Este ano é de POESIA – 500 anos depois… Somos… Herdeiros de Camões

Trabalhos realizados por alunos dos 12 A B C D

Eu, herdeiro de Camões, me confesso! Se eu fosse poeta, que poeta seria eu?

 

12 A

 

Sofia Barbosa

Se eu fosse poeta, seria

o poeta que ficaria

sem tinta na sua

caneta.

O poeta que procura,

nas entrelinhas do Universo,

o porquê da crueldade

e o porquê do amor.

Mas como o Universo

gosta de nos deixar às

escuras,

seria o poeta que ficaria

sem tinta na sua caneta.

 

Íris

Se eu fosse poeta,

escreveria mensagens de esperança,

escreveria sobre o comum,

sobre os pequenos gestos do dia a dia,

que tornam o mundo um lugar melhor.

Escreveria sobre o empregado do café

que dá os pães que sobram no final do dia

ao sem-abrigo,

sobre o pescador, que chega a casa,

dá tudo o que pescou aos filhos

E fica sem jantar.

Escreveria sobre a velhinha

que se senta todos os dias

no jardim a dar comida aos pássaros.

Se eu fosse poeta,

escreveria sobre aqueles que merecem ser escritos,

mas nunca passam para o papel.

 

Soraia

Se eu fosse poeta,

seria simples.

Escreveria o que me vai na cabeça…

Embora talvez não fosse tão simples.

Mas nesta realidade, será que existe algo verdadeiramente simples?

Não sei. Talvez, se eu fosse poeta, descobrisse a resposta.

 

Rebeca

Se eu fosse poeta,

Seria aquele que não consegue expressar meus sentimentos

e pensamentos nos seus poemas.

Logo, eu não seria poeta.

 

Érica

Se eu fosse poeta, seria o mais difícil de compreender.

Se eu fosse poeta, seria a junção entre querer viver e querer morrer.

Se eu fosse poeta, cairia na tentação de desistir muito antes de terminar.

Se eu fosse poeta, tornaria os meus poemas em debates propositados,

Sobre o quanto viver é ser explorado também.

 

Sofia Santos

Se eu fosse poeta,

seria o poeta pensativo

que transforma os seus pensamentos,

felizes, ansiosos, depressivos, tristes,

em palavras.

 

Diana Bessa

Se eu fosse poeta,

seria sol, seria chuva,

seria primavera e inverno,

seria dia e seria noite,

e a mistura de cada um.

Se eu fosse poeta,

escreveria sobre o amor.

Amor real, cru.

Se eu fosse poeta?

Não seria…

Pois teria de me abrir,

mostrar-me a olho nu!

 

Tiago Fernandes

Se eu fosse poeta,

não me preocuparia com a estrutura dos poemas,

em vez disso, escreveria claramente

de maneira a que me lessem e percebessem

sem dúvida nenhuma.

Escreveria sobre a vida em geral

Faria reflexões e daria conselhos.

 

Pedro Neto

Se eu fosse poeta,

falaria toda a verdade, todo o erro, todo o pecado,

Também do justo e do injusto.

Esse seria o meu recado.

Chega do amor. Falemos do real

em que já nada é novo, tudo é superficial.

Criticaria até a mim.

Tudo aceitamos, menos o contrário do sim.

Falaria das crianças que o futuro espanta.

Não existem crenças e razão, apenas um vazio na morte, no coração.

Minha ideologia é o nascer de cada dia.

E como dizia o poeta,

Minha religião é a luz na escuridão.

 

Martim

Se eu fosse poeta,

Seria o poeta que tudo questionaria!?

 

Lucas

Se eu fosse poeta,

era no papel que expressava tudo o que sinto

Tudo o que me frustra.

Era na poesia

que libertava toda a angústia

fosse ela causada pelo amor ou pela vida.

Sem dúvida, seria o poeta da intimidade.

 

André Almeida

Se eu fosse poeta,

Que poeta seria eu?

