Arquivo mensal: Abril 2022

Os animais e a poesia

 

O coelho

Comprei um coelho,

ele adora saltar.

Ele aconchega-se no meu joelho,

e com ele gosto de brincar.

 

Ele come alfacinha,

muito verdinha.

Come cenourinhas,

mas claro, só as minhas.

 

Ele dorme numa caminha,

onde sonha sem parar.

Ele vive na minha casinha,

e por aqui ele vai ficar!

 

O meu coelho é bem comportado,

com a gente já conhece.

Nunca consegue estar parado,

nem mesmo quando adormece.

Carolina Oliveira, 5ºG

 

Pato bebé

Eu encontrei um pato

Pequeno e amarelo.

Que sempre fugia

Quando eu chegava perto.

 

Eu encontrei um pato

Muito medroso.

Que era omnívoro

À beira do rio Douro.

 

Eu encontrei um pato

Que perguntou à sua mãe:

– Porque eu sou pequeno

E tu também?

 

Eu encontrei um pato

Que era bebé.

Que com medo de um mosquito

Quá, quá viu-se muito aflito.

 

Lara Ruivo, 5ºG

 

O falcão

 

O falcão tem olhos

bons e apurados.  

Com as garras aguçadas

apanha as presas assustadas.

 

O falcão come carne

e vive nas montanhas.

Nas montanhas sempre alerta,

pois com o falcão é morte certa.

 

O falcão é perigoso,

perigoso como um leão.

Quando encontra a presa

voa até ao chão.

 

Com o falcão na natureza

não se pode brincar.

Porque com predadores

temos de nos cuidar.

 

Rodrigo Lopes, 5ºG

 

 

O elefante

 

O elefante vive na selva

Onde se sente livre.

Não gosta de estar preso

nos lugares onde o humano vive.

 

Sou dos animais mais inteligentes

É algo que nasce comigo.

Só tenho pena que os humanos

ainda não tenham percebido.

 

Tenho presas grandes

Para me proteger,

de todos os predadores

que me querem comer.

 

Sou herbívoro e

um animal pacífico.

Desde que não me provoquem

senão têm de se haver comigo.

 

Guilherme Silva, 5ºG

 

 

Quivi

 

Eu tinha um amigo

Mas era um animal

Não era perigoso

E não era normal.

 

Ele comia minhocas

E para elas, ele era um assassino

Servia-as num prato

Acompanhado com vinho.

 

Ele com as pessoas

E com os animais

Achava-se pequeno

E ele não queria mais.

 

-Que confusão isto me faz!

Porquê será, porquê será?

Que existem gigantes

E não há  uma casa no ar!

 

Dinis Azevedo, 5º G

O dragão

 

Era uma vez um dragão

muito rezingão e mauzão

que vivia num vulcão

numa ilha chamada Tufão.

 

Era vermelhão

como a cor da lava do vulcão,

tinha escamas como um peixe

que passeia no mar da escuridão.

 

Ele tinha muita imaginação

comia bolas de sabão

e cuspia um fogo muito original,

este dragão era especial!

 

Por ser rezingão e mauzão

não tinha amigos de coração,

por isso ia para a sua gruta

muito choramingão buá, buá, buá…

 

Abigail Fernandes, 5º H

 

A Fofinha

 

Eu tenho uma gata

que às vezes se porta mal

tenho que a pôr na linha,

mas eu adoro aquele animal.

 

Ela tem pelo como algodão

Só não gosto nada

quando tenho que apanhar

os pelos do chão.

 

Parece que está sempre a falar

Faz “miau miau”,

mas há uma coisa que eu ainda não disse

também gosta muito de brincar.

 

Deve pensar

e dizer para si própria:

– “Elas não param quietas

Afinal tenho que as pôr na linha!”

 

Joana Elias, 5º G

 

A Fénix

 

Eu vi uma Fénix

Vermelha, laranja e amarela

Vi-a a voar à noite

Linda como ela.

 

Vivia à beira do rio

Com cor azul luminoso 

Só sabia tagarelar

Com um humano duvidoso.

