Arquivo mensal: Março 2018

Texto livre realizado a partir de um conjunto de palavras fornecido:

parede branca; planeta distante; animal estranho; nome do autor; tesouro; espelho; carrinho de linhas

 

Às vezes, penso em como odeio ter crescido, como o meu mundo mudou, apenas por ter mais quatro ou cinco anos. É que agora eu sei pensar, analisar as coisas à minha volta… mas não gosto mesmo nada de o saber fazer!

Deprime-me ver como há pessoas más, egoístas, pessoas que fazem com que cada um dos meus dias possa do nada piorar, apenas por eu ter consciência que essas pessoas existem. E deprime-me ainda mais saber que eu estou rodeada dessas pessoas. Odeio conseguir perceber que a maior parte das coisas que me contam é mentira, ou então entender que não sou importante para quase ninguém. Odeio ainda saber que se amanhã não estivesse cá, ninguém iria sentir a minha falta. No entanto, se fosse ao contrário, se esse alguém importante para mim, alguém que eu considere um tesouro na minha vida, amanhã já cá não estivesse, eu iria perder parte de mim ao perder essa pessoa.

Talvez esteja a ser eu a egoísta ao pensar assim. Mas, sim, é assim que eu me sinto. E sinto-me assim, porque todos me veem como se fosse uma parede branca, sem espírito, sem cor, algo neutro, sem vida, algo banal, sem importância. Às vezes apetece-me sair, ir para um sítio bem longe, um planeta distante, onde haja um mundo paralelo e lá passar umas férias, umas longas férias… algum mundo desconhecido, algo diferente, com pessoas diferentes, frutos estranhos, animais estranhos, algum mundo em que se eu lá vivesse e ouvisse falar do nosso mundo, achasse que o estranho seria este e não aquele!

Às vezes sinto-me mal por pensar desta forma e saber que o mundo está cheio de coisas bem piores, como a guerra, o terrorismo… coisas bem mais importantes do que o que sinto, o que vivo. Mas este assunto toca-me mais do que qualquer outro, é algo que me consegue derrubar o coração e desfazê-lo em bocados, depois só com a ajuda de vários carrinhos de linha para conseguir cozê-lo novamente!

E perturbo-me mais e mais cada vez que me olho ao espelho, dizendo “Gabriela, aguenta-te, nada vai mudar!” Penso nisto e sei que muito provavelmente isto é o meu ponto fraco.

Gabriela Barbosa, n.º11 8ºH

(Este texto não é real. Escrevi-o como ficção, mas sabendo que muita gente pensa assim. Porém, não é o meu caso. Na verdade, foi uma forma que encontrei para usar/escrever as palavras todas do exercício de escrita!)

“Subiu devagar, que aquilo tremia muito, e empoleirou-se por fim nos ferros cruzados dos quatro ventos.”

Os alunos escreveram textos, a partir de um excerto do conto “A estrela” que termina na citação acima. Os alunos foram convidados a continuar a história. Mais tarde, a professora leu-lhes todo o restante conto do Vergílio Ferreira.

 

Subiu devagar, que aquilo tremia muito, e empoleirou-se por fim nos ferros cruzados dos quatro ventos. Finalmente, chegara ao topo. Dali, viu o céu brilhante, a imagem mais bela que alguma vez tinha visto. Pedro ficou ali debruçado por momentos, a olhar para o céu, até que pensou que queria empalmar a estrela mais brilhante e que iria oferecê-la à sua mãe para enfeitar o cabelo.

Entretanto, caiu na realidade e achou que tudo aquilo não passava apenas de um sonho ou de uma ideia da sua cabeça. Mas não, Pedro estava no ponto mais alto da cidade a observar as estrelas. O menino ficou muito triste quando percebeu que nunca conseguiria uma estrela para oferecer à sua mãe.

Passado alguns momentos, teve uma ideia. Achou que se chamasse a estrela, ela viria ao seu encontro. Na verdade, chamou-a, mas ela não veio e o menino ficou ali triste a pensar como é que iria conseguir chegar à estrela. Logo depois, lembrou-se que já passava muito tempo desde que tinha saído de casa e pensou que os seus pais já teriam dado pela sua falta.

Começou então a fazer o caminho de descida, descia pelas escadas, mas como estava muito escuro, Pedro ficou assustado. Não via nada. E eis que, por um instante, pareceu que tinha acontecido um milagre. A estrela entrou e iluminou-lhe o caminho até casa.

João Pereira

7.ºD, nº 12

 

Subiu devagar, que aquilo tremia muito, e empoleirou-se por fim nos ferros cruzados dos quatro ventos. Aconteceu tão depressa que o rapaz nem se apercebeu do modo como caiu. Chegando ao chão, ficou inconsciente, pois a pancada fora tão grande que perdeu os sentidos. Desmaiado que estava, a sua mente começou a viajar e acabou por entrar num portal que o levou para o Mundo das Estrelas.

