Todos os artigos de mariaribeiro

Poemas coletivos

 

A palavra que escolhi

 

Eu escolho a palavra amizade,

Pois é recheada de carinho.

É uma ligação para a eternidade

E deixa-nos o coração apertadinho.

 

Eu escolho a palavra abraço,

É uma palavra acolhedora,

Protege-nos no seu regaço

É muito protetora.

 

Eu escolho a palavra amor

É uma palavra cheia de ternura.

Tão depressa nos traz dor

Como faz da vida uma doçura.

 

Poema do 5º C

 

Obrigado, professores!

 

O ano letivo está a terminar

E aos professores queremos agradecer,

Pela tarefa difícil de nos ensinar

Especialmente a sabermos “ser”.

 

Pedimos desculpa pelo comportamento,

Sabemos, que às vezes, não fomos fáceis de aturar,

Mas levamos no coração um nobre sentimento

E todos os professores vamos recordar.

 

Agora é tempo de refletir

E prepararmo-nos para descansar,

Uma boa nota vamos pedir

Para as férias podermos aproveitar.

 

Poema do 5º D

 

Um dos meus filmes preferidos

 

                Os meus filmes preferidos são as histórias de “ Harry Potter”. Eu acho que estes filmes são muito bons e escolhi-os, porque já vi os oito filmes e adoro conversar sobre eles.

                A história é sobre um menino chamado Harry Potter que vai para uma escola de magia chamada Hogwarts. Ele tem dois amigos que se chamam Ron e Hermione e um rival chamado Malfoy. O vilão dos filmes é o Valdemort que persegue o Harry desde pequeno. Os filmes podem ser um pouco violentos, mas valem a pena ver!

                No início, achei que a história era complicada, mas depois entendi. Tem muitas revelações que a tornam muito melhor.

                Eu recomendo estes filmes a toda a gente, porque são incríveis e ajudam-nos a ter mais imaginação. Foram baseados em livros com o mesmo nome e escritos por J.K. Rowling e também recomendo a sua leitura.

 

Clara Castro, 6º E

 

                O meu filme preferido é “ Cruella”. Um filme que demonstra o passado da vilã do filme dos 101 Dálmatas, Cruella Devil.

                Eu adoro o filme, especialmente pelas grandes reviravoltas que não atrapalham o sentido da história e também porque mostra que a Cruella não é uma louca que detesta dálmatas sem nenhuma boa razão. O filme é uma ótima combinação de ação com mistério, mas mesmo assim é muito diferente dos filmes de exploradores, detetives ou polícias.

                Ele mostra um lado muito esperto e vingativo, resultado do feitio um pouco malvado da Cruella. Uma coisa boa do filme é focar a atenção do espectador para ter a experiência completa é preciso ficar até ao final da ficha técnica, assim podem ver-se umas cenas que fazem uma grande ligação entre o filme e os 101 Dálmatas.

                Para concluir, quero dizer que recomendo vivamente este filme, pois para mim é um filme dez em dez.

 

Maria Líbano, 6º E

Arséne Lupin

                Esta história retrata um menino negro que adorava ler livros, especificamente, Lupin.

                O livro fala do maior ladrão e mais inteligente de todos os tempos, e ele sempre conseguia sair de qualquer situação ruim. Acontece que o menino, Assane, sempre quis ser como ele, por causa de seu pai ter sido incriminado injustamente e queria vingá-lo, provando que ele não era um criminoso.

                A série fascina-me pela inteligência dele e não é à toa que foi aprovada com 100% de avaliação. Esta escolha deve-se a que o menino mesmo sendo derrubado, ele volta a levantar-se e nunca desiste de nada, sempre correndo atrás do que ele quer.

                 Passa-se em França, Paris, perto do Louvre e ele, Assane, no futuro casar-se-á e terá um filho fascinado também pelos livros de “Lupin”. Este filme sempre nos surpreende, pois a personagem principal está vários passos sempre à frente de todos!