 

Já com os outros bichos

Não se dava muito bem

Sabia picar

Aqueles que não se sentiam bem.

 

O pássaro tímido e perigoso

Estava sempre a perguntar:

– Por que é que com os humanos é o mesmo

E os bichos dão-me azar?

 

Ana Mar, 5º H

 

Qual será, qual será
o animal que é ágil
e que, em breve, conhecerás?

É solitário,
mas não otário,
porque se vê um humano
pensa logo num romano!

Este animal
é da Sibéria Oriental,
come outros animais
e nunca é demais!

Este animal é perigoso,
mas também é orgulhoso
e para ser franco
é o Tigre-Branco!

Leonor Martins, nº 14,5.ºE

 

O Leopardo 
 
O leopardo todo pintalgado, 
está sempre irritado, 
porque não apanha
nenhum veado! 

Amarelo com pintas pretas, 
o seu pelo é maravilhoso. 
Devia ir ao desfile, 
porque é muito estiloso.

Ataca com tudo, 
força e velocidade 
com os dentes à mostra, 
mostra toda a ferocidade. 

Quando vê uma leoparda
fica envergonhado, 
mas com a sua coragem 
vai lá e fica safado. 

Lara Silva, n°10, 5°E

 

Cão preto

Cão preto,
da cor do carvão.
Fica tímido,
quando lhe ponho a mão.

Ele é pequeno,
fofo e alegre.
Brinca e gira,
sempre que se pede.

Gosta muito de comer,
saltar e pular.
Gosta de lamber,
até se fartar.

É macio,
é muito limpo.
Quando se suja,
fica aflito

                                                                                                                                                                                                   Rodrigo Soares, 5.ºC , nº17

 

Do mar, do ar, da terra

O tubarão é um grande comilão
nada, nada, em busca de camarão.
Gosta muito de água fresquinha
e, por isso, também come sardinha.

Glu-glu faz o peixinho,
miau faz o gatinho,
o lobo faz auuuuuuu,
a vaca faz muuuuuu.

A águia parece um cometa,
voa tão rápido, dá a volta ao planeta.
O rato e o coelho gosta de comer
e a água do rio gosta de beber.

– Sou o rei da selva –
diz o grande leão.
Forte, majestoso e vaidoso,
é tão perigoso como um furacão.

Gabriel Poças Cunha, 5.ºF, nº. 4

 

 

O meu coelho

Ele é pequeno 
e muito carinhoso
e, às vezes, 
é um curioso!

É cinzento com 
muitas manchas brancas. 
– Tão bonito,
  não achas?

Ele gosta 
muito de cenouras, 
mas tem medo 
de algumas pessoas. 

Dou-lhe carinho
a torto e a direito. 
Ele parece ser : 
O Sr.Perfeito !

O meu amigo Bambi 
é um coelhinho, 
mas, às vezes,  
não é nada mansinho. 

– Não se preocupem, 
não sou o coelho da cartola! 
Não desapareço contigo! 
Ai, ai, meu amigo! 

Boa noite, boa tarde
está na hora de eu ir…
Faço uma mágica 
muito trágica ! 

                                                                                                                                                       Márcia, nº 8, 5.ºC 

 

 

O meu porquinho da Índia

O meu porquinho
é pequeno
como o tamanho
da minha mão.

Ele come feno
e a sua ração,
mas alface e tomate
não pode, não!

Vive na gaiola,
sempre a tocar viola.
Está sempre a chiar: hicc,
mas eu acho que ele está é a gritar.

Relaciona-se bem comigo
e com o meu irmão,
mas com a minha gata,
acho que não.

Rodrigo Pereira,N°19 5.ºC

 

Mora em África,
é amarelo e castanho,
com a sua velocidade
quase não o apanho!
 
Quando vir alguém,
os seus dentes mostrará
e para se defender
perigoso ficará.

É o rei da selva 
e muito destemido 
pensa sempre:
– Acho que sou bandido!

Anda de um lado para o outro
como um peão,
adivinhem quem é?
É o leão.

