
A Turma do 8.º J desenvolveu, no decorrer do 2º semestre, um projeto interdisciplinar de turma designado “Vidas que Contam”, em torno da temática do voluntariado.
Este projeto surgiu no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, tendo tido o apoio dos colegas do CT, nomeadamente da DT e dos colegas de Ed. Visual e TIC. O projeto realizou-se, também, em parceria com a turma do 8.ºD da Escola Secundária Inês de Castro, no âmbito da mesma disciplina.
Assim, ao longo deste semestre os alunos dinamizaram as seguintes atividades:
- preparação de uma entrevista ao Gustavo Carona (Médicos sem Fronteiras), voluntário com ampla experiência em teatros de crise humanitária, numa sessão online (via meet com as duas turmas) que teve lugar no dia 15 de maio;
- participaram em 3 sessões de voluntariado no Projeto Casa – Centro de Apoio ao Sem Abrigo (Porto) sempre acompanhados pela Diretora de Turma, aos sábados à noite, que decorreram nos dias 3, 17 e 31 de maio;
- organização de uma campanha de angariação de donativos com o propósito de apoiar o Movimento pelos Direitos do Povo Palestiniano e pela Paz no Médio Oriente que decorrerá na última semana de aulas.
Desta forma, os alunos exploraram diferentes dimensões do voluntariado, o que permitiu que os alunos desenvolvessem um conjunto diversificado de competências, atitudes e valores fundamentais.
Testemunhos da participação dos alunos e dos EE no projeto CASA:
«Sobre o projeto casa que fizemos junto com as nossas colegas Sofia Costa e Lara Pinto, nós gostamos dessa experiência, pois além de estarmos a ajudar as pessoas divertimo-nos, foi uma experiência que nenhuma de nós tinha experimentado, ou seja foi a primeira vez, e esperávamos menos e foi interessante.
Estivemos a limpar os tabuleiros, servir comida, montar os tabuleiros, receber as pessoas que entravam com educação, e aprendemos que devemos olhar às pessoas à nossa volta e o que eles têm, e dar mais valor às nossas coisas, pois nem toda a gente tem uma vida livre, saudável e confortável.»
Joana Elias, N.º 6 e Margarida Elias, N.º 10
«Dar comida aos sem abrigo foi uma experiência que marcou todas nós. No começo estávamos um pouco nervosas, sem saber o que fazer, mas assim que começamos a entregar as refeições, tudo mudou. Vimos o quanto um gesto simples pode significar muito para as pessoas que precisam.»
Lara Neves, Nº 8; Yasmin Tung, N.º 15; Rafaela Campos, N.º 11 e Joana Ferreira, N.º 5
«No passado dia 17 pude vivenciar uma nova experiência.
Quando eu era muito pequena vi um sem abrigo a abrir um contentor do lixo ao pé de uma padaria, essa imagem ficou marcada na minha vida.
Quanto à experiência “Projeto CASA” foi muito bom poder fazer a diferença na vida de quem nada tem. É muito duro quando se tem tudo e de repente, nada se tem.
Aconteceu comigo, após um internamento perdi o emprego, doente e com uma criança muito pequena para sustentar, posso dizer que foi muito duro, apesar de ter um amparo da parte da junta de freguesia (refeições).
A juventude dos dias de hoje não tem bem a noção da realidade, ainda bem que existe este meio para que as crianças não ignorem estas pessoas, são seres humanos.
Em relação à equipa, posso dizer que foi espetacular, ver os miúdos a interagir com os “sem abrigo” de uma forma atenciosa (a crianças que sentem medo dos “sem abrigo”) correu tudo muito bem.»
EE da aluna Joana Ferreira, N.º 5
«Ser voluntário é dar o nosso tempo na ajuda ao outro.
É ouvir histórias diferentes do que habitualmente ouvimos
É crescer individualmente, pois alguém precisa de nós, é dar sem julgamento, é estar presente. Adorei a experiência, ficou presente em mim a vontade de repetir
A Lara também quer repetir.»
EE da aluna Lara Pinto, N.º 7
«Ter participado nesta experiência de dar comida aos sem-abrigo foi muito marcante. Apesar de ser um gesto simples, perceber o impacto que uma refeição pode ter na vida de alguém fez-me refletir bastante. É um momento de empatia, onde aprendemos a valorizar o que temos e a importância de ajudar quem mais precisa. Senti-me útil e grata por poder contribuir, mesmo que por pouco tempo.
Obrigada pela oportunidade.»
EE da aluna Sofia Costa, N.º 12