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“Será que o amor poderá guiar o ser humano para um caminho de sucesso no futuro?”

Colocou-se aos alunos a seguinte pergunta:

Será que o amor poderá guiar o ser humano para um caminho de sucesso no futuro?

As respostas não tardaram…

(Textos de opinião realizados em contexto de avaliação da Expressão Escrita)

Por alunos do 11.º Ano

 

Davi Ribeiro | 11 A

   «Será que o amor poderá guiar o Ser Humano para um caminho de sucesso no futuro?» De maneira direta, a minha resposta é que sim. Dividirei a minha opinião em dois argumentos claros e concretos à sustentação do meu ponto de vista.

   O amor não se trata apenas de atração sexual entre dois indivíduos, o amor é um ato, um sentimento que engloba outros, como respeitar, ser solidário, generoso, e todos convergem na palavra cuidar. Quem cuida ama, ou seja, quem cuida do próximo pode estar sendo generoso através de doações, quem cuida do próximo pode estar sendo solidário através de um simples «bom dia». Num mundo em que aquilo que sobressai é o ódio, o cuidar é toda uma demonstração de amor. Um dos maiores exemplos conhecidos é o de Jesus Cristo, que se apresenta como “médico dos médicos”, amando através de suas falas e ações. O mesmo diz que veio para servir, na passagem em que lava os pés de seus discípulos, numa clara demonstração de amor e cuidado.

   O que é mais notável, nos dias de hoje, além da gigantesca evolução tecnológica, são, de facto, as recorrentes quebras de paz entre nações, resultando em guerras. Crianças, mulheres, homens, pessoas inocentes são brutalmente assassinadas pela nação inimiga, e isso me traz à mente a tamanha crueldade do ser humano que destrói o seu semelhante, na busca de riqueza e poder. Padre António Vieira e outros escritores apontam também esses fatores, que não combinam com a suposta evolução da mente humana ao longo dos tempos. Desta forma, parece evidente o retrocesso nos humanos e um acentuar da sua falta de empatia e de amor pelos outros. E tudo seria tão simples de resolver através do amor!

   Por fim, gostaria de reiterar que o amor e, consequentemente, o cuidado, o zelo pelo Outro é o principal para que nós, enquanto sociedade, possamos viver em paz e harmonia.

 

 

Nós temos o antídoto 

Sofia Barbosa | 11 A

   Atualmente, vivemos num mundo que se está a afogar em intolerância, ódio, racismo e preconceito. Qual será a boia que o trará de volta à superfície? Sem dúvida alguma, o amor.

   Do meu ponto de vista, todos aqueles que guiam as suas decisões pela bondade e pela honestidade serão recompensados. Esta regra pode ser aplicada em todas as situações, quer seja na escola, no mundo do trabalho, quer na sociedade em geral. Considerem os heróis da Antiguidade, todos aqueles cujos feitos foram louvados! Na imaginação coletiva, a única forma de atingirem a tão desejada “imortalidade” e glorificação era agindo segundo a empatia e a generosidade, a justiça e a bondade.

   Voltemos, todavia, ao presente. O que é que motiva as investigações científicas, a procura de cura para doenças? O amor. A vontade de poder oferecer aos outros uma vida sem sofrimento. Tantos são aqueles que dedicam as suas vidas a batalhar vírus e cancros apenas pela possibilidade de aliviar a dor daqueles que amam. Tantos são aqueles que já perderam os que amam e, ainda assim, buscam livrar milhares de outras famílias do mesmo tipo de desgosto. O amor faz o mundo girar!

   Tal como os vírus contaminam o corpo humano, também o ódio contaminou a nossa sociedade. O ódio tem o efeito contrário ao do amor, impede o mundo de avançar, de evoluir. O antídoto desta pandemia é o amor. E nós? Nós temos o antídoto. 

 

O combustível do Homem

Soraia Ferreira | 11 A

   Séculos de história comprovam que o ser humano e, consequentemente, a sociedade está repleta de crueldade, intolerância, egoísmo… Mas o que causa estas emoções? 

   Na minha opinião, falta de amor é a causa para tais sentimentos. O amor é um dos maiores, se não o maior, combustível para o ser humano. O amor é o que nos faz viver: faz-nos ver felicidade nas pequenas coisas do quotidiano; faz-nos ser gratos por nós próprios e por tudo o que nos rodeia; dá-nos a capacidade de sonhar. Tomemos, como exemplo, um homem comum: um homem com o sonho de ser (por exemplo) psicólogo e de vir a exercer essa profissão. Ele fará de tudo para o alcançar. Não importa os obstáculos a enfrentar, as «pedras no caminho», a dificuldade que a profissão lhe possa exigir; o homem será capaz de a exercer. A paixão e a felicidade que sentirá em ajudar pessoas, em contribuir para a resolução dos seus problemas serão suficientes para superar as suas fragilidades, para se esforçar e chegar ao desejado cargo.

