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Aprender para humanizar

 

     É importante estudar os nossos antepassados, eles são a nossa memória.

  Na minha opinião, os humanos e o seu passado devem ser estudados, de modo a adquirirmos conhecimento sobre os mesmos.

    Em primeiro lugar, devemos aprender a nossa história para não repetirmos os erros que foram cometidos. Um desses erros foi o Holocausto, que consistiu na perseguição e no genocídio de milhares de seres humanos, especialmente judeus.

     A segunda razão pela qual devemos conhecer o nosso passado é para adquirir cultura. A cultura é uma das armas que temos ao nosso dispor para sermos melhores cidadãos e, eventualmente, virmos a ter um melhor e mais promissor futuro.

     Em síntese, estudar o passado é de extrema importância para que não se repitam erros e para sermos melhores enquanto seres humanos.

Lara Reis Bastos (8.º E)

Contos populares

 

               Era uma vez uma velha, muito velha, que vivia com o neto numa casa de uma aldeia perto da floresta. Diziam que a velha sabia a cura para todas as doenças e que bastava beber um dos seus chás para que um quase-morto ficasse mais corado do que uma romã.

                Todos os dias ia a velha à floresta procurar as ervas para os chás que tudo curavam, e sempre que saía de casa recomendava ao neto:

               – Cuidado, muito cuidado! Até eu voltar, rei ou mendigo não deixarás entrar!

                E o neto prometia.

               E a velha lá ia.

             Mas um dia ____

Zé Marnoso e a velha das poções

            Mas um dia um homem chamado Zé Marnoso descobriu onde a velha vivia e tentou entrar, mas o neto dizia:

            – Ninguém aqui entrará, só a minha avó passará!

           O Zé tentou mais uma vez entrar, mas não conseguiu. Até que teve uma ideia. Pediu ao seu irmão para lhe fazer um fato que quando o vestisse, ficasse idêntico à velha.

          Com o fato vestido, foi outra vez a casa da velha e o neto deixou-o entrar. Ele bebeu todos os chás e ficou imortal. Ao levantar-se, tropeçou e o fato caiu. O neto viu que não era a sua avó e tentou apanhá-lo para o prender. Mas, ele conseguiu fugir, e quando a velha soube disto, ralhou com o neto por muito tempo…

           E assim Zé Marnoso, que as pessoas achavam um idiota, conseguiu passar um desafio que ninguém até aí conseguira.

 

Afonso Silva, 6.º G

O chá mágico

          Mas num dia chuvoso, cheio de lama, bateu à porta um senhor, aparentemente muito pobre. Era baixinho, tinha uma grande barba, todo sujo e com a roupa esfarrapada. O senhor disse-lhe que estava muito doente e que ouviu uns rumores que ali naquela casa, havia uma velha, muito velha que fazia receitas mágicas que curavam tudo e todos!

         – Já fui a muitos médicos, quantos possas imaginar, mas não me serviu de nada, ninguém me conseguiu curar! – disse o pobre homem.

        O menino olhou pelo cortinado da janela e deixou-o entrar.

        – Terás que ser rápido, antes que a minha avó chegue. – disse o menino.

       – A sua avó não está? Então onde está esse chá milagroso? – perguntou o homem.

      – Está bem aqui. A minha avó foi colher umas ervas à floresta. – respondeu o menino.

      De seguida, aquele homem pegou em todos os chás e todas as ervas que encontrou e levou-os consigo. Como sabia que o menino iria dizer à sua avó o que se passara, capturou-o e levou-o para a cidade.

      Quando a avó chegou, procurou o neto e não o encontrou. Foi ver os seus chás e não estavam lá. Estava tudo uma bagunça! Mas, o homem esquecera-se de uma coisa, havia deixado pegadas. A avó seguiu-as e levou-a até um bairro escuro e sombrio. Lá estava o menino triste e os seus chás.

       A avó levou-o para casa e denunciou o ladrão à polícia. A avó e o neto viveram felizes para sempre.