Talvez uma poeta íntimo

Com um íntimo semelhante ao meu.

Talvez um poeta romântico,

Que no amor acaba sempre por se perder

Amor mais extenso que o oceano

Amor sempre a arder.

Talvez o poeta triste,

O que acaba sempre por sofrer.

Ainda me lembro do dia em que partiste,

Mas sobre isso não vou aqui escrever!

 

Rafael Rodrigues

Se eu fosse poeta,

Seria o poeta que nada vê, mas tudo sente.

 

Paulo

Seria o poeta dos amores e das tragédias?

Eu não sei a respostas,

Tenho em mim visões, um mundo de emoções.

Se eu fosse poeta?

Gostaria de saber a resposta…

 

Davi

Seria o poeta indeciso

Das palavras diretas

Das ideias concretas

Deixando-me levar, em boa parte, pela razão.

 

Daniela

Se eu fosse poeta, revolucionava o mundo!

Se eu fosse poeta,

Transmitiria mensagens que gerassem conflitos e discórdia.

Desta forma, a poesia seria a expressão das minhas emoções.

O meu diário, o meu refúgio.

 

Diana Pinho

Se eu fosse poeta,

seria o que chora,

o que grita através das palavras.

Aquele que faz contorcer quem sente a melodia dos seus versos.

Se eu fosse poeta,

Expressava, no poema, o meu sentimento nu

Dando-me a autorização de ser novamente criança indefesa,

Sem julgamentos.

 

Sara

Se eu fosse poeta,

seria o poeta sentimental,

o que se preocupa com o bem-estar dos outros.

Seria o poeta que vê e quer esperança para o mundo.

Seria o poeta que perdoa.

Seria o poeta da paz, da amizade e do amor.

 

Maria Eduarda

Eu escreveria sobre o amor

Das formas mais lindas de amar

Preencheria a solidão com o amor.

Sim, meu foco seria amar!

 

Rafael Oliveira

Seria o poeta de tantas palavras que não pode ser descrito.

 

Luís

Seria o poeta otimista.

 

Tiago Miranda

Seria o poeta informal,

Aquele que faz poemas curtos

E sem rimas.

Gosto que as palavras fluam sozinhas,

Sem regras.

Seria o poeta bem-humorado.

Para despertar sorrisos.

Seria o poeta jovial!

 

 

12 B

 

Iara, Luísa, Inês

Seria o poeta da dor, sentida e fingida.

Da alma que grita sem som.

Do coração que escreve para se lembrar que bate.

Trago dentro de mim uma tristeza antiga,

feita de guerras que nunca lutei

e silêncios que aprendi a calar.

Finjo que não dói,

mas cada palavra que escrevo

sangra devagar.

Mas é na dor que nasce a beleza.

E no fingimento… a verdade escondida.

Se eu fosse poeta, seria também esperança.

A mão estendida. A ponte entre mundos.

A palavra que cura.

Seria o poeta que vê na Natureza

um grito de vida.

Que planta versos como sementes.

Camões, se hoje visses o mundo,

choravas guerras, mas também verias amor.

Encontravas dor…, mas também resistência.

Somos a geração que sente tudo.

Que escreve com alma,

mesmo quando finge que não sente.

Somos herdeiros de Camões.

E a nossa poesia… é viva!

 

Diogo Marques

Pela rua anda um estranho não tão sábio

e por esta mesma rua caminha outro.

Trocam objetos de pequeno tamanho

e um deles põe algo no lábio.

Fumou aquilo para sentir um alívio,

é mais uma vítima destes esquemas.

Torna-se então o rapaz oblívio

para esquecer-se dos seus problemas.

E a culpa é de quem?

É do vendedor ou do freguês?

Se nasceu um sem nada e o outro também.

Reflete, amigo português.

 

Martim Cunha

Acordei a meio da madrugada.

Doía-me a cabeça, horrível doença.