    Por outro lado, o amor-próprio é um dos mais importantes sentimentos que podemos desenvolver. O amor-próprio, como o nome indica, é o amor que temos por nós, como seres individuais. Eu acredito que, ao entendermos o nosso valor, ao gostarmos de nós tal como realmente somos – do nosso eu verdadeiro –, seremos capazes de alcançar o nosso potencial máximo. Ao fazermos isso, estamos destinados ao sucesso. Uma pessoa que se ama não mede esforços para conseguir o melhor para si, independentemente do trabalho necessário para tal.

   Assim, o amor não é um sentimento. O amor é o que move a vida humana, é o seu combustível…, a diferença é que «arde sem se ver».

 

 

«Eu só posso ser Pessoa através das outras Pessoas»

Tal como Martin Luther King, também Nelson Mandela «pregava a igualdade», defendendo que «somos todos braços da mesma árvore».

(Textos de opinião realizados em contexto de avaliação da Expressão Escrita)

Por alunos do 11.º Ano

 

Beatriz Duro | 11 C

   Há temas sobre os quais nunca é demais falar. Igualdade é um deles. Certos conceitos devem surgir associados a este, não faria sentido falarmos de Igualdade se a ela não estivessem associados a Empatia, a Solidariedade, a Entreajuda, o Respeito, entre tantos outros. Todos temos a perceção da importância destes valores, no entanto, nem sempre nos lembramos deles.

   Sou de opinião que, na sociedade atual, estamos cada vez mais absorvidos com nós próprios, como seres individuais. A rotina atarefada do dia a dia impede-nos, muitas vezes, de tirarmos tempo para valorizar o outro. Quantas vezes nos esquecemos de agradecer à nossa avó a comida que ela fez especificamente a pensar em nós, ao nosso pai a boleia para o shopping, à nossa irmã a peça de roupa emprestada, à nossa professora o carinho extra, quantas vezes damos o cuidado e a preocupação da nossa mãe como garantidos.

     Ironicamente, tivemos algo que nos fez parar para refletir: uma pandemia obrigou-nos a uma reflexão sobre quem somos enquanto indivíduos e enquanto sociedade. Contudo, quando voltámos à rotina, voltamos a esquecer-nos da importância que os outros têm na nossa vida. Rapidamente deixámos de falar do esforço implacável de toda a comunidade médica quando mais precisámos deles.

    A verdade é que é muito mais fácil focarmo-nos em nós e, só quando temos necessidade, lembrar-nos dos outros. Mas é um comportamento que precisa de ser corrigido. Pior do que tomarmos as pessoas como garantidas, é desvalorizá-las. Devemos recordar-nos de que cada um de nós é composto por um bocadinho diferente dos outros.

    Gosto de pensar que qualquer pessoa que entre na nossa vida irá contribuir para o nosso crescimento. Quer a influência seja positiva ou negativa, fará a diferença na pessoa em que nos vamos tornar.

 

Giovana Monteiro Viana | 11 D

   No contexto humano, fomos sempre dependentes uns dos outros, do nascimento ao meio social em que nos integramos.

   Do meu ponto de vista, a premissa «Eu só posso ser pessoa através das outras pessoas» é válida, se considerarmos a genética (interpretação literal), na medida em que um casal se reproduz para a criação de outra pessoa. Assim, esta nova vida será dependente das pessoas que a colocaram no mundo, e consequentemente, conclui-se a validação deste argumento, em que esta nova pessoa é uma pessoa por causa de outras pessoas.

   Outro contexto em que esta premissa pode ser considerada válida é no quesito social. De facto, a socialização com outros indivíduos é fundamental, tanto para o desenvolvimento pessoal e das relações sociais, como para a integração no mercado de trabalho ou na dinâmica política. Tornamo-nos realmente pessoas, quando interagimos com outras pessoas, descobrindo interesses pessoais e entrando numa jornada de autoconhecimento através do contacto com outros seres humanos. Como vivemos em sociedade, tornamo-nos pessoas através de novas experiências, novas sensações e novas atividades, como o trabalho ou a política. Em todos os casos, é necessário considerar as outras pessoas para haver um funcionamento adequado destas atividades.

