Arquivo mensal: Novembro 2023

«Eu só posso ser Pessoa através das outras Pessoas»

Tal como Martin Luther King, também Nelson Mandela «pregava a igualdade», defendendo que «somos todos braços da mesma árvore».

(Textos de opinião realizados em contexto de avaliação da Expressão Escrita)

Por alunos do 11.º Ano

 

Beatriz Duro | 11 C

   Há temas sobre os quais nunca é demais falar. Igualdade é um deles. Certos conceitos devem surgir associados a este, não faria sentido falarmos de Igualdade se a ela não estivessem associados a Empatia, a Solidariedade, a Entreajuda, o Respeito, entre tantos outros. Todos temos a perceção da importância destes valores, no entanto, nem sempre nos lembramos deles.

   Sou de opinião que, na sociedade atual, estamos cada vez mais absorvidos com nós próprios, como seres individuais. A rotina atarefada do dia a dia impede-nos, muitas vezes, de tirarmos tempo para valorizar o outro. Quantas vezes nos esquecemos de agradecer à nossa avó a comida que ela fez especificamente a pensar em nós, ao nosso pai a boleia para o shopping, à nossa irmã a peça de roupa emprestada, à nossa professora o carinho extra, quantas vezes damos o cuidado e a preocupação da nossa mãe como garantidos.

     Ironicamente, tivemos algo que nos fez parar para refletir: uma pandemia obrigou-nos a uma reflexão sobre quem somos enquanto indivíduos e enquanto sociedade. Contudo, quando voltámos à rotina, voltamos a esquecer-nos da importância que os outros têm na nossa vida. Rapidamente deixámos de falar do esforço implacável de toda a comunidade médica quando mais precisámos deles.

    A verdade é que é muito mais fácil focarmo-nos em nós e, só quando temos necessidade, lembrar-nos dos outros. Mas é um comportamento que precisa de ser corrigido. Pior do que tomarmos as pessoas como garantidas, é desvalorizá-las. Devemos recordar-nos de que cada um de nós é composto por um bocadinho diferente dos outros.

    Gosto de pensar que qualquer pessoa que entre na nossa vida irá contribuir para o nosso crescimento. Quer a influência seja positiva ou negativa, fará a diferença na pessoa em que nos vamos tornar.

 

Giovana Monteiro Viana | 11 D

   No contexto humano, fomos sempre dependentes uns dos outros, do nascimento ao meio social em que nos integramos.

   Do meu ponto de vista, a premissa «Eu só posso ser pessoa através das outras pessoas» é válida, se considerarmos a genética (interpretação literal), na medida em que um casal se reproduz para a criação de outra pessoa. Assim, esta nova vida será dependente das pessoas que a colocaram no mundo, e consequentemente, conclui-se a validação deste argumento, em que esta nova pessoa é uma pessoa por causa de outras pessoas.

   Outro contexto em que esta premissa pode ser considerada válida é no quesito social. De facto, a socialização com outros indivíduos é fundamental, tanto para o desenvolvimento pessoal e das relações sociais, como para a integração no mercado de trabalho ou na dinâmica política. Tornamo-nos realmente pessoas, quando interagimos com outras pessoas, descobrindo interesses pessoais e entrando numa jornada de autoconhecimento através do contacto com outros seres humanos. Como vivemos em sociedade, tornamo-nos pessoas através de novas experiências, novas sensações e novas atividades, como o trabalho ou a política. Em todos os casos, é necessário considerar as outras pessoas para haver um funcionamento adequado destas atividades.

   Concluindo, esta premissa pode ser aplicada em todas as dimensões da vida, em que somos capazes de fazer a mudança através da força de vontade e considerando a igualdade, pois «só podemos ser pessoas através das outras pessoas».

 

Lara Bastos | 11 D

   O meu EU só está completo quando os outros fazem parte «dele».

  Na minha opinião, é a sociedade como um todo que faz de nós aquilo que somos enquanto indivíduos.

