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CUIDA DO AMBIENTE – Preservar o ambiente é o lema das crianças da Lagarteira

     Na sequência da leitura da obra “Carta aos Líderes do Mundo”, de Maria Inês Almeida e Flávia Lins, com ilustração de Fabio MIraglia, houve a oportunidade de discutir temas sobre o ambiente.

     Ao longo dos meses de abril e maio, os alunos do 3º e 4º anos da EB1/JI da Lagarteira, em Canelas, debateram ideias sobre o ambiente após a leitura da obra “Carta aos Líderes do Mundo”, sugerida pela Biblioteca Escolar do Alquebre, atividade chamada “Leitura Orientada em Sala de Aula”.

     Prosseguiu-se com a realização do jogo “Abecedário do Ambiente”, que consistiu na procura de palavras iniciadas com as letras do alfabeto.

     Para pensar soluções para ajudar a Terra, aproveitaram-se os Dias Mundiais da Água (22 de março), da Terra (22 de abril) e do Livro (23 de abril) para discutir e recordar formas de preservar o planeta azul, afinal, a Escola da Lagarteira é uma Eco Escola.

                                                                 Notícia elaborada pelos alunos das turmas LAG_A e LAG_B.

É fundamental ter OPINIÃO!

 

Negligência da humanidade

Sofia Barbosa | 10.ºA

     Durante séculos, o Homem distinguiu-se dos restantes seres vivos, não só pela sua capacidade intelectual e de comunicação, mas também, acima de tudo, pela sua capacidade de sentir empatia e dor pelo sofrimento do outro. O que realmente distinguia o ser humano dos demais era a sua Humanidade.

     Ultimamente, o nosso planeta tem sido governado pela ganância, pelo orgulho, pelo ódio, pela vingança, pelo materialismo. No outro lado do espetro, consequência deste egocentrismo, existem epidemias de fome, sede, dor, sofrimento, perda, medo: o peso de todo esse egoísmo e narcisismo faz-se sentir. E o que fazem as populações? Quem nada faz para parar o mal é cúmplice, culpado.

     A germinação do amor, da compaixão e do altruísmo foi abolida há muito. Talvez porque o cultivo da tragédia é mais fácil, mais rápido. Não precisa de tempo ou cuidado nem é frágil. A tragédia é de rápida propagação. O Homem deixou de sentir pena dos mortos, dos doentes, dos pobres, dos animais, dos sem-abrigo. Não vê nada mais para além do seu próprio umbigo. Vê inutilidade nos mais frágeis, quando tudo o que estes precisam é de oportunidade.

     «Os pássaros existem para nos ensinar coisas sobre o céu»: li esta frase há pouco num livro. Penso que se encaixa no tema. Depois de ver um pássaro ser alvejado, o protagonista sublinha que até os seres mais pequenos têm um papel no nosso planeta. Todos merecem viver. Começam a ser raras as pessoas que partilham desta verdade. É provavelmente devido a esse facto, devido à ausência de pessoas verdadeiramente boas, que o mundo se está a negligenciar de toda a sua humanidade.

O maior bicho-papão de sempre: o Homem

Sofia Barbosa | 10.ºA

     A lenda do bicho-papão é muito temida pelas crianças. Este monstro assume a forma daquilo que elas mais receiam e toma esconderijo nas sombras dos seus quartos. O meu bicho-papão, por outro lado, não teme a luz. Na verdade, o meu bicho-papão segue-me para todo o lado. O meu bicho-papão é o Homem.

     Que bicho cruel e selvagem é aquele que inflige tanta dor na sua própria espécie! Quanto ódio e maldade são necessários para se conseguir obter prazer no sofrimento dos seus iguais! Que monstro bárbaro e desumano mata e aniquila e tortura os mais frágeis dos seus pares, procurando apenas reforçar o seu poder! Um monstro egoísta, vaidoso e impiedoso que busca sempre mais e mais e mais. Mais poder, mais fama, mais respeito, mais dinheiro, mais bens, mais força, mais controlo. Controlo, controlo, controlo. Um bicho que só aceita a sua opinião e mais nenhuma. Afinal de contas, a sua opinião é a melhor, porque a sua espécie é a melhor – não há melhor do que ele próprio!