Olhei para a rua, estava dominada

e eu ligo à rádio Renascença.

Uma canção estava a tocar.

Reconhecia aquela voz,

Era Zeca Afonso a cantar

Sobre uma terra para nós.

Começou assim um novo estado,

Já não seríamos mais escravos.

  1. Sebastião surgiu do nublado,

Graças às armas com cravos.

 

Renato Melo

Nos teus olhos vejo o infinito,

onde o meu coração quer estar com o teu.

Juntos e livres, um fogo tão bonito,

nós nem vimos, mas o nosso amor ardeu.

Se a vida fosse só para amar,

serias o meu único caminho,

porque em ti encontrei o lugar

onde a felicidade faz ninho.

Podemos descobrir o mundo,

navegar pelo Oceano Atlântico.

Perdermo-nos num apego profundo

e aproveitar este sentimento romântico.

 

Dinis Moutinho

A minha alma sofre e não tem cura

desde a nossa despedida.

Sinto-me em constante tortura

desde que saíste da minha vida.

Destino sádico, cruel e excruciante

de ti não escapo, estou cativo.

A existência é insignificante

só traz sofrimento repetitivo.

Cortaram a mais bela flor do jardim,

não tenho nada que me conforte.

Anseio pelo meu próprio fim

desde a tua morte.

 

Verónica Martins

Eu, herdeiro de Camões, me confesso!

Se eu fosse poeta, que poeta seria eu?

Seria o poeta das raízes profundas,

que cresceu entre paredes gastas e sonhos imensos.

Treze anos de risos e lágrimas,

de vitórias mudas e despedidas sentidas.

Aqui aprendi a amar quem me amou sem medidas,

e a guardar na alma feridas que não mostro.

Amo com a força de quem não tem medo de cair,

odeio com a mesma intensidade —

não por rancor, mas por verdade.

Sou casa para quem me entende,

sou muralha para quem me fere.

Por trás do riso solto e do olhar despreocupado,

mora uma alma sensível, um coração que pulsa em segredo,

que se magoa nas injustiças que vê,

que não suporta a pequenez de quem precisa pisar para se sentir grande.

Essas paredes, esses pátios, essas vozes que me rodearam,

foram família que a vida me deu.

Vi amigos tornarem-se irmãos,

vi rostos tornarem-se memória.

Se eu fosse poeta, seria feito de amor e fúria,

de ternura escondida e coragem crua.

Seria feito de ausências que ensinaram,

e presenças que moldaram quem hoje sou.

Seria, como Camões, o canto da dor e da esperança.

Seria o poeta de um último ano,

um adeus carregado de tudo o que vivi,

e um grito: eu existi aqui.”

 

Igor Faria

Eu, herdeiro de Camões, me confesso!

Se eu fosse poeta, que poeta seria eu?

Vim de longe, de outras terras,

com sonhos na bagagem e medo no olhar.

O secundário foi o meu novo mundo,

três anos de lutas, quedas e recomeços.

Portugal me acolheu, mas não sem provas.

Entre salas desconhecidas e vozes apressadas,

fui, muitas vezes, apenas eu e o meu silêncio.

A solidão foi professora severa,

mas também amiga que me ensinou a ouvir a alma.

Nestes corredores encontrei palavras,

em livros, em olhares, em gestos.

As dores que carregava encontraram-se com as dores de outros,

e juntos, no eco dos poemas, aprendemos a ser mais fortes.

Camões, mestre das marés da vida,

ensinou-me a olhar além das tempestades.

Com seus versos, vi que a dor é também estrada,

que a esperança pode nascer das maiores tormentas.

Hoje, ao fim desta caminhada,

carrego o legado da coragem, da resiliência,

e a certeza de que cada verso lido foi um passo dado,

um mapa desenhado no meio do desconhecido.

Se sou poeta, sou aquele que canta a travessia.

Que celebra as lágrimas e os sorrisos,

e que entende, como Camões,

que viver é lutar, amar, sofrer e recomeçar.