Lea Almada, n°12,5.ºE

 

 

O flamingo

O flamingo tem 
uma forma bicone
e a altura dele 
é enorme. 

Anda só
numa perna
e vive numa
zona externa. 

Ele come algas, 
insetos, larvas, 
crustáceos e pequenos moluscos
e esconde-se nos arbustos. 

É muito
apreciado  
e bem
fotografado. 

Mariana Costa,5.°C, n°10

 

Tucanos

Os tucanos dóceis e inteligentes, 
vivem nas florestas tropicais.
São muito amigáveis,
nos seus atos sociais.

A sua alimentação
consiste  em frutas e insetos. 
Moram na América Central e
lá vivem uma vida fenomenal.

Suas pernas azuis parecem rios
e a sua onomatopeia é muito igual 
à dos passarinhos: Piu piu!
Parece um som  intelectual.

Bem amigáveis e fofinhos,
temos de os proteger da
poluição para não termos
a sua espécie em extinção

André Mendes, nº 2,  5.ºF

 

O meu gato

É pequeno o meu gato,
com pelo cinzento.
É bonito e charmoso
e bastante ciumento.

Quando lhe dou carinho,
rebola pelo chão,
faz “miau, miau”:
– Dá-me cá a minha  ração!

Logo ao acordar
salta de alegria…
Começa a ronronar
para alegrar o meu dia.

O meu gato é amigo
dos outros animais.
É o rei lá da casa,
o meu gato é demais!

Leonor Brandão,  n.º 7, 5.º C

 

 

A minha cadela

Uma cadela, muito fofinha,
 mas, por vezes, corajosa.
É uma cadelinha muito
calma e carinhosa.

Sempre que vem à cozinha e
vê ração, pensa:
-Outra vez ração??
Eu quero é comer arroz com feijão!

É toda branca, com uma mancha
preta na cabeça,
que mais parece carvão,
mas tem um grande coração.

Pede carinho às pessoas e
ladra para os outros cães!
É mesmo ela, a Carlota,
que já esta a ficar velhota.

A Carlota é muito famosa, 
quando vai à rua 
fica logo janota
e amorosa.

Sempre que ouve barulho
na porta, corre 
 como se fosse comer uma couve
na horta.

Nuno Teixeira, 5.º C, nº 12

 

 

Peixinho dourado

Peixe dourado,
no aquário a nadar
e quando bate o sol 
fica a brilhar!

Pequeno e tímido,
nada pelo aquário fora,
para me alegrar e
ajudar a pensar.

Quando deito os flocos
ele vai apanhar 
e saborear,
acabando por adorar.

Quando vê alguém
vai-se logo esconder,
quando vão embora 
ele volta a correr.

Gabriel Gonçalves, nº 2, 5.ºC

 

 

A minha cadela

Tenho em casa uma cadela
Que é muito brincalhona
É um pouco atabalhoada
E um pouco resmungona.
 
O nome dela é Nina
Foi o qual se lhe deu
Foi adotada de uma família
E agora o dono sou eu.
 
Foi tal a minha sorte 
Vir a esta casa parar
Me tornei de grande porte
Que é difícil me segurar.
 
Para os donos ela é meiga
Perspicaz e expressiva
Faz rrrrr para os outros cães 
Ficando rude e agressiva.
 
David Pinto, 5º H 

 

 

 

Visita de Estudo ao Palácio de Mafra

 

    No passado dia 31 de março, no âmbito do estudo da obra de leitura integral, Memorial do Convento, de José Saramago, na disciplina de Português, os alunos do 12º ano, acompanhados pelos professores Clara Faria, Sara Ribeiro, Margarida Duarte, Rosa Pereira, Domingos Oliveira, Ilda Ferreira e Luísa Sousa participaram numa visita de estudo ao Palácio Nacional de Mafra.