Isabella Murta, 6.º F

A velha e o caçador

         Mas um dia um caçador bateu à porta a pedir que o deixassem entrar para que não tivesse que dormir na floresta, mas o rapaz lembrou-se do que a avó lhe dissera e não deixou entrar o pobre caçador.

         No dia seguinte, a avó contou ao neto que vira um caçador morto na floresta e que os seus chás já nada poderiam fazer por ele.

         Uma semana depois apareceu um mendigo a pedir esmola. O miúdo lembrava-se do que acontecera há pouco tempo e abriu-lhe a porta, deixando-o entrar. Mas o suposto mendigo entrou a correr para dentro de casa e pegou em todas as plantas medicinais da velha.

        Quando a velha chegou a casa e viu o que se passara deu um grande sermão ao neto:

        – Eu disse-te para não abrires a porta a ninguém! Vais limpar a casa toda e não quero ver nada sujo, nem fora do sítio!

        Depois do que aconteceu o rapaz aprendeu que não podia abrir a porta a estranhos. E a casa ficou impecável!

Maria Líbano, 6.º E

 

       Mas um dia o menino deixou-se adormecer e foram os dois assaltados. Roubaram todos os ingredientes de cura que a pobre velha tinha.

      Quando a velha ficou doente, não tinham como a curar. Sem mais opções, o neto foi à procura dos ingredientes. Ele não sabia o que o esperava.

      Para alcançar a água mágica tinha de decifrar o seguinte enigma:

      – O que é que sobe e desce, mas não se mexe?

      O neto, muito na dúvida, pensou na resposta:

      – As escadas?

     – Muito bem. – Informou o porteiro. E desanimado deu-lhe  a água.

      Para conseguir as ervas, teve de escalar a montanha mais alta, onde estava o segundo porteiro à espera.

    Mas como vou subir, sem ajuda?- perguntou o menino.

      – Nós estamos aqui para ajudar! – responderam os ajudantes.

     – Vocês têm o material? – perguntou ansioso o menino.

     – Tem calma e segue-nos!- exclamaram os ajudantes.

     Lá seguiu o neto. A meio da subida, descobriu-se que ele tinha medo das alturas.  Mas, com muita coragem e determinação, o menino enfrentou os seus medos, pela sua avó,  e continuou.

     Depois de conseguir as ervas, regressou a casa a sete pés.

     Quando lá chegou, preparou, de imediato, o chá. Uns dias depois, a sua avó ficou boa.

      O dia foi salvo, graças ao neto.

Gabriela Gonçalves, 6.ºH

 

 

A velha, o neto, o mendigo e as galinhas

      Mas um dia um mendigo bateu à porta de casa. A avó tinha ido à floresta. Então, o menino não o deixou entrar. O mendigo implorou, dizendo:

      – Por favor, deixe-me entrar, estou com muita fome!

      Depois do mendigo implorar muito, o menino convenceu-se e deixou-o entrar.

     O menino serviu-lhe um copo de vinho e um pão com manteiga, eles conversaram um pouco. A seguir, o mendigo agradeceu e foi-se embora.

      Quando a velha chegou a casa, o neto contou-lhe tudo o que havia passado e a velha exclamou:

       -Cuidado, nem todas as pessoas são como esse mendigo, nunca mais abras a porta a ninguém  e muito menos deixes alguém lanchar aqui!

      Os dias iam passando e escondido da avó, todos os dias, o pequenote abria a porta ao mendigo, eles lanchavam e conversavam. O menino que nunca tinha tido um amigo naquela floresta, tinha-se tornado amigo de um mendigo.

     Mas durante aqueles meses todos, alguém andava a observá-los, era uma galinha, eram muitas galinhas, um exército de galinhas!

     Um dia o mendigo dirigia-se a casa e as galinhas espantaram-no de lá, batendo as asas e voando em volta  dele. Arrancaram-lhe o casaco muito comprido e rasgado e fugiram.

