Berlim (e toda a Alemanha, aliás) passou por diversas mudanças geopolíticas até se tornar no grande centro cultural que é hoje e que tivemos o privilégio de visitar.
Após uma viagem cansativa e repleta de expectativas, deparamo-nos com um frio mais suportável do que era expectado e com uma capital incrivelmente rica, diversa e bela. Toda a magia de um local novo, principalmente um com a magnificência histórica berlinense, tornava os despertadores das 6h30 da manhã um pouco mais toleráveis.
Transportados pelo metro, pelo comboio e pelos nossos próprios passos, parecíamos estar a atravessar épocas em vez de locais. Desde Bebelplatz (praça onde aconteceu, em 1933, a queima de mais de 2000 livros que iam contra os ideais nazis e onde se encontra a universidade na qual Albert Einstein e Karl Marx estudaram) ao Sony Center (um moderno edifício com espantosas luzes, restaurantes, cinemas…), Berlim parecia não querer parar de surpreender com o seu esplendor contrastante.
De todos os locais visitados, destacaram-se os com maior carga histórica, e por isso mais educativos. Sobressaiu o campo de concentração de Sachsenhausen, talvez não pelas melhores razões. Um campo de concentração é, realmente, algo cuja imensidão e peso não se reconhecem até serem presenciados, na medida em que a linha cronológica nos permite. Para além das interessantes exposições, Sachsenhausen carrega também uma mensagem imensamente forte nas suas paredes e até no ar que lá se respira. Também o museu Neues ampliou o nosso conhecimento, por sua vez, quanto à história pré-histórica, egípcia e antiga. Eram quatro andares de exposições incríveis que mereciam um dia inteiro de visita, que, infelizmente, foi reduzida a umas meras horas.
Esta visita foi, então, um mero ‘’abrir de apetite’’ de tudo aquilo que a capital alemã tem para oferecer, monumental, paisagística e gastronomicamente. Cada passo dado naquela cidade foi um passo em direção à vontade de lá voltar e de aprofundar a nossa experiência, mais do que turística, educativa.