   Concluindo, esta premissa pode ser aplicada em todas as dimensões da vida, em que somos capazes de fazer a mudança através da força de vontade e considerando a igualdade, pois «só podemos ser pessoas através das outras pessoas».

 

Lara Bastos | 11 D

   O meu EU só está completo quando os outros fazem parte «dele».

  Na minha opinião, é a sociedade como um todo que faz de nós aquilo que somos enquanto indivíduos.

 Em primeiro lugar, para sermos nós próprios, precisamos da contribuição de cada indivíduo que nos rodeia. Por exemplo, alguém que viva numa sociedade que não promova a tolerância e a aceitação nunca vai ter a sua individualidade totalmente validada, ou seja, nunca vai ter o seu Eu completo.  Da mesma forma, a nossa identidade é muito influenciada pelos ideais da sociedade ou, melhor dizendo, da comunidade em que estamos inseridos. Apesar de podermos ser aquilo que queremos ser, sem influências, é quase impossível não termos hábitos provenientes da nossa comunidade. Somos quem somos, porque estamos inseridos num determinado grupo. Por exemplo, somos diariamente confrontados com pessoas do nosso meio, que nos influenciam com as suas opiniões. De cada uma retiramos uma parte, que vai constituir a nossa própria opinião.

  Em conclusão, a nossa identidade é afetada e influenciada pelas pessoas e pelo ambiente em que vivemos.

 

Luís Miguel Costa | 11 D

   O ódio pelo próximo, apenas pela diferença da cor da pele, da religião ou da sexualidade, é completamente injustificado. Vivemos num mundo que já se encontra devastado pelas alterações climáticas e, a acrescentar a isso, continuamos a valorizar a superioridade de uma raça ou religião, ignorando o facto de que pertencemos todos ao mesmo grupo, ao grupo dos seres humanos.

  Ao olharmos para trás na cronologia humana, podemos ver grandes feitos, desde o fogo até a roda, desde a aterragem na lua ao primeiro smartphone. Foi em cada um desses momentos que se provou que a colaboração entre os homens nos catapulta para um futuro mais claro, independentemente da sua cor, das suas crenças ou do seu género.

  Quando Nelson Mandela disse que «somos todos braços da mesma árvore», acredito que era a isso que se referia. Todos nós temos as nossas diferenças, porém, não deixamos de fazer todos parte da mesma árvore: a árvore humana. O ódio pode e deve ser combatido porque, ao contrário das características que nos definem, o ódio não é natural, é algo que se ensina e se aprende. Porém, da mesma maneira que se ensina o ódio, também se podem ensinar os valores da tolerância e do amor ao próximo, tal como defendiam Martin Luther King e Nelson Mandela.

 

Mariana Oliveira| 11 C

   Todos nós, eu que escrevo e vós que ledes, somos seres humanos. Não digo que somos pessoas, pois há uma grande diferença entre ser-se Pessoa e ser-se ser Humano.

   Aquilo que nos caracteriza como seres humanos é a nossa capacidade de raciocinar e de ter um pensamento crítico. Este é o único fator que nos distingue dos animais irracionais (porque, sim, nós também somos animais), mas afinal de contas, porque é que nem todos nós somos Pessoas? É muito simples. Acredito que a grande maioria de nós já experienciou ou tomou conhecimento de alguma crueldade que nos fez pensar: «Ele não tem sentimentos!» ou «Como é que ela foi capaz de fazer isto?». É nesses momentos de reflexão que temos a certeza de que somos, de facto, Pessoas.

    As Pessoas sentem. As Pessoas importam-se com o bem-estar dos outros. As Pessoas aprendem desde sempre a ser Pessoas. Contudo, só podemos ser Pessoa através de outras Pessoas. Aqueles que espalham a bondade, a solidariedade e a gentileza fazem dos outros (de nós) seres humanos que também se tornarão Pessoas e também espalharão esses princípios. Por mais que queiramos negar, é impossível vivermos sozinhos; nós precisamos uns dos outros, precisamos do toque e do afeto uns dos outros. Por tais motivos, afirmo, novamente, que quem não tem nenhuma destas capacidades não pode ser uma Pessoa.

  Considero, porém, que um dia o mundo entenderá a beleza de ser-se Pessoa, e deixaremos de viver num planeta apenas cheio de seres humanos.

 

Oficina de escrita

Oficina  de escrita para aperfeiçoamento da expressão escrita e da formatação digital. 
O Beijo de Gustav Klimt
 
 

Reflexão sobre a transversalidade temporal das relações amorosas (Séc. XII/Séc. XXI)

   De facto, há diferenças na expressão de sentimentos amorosos entre o século XII e o século XXI.

