Arquivo mensal: Fevereiro 2019

Prémio Reportagem do Mês de Janeiro – Jovens Repórteres para o Ambiente

A vídeorreportagem “Quinta dos Murças, enoturismo e sustentabilidade” venceu o prémio Reportagem do Mês de Janeiro no concurso “Reportagem do Mês”, do Programa Jovens Repórteres para o Ambiente.

Esta vídeorreportagem, realizada pelo aluno Ricardo Lourenço, do 12.º ano, do Curso Profissional de Técnico de Turismo, dá a conhecer a Quinta dos Murças, situada no concelho de Peso da Régua, no distrito de Vila Real. Esta quinta foi muito conhecida pela produção de Vinho do Porto mas, desde que foi adquirida pelo Grupo Esporão, em 2008, passou a produzir também vinhos, em Agricultura Biológica e Integrada, tratando-se de um excelente exemplo de preservação ambiental, no Alto Douro Vinhateiro.

Parabéns ao Ricardo e a todos quanto colaboraram neste trabalho!

 Veja a reportagem no link:

https://jra.abae.pt/plataforma/video/quinta-dos-murcas-enoturismo-e-sustentabilidade/

 

 

Realmente livres ou ainda escravos?

Escravidão, trabalhadores ilegais…são algumas das formas de exploração, do homem pelo homem, conhecidas e extremamente condenáveis pela maioria da sociedade. Mas será que a exploração não estará também presente em nossas casas ou na dos nossos amigos e conhecidos?

A verdade é que numa sociedade estratificada e capitalista, a exploração está presente no dia-a-dia quer de forma visível quer totalmente encoberta pela ignorância e desconhecimento. Podemos considerar o nosso salário justo até termos conhecimento do lucro do nosso patrão, podemos considerar o pagamento através de recibos verdes normal até termos conhecimento de que a empresa apenas o faz para não ter de efetivar trabalhadores e com isso poupar dinheiro, podemos achar uma peça de roupa barata até termos conhecimento do seu custo de fabrico. Tudo isto é exploração do homem pelo homem.

Somos explorados ao comprarmos, explorando quem produz e enriquecendo quem vende. Esta é a fórmula base da nossa sociedade que considera já ter extinguido a escravidão há dezenas de anos. Pois eu vejo à minha volta, todos os dias, ramificações da escravidão. Somos escravos do homem, da sociedade e de nós mesmos, vivemos uma escravidão e exploração sem fim!

Concluindo, considero que, assim como nas sociedades do passado, também na atual se podem identificar facilmente exemplos de exploração do homem pelo homem.

(este texto foi produzido em sala de aula)

Madalena Pinto, 12º A

“As pessoas de Pessoa”

Afinal, os santos de casa também fazem milagres!

Hoje, segunda-feira, como todos os inícios de semana, levantei-me a custo para dar início a mais um dia de trabalho.

Lutei contra as poucas horas de sono que os domingos teimam em roubar-me, contra este corpo que me sobra, o cansaço de tudo e de nada, contra o espelho onde o tempo me reflete, contra o trânsito, contra a inércia dos meus alunos, irreverentes, imberbes, crentes na eternidade jovial, certos dos seus direitos absolutos, seguros de que haverá uma segunda, terceira ou até, talvez, uma quarta oportunidade. 

E tudo recomeça na segunda-feira, dentro da sala de aula: o sumário, o ralhete, o TPC, o ralhete, a leitura do texto, o ralhete, a questão, o ralhete, a resposta desatenta, o ralhete, o teste, o ralhete, o bocejo, o ralhete, o sermão, o conselho, o alerta, o ralhete… tocou!

Hoje, segunda-feira, não correu como todos os inícios de semana, porque a aula não era aula, mas outra coisa qualquer, fora das quatro paredes, sem secretária, sem livros e sem ralhetes. A aula, hoje, era no grande auditório.

Diante dos meus olhos, em cima do palco, sob a luz crua dos holofotes, havia gente nova: mulheres, só mulheres, ainda meninas, pessoas de Pessoa, com muitas dúvidas, muitas inseguranças e angústias, mas animadas de vontades e de muita coragem. As pessoas do poeta e os poetas de Pessoa foram entabulando conversas de versos, pensamentos de quem, hoje, finge que é fingidor e mente o que deveras sente. Diante dos meus olhos, aquele grupo de alunas fingidoras travestiram-se e metamorfosearam-se no Pessoa ortónimo, nos heterónimos (Caeiro, Reis e Campos) e no quase-heterónimo (Bernardo Soares). Até a “Mensagem”, uma nova metafísica do ser português, os lusíadas do futuro, esteve em palco, corporizando o “Portugal-a-haver” nos versos das vozes.

Hoje, segunda-feira, dia 18 de fevereiro, as alunas do 12º ano, de Literatura (opção), orientadas pela docente Georgina Tavares, provaram que, afinal, os nossos jovens estão a conseguir enfrentar os seus pequenos grandes mostrengos, vivendo plenamente a verdadeira escola. Afinal, os santos da casa também fazem milagres!

                                                                                     Clara Faria

 

 

Na passada segunda feira, tivemos o privilégio de assistir a um espetáculo de teatro sobre Fernando Pessoa, encenado pela turma de humanidades do 12º ano, no âmbito da disciplina de Literatura.

Foi-nos apresentada de forma clara, precisa e fiel, a filosofia de vida dos três heterónimos de Fernando Pessoa, estudados ao longo do ano, incluindo o próprio, Fernando Pessoa Ortónimo.

O espetáculo, pelo rigor dos textos, permitiu-nos ver em palco o Ortónimo, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e o “Mestre” de todos eles, Alberto Caeiro, numa bela conversação introspetiva, reveladora dos princípios de cada um.