    As galinhas colocaram-se umas em cima das outras, vestiram o casaco do mendigo e colocaram uma máscara com todos os detalhes do mendigo.

    O menino como sempre abriu a porta e deixou as galinhas entrarem, Judite, a galinha mais esperta ia falando com o menino, enquanto as outras mais ágeis iam entrando na sala de chá da velha.

      A velha estava a voltar para casa e encontrou o mendigo pelo caminho, notou que ele estava fraco e levou-o até sua casa para poder curá-lo.

    Para seu espanto o neto estava envenenado, caído no chão e as galinhas estavam em fuga.

    O mendigo conseguiu recuperar os chás da velha e a velha tentou tirar o veneno do corpo do seu neto.

   O menino acordou, passado algum tempo, mas ficou deitado para recuperar. A velha deixou o mendigo tomar banho. Quando ele acabou, dirigiu-se à sala de estar e a velha reconheceu-o. Era o filho dela!

     Ele tinha desaparecido na guerra. Eles conversaram tudo o que não tinham falado durante anos.

    E como em todas as histórias: Viveram felizes para sempre!

Catarina, 6.ºB

 

     Mas um dia o neto avistou um velho, muito velho. Tinha uma barba branca e longa, roupas todas rotas e estava tão sujo, que valha-nos Deus!

     – Olhe lá, o senhor, não quer entrar, é que está um frio de rachar!

    -Obrigado, meu jovem, por me deixares entrar.

    Lá fora muitas gotas de chuva  caíam!

   A  partir  do  momento  em  que  o  velho  entrou,  um  mau  silêncio  apareceu.  Uns  cinco minutos  se passaram e o miúdo perguntou:

   – Diga-me lá qual é o seu nome? – perguntou ele.

  – O meu nome é Zezé. E o teu?

  – Desculpe, mas não posso dizer!

    De repente entra a avó com um cesto de folhas na mão e diz:

    – Fui apanhar folhas, durante algum tempo. E tu deixas-me entrar, um mendigo para me aborrecer!

      E o Zezé  muito confiante diz:

    – Ora espera lá, eu cá te conheço. Tu és a Élia.

    Que cheirava a camélia!

    O miúdo ali meio confuso pergunta o que se passa.

  – Ó meu lindo netinho, este é o meu amigo de há muitos anos da escola de chá, aquela onde eu aprendi a fazer os meus chás. Fomos colegas e tudo!

    Depois da longa discussão os três passaram a vida juntos, na casa onde a velha vivia.

Daniela, 6.ºB

 

A VELHA FEITICEIRA

    Mas um dia o rei bateu à porta e perguntou ao neto:

    – Olá menino! Gostaria de saber quem seria o dono desta casa?

    O garoto com a sua inocência respondeu que era sua avozinha e que ela saía todos os dias para a floresta, para apanhar ervas mágicas. Então, o rei  foi procurá-la. Andou, andou, andou e andou pela floresta, e de repente o velho rei encontrou a senhora e perguntou:

    – Olá senhora! És a dona de uma casa velha e feia na aldeia?

    A velha que era muito velha respondeu que sim, mas não sabia o que o rei queria derrubar aquela casa, e construir uma estrada entre o seu reino e o reino vizinho.

      O rei pediu que a velha os seguisse, e eles voltaram à aldeia, então ele apresentou o seu plano à velha e ao neto, mas a casa era uma recordação de seu falecido pai, e não podia deixar isso acontecer.

     Enquanto isso, no reinado havia uma epidemia chamada “Covid-1484” e como a velha era sábia, apresentou a cura em troca de não derrubar a casa. Mas, o rei duvidou e começou o processo da demolição. Um dia antes de mandar a casa abaixo, a senhora provou ao rei que conhecia a cura da doença, mostrando um paciente moribundo que logo ficou curado, após beber o chá feito pela senhora.

    O rei admirado voltou atrás e não demoliu a casa. Pediu-lhe para dar a cura para o reino inteiro.

    E reza a lenda que qualquer um que tente demolir a casa, morre com uma terrível doença!