   No século XII, a comunicação era muito mais difícil, logo, também as relações afetivas interpessoais eram complexas e as saudades mais difíceis de suportar.

   No séc. XXI, ao contrário de antigamente, a tecnologia evoluiu muito, o que facilita a troca de mensagens e a expressão de sentimentos. Contudo, esta evolução também pode potenciar o conflito e gerar encontros e desencontros amorosos.

   Concluindo, o amor e os afetos atravessam os tempos, embora hoje a sua comunicação possa ser mais fácil. 

 Afonso Pinto, 10º A

 

   O modo de comunicação das relações amorosas entre os seres humanos tem mudado ao longo dos séculos.

   No século XII, o relacionamento amoroso era desenvolvido presencialmente, olhos nos olhos. Hoje, a manifestação de sentimentos gira em torno das novas tecnologias e da virtualidade, podendo facilitar ou gerar conflitos nas nossas relações.

   Em suma, o avanço da tecnologia permite aproximar os indivíduos, mas também pode potenciar algum isolamento afetivo.

António Alves, 10ºA

 

    As relações amorosas foram influenciadas e alteradas pelas tecnologias entre os Séculos XII e XXI.

  Um dos exemplos destas alterações são as viagens, estas eram responsáveis pela separação temporária das relações amorosas e assim impossibilitavam um contacto direto com o parceiro, hoje em dia podemos ter contacto permanente e continuo com o nosso interesse amoroso, esteja ele em qualquer parte do Mundo através das tecnologias de comunicação.

   As relações à distância através do telefone e/ou computador (Séc. XXI), são diferentes de cartas (Séc. XII) ou até de telegramas (Séc. XX). Nessas relações, a conexão entre os namorados não chega a ser tão profunda, talvez, pela falta do toque e da aproximação entre as duas pessoas.

   Mesmo nas relações em que os elementos do casal estão perto um do outro, muita coisa mudou desde então. Agora, os casais passam o tempo focados no respetivo telemóvel, sem apreciar a devida companhia do seu amado, ao contrário dos séculos anteriores em  este gadget não existia.

  Na atualidade, o que importa é a aparência dos perfis nas redes sociais de cada um dos apaixonados, onde se mostra que se está comprometido e se segue outras pessoas. Esta vaidade não era  importante nos séculos anteriores.

 Em suma, o desenvolvimento tecnológico é um dos principais responsáveis pelas alterações nas relações amorosas entre os Séc. XII e o Séc. XXI, isto é, uma carta de correio ou uma boa conversa, “mão na mão” produzirão um efeito mais profundo na relação amorosa do que uma mensagem do WhatsApp.

  Inês Afonso, 10º A

 

   As relações amorosas sempre existiram, embora a forma de comunicação das mesmas tenha mudado ao longo dos séculos.

   No século XII, a comunicação amorosa entre o casal era, sobretudo, presencial, olhos nos olhos, contudo se o namoro tivesse de ser à distância, a comunicação seria muito difícil e escassa.

  No século XXI, já não é bem assim, pois, com o aparecimento das novas tecnologias, a comunicação presencial foi sendo substituída pela troca de mensagens, facilitando o contacto e o diálogo.

  Concluindo, as tecnologias têm o poder de influenciar, positiva ou negativamente, as relações amorosas, mas o amor e os afetos continuam a existir.

Lara Castro, 10º A

 

   As relações amorosas quer na idade média quer no séc. XXI só diferem no modo de comunicação. 

   No séc. XII, não havia a tecnologia que existe hoje, contudo as relações amorosas eram semelhantes. Se dois indivíduos habitassem espaços distantes um do outro e quisessem conversar, namorar, era muito mais complicado do que na atualidade, visto que já temos as ferramentas tecnológicas necessárias para comunicarmos à distância. 

    Concluindo, o amor e os sentimentos não mudaram, só mudou a facilidade com que os podemos comunicar. 

Maria Leonor Rosinhas, 10°A 

 

   As relações amorosas do século Xll, comparadas com as do século XXl, podem manifestar-se de forma diferente, mas assentam igualmente na expressão de sentimentos. 

   No século XXI, o relacionamento amoroso é influenciado pelas novas tecnologias, sobretudo pelas redes sociais, tornando mais fácil a comunicação com a amada.  

