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Ciclo de Cinema – O Cinema Chama Por Ti!

No dia 18 de novembro, a turma 12.ºE, acompanhada pelas docentes Elisabete Araújo e Orlanda Rego, assistiu ao filme “Páginas de Liberdade”, de Richard LaGravanese, na biblioteca escolar.

A professora Elisabete Araújo teceu o seguinte comentário sobre o visionamento deste filme que cativou os nossos alunos:

Um filme envolvente, baseado num caso verídico, com uma história emocionante sobre a dedicação de uma professora, em início de carreira, que tem de abordar e contornar não apenas  a realidade da sala de aula, mas também as outras realidades sociais as quais, muitas vezes, são “ignoradas” pela própria sociedade  – pobreza, violência, segregação, discriminação…Com perseverança consegue criar empatia e construir vínculos emocionais com e entre a turma.

O filme, para além de retratar os problemas atuais, consegue estabelecer a ponte com o passado e abordar o antissemitismo e o nazismo na 2ª Guerra Mundial, promovendo uma multiperspetiva histórica.

É um filme educativo, um exemplo para o trabalho dos valores da cidadania, para a construção e formação dos nossos alunos.

Notícia

 Porto, Town of Modern Art. 

Porto, através dos olhos de uma criança

 

Na turma do 6ºH foi proposta uma atividade indisciplinar, no âmbito do projeto “Erasmus + Higem“, chamada “Porto, Town of Modern art and town as place of create”. Cada aluno foi desafiado a fotografar os monumentos mais importantes e modernos da cidade do Porto. Para cada monumento será pesquisada informação, que depois será transcrita para o padlet criado para o efeito. Este trabalho será realizado ao longo do primeiro período.

O objetivo desta experiência é levar os alunos a descobrir e conhecer os monumentos do Porto.

 Para ser possível este trabalho foi pedida a ajuda/colaboração aos pais e ou encarregados de educação e aos professores. As disciplinas envolvidas são várias: Inglês, História Geografia de Portugal, Português, Matemática e Educação Visual.

Cada aluno selecionará uma das suas fotografias para habilitar-se ao concurso de fotografias.

Por fim, no 2º período será criado uma representação em 3D de cada monumento, em materiais reciclados sobre orientação de Educação Visual.

Fazer parte do “Erasmus + Higem” foi uma oportunidade incrível para a nossa turma.

Elaborada coletivamente pela turma do 6.ºH

      

 

A escravatura no Império Português do séc. XVIII

Os escravos africanos

    No século XVII e XVIII a plantação da cana-de-açúcar no Brasil, era a maior fonte de dinheiro  do império português, mas a produção da cana-de-açúcar era muito demorada e árdua, sendo precisos escravos.

    No início, foram usados os índios do Brasil, mas eles não estavam habituados a fazer um trabalho tão difícil , o que levava a que muitos morressem e outros fugissem para o interior. Por isso, os portugueses precisavam de outro tipo de escravos. Tiveram de se virar para as suas outras colónias, neste caso foram as colónias em África.

    Havia muitas tribos rivais em África, quando uma tribo era derrotada, a tribo vencedora vendia os derrotados a Portugal.

    Os escravos africanos eram transportados em navios negreiros, em péssimas condições até ao Brasil, provocando a morte de muitos na viagem. Os que sobreviviam eram vendidos e obrigados a trabalhar nas plantações da cana-de-açúcar e, mais tarde, nas minas de ouro.

   Esta época do império português foi um caos: algumas pessoas importantes tinham uma vida incrível e estavam cada vez mais ricas, enquanto os escravos só sofriam ou seja “Riqueza para uns, miséria para outros”.

 

Nuno Duarte Lima Novo, 6.ºD

               

       Os bandeirantes (grupos de colonos armados que organizavam expedições para explorar o interior do Brasil) descobriram as primeiras minhas de ouro nas regiões de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. A febre do ouro provocou um aumento da saída de colonos portugueses para o Brasil.

                Quando estes chegaram ao Brasil, começaram a escravizar a população indígena, o índio brasileiro, que ou adoecia ou fugia para o interior. Surgiu então a necessidade de procurar mão-de-obra mais resistente para trabalhar na produção do açúcar e na exploração das minas. Os portugueses encontraram essa mão-de-obra em África, nas suas colónias.

                Os escravos eram capturados no continente africano por tribos rivais e vendidos aos portugueses. A viagem era longa entre a África e o Brasil. Nos navios negreiros, os escravos eram maltratados, empilhados nos porões do barco, como se fossem objetos, muitos morriam com doenças provocadas pela falta de higiene e de alimentação e outros, ainda vivos, atirados ao mar amarrados a pedras para não flutuarem.

                Os que chegavam ao Brasil, os mais fortes e resistentes, eram “melhorados” com a ajuda de “cremes “. Eram vendidos consoante o sexo, a idade e o estado físico, em que se encontravam.

                Eram depois utilizados nas minas e noutros trabalhos pesados. Trabalhavam de sol a sol, a troco de comida e sítio para dormir, a sanzala. Os que tentavam fugir eram chicoteados. A alguns escravos eram postas na sua boca máscaras para impedir que engolissem pequenas pepitas de ouro.

 

 Cândida Rodrigues, 6º E

           Os escravos eram caçados e separados das suas famílias. Depois, eram amarrados e colocados no porão de um barco que ia para a América.

