Projeto Erasmus+ da biblioteca escolar: mobilidade a Creta

No âmbito do projeto Erasmus + “School libraries promoting readers, values, literacies, skills and inclusion” decorreu de 24 a 28 de outubro uma mobilidade a uma escola parceira de Creta, em Agios Nikolaos. Nesta mobilidade participaram dezasseis alunos de diferentes países: Portugal (5 alunos do 3º Ciclo), Polónia e Itália, a que se juntaram vários alunos da escola grega e que prestaram um apoio extraordinário a todos os alunos e muito contribuíram para um clima de grande amizade.

Importa referir que toda a mobilidade foi organizada com grande rigor e dedicação por parte da equipa Erasmus grega, a que se juntou toda uma permanente manifestação de uma sincera alegria e amizade em receber os seus convidados.

No primeiro dia, após a receção feita pela diretora da escola e coordenadora da escola, Marina Toutoudaki, e pelo Mayor de Agios NiKolaus, tivemos oportunidade de assistir a uma apresentação de música e dança tradicional de Creta no auditório.

Em seguida, dinamizaram-se atividades de conhecimento mútuo com o envolvimento de todos os alunos. Após a mesma, foi visionado um emotivo vídeo sobre o Holocausto e aplicado um quiz.

Tivemos ainda oportunidade de realizar uma visita guiada pelos alunos através da cidade Agios NiKolaus.

Ainda no decurso desta semana de intercâmbio e partilha de boas práticas, visitamos Elounda e a impressionante ilha de Spinalonga, considerada a “Auschwitz” de Creta, onde até 1957 eram abandonadas as pessoas com lepra; visitamos Knossos, cidade da antiga Creta, capital do lendário rei Minos, e o principal centro da Minoica, a mais antiga das civilizações do Egeu; a cidade de Heraklion e o museu de História e Folclore em Neapolis.

Nos últimos dias, decorreram os trabalhos de apresentação relacionados com o livro “A bag of marbles”, diversos e interessantíssimos workshops sobre esse livro e a cerimónia de entrega de certificados para os alunos e professores participantes nesta mobilidade.

Na sexta-feira, dia 28, feriado nacional, por ser a comemoração do dia de independência da Grécia, tivemos oportunidade de assistir aos desfiles eu se realizaram na cidade.

Por fim, no sábado foi o dia da despedida e da emoção, visível em alunos, pais e professores, que demonstraram dessa forma toda a extraordinária e inesquecível semana vivida em Agios Nikolaus.

 

A vida é (terrivelmente) bela

Após mudar-se para a Toscânia, quando a 2.ª Guerra Mundial já se fazia sentir, Guido Orefice conhece acidentalmente a sua futura esposa Dora. Passado algum tempo e depois de várias peripécias, voltamos a encontrar Guido, feliz com a sua livraria de sonho e uma família (Dora e o filho de ambos, Giosué). No entanto, o Holocausto atinge gigantescas dimensões. Sendo assim, a felicidade desta família judaica acaba num ápice ao ser levada para um campo de concentração. Uma vez separados, o pai fica encarregue de manter a ingenuidade do filho quanto à realidade, mostrando-lhe que, de facto, a vida é bela.

Com sete Óscares, o filme “A vida é bela” retrata, com perfeição, o amor de um pai que tenta proteger incansavelmente o seu filho dos horrores do Holocausto. Para isso, Guido mantém sempre o seu sorriso, quebra as regras impostas e aguenta todos os trabalhos exigidos pelos nazis. Todas estas ações mostram o quanto o personagem é forte física e mentalmente. Para além de todos os jogos e artimanhas que Guido cria para proteger Giosué, o que realmente torna o filme original, positivamente ímpar e o destaca dos demais filmes que também retratam esta tenebrosa fase da humanidade é a comédia. (A comédia raramente está presente em filmes sobre o Holocausto.) Todas as cenas de comédia clareiam o ambiente e passam a verdadeira mensagem do filme: a vida é terrivelmente bela.

Mesmo assim, ainda tenho um aspeto a apontar: a história embeleza demais o que foram realmente os campos de concentração. No filme, as personagens quebram facilmente as regras, o que era impossível na realidade.

Para concluir, gostava de recomendar o filme. Na minha opinião, todos devem aproveitar uma boa obra cinematográfica. “A vida é bela” é um filme emotivo e cativante que deve ser visto com respeito por todos nós, que, ao longo da vida, temos de lidar com pesadelos de diferentes dimensões.

Sofia Barbosa (8.º A)

Dia dos Direitos Humanos (10 de dezembro)

A biblioteca escolar e os grupos disciplinares de História e Geografia de Portugal  e de Filosofia assinalam conjuntamente o Dia dos Direitos Humanos (10 de dezembro), na próxima segunda-feira, com uma iniciativa destinada aos alunos de 6º ano.

O docente Paulo Paiva e os alunos do 12º C dinamizarão no pequeno auditório da biblioteca, pelas 10: 20 horas, uma sessão evocativa dos 70 anos da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) e os 40 anos da adesão de Portugal à Convenção Europeia dos Direitos Humanos.

Será ainda iniciada uma campanha de recolha de assinaturas em prol das petições da Amnistia Internacional.