Rafael, 6.ºH

 

 

Um menino muito curioso

 

      Mas um dia, quando a velha saiu para ir buscar as ervas para o seu chá, esqueceu-se, porém, de avisar o neto.

      E como ele era muito curioso decidiu ir lá fora dar uma espreitadela.

     Reparou numa rapariga muito bela, que parecia ser da idade dele, a chorar.

     Então, foi ter com ela.

     – Perdi-me  e agora estou cheia de fome e sede e não sei onde é que os meus pais estão. – respondeu ela a choramingar.

      – Se quiseres eu posso ajudar-te a encontrá-los.- respondeu o menino.

      – A sério?

     – Sim.

     Quando estavam quase a partir ouviu-se  uma voz a gritar:

    – O que é que estás a fazer cá fora?

    Ele reparou que era a sua avó e que ela não estava lá muito contente.

   – Desculpa ter saído avó, mas é que …

     Ele nem teve tempo de acabar, porque a sua avó  interrompeu-o e disse-lhe assim:

   – Eu sempre te disse para nunca abrires a porta a estranhos e para nunca saíres de casa.

    Farta de ouvir aquela discussão a menina começou a ficar aborrecida.

   Até que se transformou numa bruxa.

  – Ahahahaha!  Enganei-vos, achavam mesmo que eu era uma menina?! Ahahahaha! – Dizia e ria a bruxa.

    Aterrorizado, o menino correu para trás da avó, mas enquanto corria, a bruxa acertou-lhe no pé e ele caiu no chão.  A avó ficou tão aborrecida que bateu com um pau na cabeça da bruxa,  deixando- a inconsciente.

   Levou o neto para casa e disse-lhe assim:

   – Vês! É por isto que eu te estou sempre a dizer para nunca abrires a porta nem confiares em desconhecidos.

  – Sim, avó nunca mais o voltarei a fazer.

Luana, 6.ºH

 

               No dia seguinte, quando acordou, preparou-se para ir buscar as suas ervas e quando abriu a porta, deparou-se com tudo destruído.

                Recomendou ao neto:

          -Cuidado, muito cuidado! Até eu voltar, rei ou mendigo não deixarás entrar!

                E o neto prometia.

                E a velha lá ia.

                Neste dia ia a tremer, nervosa, quando chegou ao lugar onde estavam as ervas não tinha nada. Então pensou para ela:

            -“Não pode ter sido aquele temporal de ontem. Só pode ter sido o rei e aquele mendigo que anda sempre com ele.”

            Voltou para casa e  não estava lá o neto. Desesperada e surpresa, sem pensar duas vezes, foi ao castelo do rei. Chegou e exclamou:

          – Ordeno que devolvam o meu neto e as minhas ervas.

        E o rei respondeu:

       -Não temos as suas ervas, mas sim o seu neto, pois, precisamos das suas curas para curar a minha amada esposa!

     – Lamento…- respondeu a velha.

     O rei sem perceber, perguntou:

     -Mas não poderá curar a minha esposa?

     A velha finalizou com:

     – Não, as minhas ervas desapareceram.  Elas com o temporal nunca desaparecem, são ervas infinitas, não percebo!

     O rei devolveu o neto e mandou procurar quem teria desaparecido com as suas ervas.

     Procuraram dias e dias e acabaram por descobrir que tinha sido o mendigo.

     Curaram a rainha e a velha passou a morar no castelo do rei como honra por ter curado a sua esposa.

Beatriz Santos, 6.ºH

 

 

Curas e travessuras

 

       Mas um dia um mendigo fez-se passar pela velha e o neto, muito inocente, abriu a porta, pensando ser a avó . Quando abriu a porta por completo, disse aterrorizado:

        – Tu não és a minha avó! 

    – Pois não, mas preciso da tua ajuda, estou muito doente e necessito de um dos remédios da tua avó . – suplicou o mendigo.