Deixei um pedaço de mim em cada sala, em cada folha escrita.

Levo comigo um mundo novo no peito,

e a memória de que, mesmo longe de casa,

construí aqui um lar de palavras e sonhos.

Eu, herdeiro de Camões, me confesso!

Se eu fosse poeta, seria aquele que nunca deixou de caminhar.”

 

Maria Amaro

Eu, herdeira de Camões, me confesso!

Se fosse uma poeta, que poeta seria eu?

Seria aquela que escreve com raiva e paixão,

que transforma a dor dos outros em canção.

Não falaria de flores, nem de amores perfeitos,

mas dos que vivem de cabeça baixa, cheios de defeitos —

não deles, mas do mundo que os ignora,

do sistema que os empurra, que os cala, que os devora.

Escreveria sobre a fome, a guerra, o preconceito,

sobre quem trabalha e nunca tem direito.

Seria voz de quem não tem voz,

ecoando verdades que assustam a todos nós.

Se fosse poeta, não seria leve nem doce,

minha poesia doeria, faria pensar, talvez até se fosse…

um murro no estômago, um grito preso na garganta,

a verdade nua, crua, que ninguém canta.

Usaria as palavras como arma e abrigo,

para defender os meus, os esquecidos.

Porque a poesia também pode ser revolução,

e eu seria o verso que bate forte no coração.

 

Matilde Sousa

Eu, herdeira de Camões, me confesso!

Se eu fosse poeta, que poeta seria eu?

Seria o que sente sem filtro nem medo,

o que ama ao limite, sem se esconder.

Carrego no peito o meu maior segredo:

o de viver tudo… até doer.

Poeta da luta, dos dias pesados,

mas com esperança plantada nos pés.

Levanto-me sempre dos meus tombados,

porque sei que o bem… chega de vez.

Sou chama que arde, sou ponte e caminho,

sou quem estende a mão sem pedir.

Se um coração me chama baixinho,

vou sem pensar, só para o ouvir.

Não sou perfeito – mas sou inteiro.

Sou tudo ou nada, sem meio tom.

Se eu fosse poeta, seria verdadeiro:

com alma nas rimas, com fé no dom.

 

Mariana Moura

Se eu fosse um poeta,

Seria um poeta simples,

que vê poesia nas coisas pequenas:

no riso de uma criança, no cheiro da chuva,

no abraço que chega sem aviso.

Escreveria sobre o amor que a gente guarda no peito,

sobre as saudades que apertam sem pedir licença,

sobre as esperanças que renascem toda manhã,

mesmo quando tudo parece difícil.

Eu, herdeiro de Camões, não buscaria palavras difíceis,

nem versos enfeitados demais.

Falaria de verdade, de alma aberta,

como quem conversa de coração para coração.

Se eu fosse poeta, escreveria para quem já chorou,

para quem já sorriu sem motivo,

para quem já sonhou alto e caiu,

e mesmo assim levantou, um pouco mais

forte.

Seria um poeta de gente comum,

de dias comuns,

porque é neles que mora o que é mais bonito.

Se me perguntassem, que poeta eu seria,

responderia:

o poeta da vida,

que acredita que cada pessoa é, no fundo,

um poema à espera para ser lido.

 

Bruna Moreira

Eu, herdeiro de Camões, me confesso!

Se eu fosse poeta, que poeta seria eu?

Seria um poeta do amor, que está em tudo.

Não só nos beijos e promessas,

mas nos gestos que ninguém vê,

nos silêncios que dizem mais que palavras

O amor não mora apenas nos romances.

Está no abraço que chega na hora certa,

na espera sem pressa,

na escuta atenta quando o outro já se cala.

Se eu fosse poeta, não escreveria só sobre paixões.

Escreveria sobre o amor que levanta,

que suporta,

que entende e não exige.

O amor, esse que não aparece nas novelas,

é o que mais dura.