 Em primeiro lugar, para sermos nós próprios, precisamos da contribuição de cada indivíduo que nos rodeia. Por exemplo, alguém que viva numa sociedade que não promova a tolerância e a aceitação nunca vai ter a sua individualidade totalmente validada, ou seja, nunca vai ter o seu Eu completo.  Da mesma forma, a nossa identidade é muito influenciada pelos ideais da sociedade ou, melhor dizendo, da comunidade em que estamos inseridos. Apesar de podermos ser aquilo que queremos ser, sem influências, é quase impossível não termos hábitos provenientes da nossa comunidade. Somos quem somos, porque estamos inseridos num determinado grupo. Por exemplo, somos diariamente confrontados com pessoas do nosso meio, que nos influenciam com as suas opiniões. De cada uma retiramos uma parte, que vai constituir a nossa própria opinião.

  Em conclusão, a nossa identidade é afetada e influenciada pelas pessoas e pelo ambiente em que vivemos.

 

Luís Miguel Costa | 11 D

   O ódio pelo próximo, apenas pela diferença da cor da pele, da religião ou da sexualidade, é completamente injustificado. Vivemos num mundo que já se encontra devastado pelas alterações climáticas e, a acrescentar a isso, continuamos a valorizar a superioridade de uma raça ou religião, ignorando o facto de que pertencemos todos ao mesmo grupo, ao grupo dos seres humanos.

  Ao olharmos para trás na cronologia humana, podemos ver grandes feitos, desde o fogo até a roda, desde a aterragem na lua ao primeiro smartphone. Foi em cada um desses momentos que se provou que a colaboração entre os homens nos catapulta para um futuro mais claro, independentemente da sua cor, das suas crenças ou do seu género.

  Quando Nelson Mandela disse que «somos todos braços da mesma árvore», acredito que era a isso que se referia. Todos nós temos as nossas diferenças, porém, não deixamos de fazer todos parte da mesma árvore: a árvore humana. O ódio pode e deve ser combatido porque, ao contrário das características que nos definem, o ódio não é natural, é algo que se ensina e se aprende. Porém, da mesma maneira que se ensina o ódio, também se podem ensinar os valores da tolerância e do amor ao próximo, tal como defendiam Martin Luther King e Nelson Mandela.

 

Mariana Oliveira| 11 C

   Todos nós, eu que escrevo e vós que ledes, somos seres humanos. Não digo que somos pessoas, pois há uma grande diferença entre ser-se Pessoa e ser-se ser Humano.

   Aquilo que nos caracteriza como seres humanos é a nossa capacidade de raciocinar e de ter um pensamento crítico. Este é o único fator que nos distingue dos animais irracionais (porque, sim, nós também somos animais), mas afinal de contas, porque é que nem todos nós somos Pessoas? É muito simples. Acredito que a grande maioria de nós já experienciou ou tomou conhecimento de alguma crueldade que nos fez pensar: «Ele não tem sentimentos!» ou «Como é que ela foi capaz de fazer isto?». É nesses momentos de reflexão que temos a certeza de que somos, de facto, Pessoas.

    As Pessoas sentem. As Pessoas importam-se com o bem-estar dos outros. As Pessoas aprendem desde sempre a ser Pessoas. Contudo, só podemos ser Pessoa através de outras Pessoas. Aqueles que espalham a bondade, a solidariedade e a gentileza fazem dos outros (de nós) seres humanos que também se tornarão Pessoas e também espalharão esses princípios. Por mais que queiramos negar, é impossível vivermos sozinhos; nós precisamos uns dos outros, precisamos do toque e do afeto uns dos outros. Por tais motivos, afirmo, novamente, que quem não tem nenhuma destas capacidades não pode ser uma Pessoa.

  Considero, porém, que um dia o mundo entenderá a beleza de ser-se Pessoa, e deixaremos de viver num planeta apenas cheio de seres humanos.

 

Oficina de escrita

Oficina  de escrita para aperfeiçoamento da expressão escrita e da formatação digital. 
O Beijo de Gustav Klimt
 
 

Reflexão sobre a transversalidade temporal das relações amorosas (Séc. XII/Séc. XXI)

   De facto, há diferenças na expressão de sentimentos amorosos entre o século XII e o século XXI.

   No século XII, a comunicação era muito mais difícil, logo, também as relações afetivas interpessoais eram complexas e as saudades mais difíceis de suportar.