    Tal como na Idade Média, há formas diferentes de amar e de demonstrar o amor por algo ou por alguém. Podemos usar mensagens, música, cartas ou até expressar o nosso afeto pessoalmente, olhos nos olhos. 

   Concluindo, no passado ou no presente, os sentimentos são os mesmos, só que comunicados de forma diferente.         

                           Luana Rosinhas, 10°A 

 

   Desde sempre existiram relações amorosas, porém a forma como dois indivíduos se comunicam tem vindo a mudar.

   Enquanto na idade média, a expressão de emoções era feita, na maioria das vezes, pessoalmente e presencialmente, hoje predominam as tecnologias, mais concretamente, as redes sociais, para esse efeito. Por essa razão, as relações amorosas no passado eram, talvez, mais duradouras do que as do presente.

   Em conclusão, a comunicação dos sentimentos poderá ser hoje muito diferente, se considerarmos o que se passava no século XII, mas, na essência, os sentimentos são os mesmos.

 Sofia Ferreira de Moura, 10º A

 

   Na verdade,  as relações amorosas são um tema de todas as épocas.

  Atualmente, a nossa geração tem à disposição diversos meios de comunicação, assim como a liberdade de ser quem deseja ser e de amar quem quer amar

   Por outro lado, pouca gente consegue manter um relacionamento amoroso por muito tempo, pelo facto de sermos uma geração cansada, sem paciência e pouco comunicativa. Tudo é momentâneo e as pessoas têm medo do compromisso. Além disso, poucos são os que acreditam ainda em finais felizes.

   Somos ainda demasiado vulneráveis aos comentários feitos por detrás de uma tela, que divulga estereótipos de perfeição, criando em nós inseguranças e algumas dificuldades num futuro relacionamento amoroso.

  Concluindo, os tempos mudam, mas as relações amorosas, os sentimentos e os afetos são os mesmos, embora a forma de os transmitir seja hoje muito diferente.

Inês Neves, 10º B

 

    As relações amorosas do século XXI têm algumas diferenças em relação às do século XII.

    As novas tecnologias alteraram a forma como comunicamos os afetos e o amor. Outrora, existia apenas a correspondência epistolar como forma de comunicação à distância. Contudo, hoje podemos conversar, discutir e namorar com quem, quando e onde quisermos!

    Por outro lado, esta facilidade de comunicação pode gerar equívocos, pois as pessoas não demonstram as suas emoções de forma tão natural e verdadeira como num encontro presencial. Penso que tudo atualmente é superficial, como se apenas as aparências importassem!

   Concluindo, as relações amorosas são as mesmas, os sentimentos e os afetos permanecem, embora a forma de os comunicar seja muito diferente.  

                                                                                                            Mª Francisca Monteiro, 10º B

 

 

Entrevista ao Presidente da Junta de Freguesia de Canelas

No dia 10 de novembro a turma do 8º(Operador de informática) foi à junta de freguesia de Canelas realizar uma entrevista ao Presidente para saber sobre as suas funções e da Junta na comunidade. A turma colocou algumas questões ao Sr. Presidente, Arménio Costa, de âmbito profissional e pessoal às quais foi respondendo simpaticamente. Revelou-nos que desde sempre se interessou pela vida política e por esta razão candidatou-se à presidência da Junta tronando-se presidente no ano de 2013. Está no seu terceiro e último mandato que terminará em outubro de 2025. Revelou que tem alguma dificuldade de conciliar a vida pessoal com a profissional, a sua agenda está sempre planeada de domingo a domingo.  

Como Presidente sente que cumpriu os objetivos a que se propôs, ou seja, deixar a Junta melhor do que recebeu e acredita que o próximo presidente fará melhor do que ele.

A turma apresentou alguns problemas em Canelas, como por exemplo, o facto de as paragens não terem os horários dos transportes. Em resposta ao problema apresentado pela turma, deu-nos uma notícia em primeira mão. A partir de dezembro, Canelas terá uma nova empresa de transportes, a “UNIR” e através de uma aplicação os utentes terão informação em tempo real da localização e do tempo de espera.

Esta atividade foi desenvolvida no âmbito da disciplina Cidadania e Mundo Atual, inserida na temática do módulo B1 “A nossa democracia”, permitindo de forma diferente aprender mais sobre as competências do poder local.

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Comportamento e poder das multidões no século XXI

Eis algumas reflexões dos nossos alunos sobre um tema muito pertinente e sempre atual:

 

Multidões incontroláveis

Sofia Barbosa |10.º A

      Não é novidade para ninguém – nem para os nossos antepassados – que uma multidão enraivecida, eufórica ou em busca de um propósito comum é terrível, imparável. 

