Um poema de Emily Dickinson


Emily Dickinson nasceu em 10 de dezembro de 1830, na pequena cidade de Amherst, perto de Boston, no estado de Massachusetts, uma das regiões de raízes mais puritanas e conservadoras dos Estados Unidos, e morreu no mesmo local em 15 de maio de 1886. Tendo vivido e produzido à margem dos círculos literários de seu tempo, solteira por convicção e auto-exilada dentro de casa por mais de vinte anos. Emily Dickinson não chegou a publicar os seus versos, por não se submeter aos rígidos padrões de discrição e singeleza que se esperava então de uma mulher. A sua escrita poética, ambígua, irónica, fragmentada, aberta a várias possibilidades de interpretação, antecipa, sob muitos aspectos, os movimentos modernistas que se sucederiam depois de sua morte. Essa instigante poesia, nascida na solidão e no anonimato mas impregnada dos mais profundos valores humanos, dá hoje a Emily Dickinson um merecido e imorredouro lugar no cânon literário universal.

Much madness is divinest sense
To a discerning eye;
Much sense the starkest madness.
Tis the majority
In this, as all, prevails.
Assent, and you are sane;
Demur, — you’re straightway dangerous,
And handled with a chain.

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