        O mendigo lá lhe disse qual era o remédio e o neto teve que o fazer, pois a velha não o tinha preparado num frasco. Passado algum tempo, repararam que faltava um ingrediente, umas ervas que só havia na floresta. O neto lembrou-se que a avó tinha ido buscar à floresta umas ervas iguaizinhas às que eles precisavam. Esperaram, esperaram, esperaram até que, de repente, ouviram o som de uma chave a encaixar na porta e perceberam logo que era a velha.

        A velha entrou dentro de casa, viu o mendigo e começou a perder a cabeça, ficou furiosa com ele e disse

         – Tu já sabes que não podes abrir a porta a ninguém !

         Mas como viu que o mendigo estava quase a morrer ajudou-o e quando viu a cara do mendigo apaixonou-se por ele, pois já o conhecia da sua infância!

        – Quem diria que com esta idade ainda se podia ter amor para dar! – exclamou o neto admirado e contente.

          E assim viveram os três felizes e contentes na casinha na floresta!

 

Bárbara Alves, 6.ºD

 

 

O Neto e o Mendigo

 

       Mas um dia bateram-lhe à porta, o neto abriu, era um mendigo cheio de frio e como ele era bondoso disse-lhe:

     -Podes entrar, de certa forma aqui estarás quentinho.

      Enquanto isso, pensava “acho que a avó não se vai importar.”

   Passado alguns minutos, escutou um barulho e decidiu ir ver o que era, mas quando chegou à sala reparou que o mendigo tinha desaparecido e as coisas também.

     -Oh não! Fomos assaltados! -exclamou o rapaz.

     Acabou por descobrir que o mendigo é que o tinha roubado.

    Algumas horas depois, a avó chegou a casa e deparou-se com tudo vazio e perguntou, muito zangada:

     -Netoooo, o que passou aqui?

   -Então, não te aborreças, mas bateram à porta e quando eu abri era um mendigo, ele estava cheio de frio por isso, deixei-o entrar. Passado alguns minutos, ouvi um barulho e quando cheguei à sala estava tudo vazio e o mendigo tinha desaparecido. – explicou o neto.

     Depois de ouvir esta história toda contou ao neto.

    -Sabes, o mendigo era eu, estava a dar-te uma lição, para tu veres que não se deve abrir a porta e confiar em desconhecidos.

    O neto aprendeu uma lição de moral e os dois viveram felizes para sempre.

                                                                    Diogo Vieira, 6.ºD

 

A planta rara

     Mas um dia a velha apercebeu-se que as ervas estavam a acabar e resolveu pôr mãos à obra. Plantou todas as ervas que podia e de que iria precisar, exceto uma, a mais rara e eficaz de todas. Quando voltou para casa, encontrou, como sempre, o rei e o mendigo à sua porta a pedir ajuda.

     A velha pediu ao neto que fosse até à montanha buscar a planta rara que lhe faltava.

     O rapaz lá foi, e a velha ficou em casa.

  Quando  ia a subir a montanha, que era muito alta, duvidou do sucesso do seu empreendimento pois a montanha estava coberta de neve. No entanto, subiu até ao topo e olhou atentamente em seu redor. Só viu neve fofa e branquinha. Nisto, o vento de leste começou a soprar e a levantar a neve, deixando à vista umas plantinhas brancas. Era justamente aquilo que ele procurava. Com cuidado, afastou a neve e colheu as plantinhas.

     Enquanto o neto procurava as ervas milagrosas, a velha ia tentando curar os que iam a sua casa à procura  de cura, mas apesar de dar o seu melhor, era difícil curar as doenças sem a erva milagrosa.

       Finalmente o neto chegou a casa e a velha conseguiu voltar a curar as pessoas.

Bia Rangel, 6ºC

 

As 200 moedas

       – Cuidado, muito cuidado! Até eu voltar, rei ou mendigo não deixarás entrar!

       E o neto prometia.

       E a velha lá ia.