            Muitos escravos não resistiam e acabavam por morrer durante a viagem, devidos às más condições do porão. A alimentação que lhes era dada tinha mau aspeto, mas eles precisavam de comer! Os escravos eram açoitados e depois verificavam se eles tinham força suficiente para praticarem as tarefas duras. Os mais fracos e esqueléticos eram amarrados a um saco de pedras e atirados ao mar, para que não viessem à superfície.

          Quando chegavam à América, eram vendidos como se fossem objetos. Na casa do seu senhor, eles eram postos a trabalhar num engenho de açúcar. Os escravos que trabalhavam nas minas de ouro precisavam de usar máscara para não engolirem as pepitas de ouro.

 

Maria Clara Castro, 6.º E

Imaginação à solta

A minha magia

 

A magia é real

Como o narval

Que tem um chifre

Como o recife

 

Fadas e anões

Que enchem os canhões

De várias diversões

 

Para a cama vou

Sabendo que estou

Muito protegida

Pela magia

Que cria sonhos

muito risonhos.

 

 

A primavera

 

Andorinhas a voar

Pardais a cantar

 

Lindos campos

Que deixam encantos

 

A primavera a chegar

O Inverno a acabar

 

Os animais saem dos esconderijos

Reluzentes e bonitos

 

Guardam-se as luvas

Tiram-se as blusas

 

Lagos brilhantes

Muito cativantes.

 

Animais

 

Animais, animaizinhos

Como o tigre e o leão

 

Animais, animaizinhos

Como o camaleão

Que estica a língua

até ao chão

 

Animais, animaizinhos

Como o gato

Que anda sempre

Atrás do rato

 

É como o jacaré

Que sabe sempre o que é!

 

 

Felicidade

 

Paz, amor, amor e paz

Felicidade me traz

 

Felicidade e paz

Muitos as querem

Mas nem todos as conseguem

 

O amor é poder

E nem todos o

Conseguimos ter!

 

 

Daniela Pinto Silva do 6.ºB

 

Crónicas

Primatas

       O começo das aulas é algo incrível! Antes das aulas começarem, os alunos ficam alguns minutos sem o professor na aula e é nessa altura que tudo começa.

      Chego à escola, dirijo-me à minha sala e cá fora já dá para ouvir um monte de grunhidos e palavras codificadas, que nem um génio das  palavras conseguiria compreender tais absurdos. Sento-me na minha cadeira, coloco os meus fones, pois prefiro ouvir música do que aquele bando de sons estridentes. Analiso cada ser que está naquela sala e chego à conclusão que nós somos muitos parecidos com uns ancestrais nossos. Eles são barulhentos, vivem maioritariamente na selva e gostam de andar pelas árvores. Os sons e os gestos são praticamente idênticos e o instinto de se mostrar aos outros é igual. Ainda dizem ser superiores a eles o que, na minha humilde opinião, não é verdade!

    Se este for o nosso destino, vamos  descer na hierarquia das espécies, vamos tornar-nos numa civilização onde não há ordem nem leis. Se estiver errada, peço desculpa!

Tatiana Vicente,9.º B

 

    Durante a pandemia em que vivemos, sabemos (ou pelo menos deveríamos saber) que são fundamentais a máscara e o distanciamento social. 

     Contudo, como vivemos num mundo de pessoas que, aparentemente são desprovidas de intelecto, vemos cenas lamentáveis. Não nos antecipemos, voltemos ao começo de tudo! Em meados de março, quando o uso da máscara não era obrigatório, as pessoas esforçavam-se para manter a distância segura, realmente tinham medo da COVID-19. Porém, hoje vemos pessoas com máscara, no supermercado, por exemplo, mas cada vez mais próximas umas das outras, chegando até a tocarem-se. Tal não acontece só nos supermercados, se formos ver as escolas recém reabertas, quase parece que não há pandemia! É como se os alunos pensassem que são imunes ao vírus e não precisassem de respeitar as ordens das autoridades de saúde. 

     É lamentável o comportamento humano durante esta época! Fica, assim, a pergunta: “Será que estas pessoas têm um mínimo de amor-próprio ou de amor aos seus familiares e amigos? ”

Gabriel Inocêncio, 9.º B

           

 

     Ajudas. Será que é possível para todos os necessitados? Nesta fase difícil que estamos todos a passar, devido à pandemia COVID-19, chega ajuda para todos?

     Esta semana foi lançada a notícia sobre a suspensão de um aluno devido à partilha do seu lanche com o colega. De facto, o que fez foi extremamente irresponsável, mas já se perguntaram sobre o que o levou a fazer isso? O colega não tinha lanche, não tinha comida, tinha fome!

    Por que é que alguém vai para a escola sem lanche? Será que os pais se esqueceram de lho comprar ou não teriam dinheiro para o filho poder alimentar-se na escola? 

    O aluno que partilhou o seu lanche, apenas viu um colega com fome, uma criança com fome. O futuro deste país são as crianças e muitas delas, infelizmente, estão com fome! Vê-se muita gente preocupada com o “voltar ao normal” querendo dar passos maior do que a perna.

    Para chegar ao fim desta guerra, temos de pôr fim a estas pequenas coisas que, afinal, só são vistas como importantes quando já não há nada a fazer,no entanto, elas têm grande impacto na vida de todos.

     Por um lado, a COVID-19, apesar de ter aumentado as desgraças, fome, racismo, alterações climáticas, abandono de animais, etc. levou alguns, e não todos, infelizmente, a olhar um pouco melhor à sua volta e ver a realidade do país e do mundo.

Inês Santos 9.º B