Uma voz na pedra

 Não sei se respondo ou se pergunto. Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio. Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra. Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho. De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante. A minha ebriedade é a da sede e a da chama. Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio. O que eu amo não sei. Amo em total abandono. Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente. Indecisa e ardente, algo ainda…

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LER

“Ler é um infinitivo pessoal como morrer ou amar: é entrar num espaço onde só a releitura é leitura. Perto de um tempo outro, destroçados os eixos da cronologia. Igual a uma boca nocturna que nos prenda. Não é apenas alinhar os signos propostos no fio mais saliente do discurso. Nem basta que fiquemos enleados, enlodados, no laço, lago, que as palavras, muitas apertaram. Caminhamos para uma leitura em que as mesmas palavras, lidas, abolidas, delidas, se erguem, no seu jogo de incidências, marcas, incisões, para fazerem de nós, aparentes…

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Nota de abertura

Bem-vindos, amigos! Surpreende-te a saudação? Não estranhes. Tu, que acedes a esta página, és certamente um amigo. Há um provérbio que diz: “Os amigos dos meus amigos, meus amigos são”, se tu gostas de livros, se amas o conhecimento, se prezas a informação, és meu amigo. Ah! e como bom amigo não deixes de vir falar comigo. Vem ao blog, vem aos espaços que eu ponho à tua disposição e desfruta de todos eles: da sala de leitura e estudo onde o ambiente é de trabalho; do canto de leitura…

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