Arquivo mensal: Fevereiro 2022

Descrição de um jardim…

Foi pedido aos alunos que fizessem a descrição de um jardim que pudesse servir de cenário à obra “O Rapaz de Bronze” da Sophia de Mello Breyner Andresen.

 

                 Era uma vez um jardim maravilhoso, com árvores  altas e tortas, um lago azul, brilhante e reluzente.

                Havia por todo o jardim um canteiro de flores de todas as cores e de espécies diferentes. Aquele jardim era bastante grande e bastante colorido.

                Na entrada vê-se algumas estátuas muito criativas. À esquerda há gaiolas para pintassilgos, rouxinóis e pica-paus. Mais à frente, no lago, ouvem-se várias rãs e veem-se peixes com várias cores chamativas.

                Quando alguém entra naquele jardim sente-se mais calmo e relaxado.  O som dos pássaros a cantar, o barulho das rãs a saltar no lago faz a pessoa pensar que está no paraíso.

Eva, 5.ºC

 

     Era uma vez um belo jardim onde as flores ganhavam vida, dançando livremente à noite.

     Ao entrar nele encontra-se um lago ao centro. Em seguida, vê-se uma estátua feita de roseiras entrelaçadas na madeira. À direita encontra-se um belo e grande eucalipto, rodeado com arbustos cheios de flores. Mais à frente, surge um pomar com os mais variados frutos. À esquerda, surge uma escura, misteriosa e sombria gruta cheia de flores brancas como as nuvens. 
    Este jardim faz-nos sentir radiantes, curiosos, felizes, generosos e livres para ir à descoberta de algo mais e com vontade de viver lá para sempre. 
 
 
 Márcia, 5.ºC 
 
 
 

O Jardim Mágico       

   Era uma vez um jardim maravilhoso cheio de lindos carvalhos e entre esses carvalhos  havia um enorme lago onde nadava um casal de cisnes brancos. Nesse mesmo lago via-se um enorme cardume de peixes vermelhos, nenúfares, sapos e rãs.

   Ao caminhar pelo jardim, mais à frente reparei que havia uma gruta escura e misteriosa, e ao lado tinha um caminho que dava acesso às traseiras da gruta. Apressei-me e corri até lá, para ver o que tinha lá dentro de tão misterioso.

   Uma coisa é certa: tanto o lago como a gruta embelezavam o jardim e tornavam-no mágico.

Gonçalo 5.ºE

 

  O jardim encantado

    Era uma vez um jardim maravilhoso onde, na sua entrada, há um caminho comprido e calmo, com rosas e túlipas. Em seguida, vê-se um lago transparente como o vidro, mas mais brilhante e bonito. Havia também pinheiros altos que chegavam quase até às nuvens e eucaliptos finos e verdes.

    À direita, encontrava-se um parque calmo e relaxante. Toda a gente gostava de ir lá. Mais à frente, surge  um pomar variado e colorido que continha laranjeiras, limoeiros, ameixoeiras e macieiras, para alimentar os animais que por lá passavam. E por fim, à esquerda, observa-se uma gruta escura, mas quando lá se entra descobre-se uma “selva” cheia de plantas de todos os tipos e cores e árvores nunca vistas. Havia lá um animal estranho e especial. O urso-azul era azul como o mar, com estrelas a refletirem.

    Aquele jardim fazia as pessoas sentirem uma paixão forte pela natureza e enchia-as de felicidade e alegria.

Lea, 5.ºE

 

O jardim perfeito 

   Era uma vez um jardim maravilhoso. Na entrada do jardim havia um caminho lindo, cheio de pedras, luzes e umas belas hortênsias azuis e brancas. Em seguida via-se um parque grande, calmo  e muito relaxante, com umas belas mesas e bancos para descansar e, já me ia esquecendo, que tinha muitas árvores como carvalhos, pinheiros  e eucaliptos.