                Recomendo bastante esta série, principalmente para quem gosta de séries de ação, aventura e vingança. Neste momento a série tem duas temporadas, mas em breve terá uma terceira. E esta foi um pouco da incrível história de Arséne Lupin.

 

Gabriel Albuquerque, 6º F

 

“Danças com Lobos”

       Eu escolhi o filme «Danças com Lobos», que estreou em 1990. Na altura, o filme foi bastante bem sucedido devido ao tema e ao ótimo elenco. Aliás, até ganhou entre os sete Óscares, o de Melhor Filme do Ano. Tinha como realizador e ator principal Kevin Costner, um ator bastante conhecido e, neste caso, fazia de John Dunbar, um tenente do exército americano.

       O filme passa-se no norte da América durante  a Guerra Civil Americana e, no início, concentra-se na ligação da personagem principal – John Dunbar – com a natureza e consigo próprio. Dunbar acabou por travar amizade com um lobo e, ao verem isto, os indígenas da tribo “Sioux” decidem dar-lhe a alcunha de “Danças com Lobos”. Ele adere à tribo e ele, um homem do sistema, acaba por adotar uma nova cultura completamente oposta e, a partir daí, o filme começa a ser sobre a vida e a história do norte da América, não na perspetiva dos cowboys, como é habitual, mas sim na perspetiva dos índios. Considero que este filme é bastante importante para as pessoas perceberem diversos  conceitos, tais como o equilíbrio correto com que os índios viviam com a natureza, obtendo o que precisavam dela sem esgotar os seus recursos. O filme também reflete sobre a crueldade de alguns homens que matam e destroem tudo por onde passam.

        Este filme é uma obra de arte, pois permite-nos debruçar-nos sobre as personagens e bastantes conceitos importantes, mas esquecidos. Por isso eu recomendo vivamente que vejam este filme e descubram uma realidade escondida.

          Lucas Reis,nº15, 6.ºD

 

“A Bailarina”

     Este filme conta a história de uma menina e um menino, melhores amigos, que viviam num orfanato. O sonho da menina era fugir do orfanato e viver em Paris para ser uma bailarina profissional. Um dia, ela conseguiu fugir. Na minha opinião é um filme divertido e emocionante, que apresenta a vida de muitas crianças que querem seguir os seus sonhos mas são impedidas.
     Escolhi este filme pois conta, também, a história de uma senhora, que em tempos, foi uma bailarina, a melhor do mundo, mas uma vez, quando ia fazer o seu maior espetáculo, foi sabotada pela sua rival e nunca mais conseguiu voltar a dançar. Como não o podia fazer encontrou a menina, o nome dela era Lucy. A senhora ficou aborrecida, pois não queria ninguém na antiga escola dela, mas depois de muito tempo, tornaram-se amigas. Quanto ao menino, o Pedro, fez parte da “família” e foi o primeiro par de Lucy para o seu primeiro espetáculo.
    Para concluir, achei este filme muito interessante e emocionante. Recomendo que outras pessoas o vejam, para perceberem que por mais difícil que sejam os seus sonhos, com muito esforço, tornam-se realidade.

Sofia, nº25, 6.ºH

 

“Harry Potter e o Prisioneiro de Askaban”

    Vou começar por dizer que adoro os cenários e a razão de eu gostar tanto é porque o filme foi gravado maioritariamente na Escócia, que é um dos países que eu mais quero visitar.
   Em segundo lugar, gosto muito do filme porque nele aparece o meu personagem preferido, “Sirius Black”, o padrinho do Harry que estava preso na prisão de Askaban. No começo todos pensavam que ele era um criminoso, mas, na verdade, não era bem assim.
     Por último, outra razão de eu gostar tanto do filme, é porque ao vê-lo eu sentia emoções variadas, às vezes sentia raiva, outras vezes ficava curiosa, outras vezes sentia alívio, outras medo…
      Em síntese, quero dizer que escolhi o filme por ser o meu filme preferido, da minha saga favorita. Ainda quero acrescentar que recomendo o filme a quem ainda não tenha visto  e também a quem já viu para relembrar, já que eu mesma estou sempre a rever. O meu filme favorito é o “Harry Potter e o Prisioneiro de Askaban”, o terceiro filme da saga de Harry Potter, é o filme que mais gosto por diversos motivos.
 