      Voltemos atrás no tempo, até à Idade Média, momento no qual se reconheceu, talvez pela primeira vez, a grandiosidade e terribilidade do povo português. A independência de Portugal estava em risco e a liberdade das gentes estava ameaçada – pendiam ambas por um fio. A sua única esperança de garantir estes dois elementos (Mestre de Avis) estava, pensavam eles, em perigo de vida. Recusando-se a abdicar da sua identidade, a perder contra os castelhanos, o povo de Lisboa uniu-se, manifestou, ameaçou. Para pôr fim à fúria e desordem, ofereceu-se à multidão aquilo pelo qual lutavam: D. João I estava vivo. Isto foi o que nos mostrou Fernão Lopes. Todavia, o poder de um alargado aglomerado de pessoas não se mostrou apenas ali, naquele momento, em Portugal. Tem vindo a revelar-se ao longo dos séculos, das gerações, por todo o mundo. 

        A questão é que este poder é usado tanto para o bem como para o mal. 

        Quando as pessoas decidem mudar o mundo, fazer a diferença, então elas vão fazê-lo!

        Este «monstruoso» poder manifestou-se há relativamente pouco tempo. Foi no ano em que o mundo parou, mas o coração das gentes continuou a rugir em nome da justiça. George Floyd, um homem negro, acabara de ser morto por um polícia branco, após ter roubado um item numa loja. Contudo, o polícia não foi condenado por ter roubado a vida de George. Assim, por todo o mundo, pessoas enraivecidas fizeram-se ouvir, em busca da justiça. A verdade é que, após um mês de lutas constantes e longas manifestações, a rebelião pacificou-se. O agente foi preso e George Floyd foi vingado. 

       No entanto, como já foi mencionado, as multidões podem causar numerosos danos. Era janeiro de 2019, em Paris, e eu e a minha família estávamos a contemplar a célebre capital. As ruas estavam inundadas por polícias que revistaram mochilas, turistas, locais. O motivo de tal inquietação era descortinável. Trabalhadores revoltados haviam saído à rua na noite anterior para manifestarem o seu descontentamento. Podiam observar-se ainda vestígios da sua ira: objetos queimados, lixo, montras partidas, monumentos vandalizados. Pelo que lutavam não me recordo, mas tenho a certeza de que se fizeram ouvir. 

        Conclui-se, assim, que, de facto, multidões motivadas podem voltar o mundo de cabeça para baixo e ninguém fará nada acerca disso, pois pará-las é impossível. O mais surpreendente é que, sem sombra de dúvidas, este poder não lhes é desconhecido. As pessoas sabem que o possuem e não têm medo de o aplicar. O problema é que, tal como os ventos de Éolo, uma vez libertada, essa força é praticamente incontrolável. 

 

O poder das multidões

Íris Ferreira |10.º A

     Tal como se pode ler nas páginas escritas por Fernão Lopes, o povo é ainda o grupo mais poderoso e capaz de fazer mudanças quando se une.

    Do meu ponto de vista, o espírito coletivo pode ser símbolo de grandeza, mas também de terribilidade. Quando agimos em grupo, o nosso comportamento é totalmente diferente daquele que temos quando estamos ou agimos sozinhos. Em grupo, temos tendência para sermos mais corajosos, impulsivos, vingativos e cruéis.

    Quando levada por um bom motivo ou ideal, uma multidão consegue coisas grandiosas, como defender um país ou conquistar e manter a sua independência. Um exemplo é o do povo ucraniano que lutou e contínua a lutar pelo seu país, pela sua independência e pela sua nacionalidade, juntos como um só e com o mesmo objetivo. Infelizmente, nem tudo é bom e grandioso e as pessoas também se unem por más razões, como é o caso dos terroristas, que se juntam para matarem pessoas e espalharem o caos. Estes, infelizmente, são cada vez mais e agem de maneira mais frequente, o que poderá mostrar que a sociedade está a caminhar para algo muito negativo. A violência tornou-se banal e o ódio está presente todos os dias.

    Em suma, o poder da alma coletiva pode ser positivo ou negativo, sem espaço para meios-termos. No que toca à influência das multidões, só existem duas cores: preto ou branco, sem espaço para cinzentos.

 

Multidões: heroínas ou vilãs?

Soraia Ferreira |10.ºA

    O primeiro grande prosador português, Fernão Lopes, ficou conhecido pela sua escrita extraordinária, mas também por dar destaque ao povo. O cronista ilustrou perfeitamente o ganho de consciência coletiva, pelo que nos fez perceber que, enquanto seres individuais, o nosso comportamento é bastante diferente do que assumimos enquanto grupo, isto até os dias de hoje.