     O meu bicho-papão é o Homem. O Homem é uma espécie terrível que se alimenta do rancor e da vingança. O Homem não conhece limites e fará o impossível para alcançar aquilo que quer. O Homem, destrutivo e exterminador, toma tudo como seu. Limita-se a tirar e a tirar e a tirar. Nunca dá, nunca devolve, nunca retribui. O meu bicho-papão não conhece o altruísmo e o amor. O meu bicho-papão pratica apenas aquilo que o fará permanecer no topo da cadeia alimentar. A bondade não consta dessa lista. A bondade requer pôr os outros em primeiro lugar, e o meu bicho-papão não o sabe fazer. O meu bicho-papão é o cúmulo do narcisismo.

     No entanto, o meu bicho-papão não é tão forte como aparenta. Não é que ele não tema a luz, tem apenas medo do escuro. O poder dos restantes bichos deixam-no apavorado, então o Homem retrata-se como intocável, esperando que esta imagem afaste todos outros. O que o Homem não sabe é que ele será a sua própria desgraça. E, daqui a nada, não serei a única a ter o Homem como bicho-papão.

 

RECITAL DE POESIA “ENTRE NÓS E AS PALAVRAS”

 

       E há poetas que são artistas”, e há também artistas que são poetas, que trabalham os versos dos outros como se, de facto, tivessem brotado das profundezas do seu próprio ser. Só assim podemos compreender o que se passou no dia 14 de março, no recital de poesia “Entre nós e as palavras”  protagonizado pelo ator Pedro Lamares.

     O auditório grande encheu-se de alunos e alunas do ensino secundário (regular e profissional), jovens e pouco crentes neste tipo de atividades cheias de palavreado rimado! Ainda  por cima, não era pro bono (pagar para sofrer ou aborrecer-se não fazia muito sentido, pelo menos para quem ainda não aprendera o verdadeiro sentido dos versos pessoanos “Deus ao mar o perigo e o abismo deu,/ mas  nele é que espelhou o céu” ).

   A sala tinha cadeiras, muitas cadeiras… não daquelas macias, onde os rabos encontram o conforto aveludado dos verdadeiros auditórios. Também não havia os desníveis ligeiros dos anfiteatros que deixam ver um bocadinho mais acima da cabeçorra que parece crescer à nossa frente.

       Sem bastidores nem cortinas, só a nudez imponente do palco se insinuava aos olhos dos que,  às turmas, iam entrando. As fileiras de cadeiras duras foram sendo preenchidas…uns mais à frente, aconchegados ao palco, outros mais diluídos na centralidade do auditório, outros  mais distanciados da boca de cena …enfim, como em todo o lado… (não podiam ficar todos ao colo, embora haja sempre alguns com mais colo do que outros… C’est la vie!).

   Inusitadamente, não havia vestígios de tecnologias, a não ser as que os alunos apertavam sofregamente entre os dedos, sabendo de antemão que as “storas” não tardariam a embirrar com aqueles “gadgets”, janelinhas luminosas que dão para o outro lado da rua da vida e que dão sentido à existência juvenil.

     Súbito, uma voz profunda e limpa insinuou-se entre o ainda ruidoso público…e o manto do sussurro poético foi abafando suavemente o auditório, afagando alguns ouvidos mais atentos e despertando outros, os que, pouco a pouco, se deixaram contagiar pela beleza das palavras, dos versos, dos poemas, das breves histórias. Entre nós e as palavras cresceu um corredor de emoções (até as andorinhas presas nas paredes altas esvoaçaram em liberdade).

      Foi bonita a festa da palavra, o encontro com a arte de dizer os versos dos outros!

