integração e de participação ativa na comunidade.

       Um dos grandes objetivos é proporcionar às crianças e jovens oportunidades para complementarem as aprendizagens com experiências motivadoras e significativas, em contexto não-formal. Na base deste tipo de intervenção está, ainda, a regulação de comportamentos desviantes e a diminuição da indisciplina, bem como preocupações no que respeita à equidade académica e social.

      Para a equipa de docentes em mobilidade, foi uma experiência enriquecedora, sobretudo pela oportunidade de contactar com as dinâmicas ligadas à aprendizagem não-formal e à sua articulação com a vertente formal do ensino, em prol de uma aprendizagem mais significativa, do desenvolvimento integral do aluno e da sua participação na comunidade.

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