 
Catarina, nº4, 6.ºB
 
“Mia e o leão branco”
 
     O meu filme favorito é “Mia e o Leão Branco”. Na minha opinião é um filme muito bonito e que sensibiliza as pessoas.
    Este apresenta a história de uma menina chamada Mia que recebeu uma cria de leão branco de quem começou a cuidar. O leão começou a crescer e os pais começaram a ficar com medo que algo acontecesse e infelizmente aconteceu, mas a culpa não tinha sido do leão.
     O que me fez escolher este filme como favorito foi porque a Mia decidiu fugir com o leão,
porque o pai dela ia mandá-lo  para um lugar  onde o iriam abater.
    Sensibilizou-me e alertou sobre os animais que estão em vias de extinção, pois estão a ser caçados ilegalmente.
    É por isto que este é o meu filme favorito e recomendo que o vejam.
 
Luana Monteiro,nº16, 6.°H
 
 
“Peter Rabbit – Coelho à solta”
 
    O meu filme preferido chama-se “Peter Rabbit – Coelho à solta” que fala sobre uma família de coelhos que vive num campo, na cidade de Londres. Vão viajar para uma cidade mais distante de casa, onde Peter vai conhecer um antigo amigo do seu pai. 
   Na minha opinião este filme retrata a união, a amizade e a importância da nossa família, mas também mostra que devemos aprender sempre com os nossos erros, tal como Peter. Pois ao aliar-se a um desconhecido, acabou por colocar a família dele em risco, e com isso, desistiu de tudo, no entanto, não hesitou em salvá-los e percebeu que errou quando decidiu confiar num desconhecido.
  Eu escolhi este filme, em especial, por falar na família e na união que todos os personagens têm e por mostrar que a família está sempre em primeiro lugar, e que nós devemos sempre pensar duas vezes antes de tomar alguma decisão. Eu adorei ver este filme e acho que muita gente vai gostar dele tal como eu.
 
Maria Damaceno, nº14, 6.ºB
 
 
“Harry Potter” sim ou não?
 
       Na minha opinião os filmes da saga de Harry Potter são muito criativos e o que me mais chamou a atenção foi “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, pois já o vi muitas vezes e descubro sempre coisas novas. Os filmes falam sobre um jovem que vivia em casa dos seus tios e que não gostavam dele. Certo dia ele recebeu uma carta de uma escola de magia e feitiçaria ,Hogwarts, onde os seus pais falecidos estudaram e onde este viveu incríveis aventuras com os seus fiéis companheiros.
    Penso que este filme, em particular, me chamou mais atenção, porque as personagens têm mais ou menos a minha idade atual, os cenários estão muito bem conseguidos e quando vemos o filme este transporta-nos para outra dimensão, uma dimensão mágica e fantástica onde nós podemos acreditar que tudo é possível!
    Para concluir acho que um filme que me prendeu completamente ao ecrã durante duas horas e meia variadíssimas vezes, merece ser mais vezes visualizado, por isso recomendo-o a todos!
 
Bárbara Alves,nº4, 6.ºD 

Quadras de S. João do 5º H

 

 

Ó meu rico Santo,

Meu querido S. João,

Na tua festa, brinca-se

E lança-se o balão!

João, nº9

Santo António, como eu gosto de ti!

São João, São João,

Vou comprar um manjerico

E passear com o meu balão!

Jorge, nº10

 

São João, São João,

Fogo-de-artifício no ar!