   Foi bonito o silêncio de um auditório cheio de gente nova embalada pelo ritmo da poesia…

     Afinal, cada um dos alunos ali presentes é ainda um poema por dizer!

 

                                                                                                                                  Clara Faria

 

 

O TEATRO na ESCOLA Farsa de Inês Pereira, Gil Vicente

Apreciações críticas da dramatização da Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, pelo ator Alexandre Sá, da Associação Teatro Educação – «Teatro da Mala».  

 

Sofia Barbosa |10.ºA

O teatro tem o poder de mudar o modo como vemos o mundo. É das formas de arte mais antigas e respeitadas, mas, mesmo assim, é subvalorizado. Os jovens, na sua maioria, não gostam do teatro. Os jovens de Canelas, na sua maioria, não gostavam de teatro. Não gostavam de teatro, porque, provavelmente, nunca haviam visto uma peça de teatro ou, provavelmente, nunca se tinham visto perante uma boa peça de teatro. De qualquer forma, a sua opinião sofreu uma drástica mudança no dia 15 de fevereiro de 2023. Alexandre Sá mudou, talvez para sempre, a nossa perceção acerca do teatro. Trazido pela Associação Teatro Educação (ATE) – «Teatro de mala» – , o ator revolucionou uma peça que já era revolucionária por si só. Aos olhos dos alunos presentes, a Farsa de Inês Pereira tomou uma perspetiva completamente diferente, fazendo com que os mesmos lhe atribuíssem o devido valor. No auditório da Escola Básica e Secundária de Canelas, os alunos permitiram-se apreciar, quiçá pela primeira vez, a arte que é a literatura portuguesa. 

De um modo brilhante, a peça foi adaptada para ser interpretada por um só talentoso ator. Alexandre Sá saltou de personagem em personagem – desde Inês até aos Judeus casamenteiros – com uma perícia excecional. Encarnou cada uma e tornou-as suas, proporcionando um momento único e cheio de criatividade. Moveu todos os alunos e professores, fazendo-nos rir e chorar (de rir), ouvir e aclamar, cantar e dançar. Trouxe o século XVI até ao ano de 2023, dando, assim, um toque de modernidade a este clássico português. O ator entregou-se ao momento e à obra, dedicando-se a cem por cento ao espetáculo. Prendeu-nos ao palco através de elementos cénicos peculiares, de uma magnífica trilha sonora e interagindo com o público, incluindo-o em vários momentos da apresentação. Ao permitir que os alunos participassem na encenação e subissem ao palco, conseguiu tornar toda a experiência ainda mais mágica.

 Por outro lado, ao contrariar os padrões, esta interpretação da Farsa de Inês Pereira levou a que nós, alunos, acedêssemos à aprendizagem. Através da linguagem informal e das músicas que ouvimos na rádio, dei-nos algo com o qual nos podemos identificar, tornando toda a experiência mais apelativa. Expôs-se o tão característico caráter cómico, desvendou-se o enredo e clarificou-se a dimensão crítica desta tão aclamada sátira vicentina, tudo de forma a que fosse facilmente compreendido por jovens do século XXI.

 Do meu ponto de vista, é através da inovação que se salva a arte e, no dia 15 de fevereiro de 2023, o teatro português ficou mais longe da sua ruína. Os alunos foram presenteados com a oportunidade de presenciar uma estonteante exposição desta bela arte, fazendo com que a sua opinião acerca da mesma mudasse. Deu-se uma segunda chance ao teatro e até mesmo à Farsa de Inês Pereira e muitos foram surpreendidos.

 Depois disto, há até quem diga que o teatro é fixe afinal. Há até quem ouse dizer que aprender assim até vale a pena.

 

Diana Bessa | 10.º A

 No passado dia 15 de fevereiro, tivemos a oportunidade de assistir à dramatização da «Farsa de Inês Pereira», pelo ator Alexandre Sá, da Associação Teatro Educação (ATE).