   À direita, havia um lago imenso e transparente, cheio de nenúfares muito luminosos e com muitos peixes, ao seu redor tinha um fileira de pedras. Mais à frente surge um pomar completamente cheio de árvores de fruto, como laranjeiras, limoeiros, pereiras e bananeiras. E, por fim, o mais esperado:existia uma gruta que no início era muito escura mas, ao fundo era o paraíso das flores. Era tudo iluminado, cheio de borboletas de todas as cores e muitos tipos de flores, como rosas, papoilas e lírios, de todas as cores, belas e delicadas. Lá dentro também tinham um trono e quem lá estava sempre sentado era um coala, o Rei das Flores. Ele tinha uma coroa de flores, muito brilhante, como as estrelas a cintilarem no céu.

    Quem visitasse o jardim ficava encantada e não queria sair de lá.

 

Lara Silva, 5.E

 

Apresentação oral – Biografia de um(a) escritor(a)

 

  1. Pesquisa informação sobre a biografia do escritor ou escritora que queres conhecer melhor;
  2. Organiza a informação que encontrares – Introdução, desenvolvimento, conclusão;
  3. Estrutura o tema para apresentares entre 3 a 4 minutos;
  4. Ensaia o que vais dizer, isso ajuda-te a controlar o tempo e a treinar a dicção.

Os alunos seguiram estas indicações e resultaram excelentes apresentações orais!

 

Fernando Pessoa

      Fernando Pessoa, nasceu no dia 13 de junho de 1888 na cidade de Lisboa. Foi um dos importantes poetas da língua portuguesa e figura central do Modernismo português.

      O poeta lírico e nacionalista cultivou uma poesia que expressa reflexões do seu “eu profundo” e muito mais.

      Fernando pessoa não foi só um poeta, mas sim vários ao mesmo tempo, pois criou heterónimos.

      Em 1901, Fernando Pessoa escreveu os seus primeiros poemas, em inglês. Com 16 anos já tinha lido os grandes autores da língua inglesa como Shakespeare e John Milton.

      Em 1905, matriculou – se na Faculdade de Letras.

      Faleceu em 1935, com 47 anos deixando-nos a sua bela poesia.

                                                                                                                        

                                                                                                                                  Carolina Oliveira 5°G

Luísa Ducla Soares

         Luísa Ducla Soares (Maria Luísa Bliebeninte Ducla Soares de Sottomayor Cardia) nasceu a 20 julho de 1939, na cidade de Lisboa.

        Licenciou-se em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa. Iniciou a sua atividade profissional em 1963 como tradutora, jornalista e escritora, tendo-se dedicado à literatura infantojuvenil.

            Estreou-se com um livro de poemas “Contrato” em 1970.

        Trabalhou na Biblioteca Nacional de 1979 a 2009 onde realizou uma bibliografia da literatura para crianças em Portugal.

           É sócia fundadora do Instituto de Apoio à Criança.

      Tem escrito guiões televisivos e diversos sites de internet, nomeadamente os da Presidência da República – Página para os Mais Novos. Participa frequentemente em encontros apresentando conferências e comunicações sobre a problemática relacionada com os jovens e a leitura, desenvolvendo regularmente junto de escolas e bibliotecas ações de incentivo à leitura.

        A escritora publicou mais de 100 obras infantojuvenis destacando-se  “6 Histórias de Encantar”, “Poemas da Mentira e da Verdade”, “A Carochinha e o João Ratão”, “O Ratinho marinheiro” entre outros.

        Em 1986 o seu livro “6 Histórias de Encantar” recebeu o prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças. Em 1996 foi galardoada com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian pelo conjunto da sua obra. Em 2004 foi escolhida pela Secção Portuguesa do International Board on Books for Young People como candidata ao Prémio Hans Christian Andersen. Em 2009 a Sociedade Portuguesa de Autores distinguiu-a com a sua Medalha de Honra.

        Luísa Ducla Soares é uma das mais importantes escritoras da Literatura Portuguesa.

      Em 2020 assinalou 50 anos de vida literária e publicou o livro “Luísa – As histórias da minha vida”, onde conta episódios da sua vida enquanto criança, jovem, mãe, avó e escritora.

“ O meu passatempo favorito é escrever”

                                                                              Luísa Ducla Soares

Bibliografia:

www.infopedia.pt

www.portoeditora.pt

www.wikipédia.org.pt

Guilherme Silva, 5º G 

João Pedro Mésseder

           João Pedro Mésseder nasceu em 1957 no Porto.

      É  investigador, professor  e coordenador  de  literatura no Instituto Politécnico do Porto.