És tão especial

Que o sol já está a raiar!

Luís, nº15

São João, São João,

O que tens de tão especial?

Eu quero um balão

E bailar no arraial!

Eva, nº7

Meu querido S. João,

Hoje chegou o teu dia!

Vamos cantar e dançar

Com paz, amor e alegria!

Lara, nº13

 

São João, São João,

Tu alegras o meu dia!

A voar vai o balão

E aumenta a minha folia!

José Lopes, nº11

Hoje há festa.

Onde estás tu, S. João?

Estás no manjerico

E no meu coração!

Alexandre, nº1

São João, São João,

Já preparei o arraial.

Agora só falta o balão

E não há nenhum mal!

André, nº2

São João, São João,

Dá-me uma musiquinha.

No teu dia especial,

Quando se come sardinha!

Matilde, nº19

Amanhã é S. João

Dia cheio de alegria.

Vou atirar o balão

E beber sangria.

José Rodrigues, nº 12

 

São João é muita diversão

E festa todo o dia!

Claro que não falta animação

E também muita alegria!

Naiara, nº20

No dia de S. João,

Comem-se muitas sardinhas.

Há animação e alegria

Na minha barriguinha!

Mariana, nº17

Ó meu rico S. João,

És um santo popular!

Na tua festa não faltam

Balões para lançar!

Martim, nº18

 

 

 

 

 

 

“Que condição é a tua Mulher/Homem do século XXI?”, no âmbito da Igualdade de Género.

 

Choque de imagens

                Ao longo da história, a definição do que é ser Mulher vem-se alterando até ao atual quotidiano. Desde cedo que a mulher tem assistido ao seu estilo de vida traçado, seguindo os costumes e as tradições da sociedade: como agir e se apresentar em público, a sua utilidade e a sua submissão à figura masculina. Apesar de, ao longo dos tempos, terem surgido diversos protestos para mudar esta condição, será que realmente houve uma mudança? Será que a mulher do século XXI é muito diferente da do passado?

               Eis uma conversa possível entre duas figuras femininas que representam realidades diferentes.

                – Somos do sexo feminino, estamos destinadas a tomar conta da casa e dos nossos filhos…

                – A tua vida vai somente resumir-se a ficar fechada em casa?

                – Bem, sim… Quando eu me casar, educarei os meus filhos. Vou cozinhar em casa e esperar o meu marido à noite.

                – E o teu futuro marido irá sustentar a tua casa, sair e fazer o que quiser?

                – O homem deve ser o chefe, deve comandar a família. A mulher deve segui-lo. O papel do homem é trabalhar e o da mulher, ficar no lar.

                – E tu? E a tua vida? E os teus sonhos?

                – O meu sonho é estudar, ser uma mulher instruída para que o homem se orgulhe de mim e possa dizer que tem uma mulher culta e com a qual possa sair sem se envergonhar. E tu? Quais são os teus sonhos?

                – Eu quero ser independente, não ser submissa a uma figura masculina, viajar pelo mundo sem que haja algo ou alguém que me prenda.

                – E os teus filhos? E o teu marido? E a tua casa? Como vais tratar disso tudo?

                – Isso é alguma meta de vida? Sou obrigada a ter tudo isso e a deixar a minha vida de lado?

                – Sim, esse é o teu dever enquanto mulher. É assim que eu vivo.

                – E és feliz?

                Com este diálogo, as diferentes mentalidades são notórias, e podemos perceber que a própria essência da mulher mudou: esta quer ser algo mais do que aquilo que é esperado dela. Mas será que isso é suficiente?

                – Sim, eu sou feliz. Tenho uma casa, tenho filhos, tenho um marido que me sustenta e me acompanha para todo o lado. Não tenho que me preocupar em ser julgada e chegar ao mesmo patamar que o homem. E tu? És feliz?

                – No que toca em seguir o meu próprio caminho, sim, mas…

                – Como assim “mas”, estando tu tão convicta dos teus objetivos?