 Esta peça, escrita por Gil Vicente em 1525, dramatiza a história de vida de Inês, uma jovem sonhadora que procurava um homem de classe social privilegiada com quem pudesse casar, para assim se libertar do domínio exercido por sua mãe.

 Mal entrámos no Grande Auditório da Escola, local onde a peça decorreu, deparámo-nos com o ator a dançar e a cantar excentricamente, à espera que nós, os espectadores, nos sentássemos nos nossos devidos lugares.

Existem inúmeras maneiras de representar esta peça, porém, Alexandre Sá, mesmo que sozinho a atuar (com uma pequena ajuda do nosso colega de turma, André Almeida, a interpretar o papel de Moço), conseguiu captar a nossa atenção e despertar muito riso na plateia. Conseguiu, ainda, educar-nos, de forma moderna e descontraída, sobre a Farsa de Inês Pereira, e combater os estereótipos negativos que os alunos têm relativamente aos textos literários.

O ator também fez paragens, onde nos explicava, de forma simples e clara, a cena que ele tinha representado anteriormente, usando uma varinha infantil, cor-de-rosa, para indicar que estava fora da personagem, e, como é obvio, o público adorou. No final desta excelente representação, Alexandre Sá proporcionou-nos uma sessão de fotos.

Na minha opinião, esta peça foi bastante educativa e cativante. Diverti-me imenso e aprendi bastante.

Íris Ferreira | 10.º A

 O «Teatro da mala» apresenta-nos uma versão moderna e adaptada da obra Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, com a particularidade de ser representada por um ator apenas, Alexandre Sá.

Na minha opinião, a peça foi muito bem conseguida, prendendo a atenção do público do início ao fim. Os apartes do ator para explicar algumas cenas acabam por ser muito úteis para a interpretação da mesma, para além de serem interativos com o público e provocarem o riso.

Por ser uma versão modernizada, Alexandre Sá consegue ainda concretizar os vários processos de cómico pensados por Gil Vicente e adaptá-los de maneira a tornar a peça uma autêntica comédia. O facto de ser representada por uma pessoa apenas poderia ser um ponto negativo, no entanto, a excelente adaptação e o carisma do ator tornam a peça muito dinâmica, não havendo espaço para a monotonia.

Concluindo, este é, sem dúvida, um espetáculo a não perder, que nos prova que o teatro pode ser divertido e educativo ao mesmo tempo. 

Ana Sofia Familiar | 10.ºA

No passado dia 15 de fevereiro, a Associação Teatro Educação trouxe até nós uma representação da «Farsa de Inês Pereira», através do ator Alexandre Sá.  

Durante o espetáculo, o ator interpretou sozinho todas as personagens, mudando várias vezes de acessórios, expressões faciais e voz. No decorrer da peça, Alexandre Sá fez várias pausas, criando oportunidades para explicar, de uma forma bastante esclarecedora, tudo o que tinha acabado de dizer e representar, o que contribuiu para que nós conseguíssemos compreender ainda melhor a ação dramática. A certa altura, foi chamado ao palco um colega nosso, o André, para fazer o papel de “Moço”, acabando por protagonizar alguns momentos engraçados e importantes. Sem dúvida que a sua aparição contribuiu para que a peça se tornasse ainda mais divertida e engraçada.

Por fim, quando terminou, houve um tempo disponível destinado ao esclarecimento de dúvidas. Alguns de nós aproveitaram para tirar uma fotografia com o ator. Foi sem dúvida uma experiência incrível, em que, além de aprendermos, ainda nos conseguimos divertir. Foi, na minha opinião, uma atividade necessária e bastante educativa.

Beatriz Duro |10ºC

 No dia 15 de fevereiro, às 09:15h, as turmas de 10.º ano assistiram a uma representação da Farsa de Inês Pereira. Dramatizada por um único ator, Alexandre Sá, da Associação Teatro Educação (ATE), a atividade teve o intuito didático de ajudar os alunos na compreensão de uma peça tão elaborada como a de Gil Vicente.