Feito de paciência, de cuidado,

de presença sem espetáculo.

Eu, herdeiro de Camões, me confesso:

não procuro versos difíceis,

procuro verdades simples.

E o amor, quando é real, é assim.

 

Carolina Ribeiro

Eu, herdeiro de Camões, me confesso!

Se eu fosse poeta, que poeta seria eu?

Seria aquele que, entre lágrimas inventadas,

finge sentir o peso do mundo.

Com palavras bordadas de engano,

pinta a tristeza que nunca o feriu.

A minha pena desliza na mentira,

construindo abismos onde só havia chão firme,

chorando dores que nunca chorei.

Fingida, a minha dor ganha corpo e voz,

como se cada verso fosse sangrado,

como se cada rima fosse um grito,

mas na alma o vazio ri calado

sabendo que a dor que declamo

é apenas sombra do que poderia ter sido.

Eco vago da dor verdadeira que nunca me alcançou.

 

Ana Francisca

Eu, herdeiro de Camões, me confesso!

Se eu fosse poeta, que poeta seria eu?

Seria aquele que escreve em cinza,

Que rabisca versos em paredes frias,

Cuja pena chora ao tocar o papel

E sangra as dores que o tempo não cura.

Seria o poeta das ausências,

Dos amores que partiram sem nome,

Dos gritos que o mundo não ouve,

E das esperanças que morrem ao amanhecer.

Herdo de Camões o exílio e o naufrágio

Não em mares,

Mas em memórias.

O amor? Tive-o apenas em sonho.

A fé? Diluiu-se entre guerras e prantos.

Vejo o mundo, mas não o entendo.

Há cor, mas não há sentido.

Os rostos passam,

Mas os olhos estão vazios.

O futuro é apenas uma página rasgada.

 

 

12 C

 

Bia Duro

Os poetas escrevem os poemas

Ou os poemas descrevem os poetas?

Num mundo dividido entre o ser e o parecer,

O que iriam os meus versos transparecer?

Não seria um poeta como os outros.

Talvez melhor, talvez pior,

Pois os nossos olhos não são os mesmos

Apesar de ser igual o mundo ao nosso redor!

Se fosse poeta, não sei que poeta seria.

Não sei que heróis ou feitos cantaria.

Denunciaria a corrupção dos que governam

E louvaria os sacrifícios de quem se deixa governar.

Se fosse poeta, perdia-me nas palavras,

Nas ideias e nos sentimentos;

Indecisa entre gritar os meus pensamentos,

Ou deixá-los afogar-se em julgamentos.

Os poetas descrevem o que veem nos poemas,

E os poemas revelam de que são feitos os poetas.

Porque não se pode separar a vontade dos tempos

Por muito que os tempos nos mudem as vontades.

 

Catarina

Gostaria de ter em mim um pouco de todos os poetas,

para conseguir aceder a todos esses olhares.

Tenho para mim

que a forma como cada poeta encara a vida

é completamente única e singular.

Aprenderia com eles a apaixonar-me ainda mais pela vida

e a valorizar cada detalhe que a compõe.

 

Sandrinha

Se eu fosse poeta, falaria de amor, de felicidade, de tristeza…

uma variedade de sentimentos que me fazem ser quem sou.

Não fecharia os olhos à realidade nem às diferenças.

Falaria sobre a nostalgia que sinto da minha infância,

quando era feliz sem perceber o mundo à minha volta.

Mas, acima de tudo, se eu fosse poeta,

saberia que teria um espaço para os meus devaneios,

um espaço para ser eu mesma.

 

Mariana Oliveira

Sai lá fora e olha o mundo!

Observa o imenso céu azul,

Que, em poucos segundos, se mancha

De cinzento ou laranja ou rosa.

Sai lá fora e olha para o mundo!

A dona Linda passa por ti e diz «Bom dia» com um sorriso!