Chegando lá, foi recebido pela Estrela Júnior, que logo perguntou o seu nome e de onde vinha.

                  – Olá… como te chamas, de onde vens? – perguntou assustada e rapidamente.

                  – Olá, eu chamo-me Pedro e venho do planeta Terra, mais precisamente de Portugal.

                  – Bom, prazer em conhecer-te, Pedro. Eu chamo-me Estrela Júnior, mas podes chamar-me Júnior – disse mais calma – Eu acho que sei por que vieste cá parar, por isso vou apresentar-te Estrelópolis!

                  – Como é que sabes? Estrelópolis? Para onde me levas? – perguntava o garoto curioso.

                  A Júnior mostrou-lhe a cidade inteira, era tão grande como o planeta terra! E finalmente chegou à parte que Júnior considerou ser a mais interessante. O estrelório! Espaço onde trabalham as estrelas que foram preparadas durante anos para brilhar.

                  – Bom este é o estrelório! Eu trabalho com eles, mas não da mesma maneira.- disse um pouco triste – Eu recebo os turistas e mostro o estrelório.

                  – Uau! Que interessante! – disse Pedro aos saltos- É aqui que está a minha estrelinha?

                  – Sim! Ela chama-se Estrela Kelly. Ela veio de Estrelópolis do Sul, é a minha ídola. – referiu Júnior.

                  Depois de falarem sobre a empresa, viram as estrelas e Pedro só pensava: « Que estrelas bonitas, algumas amarelas como o queijo, outras branquinhas como as nuvens e todas muito brilhantes como o Sol. »

– Pedro, este é o fim. – afirmou ainda sorridente, como esteve a visita toda.

                  – Já? Eu queria ficar! – exclamou Pedro um pouco triste.

                  – Não faz mal, sempre que quiseres voltar, aperta o botão desta pulseira! – disse entregando a mesma – Agora, passa por este portal Estrelar para poderes voltar para casa.

                  – Está bem!

                  – Lembra-te: as estrelas são de todos! – disse Júnior despedindo-se.

Quando Pedro acordou, pensou no que Júnior lhe dissera e sussurrou:

                  – As estrelas são de todos!

E assim Pedro aprendeu a olhar para o céu e a admirá-lo, ao invés de querer roubar as estrelas.

 

Marina Ferreira

7.ºD, nº 15

 

Subiu devagar, que aquilo tremia muito, e empoleirou-se por fim nos ferros cruzados dos quatro ventos. Pedro olhou para o céu, eram várias as estrelas maravilhosas, mas a sua, a que ele tanto queria, era a que se mais destacava, a que mais brilhava, no céu e nos seus olhos.

Estava prestes a consegui-la. Finalmente algo para levar para o seu quarto, ou para a escola, ou talvez para dar à sua mãe no seu aniversário. Na verdade, ele não sabia bem para quê, mas ele sabia, ele sabia que precisava dela, nem que fosse a última coisa que ele faria. Foi aí que o desastre aconteceu.

A estrela, a estrela que estava prestes a estar nas suas mãos, desapareceu… Ele não podia acreditar. Foi então que começou a chamar por ela, mas nada…

Olhou para todo o lado, olhou, olhou, mas nada. A estrela tinha desaparecido. Pedro olhou tanto para baixo que caiu. Mesmo na hora que ia bater no chão… Acordou…

Percebeu que tudo aquilo era um sonho, um sonho sem explicação.

Beatriz Silva

7.ºD, nº 5

 

Subiu devagar, que aquilo tremia muito, e empoleirou-se por fim nos ferros cruzados dos quatro ventos.Estava com muito medo de cair, por isso queria ser rápido, mas, ao tentar agarrar a estrela, desequilibrou-se para a frente e caiu. Conseguiu-se porém segurar a um ferro que tinha na parede da torre. A tremer, começou a chorar e a gritar por ajuda muito alto:

– Socorro, ajudem-me, vou morrer!

Conseguiu acordar toda a gente que vivia ali perto incluindo os pais que saíram de casa para ver o que se estava a passar e de longe conseguiram ver o Pedro quase a cair, simplesmente agarrado a um ferro. Ligaram logo para os bombeiros e correram para a igreja.

Entretanto, os bombeiros chegaram e conseguiram tirá-lo de lá. O Pedro, quando chegou a casa, estava muito triste e os pais foram falar com ele e perguntaram-lhe:

– Por que razão saíste de casa e foste para a torre numa noite tão escura, sombria e fria como esta?