     Mas um dia, estava o neto a brincar, quando alguém bateu à porta. O rapaz, mesmo sabendo que não devia abrir a porta, lá foi espreitar, e, ao fazê-lo, deparou-se com uma enorme carruagem, e uns metros adiante, o conselheiro do rei que acabara de lhe bater à porta.

     Sabendo que a avó era muito pobre e que dedicara sempre a sua vida a curar os outros, sem nunca receber nada em troca , decidiu abrir a porta.

     – Bom dia – disse-lhe o conselheiro.

     – Bom dia, senhor conselheiro – respondeu ele.

     – Olha rapaz, vim aqui fazer-vos uma proposta. Como deves saber, a rainha adoeceu, e em todo o reino, a tua avó é a única capaz de curá-la.

     – E  que tenho eu haver com isso?- exclamou o rapaz.

     – Se me deres um chá que cure a rainha, receberás 200 moedas.

      Ao ouvir isso,  o rapaz foi a correr buscá-lo.

      Quando a avó chegou ficou felicíssima com o dinheiro que o neto conseguira ganhar.

      No dia seguinte, a velha partiu de novo, e umas horas depois, alguém bateu à porta. O rapaz, sem medo, abriu-a. Era um mendigo que lhe disse que se ele lhe desse as 200 moedas lhe traria 400. O rapaz acreditou e entregou-lhe as moedas.

     Passaram-se horas e o mendigo  não voltava, ao fim do dia o rapaz apercebeu-se que tinha sido enganado e que ao querer tudo tinha ficado sem nada.

     Nesse dia aprendeu uma grande  lição: vale mais um pássaro na mão do que dois a voarem.

Marta Santos Silva, 6ºA

A doença incurável

                Mas um dia, depois da velha sair para ir buscar as ervas, apareceu na casa da velha um pobre mendigo que perguntou ao neto da velha:

              – É mesmo verdade que os chás da tua avó curam todas as doenças?

             – Sim, é verdade, mas não o posso deixar entrar, a minha avó fez-me prometer que não deixava entrar ninguém.

           – Eu não quero entrar, só quero um dos famosos chás que curam para o meu pai.

          Logo depois do mendigo dizer isto, tirou o disfarce de pobre, revelando ser um belíssimo príncipe de um reino distante. O neto, espantado por ver que era um príncipe, perguntou:

          – O seu pai, o rei, está doente?

         – Sim, com uma doença incurável.

         – Então eu vou ajudá-lo a curá-lo, o único problema é que não tenho mais ervas para fazer chá.

        – Sendo assim, vamos à procura da tua avó e trazes as ervas.

        Então, os dois rapazes partiram. Já estavam a meio do caminho quando apareceu uma alcateia. O príncipe, pegando num pau, e, fazendo movimentos de esgrima, venceu os lobos. Os dois rapazes encontraram a avó, apanharam as ervas e curaram o rei e pai do príncipe.

 

                                                                                                              David Carvalho,  6ºC

 

 

Os nossos medos

 

O medo do escuro

             Eu, quando era mais novo, tinha muito medo do escuro. E todas as noites eu ia para a cama com muito medo e então ligava o candeeiro.

               Um dia, quando eu estava a ir para a cama ouvi um barulho muito alto. E fiquei com muito medo. Então, resolvi chamar o meu pai e disse que estava a ouvir um barulho estranho no sótão. Ele foi lá e descobriu que tinha sido o vento que deitara uma caixa ao chão.

               No dia seguinte, eu fiquei a pensar:

              “ Porque terá surgido este medo?”

              Fiquei a pensar, a pensar e lembrei-me que o medo tinha surgido numa noite muito escura em que eu estava a andar de bicicleta e caí. E então fiquei cheio de medo.

                Ao fim de alguns anos, consegui livrar-me do medo, ficando no escuro alguns minutos, percebi que o escuro é uma coisa divertida!

 

José Guilherme Lopes 5ºH

O meu maior medo

                   Eu chamo-me Matilde e tenho muito medo de aranhas.

                Tudo começou quando tinha apenas três anos. Eu estava a mudar de casa e tive que ir uns meses para os meus avós, com o meu pai, a mãe e a minha irmã.