     Em 8 de Dezembro de 2020, do seu livro “O Aquário”, foi feita uma leitura animada no programa infantil Zig-Zag da RTP2.

     João Pedro Mésseder  publicou mais de 50 obras para crianças,  de poesia, conto breve e infantil.

    Ganhou vários prémios como o prémio Bissaya Barreta (2014) e o prémio Maria Amália Vaz de Carvalho (2000).

Fonte:

João Pedro Mésseder – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org

 

Dinis Pinto Azevedo 5ºG

 

Alice Vieira

         O seu nome é Alice Vieira nasceu em Lisboa no dia 20 de março de 1943. É escritora e jornalista profissional.

       Colaborou em vários programas de televisão para crianças e escreveu muitas críticas de livros Infantojuvenil para bastantes publicações. Considerada uma das mais importantes autoras portuguesas de Literatura Infantojuvenil, os seus livros foram premiados muitas vezes.

      Várias das suas obras foram editadas no estrangeiro e traduzidas para várias línguas. Em 1979 publicou o seu primeiro romance juvenil, Rosa, minha irmã Rosa, que nesse ano ganhou o Prêmio de Literatura do Ano Internacional da Criança.

     Desde então tem publicado regularmente romances, juvenis, poesia, teatro, recolhas de histórias tradicionais, livros infantis, que lhe têm valido inúmeros prémios nacionais e internacionais.

      Alice Vieira licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Escreveu cerca de 56 obras e algumas delas são: “A Espada do Rei Afonso”, “Flor de Mel” e “A Arca do Tesouro” entre outras.

     É mãe de 2 filhos, casada com o jornalista e escritor Mário Castrim. Sempre sonhou ser jornalista e em 1969 cumpriu o seu sonho e dedicou-se ao jornalismo profissional.

 

Margarida Elias, 5ºG

 

Sophia de Mello Breyner Andresen

         Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu na cidade do Porto, no dia 6 de novembro de 1919 e morreu no dia 2 de julho de 2004. Foi a primeira mulher a receber o prémio Camões.

       Entre 1939-1940 estudou Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. A partir de 1944 dedicou-se à literatura, nesse ano, escreveu muitas poesias “Casa Branca” e o “O Jardim Perdido” entre outras.

      Teve cinco filhos que a incentivaram a escrever contos infantis “A Menina do Mar” e “A Fada Oriana” assim como outros contos. Além da literatura infantil, Sophia escreveu, também, artigos, ensaios e teatros.

      Sophia de Mello Breyner foi uma das mais importantes poetisas do séc. XX.

 

Joana Elias, 5ºG

José Saramago

            José Saramago é um escritor Português, muito conhecido por todos nós.

            Nasceu a 16 de Novembro de 1922, em  Azinhaga, Ribatejo.

            A origem do apelido Saramago remete à alcunha da família, Saramago, que é uma planta herbácea com flor que cresce na região da Golegã. À data do registo de nascimento de José, o conservador erroneamente regista a criança com a alcunha pela qual se conhecia a família.

           No curriculum, conta com atividades diversas como por exemplo, jornalista, tradutor, editor, desenhador, funcionário da previdência e da saúde, serralheiro mecânico, que foi a sua primeira profissão.

          O primeiro livro conheceu a luz do dia em 1947, é um romance e tem o nome de “Terra do Pecado”. Mas o sucesso só chegou quando o autor tinha já completado os 60 anos.

           José Saramago é o mais premiado dos escritores portugueses da atualidade. Ganhou o Prémio Nobel da Literatura, em 1998.

           Um dos seus êxito foi em 1982, “Memorial do Convento”.

         Saramago é um dos autores portugueses mais publicados em todo o mundo. Espanha, França, Itália, Polónia, Cuba, Rússia, Estados Unidos, Japão, Colômbia, México… são apenas alguns dos muitos países onde a sua obra tem sido traduzida.

            Saramago faleceu no dia 18 de junho de 2010, aos 87 anos de idade, na sua casa em Lanzarote onde residia com a mulher Pilar del Rio, vítima de leucemia crónica.

            Foi um belo escritor Português.