– Eu queria apanhar uma estrela, a estrela mais brilhante, a mais linda, a maior que havia no céu e guardá-la só para mim. – respondeu o Pedro

                  Os pais ficaram a olhar um para o outro, riram-se e abraçaram o filho.

A mãe a sorrir disse:

                  – Tu, um dia, vais ter uma estrela, a mais bonita que houver, só para ti, mas por enquanto eu dou-te uma de peluche amanhã, se fores dormir agora.

O Pedro foi dormir e, no dia seguinte, a mãe foi comprar-lhe uma estrela de peluche.

O Pedro hoje em dia é grande, mas leva sempre a sua estrela para todo o lado

 

Cláudia Fontes

7.ºD, nº 9

 

Subiu devagar, que aquilo tremia muito, e empoleirou-se por fim nos ferros cruzados dos quatro ventos.Quanto mais Pedro subia, mais aquilo tremia e Pedro ficava cada vez mais assustado. Quando Pedro finalmente estava a chegar à estrela escorregou e ficou pendurado na cabeça do galo. Pedro voltou a subir, mas voltou a escorregar e caiu no chão.

No dia seguinte, quando os pais do Pedro acordaram, repararam que o seu filho não se encontrava em casa e foram logodesesperados à procura dele. Quando os pais dele o encontraram, repararam que a estrela mais bonita do céu estava deitada à beira dele. Mas, mal a estrela se apercebeu que alguém se aproximava, desapareceu.

Os pais de Pedro levaram o seu filho de urgência para o hospital e mais uma vez  aquela magnífica estrela foi ter com ele. Mas, mal se apercebeu que Pedro começava a abrir os olhos devagar, voltou a fugir, mais uma vez. Os médicos de Pedro, mal ele acordou, disseram que ele tinha de  fazer alguns exames. Quando Pedro acabou de fazer os exames e os médicos perceberam que estava tudo bem, deram-lhe logo alta.

Quando chegou finalmente a hora de dormir, Pedro pediu um desejo, que quando ele acordasse, a estrela estivesse lá, à beira dele e ficasse com ele para sempre. Quando Pedro acordou, reparou que a estrela estava lá, mas os pais obrigaram-no de imediato a pôr a estrela no seu sítio. Pedro só a colocou no sítio com a promessa de a ir visitar todos os dias e assim foi.

 

Ana Campos

7.ºD, nº 4

No dia 21 de março, veio à nossa escola a doutora Isabel Andrade do serviço educativo do museu Marta Ortigão Sampaio para preparar a visita que se realizará no início de abril com todas as turmas de sexto ano. A apresentação incidiu sobre a criação de diários gráficos que serão concretizados durante essa atividade.

 

No dia 6 de fevereiro de 2018, as nossas colegas do 9.ºano vieram apresentar-nos um PowerPoint sobre a autoestima, a pessoa assertiva, a pessoa passiva, a pessoa agressiva e a pessoa manipuladora. 

Estes assuntos são pertinentes, pois a autoestima serve para confiarmos em nós próprios e a assertividade serve  para não obrigarmos as pessoas a fazerem aquilo que não querem.

Ensinaram-nos que uma pessoa passiva é levada por circunstâncias da vida, enquanto uma pessoa ativa não deixa a sua vida afetar-se por fatores externos.

Explicaram-nos que uma pessoa manipuladora é uma pessoa que  convence as outras pessoas a fazerem o que não querem, mas sim o que ela quer.

Já tínhamos  refletido sobre esta temática com a nossa diretora de turma  e, mais tarde, com um senhor que trabalha na  Associação  Europacolon.

Com esta sessão,  concluímos  que não devemos gozar com os gostos dos outros, e que devemos aceitar as opiniões de todos. Aprendemos também que não podemos obrigar as pessoas a fazerem o que não querem e que devemos  confiar em nós próprios.

A nosso ver, esta sessão foi motivadora e interessante pois  aprendemos a ser melhor pessoas e a termos comportamentos adequados perante os outros.

6º G

Beatriz, Sara, Sofia, Tomás

 

Uma banda sem nome (ainda) – Vote!

Não sei quantas almas tenho

A banda é composta por professores e alunos do agrupamento de escolas de Canelas. Cria músicas a partir de poemas de autores portugueses do currículo escolar desde 2015. 

Luís Baião – Guitarrista e vocalista

Armanda Oliveira – Vocalista

Alice Loureiro – Vocalista

Carla Pinho – Guitarrista e vocalista

Jorge Resende – Vocalista

Pedro Martins – Percussão

João Miranda – Percussão

Márcio Ribeiro – Percussão

Carlos Vidro – Percussão

Sara Ferreira – Teclas

Jorge Bráz – Teclas

Pedro Durães – Percussão

Carlos Ferreira – Guitarra