                  Uma noite, acabei de jantar, e ia para um quarto que tinha lá em casa. De seguida, olhei para a porta e vi uma aranha enorme!

                   Eu fiquei com medo e corri para a cozinha, subi para o colo da minha mãe e pedi-lhe para matar a aranha.

              O meu avô pegou num guardanapo e matou-a. Desde esse dia, tive medo de aranhas e mesmo hoje quando vejo uma fujo.

                   Espero superar este medo que tenho, vendo um aranha e não tentar fugir.

 

Matilde Silva 5ºH

Ciclo de Cinema – O Cinema Chama Por Ti!

 

Nos dias dois e cinco de novembro, os alunos das turmas 12.ºB e 12.ºA, acompanhados pela professora Ana Paula Borges, assistiram ao filme Invictus, de Clint Eastwood, na biblioteca escolar.

Este filme apela à reflexão sobre os valores morais e direitos humanos tão bem representados e defendidos pela personalidade inesquecível de Nelson Mandela (Morgan Freeman).

Em tempos complexos como este que atravessamos, esta película cinematográfica é nitidamente uma mensagem de esperança num mundo mais justo.

Os nossos alunos registaram algumas reflexões:

 

“Forgiving is the best policy.”

  • Suffering made Mandela’s heart softer. Unlike many others, he was able to forgive the ones who put him in prison for almost 30 years and did his best to make them feel at home in a black people’s land.

“The power of inspiration.”

  • Mandela was certainly an inspiration for many people in the world. He himself believed you need inspiration to get through in life and managed to pass this message to the captain of the Springboks, who led the team to victory.

“The importance of sports.”

  • Sports can make a huge difference. What happened in South Africa is a great example of this: with the help of the President and the captain of the team, the Springboks’s victory brought a whole nation together.

Relembrar a noite de cristal

 

Esta semana, a Equipa da Biblioteca e de Cidadania, com a colaboração de vários docentes do agrupamento, implementaram a atividade «Relembrar a Noite de Cristal» com o objetivo de consciencializar os jovens para a tragédia humana que foi o Holocausto, educar para a multiculturalidade, capacitando os alunos para serem capazes de formar a sua opinião, fundamentada no conhecimento e no espírito crítico e não no preconceito, tornando-se cidadãos ativos e responsáveis.

A Noite de Cristal foi um assalto generalizado a lojas, escolas, sinagogas e habitações de judeus que ocorreu por toda a Alemanha, e também na Áustria, segundo um plano de ação instigado e planeado pelo próprio partido nazi no poder, nomeadamente pelo ministro da propaganda, Goebbels, em vésperas da 2ª Guerra Mundial. Esse plano foi  levado a cabo na noite de 9 de novembro de 1938 pelas forças paramilitares nazis, as SA e as SS.

Num período de apenas dois dias, mais de 250 sinagogas foram queimadas, cerca de 7.000 estabelecimentos comerciais judaicos destruídos, dezenas de judeus foram mortos, e cemitérios, hospitais, escolas e casas judias saqueados. O governo impediu a ação da polícia e dos bombeiros. No fim, a autoridade nazi ainda cobrou uma multa aos judeus de mil milhões de marcos, pela desordem e prejuízos, de que eles foram as vítimas e foram também obrigados a limpar os vestígios da destruição.

O nome dessa noite trágica (Kristallnacht) deriva dos cacos de vidro (vitrinas das lojas e vitrais das sinagogas, entre outros), resultado dum episódio de violência racista.

 Seguiu-se um processo de perseguição com prisão e deportação de várias dezenas de milhares de judeus e sobretudo um impulso de puro terror para que os restantes judeus abandonassem a Alemanha.

Na verdade, a Noite de Cristal foi uma espécie de culminar de um longo processo de perseguição aos judeus que teve lugar na Alemanha e em todos os territórios ocupados pelos nazis, que se iniciou logo após a subida ao poder de Hitler em 1933.

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