   No séc. XXI, ao contrário de antigamente, a tecnologia evoluiu muito, o que facilita a troca de mensagens e a expressão de sentimentos. Contudo, esta evolução também pode potenciar o conflito e gerar encontros e desencontros amorosos.

   Concluindo, o amor e os afetos atravessam os tempos, embora hoje a sua comunicação possa ser mais fácil. 

 Afonso Pinto, 10º A

 

   O modo de comunicação das relações amorosas entre os seres humanos tem mudado ao longo dos séculos.

   No século XII, o relacionamento amoroso era desenvolvido presencialmente, olhos nos olhos. Hoje, a manifestação de sentimentos gira em torno das novas tecnologias e da virtualidade, podendo facilitar ou gerar conflitos nas nossas relações.

   Em suma, o avanço da tecnologia permite aproximar os indivíduos, mas também pode potenciar algum isolamento afetivo.

António Alves, 10ºA

 

    As relações amorosas foram influenciadas e alteradas pelas tecnologias entre os Séculos XII e XXI.

  Um dos exemplos destas alterações são as viagens, estas eram responsáveis pela separação temporária das relações amorosas e assim impossibilitavam um contacto direto com o parceiro, hoje em dia podemos ter contacto permanente e continuo com o nosso interesse amoroso, esteja ele em qualquer parte do Mundo através das tecnologias de comunicação.

   As relações à distância através do telefone e/ou computador (Séc. XXI), são diferentes de cartas (Séc. XII) ou até de telegramas (Séc. XX). Nessas relações, a conexão entre os namorados não chega a ser tão profunda, talvez, pela falta do toque e da aproximação entre as duas pessoas.

   Mesmo nas relações em que os elementos do casal estão perto um do outro, muita coisa mudou desde então. Agora, os casais passam o tempo focados no respetivo telemóvel, sem apreciar a devida companhia do seu amado, ao contrário dos séculos anteriores em  este gadget não existia.

  Na atualidade, o que importa é a aparência dos perfis nas redes sociais de cada um dos apaixonados, onde se mostra que se está comprometido e se segue outras pessoas. Esta vaidade não era  importante nos séculos anteriores.

 Em suma, o desenvolvimento tecnológico é um dos principais responsáveis pelas alterações nas relações amorosas entre os Séc. XII e o Séc. XXI, isto é, uma carta de correio ou uma boa conversa, “mão na mão” produzirão um efeito mais profundo na relação amorosa do que uma mensagem do WhatsApp.

  Inês Afonso, 10º A

 

   As relações amorosas sempre existiram, embora a forma de comunicação das mesmas tenha mudado ao longo dos séculos.

   No século XII, a comunicação amorosa entre o casal era, sobretudo, presencial, olhos nos olhos, contudo se o namoro tivesse de ser à distância, a comunicação seria muito difícil e escassa.

  No século XXI, já não é bem assim, pois, com o aparecimento das novas tecnologias, a comunicação presencial foi sendo substituída pela troca de mensagens, facilitando o contacto e o diálogo.

  Concluindo, as tecnologias têm o poder de influenciar, positiva ou negativamente, as relações amorosas, mas o amor e os afetos continuam a existir.

Lara Castro, 10º A

 

   As relações amorosas quer na idade média quer no séc. XXI só diferem no modo de comunicação. 

   No séc. XII, não havia a tecnologia que existe hoje, contudo as relações amorosas eram semelhantes. Se dois indivíduos habitassem espaços distantes um do outro e quisessem conversar, namorar, era muito mais complicado do que na atualidade, visto que já temos as ferramentas tecnológicas necessárias para comunicarmos à distância. 

    Concluindo, o amor e os sentimentos não mudaram, só mudou a facilidade com que os podemos comunicar. 

Maria Leonor Rosinhas, 10°A 

 

   As relações amorosas do século Xll, comparadas com as do século XXl, podem manifestar-se de forma diferente, mas assentam igualmente na expressão de sentimentos. 

   No século XXI, o relacionamento amoroso é influenciado pelas novas tecnologias, sobretudo pelas redes sociais, tornando mais fácil a comunicação com a amada.  

    Tal como na Idade Média, há formas diferentes de amar e de demonstrar o amor por algo ou por alguém. Podemos usar mensagens, música, cartas ou até expressar o nosso afeto pessoalmente, olhos nos olhos. 

