Livros para as férias: algumas sugestões para os mais novos – 3.º Ciclo

A leitura é uma necessidade biológica da espécie. Nenhum ecrã e nenhuma tecnologia conseguirão suprimir a necessidade de leitura tradicional.

Umberto Eco

Apesar de, no 3.º Ciclo, os jovens já saberem aquilo de que gostam e de que não gostam e de, muitas vezes, serem desviados para outros interesses como, por exemplo, as redes sociais ou a televisão, há que apostar na leitura de um livro que seja capaz de lhes mostrar o mundo e de desenvolver o gosto dessa descoberta ao longo da vida.

Na verdade, ler um livro que não se adapta à faixa etária ou à preferência do jovem é, muitas vezes, a causa para que dele se distancie.
Assim, apostamos na lista sugerida pelas metas curriculares de Português, fazendo algumas sugestões para cada um dos anos do 3.º Ciclo.

Então, para o 7.º ano, o livro “Bichos” de Miguel Torga é uma escolha acertada, assim como “Os Meus Amores” de Trindade Coelho.
“Sexta-Feira ou a Vida Selvagem” de Michel Tournier ou, então, “História de uma Gaivota que a Ensinou a Voar” de Luís Sepúlveda (tradução de Pedro Tamen) são boas escolhas.
Recomendamos, igualmente, “Dentes de Rato” de Agustina Bessa-Luís, “O Cavaleiro da Dinamarca” de Sophia de Mello Breyner, a “Odisseia Contada a Jovens” por Frederico Lourenço. Uma outra sugestão é o livro “Uma Mão Cheia de Nada, Outra de Coisa Nenhuma” de Irene Lisboa.
Se houver preferência pelo texto poético, sugerimos a leitura de poemas de António Gedeão, Miguel Torga, Sebastião da Gama ou Alexandre O”Neill.
As peças “Leandro, o Rei da Helíria” de Alice Vieira ou “À Beira do Lago dos Encantos” de Maria Alberta Menéres são excelentes para a dramatização de algumas cenas, constituindo uma forma divertida de convívio e um modo profícuo de passar o tempo.

Quanto ao 8.º ano, existem algumas sugestões relativas a textos dramáticos, nomeadamente a “História Breve da Lua” de António Gedeão ou, então, “Vanessa Vai à Luta” de Luísa Costa Gomes ou, ainda, “Aquilo que os Olhos Veem ou o Adamastor” de Manuel António Pina.
No caso do texto narrativo, recomendamos o conto “A Saga” in “Histórias da Terra e do Mar” de Sophia de Mello Breyner Andresen e “A Inaudita Guerra da Av. Gago Coutinho” de Mário de Carvalho.
Um conto interessante é o de Mia Couto, “Mar me Quer”. “A Eneida de Virgílio Contada às Crianças e ao Povo” (adaptação de João de Barros) ou, então, “O Diário de Anne Frank”, “As Aventuras de João sem Medo” de José Gomes Ferreira ou o “Meu Pé de Laranja Lima” de José Mauro de Vasconcelos são boas sugestões para leitura para as férias.
A “Obra Poética” de Ruy Belo, os sonetos de Luís de Camões são algumas propostas de poesia.

Relativamente ao 9.º ano, os “Contos” de Vergílio Ferreira ou os “Contos” de Eça de Queirós são ótimas opções de leitura.
Sugerimos ainda a “História Comum” ou “O Alienista” de Machado de Assis ou, ainda, “Felicidade Clandestina” de Clarice Lispector.
Se houver preferência pelo texto poético, recomendamos António Nobre, “Só” ou “As Rimas de Petrarca” de Petrarca.
No 9.º ano, também se estuda Gil Vicente. Poder-se-á ler o “Auto da Índia” ou o “Auto da Barca do Inferno” e dramatizar algumas das cenas mais divertidas, como, por exemplo, a do Parvo.
Incentivar os jovens a ler é uma missão dos professores em tempo de aulas e dos pais e encarregados de educação no tempo das férias. Fazê-lo é a melhor aposta no futuro daqueles que mais amamos.

JN

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