Esta semana, a Equipa da Biblioteca e de Cidadania, com a colaboração de vários docentes do agrupamento, implementaram a atividade «Relembrar a Noite de Cristal» com o objetivo de consciencializar os jovens para a tragédia humana que foi o Holocausto, educar para a multiculturalidade, capacitando os alunos para serem capazes de formar a sua opinião, fundamentada no conhecimento e no espírito crítico e não no preconceito, tornando-se cidadãos ativos e responsáveis.
A Noite de Cristal foi um assalto generalizado a lojas, escolas, sinagogas e habitações de judeus que ocorreu por toda a Alemanha, e também na Áustria, segundo um plano de ação instigado e planeado pelo próprio partido nazi no poder, nomeadamente pelo ministro da propaganda, Goebbels, em vésperas da 2ª Guerra Mundial. Esse plano foi levado a cabo na noite de 9 de novembro de 1938 pelas forças paramilitares nazis, as SA e as SS.
Num período de apenas dois dias, mais de 250 sinagogas foram queimadas, cerca de 7.000 estabelecimentos comerciais judaicos destruídos, dezenas de judeus foram mortos, e cemitérios, hospitais, escolas e casas judias saqueados. O governo impediu a ação da polícia e dos bombeiros. No fim, a autoridade nazi ainda cobrou uma multa aos judeus de mil milhões de marcos, pela desordem e prejuízos, de que eles foram as vítimas e foram também obrigados a limpar os vestígios da destruição.
O nome dessa noite trágica (Kristallnacht) deriva dos cacos de vidro (vitrinas das lojas e vitrais das sinagogas, entre outros), resultado dum episódio de violência racista.
Seguiu-se um processo de perseguição com prisão e deportação de várias dezenas de milhares de judeus e sobretudo um impulso de puro terror para que os restantes judeus abandonassem a Alemanha.
Na verdade, a Noite de Cristal foi uma espécie de culminar de um longo processo de perseguição aos judeus que teve lugar na Alemanha e em todos os territórios ocupados pelos nazis, que se iniciou logo após a subida ao poder de Hitler em 1933.