                – Apesar de saber o que eu quero, a sociedade coloca entraves: sair à rua sozinha é assustador, principalmente à noite; em alguns sítios onde trabalhei, os homens recebem mais por serem homens; sou julgada pela roupa que eu visto; se tiver cuidado com o meu corpo, posso ser vista como um objeto sexual.

                – Isso é normal.

                – Não, as coisas não deviam ser assim! A ciência está constantemente a progredir, mas as mentalidades não acompanham essa evolução?

                – Pelos vistos, o mundo não mudou assim tanto…

                Apesar de a mulher moderna ser diferente da do passado, provocando este choque de imagens, ainda está  presente a desigualdade, o medo de as mulheres saírem à rua sozinhas. Não basta a própria mulher mudar a perceção de si mesma, mas também mudar a daqueles que contribuem para o progresso da desigualdade de género.

 

Beatriz Bensabat e Raquel Pardilhó 12ºB

 

Carta aberta a uma jovem de um século passado

Inês e Eduarda

123 Canelas, 2021

Canelas, 4410-299

                               

Maria Isabel III

Filha de um artesão local

123 Canelas, 1826

Canelas, 4410-299

Canelas, 23 de abril de 2021

     Querida Maria Isabel,

 

     Estamos a escrever-te esta carta, porque precisamos que mudes o futuro. Pelos conhecimentos que temos, as mulheres são tratadas de uma maneira bastante diferente da dos homens, e assim tem sido desde os tempos primordiais. Os homens, seres bastardos e insignificantes, julgam que têm todo o poder sobre a mulher. Julgam-nas, desrespeitam-nas, exploram-lhes o corpo e o esforço e esperam que façam tudo o que lhes é dito. Nos nossos dias, uma em cada três mulheres será vítima de violência cometida pelo parceiro. O nosso objetivo, com este texto, é provar-te exatamente o oposto.

     Ao contrário do que pensas, não tens de seguir o exemplo da tua mãe ou das tuas antepassadas. Começa a questionar a tua existência e a tua autoridade neste mundo. Para nós, no ano em que estamos, a realidade ainda não é perfeita, mas várias mulheres lutaram para nos dar tudo a que temos direito hoje. Noções como o direito à propriedade e tratamento igualitário são bastante comuns, no entanto, o esforço que houve por parte de quem contribuiu foi enorme, e apenas começamos a notar as diferenças há cerca de cinquenta anos. Foram numerosos os protestos, conflitos e divergências de ideias que nos ajudaram a chegar onde estamos.

     Nós sabemos como as mulheres da tua época são tratadas, temos consciência dos casamentos convencionais, que apenas dão importância à mulher de acordo com o valor do dote, e entendemos a pressão imposta para serem boas esposas e mães. Todos esses temas, ainda hoje, são debatidos e desmontados por aqueles que defendem os direitos das mulheres.

      Algo que também mudou foi a participação das mulheres na vida política. Se na tua era não deixarem as mulheres votarem, elas também não irão desempenhar altos cargos políticos.

     Uma das maiores transformações foi a atitude como foram tratadas as mulheres. Atualmente, é lhes prestado muito mais respeito do que em tempos anteriores, especialmente nas suas opiniões. Com essa melhoria, as mulheres começaram a tornar-se mais instruídas, portanto, também têm mais oportunidades hoje em dia.

     Tudo isto, toda esta luta, por sermos mulheres, por sermos consideradas um ser inferior. Como já referimos, a maneira de pensar mudou imenso e não para de mudar. Não sejas indiferente a toda esta ignorância e começa a prestar atenção.

 

Atenciosamente,

Inês e Eduarda

 

Carta para um “Ele” passado

                                                                                                                                        

02/04/2021

               Caro Ele, Tu, Eles, Nós

             

                Primeiro, e antes de tudo, espero que esta carta te encontre de plena saúde, pois o que tenho para te dizer, vai requerer força da tua parte para aceitar.