    Na minha opinião, as multidões do século XXI (e também de outros séculos) apresentam um poder inexplicável, que tanto pode ser usado para o bem como para o mal. Esta afirmação é baseada na existência de protestos (como exemplo). Considero emocionante a união que pode existir num grupo de pessoas completamente diferentes, porém, com algo em comum: a vontade de lutar por um direito que acredita ser seu ou até de outro.

    Por outro lado, e como já foi mencionado anteriormente, este grandioso poder pode, também, ser usado para o mal, como é o caso do bullying. Acompanho várias situações onde a vítima fica tão esgotada psicologicamente que chega ao ponto de tirar a própria vida. Não é arrepiante? Um conjunto de seres humanos fazer um outro ser humano perder a vontade de viver?! Isto faz-nos chegar à tal situação do nosso comportamento em grupo. Parando para pensar, o bullying é, normalmente, praticado por um conjunto, atacando um único indivíduo. Deste modo, o conjunto sente-se mais poderoso por ser, precisamente, um conjunto. E esta lógica repete-se, quer a motivação seja boa quer seja má.

   Assim, confirmo que, de facto, é impressionante o comportamento e poder das multidões, mas que este poder deveria ser utilizado, exclusivamente, para praticar o bem.

 

A multidão por trás da mudança

Carlota Prazeres | 10.ºC

    A importância do comportamento e do poder das multidões foi e será sempre valorizada, tanto pela sua influência positiva como negativa. Quando pensamos em multidões, vem-nos à cabeça, na maior parte das vezes, as consequências negativas que elas provocam. Mas nem sempre é assim.

  Em primeiro lugar, temos, como uma ótima referência do poder das multidões, os protestos. Quer seja pelas ruas de uma cidade ou pela vasta Internet, os protestos demonstram ter uma grande influência no público em geral e nos governos em particular. Isto pode dar-se devido ao elevado número de participantes ou, talvez, à sua motivação. No entanto, não se pode negar que tocam a opinião pública de uma forma decisiva. Existem vários exemplos de protestos que conseguiram, ou pelo menos, chegaram mais perto de alcançar o seu objetivo. Aqui, é explícita a importância da organização e do comportamento coletivo, quando a população se junta por uma causa na qual acredita. Exemplos recentes disso são os protestos que têm acontecido no Irão para combater a polícia da moralidade, e os protestos que foram e vão acontecendo na América Latina pela legalização do aborto.

   Para além disso, o comportamento coletivo é extremamente importante em tudo o que nos rodeia. Exemplo disso é a ajuda coletiva entre as pessoas, visível no trabalho de muitas associações, que são também um ponto de referência do comportamento das multidões do século XXI. Quer seja nas instituições de ajuda aos animais, ao ambiente, aos idosos, o facto de muitas funcionarem à custa de voluntariado demonstra a ação coletiva levada a cabo pela população.

   Finalmente, apesar de haver muita influência negativa propagada pelas multidões, penso que é importante realçar as consequências positivas que pessoas juntas por uma causa que as apaixona conseguem conquistar.

 

O poder das multidões

Mariana Oliveira | 10.ºC

    Com o passar dos séculos, o comportamento e poder das multidões mudou bastante, no entanto, nem todos os atos assumidos são negativos.

    Atualmente, no século XXI, a população dá a entender que, numa situação difícil, é cada um por si. Estamos unidos durante um jogo da seleção, tendo esperança de que a nossa pátria vencerá, mas, depois da derrota, a culpa é dos jogadores e da sua falta de esforço. Em tempos de crise, as pessoas enlouquecem, gastam demasiado dinheiro em coisas que não são necessárias em grande quantidade, não deixando nada para quem realmente precisa. Numa situação de violência, consideram que o mais certo é filmar, em vez de intervir. Estas ações levam-nos a crer que a sociedade está perdida. Porém, não está!

   Se viajarmos um pouco para o passado, conseguiremos lembrar-nos de diversos movimentos que fizeram total diferença na comunidade atual. Entre os mais variados atos, gostaria de destacar o movimento das sufragistas. Mulheres que nada tinham, mas que se juntaram e tornaram possível o direito ao voto para todos cidadãos, sem exceção. A conquista do voto mostra a todos que somos iguais, porque somos seres humanos.