   Concluindo, no passado ou no presente, os sentimentos são os mesmos, só que comunicados de forma diferente.         

                           Luana Rosinhas, 10°A 

 

   Desde sempre existiram relações amorosas, porém a forma como dois indivíduos se comunicam tem vindo a mudar.

   Enquanto na idade média, a expressão de emoções era feita, na maioria das vezes, pessoalmente e presencialmente, hoje predominam as tecnologias, mais concretamente, as redes sociais, para esse efeito. Por essa razão, as relações amorosas no passado eram, talvez, mais duradouras do que as do presente.

   Em conclusão, a comunicação dos sentimentos poderá ser hoje muito diferente, se considerarmos o que se passava no século XII, mas, na essência, os sentimentos são os mesmos.

 Sofia Ferreira de Moura, 10º A

 

   Na verdade,  as relações amorosas são um tema de todas as épocas.

  Atualmente, a nossa geração tem à disposição diversos meios de comunicação, assim como a liberdade de ser quem deseja ser e de amar quem quer amar

   Por outro lado, pouca gente consegue manter um relacionamento amoroso por muito tempo, pelo facto de sermos uma geração cansada, sem paciência e pouco comunicativa. Tudo é momentâneo e as pessoas têm medo do compromisso. Além disso, poucos são os que acreditam ainda em finais felizes.

   Somos ainda demasiado vulneráveis aos comentários feitos por detrás de uma tela, que divulga estereótipos de perfeição, criando em nós inseguranças e algumas dificuldades num futuro relacionamento amoroso.

  Concluindo, os tempos mudam, mas as relações amorosas, os sentimentos e os afetos são os mesmos, embora a forma de os transmitir seja hoje muito diferente.

Inês Neves, 10º B

 

    As relações amorosas do século XXI têm algumas diferenças em relação às do século XII.

    As novas tecnologias alteraram a forma como comunicamos os afetos e o amor. Outrora, existia apenas a correspondência epistolar como forma de comunicação à distância. Contudo, hoje podemos conversar, discutir e namorar com quem, quando e onde quisermos!

    Por outro lado, esta facilidade de comunicação pode gerar equívocos, pois as pessoas não demonstram as suas emoções de forma tão natural e verdadeira como num encontro presencial. Penso que tudo atualmente é superficial, como se apenas as aparências importassem!

   Concluindo, as relações amorosas são as mesmas, os sentimentos e os afetos permanecem, embora a forma de os comunicar seja muito diferente.  

                                                                                                            Mª Francisca Monteiro, 10º B

 

 

Entrevista ao Presidente da Junta de Freguesia de Canelas

No dia 10 de novembro a turma do 8º(Operador de informática) foi à junta de freguesia de Canelas realizar uma entrevista ao Presidente para saber sobre as suas funções e da Junta na comunidade. A turma colocou algumas questões ao Sr. Presidente, Arménio Costa, de âmbito profissional e pessoal às quais foi respondendo simpaticamente. Revelou-nos que desde sempre se interessou pela vida política e por esta razão candidatou-se à presidência da Junta tronando-se presidente no ano de 2013. Está no seu terceiro e último mandato que terminará em outubro de 2025. Revelou que tem alguma dificuldade de conciliar a vida pessoal com a profissional, a sua agenda está sempre planeada de domingo a domingo.  

Como Presidente sente que cumpriu os objetivos a que se propôs, ou seja, deixar a Junta melhor do que recebeu e acredita que o próximo presidente fará melhor do que ele.

A turma apresentou alguns problemas em Canelas, como por exemplo, o facto de as paragens não terem os horários dos transportes. Em resposta ao problema apresentado pela turma, deu-nos uma notícia em primeira mão. A partir de dezembro, Canelas terá uma nova empresa de transportes, a “UNIR” e através de uma aplicação os utentes terão informação em tempo real da localização e do tempo de espera.

Esta atividade foi desenvolvida no âmbito da disciplina Cidadania e Mundo Atual, inserida na temática do módulo B1 “A nossa democracia”, permitindo de forma diferente aprender mais sobre as competências do poder local.

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