                Por demasiado tempo, tens oprimido a alma feminina, alma tão gentil, que mesmo na presença de todas as tuas vis atitudes, jura perante a imagem de Deus amar-te. Alma responsável pelo milagre de todos os milagres. Alma que carrega nas suas costas o peso de uma família: Alma que encerra o seu livro e vai para o céu sem nunca ter escrito uma página da sua história.

            Comecei por te mostrar que a mulher merece mais do que aquilo que tu lhe permites, mas agora faço-te um pedido, não por mim ou por ti, mas por ela, que dentro daqueles trapos que lhe ofereces tem uma princesa aprisionada. Ao invés de uma cozinha para trabalhar, dá- lhe um mundo para viver. Não lhe perguntes se fez o jantar, pergunta-lhe se fez as malas para longas e aprazíveis viagens. É verdade que todos temos de chorar de vez em quando, mas garante que as lágrimas dela são apenas de felicidade. Isto para que, no futuro, todos tenham uma casa com uma esposa feliz e uma vida de prosperidade.

                Eu, homem da atualidade, me reinvento por ti, mulher, que me ensinaste o que é sentir. Não te peço que trabalhes, apenas que me ames na mesma medida que te amo a ti, e peço desculpa, se alguma vez te fiz sentir menos do que tu és. Não digo só que te amo, mas também que te sou leal, pois lealdade é ação. Mesmo que te ame ou odeie, hei de sempre respeitar-te e ter o teu interesse em consideração.

                Termino apenas com um apelo ao “ele” ao “tu” ao “nós” e até ao “eles”: tratem melhor todas as mulheres deste mundo! Quanto a “elas”, espero apenas que uma vida de felicidades esteja à vossa frente.

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=K82ofnHzS4M

 

Trabalho realizado por: Francisco Rocha nº5 e Pedro Almeida nº11

 

 

Diálogos improváveis entre a mulher de ontem e mulher de hoje…

 Sentadas à beira-mar, três mulheres que representam diferentes épocas (passado, presente, futuro), dialogam sobre o seu papel na sociedade e refletem sobre a sua condição.

     –  Apesar da evolução do papel da mulher na sociedade, ainda temos um longo caminho pela frente… (Flávia )

     – A sério que te queixas? Eu vivo para cuidar da casa, dos meus filhos e marido. Não conheço o termo liberdade, nem tão pouco posso mencioná-lo. Estou aprisionada a esta vida.    (Marisa)

    – Esse estigma de dona de casa está realmente ultrapassado, mas olha que ainda ouço algures comentários e afirmações de que o lugar da mulher é na cozinha. Para não falar da constante objetização da mulher e dos comportamentos defensivos que somos obrigadas a adotar.  (Cátia)

   – Felizmente já não passo por isso. Hoje a mulher é livre desses estigmas. Sinto-me privilegiada enquanto falo disto convosco. Se bem que, a desigualdade salarial mantém-se.  (Flávia)

   – Sinto o mesmo. Trabalho numa empresa prestigiada de marketing e o meu colega Pimenta Machado, que ocupa um cargo inferior na organização, ganha um salário superior ao meu. (Cátia)

   –  Que blasfémia! (Flávia)

   –  Como ousam reclamar por causa de meros euros, quando nem sequer liberdade para arranjar um emprego tenho? Sou economicamente dependente do meu marido. Bem, na verdade, dependente apenas. Até para sair do país preciso da sua autorização. (Marisa)

   – Sinceramente não imagino o que é ser dependente de um homem, tenho 25 anos e não sou comprometida, nem penso ser. O meu foco, neste momento, é a minha carreira e não um casamento. (Cátia)

  – Talvez a desigualdade de género nunca chegue à sua extinção… Provavelmente,  haverá sempre algo a melhorar.  (Flávia)

  –  Sim, mas apesar das diferentes perspetivas em relação ao papel da mulher na sociedade e das diferentes épocas que nos separam, haverá sempre algo que nos une… ser MULHER!  (Marisa)

  – A vontade de mudança e o simples facto de sermos mulheres e tudo o que isso reflete.   (Todas)

 

Trabalho realizado por:

  • Marisa Santos Ferreira nº14
  • Cátia Silva nº5
  • Flávia Ferreira nº8

 

 

Ser mulher hoje! Eu, mulher me afirmo/existo!