David  Pinto, 5ºH

 

A mitologia também conduz à poesia…

 

A deusa Ceres

 

A deusa que vos apresento

é a deusa da agricultura,

a protetora das colheitas

e da fertilidade pura.

 

Os gregos chamavam-na Deméter,

para os romanos era Ceres,

era filha de Saturno

e da fértil Cibeles.

 

Esta deusa poderosa

sabia ajudar o povo irmão,

ensinava a cultivar a terra

e dos cereais fazer pão.

 

Protegia o casamento,

ajudava na gestação,

trazia espigas como ornamento

e as crianças no coração.

 

Com Zeus teve uma filha

que certo dia foi raptada

e para resgatar a sua cria,

deixou a Terra abandonada.

 

Nos meses que passa com a filha,

cresce o trigo na seara,

nos meses em que ela está ausente,

a Terra fica fria  e doente.

 

 

Diana Vaz, 5.º A

Este meu olhar de cronista…

O impacto das redes sociais nas novas gerações

 

            As gerações atuais, nomeadamente a Geração Z, dependem completamente das redes sociais.

             Essa perceção torna-se mais evidente em momentos como aquele que ocorreu há umas semanas em que, durante 6 horas, as aplicações do grupo Facebook foram abaixo, o que levou ao caos entre os adolescentes.

             Apesar de eu mesmo ser um grande consumidor das redes sociais, penso que esta dependência é prejudicial aos jovens. Por estarem constantemente agarrados ao telemóvel e às redes sociais, não fazem exercício físico nem convivem tanto como deveriam.

              Esta dependência também pode fechar as portas da felicidade e abrir as da tristeza. Ao verem fotos, normalmente manipuladas, que transmitem modelos de beleza, começam a olhar-se mais ao espelho e a não se sentirem bem nos seus corpos.

          Concluindo, para o bem do futuro da humanidade, esta dependência das redes sociais tem de parar.

 

Dinis Ribeiro Sousa, 9.º E 

Palavras do avesso

                  As palavras têm diversas funções e significados. “Palavra” em si é tão complexa que até a infopédia tem dificuldade em lhe atribuir uma definição.

                As palavras têm a capacidade de exprimir o quanto gostamos de alguém, bem como defender-nos das ações amargas dos que são incapazes de sentir empatia. Conseguem espalhar paz e solidariedade pelo mundo e, com elas, podemos pedir ajuda quando nos sentimos sós. As palavras dispõem da habilidade de fazer alguém sorrir, sonhar. As palavras têm o milagroso poder de mudar o mundo e de salvar vidas.

                Muitos consideram as palavras conjuntos maçadores de letras, mas eu não partilho da mesma opinião. Existem palavras para descrever quase tudo aquilo que vemos, sentimos, pensamos e ouvimos, por exemplo, a palavra “petricor”, que descreve o cheiro resultante das primeiras chuvas a cair no solo após um período longo de tempo quente e seco. Há palavras com um significado tão profundo que nem podem ser traduzidas, tal e qual “saudade”. As palavras podem ter um efeito altamente positivo, como também podem arruinar vidas.

                Há poucos dias, estava eu a deambular na internet desmedidamente entediada. Paro num vídeo. Curiosa, abro nos comentários: pessoas compreensivas tentam apaziguar a situação, no entanto, o mal já está feito. Isto acontece todos os dias. Ou os dentes são tortos ou os olhos são castanhos ou canta mal ou fala demasiado. Já lá vão catorze anos e eu ainda não consigo entender o interesse de “meter o nariz” em vidas alheias. Bisbilhotar nem causa grandes danos, o problema é depreciar, sabendo que isso causará dor. As palavras podem espalhar bondade e igualdade. Mesmo assim, são constantemente utilizadas para fazer propaganda ao ódio.

              As palavras são utilizadas incorretamente. Primeiro, usam-nas para derramar hostilidade. Depois, são mal definidas. Passo a explicar: a palavra “amor” carrega grande importância, mas é vulgarizada. Não me interpretem mal, eu sou estritamente a favor da divulgação do amor, mas leiam o que tenho a dizer. Agora, os jovens aplicam “amar” para qualquer situação: “Eu amo aquela camisola”, “Eu amo este estranho que acabo de conhecer”. Não é que esteja errado, mas soa-me desafinado. Talvez, porque eu ainda não me atreva a pronunciá-la. Isto porque, tal como todos aqueles que a usam abundantemente, eu ainda não tenho a certeza do que é amar.