Assim, este trabalho de representação ofereceu ao público – alunos do 12º ano – a síntese da matéria que temos vindo estudar ao longo do ano, na disciplina de Português, contribuindo para a revisão e para uma melhor apreensão destes conteúdos programáticos.

  Assistimos, sem dúvida, a uma abordagem séria, mas divertida e, sobretudo, enriquecedora quer a nível de conteúdo, quer a nível da “performance”.

                                                                                                              Tatiana Mota, 12º D

 

A peça de teatro – “As pessoas de Pessoa” – surpreendeu-nos bastante, na medida em que o ambiente, no palco e no auditório, e a interpretação das personagens – Fernando Pessoa Ortónimo e os seus heterónimos – foram excelentes.

Relativamente à representação, talvez pudesse ter sido feita por vozes masculinas, mas todas as personagens foram bem interpretadas, pois conseguimos identificar a filosofia de vida defendida por cada uma das “pessoas de Pessoa “, complementando os nossos conhecimentos sobre esta matéria.

 Simão Barbosa; Beatriz Pereira; Vera Mota; Ana Sofia Moreira, 12º A

 

A peça dramática “As pessoas de Pessoa”, levada a cena pelos alunos do 12º ano de Literatura (opção), evidenciou, para além do efetivo conhecimento da obra de Fernando Pessoa, grande empenho e criatividade. Consideramos que esta dramatização se equipara a outras realizadas por profissionais.

Luís Barreiros e Madalena Castro, 12º A

 

Apreciámos bastante a sessão de teatro protagonizada pelos alunos de Literatura do 12º C – “As pessoas de Pessoa” – pois, embora artistas amadores, mostraram um surpreendente profissionalismo. Os heterónimos foram bem representados através das filosofias defendidas e da declamação dos respetivos versos. Por estas razões, estão de parabéns!

Ana Rangel, Ana Lopes e Carolina Dias, 12º A

 

No dia 18 de fevereiro, os alunos do 12º ano da nossa escola assistiram a uma dramatização preparada pelos alunos de Literatura – “As pessoas de Pessoa” – também do 12º ano. Este espetáculo consistiu na representação dos vários heterónimos de Fernando Pessoa e das respetivas filosofias poéticas. A encenação contou com o empenho dos alunos e com o profissionalismo da professora Georgina Tavares.

Afinal, não é preciso sair da escola para assistir a uma ótima peça de teatro como aquela a que assistimos no grande auditório.

Bárbara Campos, David Azevedo e Rafael Massada, 12º A

 

No dia 18 de fevereiro assistimos a uma iniciativa inovadora: uma pequena peça de teatro – “As pessoas de Pessoa” – levada a cena pela turma 12º C e encenada pela professora de Literatura Georgina Tavares.

Este espetáculo teve uma excelente organização, as personagens foram bem interpretadas, embora os “atores”, melhor dizendo, as “atrizes”, fossem inexperientes. O cenário, muito simples, evocava o café “A Brasileira”, espaço frequentado por Fernando Pessoa.

Claro que em alguns momentos a plateia teve dificuldade em ouvir algumas falas, talvez pela inexperiência e pelas condições acústicas da sala, mas foi surpreendente a forma como os alunos interpretaram as diferentes máscaras do poeta.

Ana Catarina Moreira; Francisca Pereira, João Agostinho, Ruben Rodrigues e Tiago Ribeiro, 12º A

 

Excelente participação no concurso nacional de leitura

A Biblioteca Municipal de Gaia recebeu sexta-feira, dia 22 de fevereiro, a 2ª fase municipal da 13ª edição do Concurso Nacional de Leitura (CNL), que contou com a honrosa participação de seis alunos da EBS de Canelas. O Daniel Mesquita (1º Ciclo), a Beatriz Duro e a Sofia Barbosa (2º Ciclo), a Beatriz Silva e a Catarina Teixeira (3º Ciclo) e a Raquel Ribeiro (Ensino Secundário) foram os representantes da nossa escola e demonstraram a razão pela qual chegaram a esta prova do CNL. São alunos com o gosto pela leitura, com capacidade de argumentação, inteligentes e educados, pelo que foi para mim, que os acompanhei das 9 às 18 horas, um enorme prazer ter podido conviver com eles ao longo desta jornada.

Depois da fase escolar, que incluiu a seleção dos referidos alunos para esta fase intermunicipal de Gaia, os nossos seis alunos participaram numa prova escrita seletiva. Os resultados foram excelentes, face ao elevado número de alunos e escolas representadas,  pois conseguimos a passagem de dois alunos à 2ª prova, esta assente na leitura em voz alta de um excerto  e na argumentação, que teve como base a leitura prévia de uma obra de acordo com o nível de ensino. As alunas Sofia Barbosa e Beatriz Silva tiveram um prestação notável: ambas com uma boa leitura e com forte capacidade de argumentação perante o júri de três elementos e a assistência que enchia o auditório da biblioteca municipal Almeida Garrett.

No final das provas, após um momento cultural de poesia, o júri comunicou os resultados e neste leque restrito que compunha os  participantes selecionados à 2ª fase (cinco por cada nível de ensino), a Sofia Barbosa do 6º A, foi uma das três alunas das escolas de Gaia selecionadas para uma nova fase, a distrital, que se realizará no Porto. É um orgulho para a nossa escola ter alunos desta qualidade. Todos os seis participantes, sem exceção, estão de parabéns! Um palavra de apreço também aos professores destes alunos e aos respetivos pais pelo suporte educativo.
Recorde-se que o objetivo central do CNL é estimular os hábitos de leitura e pôr à prova as competências de expressão escrita e oral dos vários níveis de ensino.