O ator utilizou assessórios, fantoches e vestes, e recorreu, diversas vezes, à música para criar os climas pretendidos, assim como para diferenciar as cenas e personagens umas das outras. A interação com o público, com a chamada de um dos seus elementos ao palco, foi também um fator essencial para manter a atenção e interesse dos alunos. Através da declamação da maioria dos versos da peça e dos apartes para esclarecer o desenrolar dos acontecimentos, Alexandre Sá permitiu uma melhor assimilação dos conteúdos estudados em aula. Pessoalmente, uma das partes de que mais usufruí foi a altura em que este apresentou a opinião de Inês relativamente ao pretendente, Pêro Marques, demonstrando que não correspondia de todo às suas expectativas, chegando até a troçar dele.

 Para concluir, considero que foi uma atuação muito bem conseguida, que, apesar de ter um carácter educativo, permitiu-nos também ter um momento lúdico e de descontração. Considero que, associado a este momento, se deve fazer uma adaptação da célebre máxima latina «ridendo castigat mores» (A rir se corrigem os costumes) para, neste caso, «A rir também se aprende».

Soraia Ferreira | 10.ºA

 A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, dramatiza a vida de uma jovem que sonha com um ideal de marido. Quando as suas expectativas são, supostamente, atendidas, esta percebe que “sonhava” com o homem errado.

Encerrando uma crítica a vários tipos sociais, esta peça foi representada pelo ator, Alexandre Sá, no dia 15 de fevereiro, no auditório da nossa escola. De uma maneira descontraída e chamativa, foi permitido aos alunos aprofundarem o conhecimento da obra, que é objeto de estudo no 10.º ano.

O ator, que interpreta sozinho todas as personagens, fez um ótimo trabalho de representação. Foram feitas pequenas interrupções ao longo da peça, de modo a explicar e contextualizar a respetiva situação, tendo facilitado a aprendizagem da farsa.

 Assim, Alexandre Sá deu a conhecer a intemporalidade e moralidade com que Gil Vicente recheou a obra, além de oferecer uma outra forma de estudo aos alunos que mostram resistência à leitura. Tudo com muito humor, já que, afinal, «A rir se castigam os costumes».

Sandra Oliveira |10ºC

 No dia 15 de fevereiro de 2023, assistiu-se, na EBSC, à Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, peça encenada e representada por Alexandre Sá, da Associação Teatro Educação.

Foi abordada toda a ação dramática, destacando-se os aspetos essenciais. A peça inicia com o descontentamento de Inês em relação à sua vida, o seu monólogo e o diálogo com a Mãe. Depois, a chegada de Lianor Vaz, que apresenta a Inês um pretendente para casar, Pêro Marques, por quem ela mostra desagrado. Facilmente se conclui que Inês não queria casar com alguém da vila, simples e ingénuo. Seguidamente entram os Judeus, Latão e Vidal, o Escudeiro e o Moço (que assinala a verdade das mentiras contadas pelo seu amo). Brás da Mata, o Escudeiro, corteja Inês e é bem sucedido. A trama continua, com a vida a dar uma grande lição a Inês.

Todas as personagens da farsa foram representadas pelo ator Alexandre Sá.

Particularmente, considero que foi uma peça de teatro esplêndida e muito bem representada. No final de cada cena, o ator fazia uma breve explicação do que tinha acabado de acontecer, de uma forma percetível e cómica ao mesmo tempo.

Gostei muito desta peça e da maneira como nos foi apresentada. As músicas, os elementos teatrais e a expressividade complementaram toda a farsa, tornando-a agradável de ver. Os cómicos de situação, as personagens-tipo e os restantes aspetos que incorporam a peça já a tornam igualmente cómica, principalmente graças à ironia de algumas personagens.

Por fim, esta obra de Gil Vicente é muito marcante, visto que trata/crítica, através do riso, problemas de uma época, que permanecem nos dias de hoje.