“As pessoas de Pessoa”

Afinal, os santos de casa também fazem milagres!

Hoje, segunda-feira, como todos os inícios de semana, levantei-me a custo para dar início a mais um dia de trabalho.

Lutei contra as poucas horas de sono que os domingos teimam em roubar-me, contra este corpo que me sobra, o cansaço de tudo e de nada, contra o espelho onde o tempo me reflete, contra o trânsito, contra a inércia dos meus alunos, irreverentes, imberbes, crentes na eternidade jovial, certos dos seus direitos absolutos, seguros de que haverá uma segunda, terceira ou até, talvez, uma quarta oportunidade. 

E tudo recomeça na segunda-feira, dentro da sala de aula: o sumário, o ralhete, o TPC, o ralhete, a leitura do texto, o ralhete, a questão, o ralhete, a resposta desatenta, o ralhete, o teste, o ralhete, o bocejo, o ralhete, o sermão, o conselho, o alerta, o ralhete… tocou!

Hoje, segunda-feira, não correu como todos os inícios de semana, porque a aula não era aula, mas outra coisa qualquer, fora das quatro paredes, sem secretária, sem livros e sem ralhetes. A aula, hoje, era no grande auditório.

Diante dos meus olhos, em cima do palco, sob a luz crua dos holofotes, havia gente nova: mulheres, só mulheres, ainda meninas, pessoas de Pessoa, com muitas dúvidas, muitas inseguranças e angústias, mas animadas de vontades e de muita coragem. As pessoas do poeta e os poetas de Pessoa foram entabulando conversas de versos, pensamentos de quem, hoje, finge que é fingidor e mente o que deveras sente. Diante dos meus olhos, aquele grupo de alunas fingidoras travestiram-se e metamorfosearam-se no Pessoa ortónimo, nos heterónimos (Caeiro, Reis e Campos) e no quase-heterónimo (Bernardo Soares). Até a “Mensagem”, uma nova metafísica do ser português, os lusíadas do futuro, esteve em palco, corporizando o “Portugal-a-haver” nos versos das vozes.

Hoje, segunda-feira, dia 18 de fevereiro, as alunas do 12º ano, de Literatura (opção), orientadas pela docente Georgina Tavares, provaram que, afinal, os nossos jovens estão a conseguir enfrentar os seus pequenos grandes mostrengos, vivendo plenamente a verdadeira escola. Afinal, os santos da casa também fazem milagres!

                                                                                     Clara Faria

 

 

Na passada segunda feira, tivemos o privilégio de assistir a um espetáculo de teatro sobre Fernando Pessoa, encenado pela turma de humanidades do 12º ano, no âmbito da disciplina de Literatura.

Foi-nos apresentada de forma clara, precisa e fiel, a filosofia de vida dos três heterónimos de Fernando Pessoa, estudados ao longo do ano, incluindo o próprio, Fernando Pessoa Ortónimo.

O espetáculo, pelo rigor dos textos, permitiu-nos ver em palco o Ortónimo, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e o “Mestre” de todos eles, Alberto Caeiro, numa bela conversação introspetiva, reveladora dos princípios de cada um.

Assim, este trabalho de representação ofereceu ao público – alunos do 12º ano – a síntese da matéria que temos vindo estudar ao longo do ano, na disciplina de Português, contribuindo para a revisão e para uma melhor apreensão destes conteúdos programáticos.

  Assistimos, sem dúvida, a uma abordagem séria, mas divertida e, sobretudo, enriquecedora quer a nível de conteúdo, quer a nível da “performance”.

                                                                                                              Tatiana Mota, 12º D

 

A peça de teatro – “As pessoas de Pessoa” – surpreendeu-nos bastante, na medida em que o ambiente, no palco e no auditório, e a interpretação das personagens – Fernando Pessoa Ortónimo e os seus heterónimos – foram excelentes.

Relativamente à representação, talvez pudesse ter sido feita por vozes masculinas, mas todas as personagens foram bem interpretadas, pois conseguimos identificar a filosofia de vida defendida por cada uma das “pessoas de Pessoa “, complementando os nossos conhecimentos sobre esta matéria.

 Simão Barbosa; Beatriz Pereira; Vera Mota; Ana Sofia Moreira, 12º A

 

A peça dramática “As pessoas de Pessoa”, levada a cena pelos alunos do 12º ano de Literatura (opção), evidenciou, para além do efetivo conhecimento da obra de Fernando Pessoa, grande empenho e criatividade. Consideramos que esta dramatização se equipara a outras realizadas por profissionais.

Luís Barreiros e Madalena Castro, 12º A

 

Apreciámos bastante a sessão de teatro protagonizada pelos alunos de Literatura do 12º C – “As pessoas de Pessoa” – pois, embora artistas amadores, mostraram um surpreendente profissionalismo. Os heterónimos foram bem representados através das filosofias defendidas e da declamação dos respetivos versos. Por estas razões, estão de parabéns!

Ana Rangel, Ana Lopes e Carolina Dias, 12º A

 

No dia 18 de fevereiro, os alunos do 12º ano da nossa escola assistiram a uma dramatização preparada pelos alunos de Literatura – “As pessoas de Pessoa” – também do 12º ano. Este espetáculo consistiu na representação dos vários heterónimos de Fernando Pessoa e das respetivas filosofias poéticas. A encenação contou com o empenho dos alunos e com o profissionalismo da professora Georgina Tavares.

Afinal, não é preciso sair da escola para assistir a uma ótima peça de teatro como aquela a que assistimos no grande auditório.

Bárbara Campos, David Azevedo e Rafael Massada, 12º A

 

No dia 18 de fevereiro assistimos a uma iniciativa inovadora: uma pequena peça de teatro – “As pessoas de Pessoa” – levada a cena pela turma 12º C e encenada pela professora de Literatura Georgina Tavares.

Este espetáculo teve uma excelente organização, as personagens foram bem interpretadas, embora os “atores”, melhor dizendo, as “atrizes”, fossem inexperientes. O cenário, muito simples, evocava o café “A Brasileira”, espaço frequentado por Fernando Pessoa.

Claro que em alguns momentos a plateia teve dificuldade em ouvir algumas falas, talvez pela inexperiência e pelas condições acústicas da sala, mas foi surpreendente a forma como os alunos interpretaram as diferentes máscaras do poeta.

Ana Catarina Moreira; Francisca Pereira, João Agostinho, Ruben Rodrigues e Tiago Ribeiro, 12º A