Mesmo que continues com essa cara carrancuda e

Insistas em pensar «Estava melhor na cama»,

Há tanto por descobrir, há tanto por viver.

Nem tudo são flores, nem tudo são espinhos

Então por que é que não vais lá fora

E olhas o mundo?

 

Fatinha

Todos os dias me levanto,

Da janela do meu quarto espreito

E horrorizo-me

Com o mundo lá fora!

Como podemos nós, descendentes de Camões,

Esquecer a podridão que ainda reside

Naquela praia ocidental?

Nós, poderosos varões,

Que outrora fomos.

E agora, insolentes,

Temos conhecimento do passado.

Ele é tão igual ao presente!

Que caminho é esse de sabedoria?

Se eu fosse poeta,

Escreveria sobre o bom e o mau,

A luz e a escuridão

Que tão certo há de ser.

Um dia me deito e ergo

Para realçar que a vida é uma dádiva

E merecemos o compromisso de a viver?!

 

Carlota

Se eu fosse poeta,

Já lá ia a criatividade.

Sou fruto de tudo o que vi.

Mórbida como Espanca

Ou até como Dalí

Herdeira talvez pois,

Mais ruim, de certeza,

Já lá ia a criatividade,

Fruto da sórdida realidade.

Juntava peça por peça,

Rancorosa pela infeção contagiosa.

Enxergar e duvidar

Uma política duvidosa.

Doutrina seria aquela,

Que seguiria com ardor…

Suplicaria com lápis armado:

«Acordem, por favor.»

Acordados deste transe,

Iríamos todos com travor.

Lápis armado na espingarda:

«Acordamos, malfeitor!»

 

Mariana Dias

Se eu fosse poeta,

Seria um poeta idealista, para que,

nos meus poemas,

tudo fosse perfeito

como eu esperava!

 

Mariana Moreira

Levanta-te! É tempo.

É tempo de realizares planos,

É tempo de correres atrás dos teus sonhos,

É tempo de tornares o mundo melhor

Com as tuas ações e palavras.

É tempo de te mexeres

E fazeres tudo aquilo que disseste que farias.

Levanta-te! É tempo.

 

Sílvia

Se eu fosse poeta,

Seria um poeta que faz arte sem usar tela nem pincel,

Esculpiria emoções,

Faria justiça, falaria de amor e alegria.

Pintaria sorrisos em cada verso,

Escreveria palavras bonitas, mas certeiras,

Palavras que abraçariam quem lesse

Palavras que transbordariam pelas linhas

Seguindo um rumo,

Até atingirem quem precisasse delas.

Seria aquele que desperta, em cada verso,

o sentido de um mundo sereno e mais leve.

Escreveria um rio de sentimentos

Que levaria todos para um lugar

Onde o impossível se tornaria realidade.

 

Ana Margarida

Se eu fosse poeta,

Seria a que falaria da natureza, como Ruy Belo?

Seria a que falaria de liberdade, como Manuel Alegre?

Ou seria a que falaria do Amor, da Tristeza,

do Desconcerto do Mundo,

como Camões?

Que poeta seria eu, afinal?

Será que sei a resposta a essa pergunta?

 

Xana

Se eu fosse poeta,

Que poeta seria eu?

Sinceramente, não sei!

Talvez um que conhece as palavras,

Mas não as consegue escrever.

Talvez um que sabe classificá-las,

Mas não as sabe expressar.

Que poeta seria eu?

Talvez um perdido no mar,

Que nunca se vai encontrar.

Sinceramente, não sei!

Até podia ser Camões, Pessoa ou Sophia

Mas como?

As palavras ainda estão perdidas!

Porém, se um dia as encontrar,

Serei um poeta a escrever

Sobre o prazer, o amor, a emoção

a vida que passa

E nunca é em vão.

 

Ariana

Se eu fosse poeta,

exprimiria as minhas alegrias,

as minhas angústias,

falaria do «eu»

e das minhas experiências pessoais.

