No dia 26 de fevereiro, os alunos do 11º ano (turmas A, B e C) realizaram uma visita de estudo a Sintra, no âmbito do estudo da obra de leitura integral Os Maias, de Eça de Queirós.
Esta experiência, fora das quatro paredes da sala de aula, revelou-se enriquecedora, proporcionando dois momentos distintos: de manhã, no Centro Cultural Olga Cadaval, os alunos assistiram a uma dramatização do romance realista, encenada pelo grupo de teatro ÉTER que conseguiu, na perfeição, harmonizar em palco atores, música e filme. De tarde, depois do almoço, os alunos tiveram uma vivência mais concreta e real do espaço que serve de cenário a momentos importantes deste texto queirosiano.
Divididos em dois grupos, e orientados por dois guias, os alunos, além do contacto com os espaços físicos mencionados na obra, puderam entender melhor as emoções e experiências das personagens do romance. Cenários como a Quinta da Regaleira, o Palácio de Seteais, o Palácio Nacional de Sintra, o Hotel Nunes, o Hotel Lawrence e a serra de Sintra ajudaram a visualizar os momentos românticos e trágicos de Carlos da Maia e Maria Eduarda. O confronto entre a literatura e a realidade permitiu perceber que a literatura não só se alimenta da realidade como também, simultaneamente, a alimenta.
Na verdade, para além das aprendizagens in loco, diversificadas e transversais (história, património, literatura, arquitetura, geografia, etc) esta visita de estudo foi importante para os nossos alunos, na medida em que Sintra, para além de ser um dos locais mais icónicos da literatura portuguesa, é também património histórico e artístico de grande relevância.
No geral, a experiência do dia 26 de fevereiro revelou-se interessante, permitindo um contacto mais direto com os cenários que inspiraram Eça de Queirós. A possibilidade de ligar a teoria à prática torna o estudo de Os Maias mais cativante e inesquecível, reforçando o impacto que a literatura pode ter quando contextualizada no mundo real. Sintra, com o seu charme intemporal, continua a ser um destino perfeito para compreender o romantismo e o realismo, duas linhas estéticas que estruturam esta grande obra da literatura portuguesa.
Notas à margem:
- os alunos tiveram um comportamento excelente (alguns tiveram a sua 1ª experiência de tuck-tuck).
- a meteorologia presenteou-nos com um dia soalheiro.
- os motoristas que nos guiaram eram afáveis e profissionais.
- cumpriram-se todos os objetivos propostos.
As professoras dinamizadoras,
Clara Faria e Cristina Freitas
As vozes dos alunos (11º A, B e C):
Gostei do teatro,
- porque os atores foram capazes de interpretar uma obra com 18 capítulos em menos de duas horas e estavam muito bem preparados.
- porque consegui entender melhor a obra de uma maneira divertida.
- por nos ter ajudado a compreender melhor a obra;
- Porque a parte técnica estava bem organizada como, por exemplo, a transição da cor e das luzes no palco.
- pela conjugação das falas e dos gestos com os vídeos que estavam projetados no fundo do palco.
- Porque os atores representaram muito bem os papéis das personagens o que contribuiu para que a sessão corresse bem.
- pelos efeitos cinematográficos e da ótima atuação dos atores.
Gostei do autocarro,
- pois durante a viagem conseguimos ouvir música e interagir com outras turmas.
- pelo seu conforto.
- pois pude conviver com os meus colegas num ambiente não escolar.
- das conversas e do convívio durante a viagem.
- e da viagem, pois tive a oportunidade de conviver com os meus amigos.
Gostei
- do guia, pois ele mostrava-se interessado, fazendo várias vozes.
- do nosso guia pois mostrou-se uma pessoa muito prestável, captou o meu interesse e deu-nos várias informações interessantes sobre “Os Maias”.
- do roteiro queirosiano e de ficar a saber mais sobre os locais referidos n´“Os Maias” e, de forma geral, do convívio.
- do que observamos na visita guiada.
- dos tempos livres em que passeamos pelas ruas de Sintra e de tudo o que vimos e aprendemos em geral.
- da liberdade dada aos alunos para explorar a cidade, vendo alguns dos cenários originais referidos na obra “Os Maias”.
- do tempo livre que tivemos para observar e apreciar as lindas paisagens de Sintra, das conversas e do convivio durante a viagem.
- do tempo livre que tivemos para podermos conviver com os amigos e andarmos livremente pelo centro de Sintra.
- dos tempos livres que tivemos para comer e passear
- de conhecer Sintra. É um local pequeno, mas bonito.
- de ver os pontos históricos da cidade de Sintra.
- de conhecer Sintra, é uma cidade muito bonita, repleta de paisagens e monumentos deslumbrantes.
- de obter informações úteis sobre “Os Maias”.
- de conviver com os meus colegas fora da cidade do Porto.
Não gostei
- da visita guiada, porque o discurso foi longo, e tornou-se cansativo.
- da densidade do discurso do nosso guia.
- das palestras do nosso guia.
- do guia, pois achei que a sua explicação foi muito longa e cansativa.
- do custo da visita de estudo.
- de não ter visitado o interior de um dos palácios.
- do discurso exaustivo da guia.
- de não ter visitado o interior dos locais mencionados pelo guia.
- da visita guiada, pois a guia falava mais do que mostrava.
- de não termos visitado tudo e de não ter tido mais tempo para isso.
SENSIBILIDADES
- A viagem a Sintra foi uma viagem tranquila e engraçada.
- Apesar de o tema da visita ter sido sobre “Os Maias”, não precisávamos de uma aula sobre a referida obra ao nível de faculdade!!!
- Achei que a visita foi muito bem organizada pelos professores que deram a muitos alunos a oportunidade de conhecer um local novo.
- Além da peça de teatro, esta visita despertou-me interesse pela cidade de Sintra, porque tem paisagens lindas, com muita vegetação, e palácios coloridos e cheios de história.
- Em suma, a viagem a Sintra foi tranquila e, sem dúvida, fiquei a conhecer mais sobre a obra “Os Maias” e sobre a cidade, que pretendo visitar novamente, talvez com mais pormenor.
- Não existe nada de que não tenha gostado, achei uma visita interessante que me forneceu vários conhecimentos.