    Antes das 06:00h, ainda de noite, os alunos iam chegando ao portão da escola, numa cadência apressada e grupal. Alguns vinham ainda ensonados, outros, insones, em jeito de confidência, sem dormir para não perderem a viagem ou, quem sabe, perturbados e acesos com a expectativa de um dia partilhado, mais intensamente, com quem  sonham outras viagens (Até porque as aulas fora dos muros da escola e das paredes lisas da sala não acontecem todos os dias!). Todos partiram rumo à terra prometida: Mafra.
    Os autocarros com ares do século passado (como os professores destes alunos… já do séc. XXI!) lá iam pisando o asfalto acariciado pelo rasto dos pneus cujo movimento, lento e monótono, lembrava o chapinhar sucessivo nos charcos que a chuva ia semeando ao longo do caminho. Lá dentro, falava-se baixinho para não acordar os que dormitavam no ombro macio de quem se dispôs a conhecer o outro. Ao fundo, no último banco do autocarro, os alunos apertavam-se… convencidos da sua rebeldia incipiente! Ainda havia os que não conseguiram separar-se do telemóvel que cintilava em jogos luminosos na ainda escuridão da madrugada. À frente, hipnotizadas por grandes escovas que limpavam das vidraças as lágrimas de uma primavera chorosa, carpia-se: os alunos, a escola, o custo de vida, a invasão da Ucrânia, as intermináveis horas ao volante, os baixos salários… era preciso exorcizar as aflições do dia a dia e enganar o tempo…quatro longas horas!
    Finalmente, o Calhau emergiu, amarelo e imponente, com dimensões de monumento de tempos memoriáveis: o Palácio de Mafra!
    Os alunos, tolhidos pelo vento gélido de um inverno que já não era, iniciaram, então, a visita ao Palácio de Mafra, orientada por dois guias turísticos cujo profissionalismo ofereceu a todos um pouco mais de conhecimento sobre o nosso património histórico-cultural.
    De olhos e ouvidos atentos, todos ficaram deslumbrados com a monumentalidade daquela construção barroca, com as extraordinárias quantias de ouro proveniente do Brasil, gasto para satisfazer o ego magnânimo do rei D. João V, e, ainda, com o número de trabalhadores envolvidos (52 mil), voluntária e involuntariamente, naquela obra, projetada pelo arquiteto Johann Friedrich Ludwig (Ludovice). Embora a primeira pedra tenha sido lançada em 17 de novembro de 1717, a Basílica só seria inaugurada em 22 de outubro de 1730, com festividades de oito dias, que assinalaram também o 41.º aniversário do rei.
    Já no interior do Palácio, os guias conduziram os alunos pelas alas norte e sul, correspondendo, respetivamente, aos aposentos do rei e da rainha, separados por um corredor com 200 metros de comprimento que o rei percorria, duas vezes por semana, para cumprir o chamado “dever real” ou, como diz Saramago, para cumprir a“função”.
    Depois de salinhas, salas e salões, ora evocando a luxúria do rei e da sua corte ora evocando a vida simples e austera dos frades franciscanos, os alunos surpreenderam-se com a biblioteca, uma das mais belas da Europa, decorada com mármores preciosos e madeiras exóticas, contendo uma coleção de mais de 40.000 livros com encadernações em couro, gravadas a ouro, incluindo uma segunda edição de Os Lusíadas de Luís de Camões. Ficaram ainda mais surpreendidos quando puderam observar um morcego “papa traças” embalsamado, exemplar representativo dos muitos habitantes daquela biblioteca, imprescindíveis na conservação do precioso espólio bibliotecário.
     De tarde, depois da fotografia protocolar de conjunto, todos regressaram ao palácio para assistir à dramatização do “Memorial do Convento”. O desconforto das cadeiras só foi suportado pela juventude do público e pelo espetáculo que todos reconheceram interessante.

 

    A viagem de regresso começou animada pela habitual galhofada imberbe, pela música e pelos jogos virtuais…, mas a viagem era longa e muitos desejavam aproveitar o calor e os afetos sobrantes que a pandemia tem adiado.
    Cumpriu-se a hora imposta de chegada – 20:30h e os alunos saíram regalados por terem vivido uma experiência escolar diferente. Quiçá alguns tenham regressado com vontade de iniciar uma nova viagem: a leitura do Memorial do Convento, de José Saramago!

Clara Faria