             Penso que, algum dia, hão de aprender a aplicar bem as palavras. Até lá, continuarão a usá-las do avesso.

Sofia Oliveira Barbosa – 9.º A 

 

Livros para quê?

            Tudo num livro me encanta. Desde as suas belas capas, que me fazem apaixonar à primeira vista, ao cheiro a novo ou, ainda, ao assombrosamente colossal talento dos autores. 

           Quando abro uma porta, deixo de estar sentada no sofá, na cama ou na desconcertantemente desconfortável cadeira da minha sala de aula. Teletransporto-me para um universo pormenorizadamente detalhado onde tudo é possível: os porcos têm asas e as galinhas dentes, a água ganha vida e as nuvens sabem falar, o vento baila e os navios piratas cortam o azul do céu. Daquele instante em diante, deixo de ser eu. Sou semideusa, sou feiticeira, sou exploradora, sou detetive, sou um fantástico ser marinho.

          Quando eu abro um livro, descubro uma nova realidade de expressões. As mesmas 26 letras formam tantas palavras! Tantas palavras originam tantas frases! Frases estas que criam os mais belos parágrafos. Parágrafos belos que criam as mais fascinantes histórias. Histórias estas que me fazem desejar ser Peter Pan ou deusa ou titã ou outro ser imortal qualquer. Só assim, teria uma eternidade para ler todos os livros do mundo! Tudo isto, porque, mal abro um livro, nada mais importa. Deambulo entre realidades e todos os medos se tornam num facto de tal maneira distante que são apenas mais uma fraca estrela no céu.

         Porém, às vezes, os meus olhos imploram por descanso e desvio-os das páginas. Aí, fico apavorada. Estou rodeada de gente com rostos retangulares, reluzentes, tecnológicos; quer estejam a atravessar a rua quer sentados na companhia (se me é permitido denominá-la assim) uns dos outros. Alguns encaram-me perturbados. Será que também eu tenho cara de folha amarela e repleta de letras? Sinto-me ímpar entre tais seres. No entanto, sinto-me identicamente certa.

          Estar rodeada de livros trouxe-me inúmeras vantagens. Graças a eles nasce em mim um olhar criativo. Uma caneta deixa de ser uma simples caneta. É, agora, o início e o fim de conflitos. Torna-se na origem do próximo êxito literário. Foi, durante séculos, uma importante via de comunicação entre famílias. Cresce em mim, da mesma forma, um olhar crítico que me permite estar aqui a escrever hoje.

         O livro físico entrou em desuso, já que o leitor começa a preferir carregar consigo um e-book. No entanto, independentemente disso, os livros permitiram, até hoje, que a sociedade se desenvolvesse,  proporcionando ao ser humano a capacidade de interpretar o mundo e os seus problemas.

         Então, o que seríamos nós sem eles? “Igualmente desenvolvidos” respondem-me as pessoas. À rapidez de um clique, os telemóveis (mesmo gerando vício e ansiedade) conseguem responder às nossas perguntas e entreter-nos. Já não necessitamos dos livros para tal. Também não necessitamos de um rápido raciocínio, a internet faz tudo por nós. Tal como não precisamos de saber falar e escrever bem, o computador corrige o texto automaticamente. Para quê perder tempo a formular a minha própria opinião sobre tal assunto, se posso roubar a que alguém partilhou online?

         Os livros carregam consigo pensamentos, criatividade, opiniões, sentimentos e, de certa forma, a história do mundo. Carregam, inclusive, um grande fardo: o de nos fazerem sonhar. Se os livros desaparecerem, levarão as pessoas criativas consigo. O mundo tornar-se-á num lugar confuso e cinzento. A gente levará um vida sem sentido, mais pobre e com os pés tão bem assentes no chão que receio comecem a ser engolidas pela terra.

Sofia Oliveira Barbosa – 9.º A 

 

O que visto amanhã?

             Entro no edifício cheio de luzes, cores, painéis com anúncios de grandes marcas…

             Observo as várias lojas – de telemóveis e outras tecnologias, roupa, maquilhagem, perfumes, malas, bijuteria, livros (ou, como eu gosto de lhes chamar, pequenas viagens para outros mundos) –, os cartazes de cinema e os vários restaurantes.