 

Bia Gomes

Se eu fosse poeta,

apontaria as belezas do mundo,

como o mar e a lua.

Encontraria a luz na escuridão.

 

Bárbara

Não sou poeta nem entendo de poesia.

Porém, como poeta,

penso que fugiria ao estereótipo.

Como poeta, vejo-me a encarar o mundo,

a refletir sobre a realidade,

e, talvez, a ter opiniões distintas dos que me rodeiam.

Como poeta, sentir-me-ia sozinha, excluída e diferente.

Sentir-me-ia incompreendida.

Como poeta, pertenceria aos poucos

que não aceitam a realidade como ela é.

Como poeta, eu não fugiria à verdade,

Não me identificaria com a maioria

E lutaria contra a desgraça do mundo!

 

Ana Rita

Se eu fosse poeta,

escreveria com a minha alma

todos os sentimentos,

passaria a minha visão única sobre o mundo;

seria única, porque cada poeta,

por mais simples que seja,

é único.

 

 

12 D

 

Luís

Se eu fosse poeta,

seria o vento

que sopra palavras

num leve lamento.

Misturando sonhos

com mares e céu,

tecendo canções

no fio do véu.

Talvez fosse brisa,

talvez tempestade,

um verso calado,

num grito de verdade.

Um louco das letras

perdido na cor,

bordando silêncios,

e bordando amor.

Se eu fosse poeta,

seria quem sente,

sem rima perfeita,

sem medo à frente.

Apenas palavras… cruas… sem fim

O poeta nascido de dentro de mim!

 

Gabi

Se eu fosse poeta,

seria um poeta disfórico e melancólico.

Seria um poeta perdido no amor e na tristeza.

Seria um poeta totalmente desesperado

por respostas sobre a vida e o universo.

Correria o mundo inteiro

à procura do tal dono da minha alma.

Escreveria a história da minha vida

até os dedos sangrarem.

Seria um poeta sem fama nem reconhecimento,

porque nunca publicaria os meus poemas.

 

Giovanna

Se eu fosse poeta,

descreveria os pequenos prazeres da vida,

os pequenos momentos de alegria.

O dia a dia apreciado!

Apesar dos problemas, há sempre luz,

mesmo nos lugares mais simples e inesperados.

 

Lara Bastos

Se eu fosse poeta,

seria aquele que descreve o encanto de um olhar de conforto,

de um abraço,

a beleza de um pôr do sol,

a paz das ondas do mar.

Escreveria um poema como uma dança

marcada pelo ritmo das palavras,

uma dança leve e suave

a refletir o que de mais leve e simples há no mundo.

 

Bia Campos

Eu seria o poeta romântico,

a descrever o amor que viveu.

(Ou o horror)

Falaria da diferença entre

O PRIMEIRO amor e o AMOR primeiro.

Se eu fosse poeta,

os momentos que já vivi seriam inspiração.

não os guardaria para mim,

abriria o coração ao mundo.

 

Lara Oliveira

Se eu fosse poeta,

transbordaria sentimento.

Em cada verso, depositaria todas as emoções

que um dia não fui capaz de expressar,

como também todas as palavras

que, um dia,

me magoaram.

 

Mariana

Se eu fosse poeta,

seria como António Vieira.

Usaria a palavra para fazer a crítica.

Para mim ser poeta é chamar a atenção!

 

Gonçalo

Se eu fosse poeta,

seria o poeta da comédia.

 

Pedro

Se eu fosse poeta,

seria um poeta positivo.

 

Daniel Cavadas

Se eu fosse poeta,

seria o poeta dos sentimentos positivos

ou negativos,

Em forma de momentos de vida.

Seria feliz e triste

A vida através da poesia.

 

André Pereira

Eu, poeta?

Não seria nenhum.

Aceito a poesia como forma de arte e expressão,

mas não vejo a poesia como parte de mim,

do meu interesse ou curiosidade.

 

 

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