   Temos também exemplos mais recentes de adolescentes que lutam pelo bem-estar ambiental do nosso planeta, que é um assunto de extrema importância. Foram feitas manifestações e sensibilizações em prol do nosso mundo, da nossa casa. Essas pessoas uniram-se e fizeram, mesmo que mínima, a diferença na comunidade.

    Considero que o principal elemento de uma sociedade são as pessoas e, se essas pessoas almejarem um objetivo que contribua para o bem comum, podem fazer grandes coisas. Com isto, também quero dizer que devemos ter respeito e empatia pelo outro, para assim, possuirmos uma força coletiva inabalável e honrarmos aqueles que tanto lutam.

 

A força do «Todo»

Beatriz Duro | 10ºC

   Não é de agora o uso da expressão «A união faz a força»! Bem sabemos que assim é. Tal como antigamente o povo se juntava em torno de um objetivo comum, na atualidade também são múltiplas as situações em que isso acontece.

    Como em todas as ocasiões da nossa vida, há sempre vários lados para analisar a mesma situação e, por conseguinte, distintas opiniões vão surgindo. Desde sempre que partilhar com um grupo as mesmas perspetivas e valores nos traz algum conforto. Faz-nos sentir que não estamos sozinhos. Esse sentimento de pertença, que tanto nos agrada, é o que origina a satisfação de estarmos em grupo.

    Havendo, para tudo, o lado mais positivo e o lado mais negativo, este tema não podia ser exceção. São vários os exemplos concretos de situações benéficas que resultaram de uma atividade com um fim coletivo: a conquista dos direitos das mulheres, a luta para travar os avanços das alterações climáticas, as associações de caridade ou até um tema recorrente nos últimos tempos: a união do povo ucraniano frente aos ataques russos. Contudo, são do nosso conhecimento outras situações mais infelizes. O sentimento de impunidade que está associado ao ato coletivo é um problema bastante atual na sociedade. Ao acharem que, por não terem sido as únicas a errar, não necessitam de responder pelos seus atos, as pessoas têm mais facilmente comportamentos violentos quando atuam em conjunto, como no caso do bullying, por exemplo.

   A moderação e o equilíbrio são o segredo para podermos conviver em paz. Apesar de estarmos em conjunto, devemos lembrar-nos de que cada um tem a sua identidade e que as opiniões dos outros são tão válidas quanto as nossas.

 

Juntos, fazemos a diferença

Sandra Oliveira | 10°C

       Em pleno século XXI, as multidões ainda se mantêm fortes, fazendo-se ouvir.

     Efetivamente, são multidões que se unem, à partida, com o intuito de mudar a mente humana, tornando-a mais progressiva e evoluída. Um exemplo: quando as sufragistas lutaram pelo direito ao voto, em relação às mulheres, foi uma luta diária que nos ajudou a conquistar direitos como a liberdade de expressão e, em parte, mais igualdade.

  Essas movimentações de enorme grandeza apoiam e ajudam a população a autodescobrir-se e a batalhar por aquilo em que acredita. Podem, ainda, promover a união entre países e sociedades em prol da ajuda a outros que estejam a viver um momento difícil, de guerra ou de fome, dando apoio alimentar e social.

       A alma coletiva chega mais além do que indivíduo isolado, motivo pelo qual se juntam multidões para transformar o mundo presente num lugar melhor. São elas que se fazem ouvir e juntas têm voz suficiente para alcançar o objetivo pretendido e o que em si querem modificar. Outro exemplo tem decorrido no Irão, onde um grupo maioritariamente feminino demonstrou apoio a uma mulher que foi condenada à morte. E não foi apenas através das palavras que elas se fizeram ouvir, mas da ação e do exemplo, cortando os cabelos, alcançando assim a atenção das pessoas e dos países. Um movimento solidário que expressou que aquela mulher não estava sozinha, mas rodeada de pessoas para a apoiarem. Deu-se, assim, voz ao meio feminino que ainda hoje é muito desvalorizado e oprimido.

     Concluindo, existem diversos exemplos possíveis para mostrar o quanto uma população unida, a lutar por aquilo que defende, em benefício do próximo, pode ser forte. Da mesma forma, através dos métodos certos, a mensagem pode chegar a milhões de pessoas. A meu ver, com as ações corretas, para fazer o nosso mundo evoluir, essas manifestações coletivas são essenciais, valorizando a ideia de que juntos podemos fazer a diferença.

 

Webgrafia:

https://www.istockphoto.com/pt/foto/acima-vista-da-multid%C3%A3o-de-pessoas-alegre-mostrando-os-polegares-para-cima-gm472475618-64097773