            Vejo muitas pessoas, todas diferentes: um grupo de amigos convive; uma mulher, com os seus trinta e poucos anos, empurra um carrinho de bebé; uma mãe, um pai e uma menina de três anos almoçam… Aparentemente, são todos muito diferenciados, mas, na verdade, têm algumas coisas em comum: o telemóvel, as redes sociais e as coisas de marca.

           Hoje em dia, a marca das nossas sapatilhas é mais importante que o nosso nome. A roupa que vestimos diz mais sobre nós do que a nossa própria personalidade. Isto deve-se às redes sociais e à influência que elas têm sobre nós e os nossos comportamentos. Acabamos todos sempre por aderir às tendências, quer sejam apps, sapatilhas, peças de roupa (que até há pouco tempo, por não estarem na moda, nós achávamos extramente berrantes, esquisitas, desengraçadas, hediondas).

          Aplicações como o Instagram, o Pinterest, o Tiktok e até o Snapchat e o Youtube influenciam-nos todos os dias, até nas roupas que vestimos… O que não é mau, até se tornar um processo repetitivo e tóxico, cortando as asas da nossa criatividade.

         Para além de nos afetarem desta forma, as redes sociais também nos afastam. Vou a caminhar na rua ou na escola ou até no shopping e vejo quase toda a gente no telemóvel: a responder a mensagens ou apenas a ver as suas redes sociais, quando podiam, nesse exato momento, estar a conviver ou a socializar.

         A internet também nos influencia de outras formas. Por exemplo, quando estamos simplesmente a vaguear nesta rede e começamos a seguir pessoas, podemos ficar obcecados, pelo estilo de vida, pelas roupas e oportunidades que elas têm e nós não temos e (por alguma razão) achamos que também temos de ser assim: ter tudo o que os outros têm, ou aparentam ter. Ou, ainda, quando deixamos que imensas pessoas que não conhecemos nos sigam num aplicativo, apenas para podermos dizer que temos mais seguidores do que o nosso amigo. Como se isso nos fizesse melhores no nosso trabalho (a não ser que sejamos “influencers”), ou até mesmo melhores pessoas.

          E quando chego a casa e paro para refletir, percebo que a nossa geração anda vestida praticamente toda da mesma forma e está viciada nas tecnologias e redes sociais, tornando-se muito egoísta, angustiada com a opinião dos outros, pouco social, tendenciosa e materialista.

Francisca Fidalgo de Jesus – 9.º A 

 

O crescimento

             Lembro-me como se fosse hoje do meu primeiro dia de aulas. Incrível como o tempo passa!…
             Queremos tanto crescer rapidamente, livrando-nos da escola, que, quando damos conta, já passou. No meu caso, frequento o 9.º ano e ainda tenho mais três anos pela frente, mas já sinto saudades do tempo em que era apenas criança!

            Tenho saudades daqueles momentos tão simples, quando cantávamos a tabuada do 2 e resolvíamos com os dedos as contas de somar. Era um tempo maravilhoso, um tempo único! (Um tempo em que ainda percebia de matemática!)

            Pensando bem, sinto saudades de tudo! Saudades de quando era tudo mais fácil, saudades de quando era apenas uma criança. É incrível como existem momentos e pessoas que marcam a nossa vida, como aquela paixãozita que todos nós tivemos na primária, entre muitas coisas magníficas e outras que o não foram tanto.

            Hoje é tudo tão estranho!… Sempre me imaginei como aquelas raparigas mais velhas, aquelas que tinham um corpo mais desenvolvido do que o meu, aquelas que tinham namorados, aquelas mais crescidas. Hoje, com quase 15 anos, vejo que as coisas não são tão incríveis como eu imaginava!

           Ainda não consegui perceber quando se deixa de ser criança para se passar a ser crescido, adolescente… Provavelmente, quando percebemos que a aparência importa, provavelmente, quando percebemos que os problemas já não se resolvem só com um rebuçado, provavelmente quando começamos a perder o nosso brilho.

          Sinto-me assim, não sei se gosto!…

 

Clara Martins 9.º E