              Há algum tempo atrás, as mulheres não tinham os mesmos direitos e deveres que os homens, sendo consideradas apenas como donas de casa.

                De facto, durante anos, tentou-se definir o que seria um comportamento esperado de uma mulher: ser o sexo frágil, maternal e sensível, sendo aquela que realizava as tarefas domésticas, cuidava da casa e educava os seus filhos. Porém, na atualidade as coisas mudaram. Felizmente, as mulheres mudaram o seu posicionamento na sociedade e passaram a desempenhar um novo papel, muito mais presente e ativo. No entanto, apesar de as mulheres terem ganho o seu espaço no mercado de trabalho e terem conseguido tantas conquistas, ainda lutam por respeito, reconhecimento e igualdade salarial. Ser independente é prescindir de uma relação de dependência com o masculino, mas para isso não precisamos de abdicar do outro, tão pouco de estabelecer uma relação competitiva ou de poder com o género oposto.

                Na verdade, ser mulher não é viver à sombra de um homem. Precisamos de nos reinventar, aprender uma nova forma de convivência com o masculino, na qual possamos somar experiências, respeitar e ser respeitadas. Todos temos as mesmas potencialidades, a mesma força interna, uma imensa riqueza criativa, a mesma competência, importância e direitos, mas somos seres de natureza distinta. Nem melhores nem piores do que os outros: apenas seres diferentes.

                Concluindo, o mais importante é que possamos entrar mais em contacto com o nosso universo interno e agir de acordo com as nossas reais expectativas e desejos, sem pressuposições preconceituosas e estereotipadas, ou ainda, sem tanta preocupação com valores e expectativas externas que, muitas vezes, não nos representam e não expressam quem somos realmente.

 

Trabalho realizado por:

Fabiana Guedes nº7; Inês Ribeiro nº10; Nádia Cunha nº16

 

 

“A juventude é uma fase da vida frequentemente associada à esperança e à vontade de mudança”.

     Efetivamente, é nos anos iniciais da vida de uma criança que esta aprende o essencial para que um dia mais tarde possa vir a mostrar-se um ser humano íntegro, preocupado com o próximo e com o bem comum da sociedade.

    A educação é um dos pilares mais importantes, se não o principal para um desenvolvimento de sucesso. Se a criança cresce no seio de uma família que não lhe ensina as regras básicas da boa educação, como o respeito e a solidariedade, como é que no futuro esta pessoa irá comportar-se com os outros?

    Outro ponto bastante importante a referir é a questão da igualdade de género.

     Hoje em dia, diz-se que vivemos numa época onde não há diferenças entre o homem e a mulher, no entanto se formos a ver bem apenas vivemos numa ilusão de igualdade.

     É verdade que, no que diz respeito aos direitos da mulher, já alcançamos e evoluímos muito, já podemos trabalhar, conduzir, escolher com quem queremos casar. No entanto, ainda temos um longo caminho a percorrer.

     De facto, não faz sentido nenhum uma mulher não poder usar decotes ou saias acima do joelho, porque sabe que assim que sair à rua vai ter olhares e “comentariozinhos” desagradáveis vindo de homens e até de outras mulheres. É meramente descabido, enquanto mulheres, termos medo de andar sozinhas na rua durante a noite. 

     Por isso, é imperativo mudar a forma como educamos as nossas crianças, visto que elas são o futuro do nosso país. Em vez de educar as meninas de que é errado responder mal, é errado usar roupa curta, que para se ser uma menina bonita é importante sorrir, deve educar-se os meninos de que não é agradável lançar piropos e realizar comentariozinhos nem achar que uma saia curta é um “sim”.

     Aprendermos a respeitar-nos mutuamente fará com que no futuro, as crianças de hoje em dia, que venham a ser donos de empresas, por exemplo, possam atribuir salários iguais pelo mesmo tipo de trabalho independentemente do sexo.

     Concluindo, é essencial o esforço das famílias para o sucesso do jovem e pensando em larga escala, para o sucesso do país.

 

Beatriz Penas, 11º B

 

Se as nossas avós nos contassem

 

Se as nossas avós nos contassem, a conversa seria assim:

“Minha neta, o que eu vivi

Nunca escolheria para mim.”

 

Começa então a recordar:

“Era eu jovem, magra pela pobreza,

Mal me conseguia levantar,

Ora com que destreza

Começaria a trabalhar?”

 

E, com a voz arrastada, continua:

“Vês esta pele enrugada?

É uma pele pouco amada.

Perdeu o brilho pelo trabalho

Que foi escolhido num baralho.”

 

Com o peito já apertado de desgosto, continuei a ouvir, fixando o seu rosto:

“Ainda me lembro das noites passadas

A derramar lágrimas desvalorizadas,

E dos dias em que fui esquecida e sofri

Mas perante os outros sempre sorri.

Desejei a liberdade de falar

Mas mesmo que falasse não seria ouvida

Por isso limitei-me a sonhar

Na minha realidade escondida.”

 

Foi aí que os meus olhos falaram, não consegui evitar. Pensei na liberdade, na felicidade roubada e decidi questionar. Não havia muito a dizer, a vida passara a voar.

“Fui forçada a amar,

Fui forçada a sofrer,

Fui forçada a casar

Sem nunca poder viver.

Por isso peço-te que aproveites essa liberdade

E esse direito que tens à tua própria opinião,

À tua própria dignidade,

E o direito à expressão.”

 

A chorar, vi que ela é corajosa, foi uma guerreira e como hoje é bondosa,  derruba qualquer barreira.

“O meu passado não consigo esquecer

Pois com ele pude crescer.

E um dia quase desisti

Mas levantei-me e venci.”

 

E assim sofreríamos na imaginação.

Ai! Se as nossas avós nos contassem…

 

 

Trabalho realizado pelas alunas do 12ºB:

Jéssica Coutinho, nº10;

Marta Alves, nº15;

Renata Lencastre, nº19

 

 

 

 

 

 

 

A importância da leitura!

 

              Ler bem é muito importante, por isso começamos um concurso de leitura dentro da turma. Tem servido para nos incentivar a ler, depois de alguns meses de ensino à distância em que, por vezes, os problemas de som e imagem que aconteceram, dificultaram a prática desta atividade.

             Este projeto lançado ao longo do 3º período divide-se em três etapas. Nós, os alunos escolhemos o texto de uma determinada unidade do livro e selecionamos uma pequena parte que iremos estudar (lendo e relendo, em silêncio e em voz alta) para apresentar à turma, sendo depois avaliada pela professora.

             Na nossa opinião, a ideia de treinar a leitura é fundamental para que possamos ler, falar e escrever melhor. No entanto, há alguns alunos que por preguiça e pouco empenho nos seus trabalhos escolares não dão a devida importância a esta atividade, dificultando o seu desenvolvimento e aprendizagem.

          Este concurso ajuda-nos a ler com mais entoação, ritmo, expressividade, melhor dicção, a respeitar a pontuação, a projetar melhor a voz, em suma a perceber melhor o que lemos.

            Em síntese, a leitura é importante e deve fazer parte do nosso crescimento e da nossa vida. Ler é viajar para outras aventuras e viver outras experiências e outras ”vidas” inesquecíveis!

 

 Texto coletivo 6ºG