Todos os artigos de Paula Rodrigues

1º desafio de escrita

À semelhança do poema “A caneta preta” de Manuel António Pina, cria um pequeno poema (uma ou duas estrofes) sobre um objeto importante para ti.

 

Tenho um lápis que não é bem meu…

Encontrei-o no outro dia a pairar no ar,

sem nada a chateá-lo e a descansar.

Aproximei-me dele e observei-o durante mais um bocadinho,

até que decidi pegar-lhe.

 

Quando peguei nele,

não senti nada demais

Mas depois pensei:

– Afinal, para que é que serve um lápis?

– Ah, sim, é para escrever!

Quando o encostei ao papel

a minha mão deixou-se levar…

Quando o encostei ao papel,

consegui ver elefantes cor-de-rosa e girafas vermelhas;

consegui ver outro mundo

que poucas pessoas conseguem ver.

E se vocês não o conseguem ver,

então eu explico-vos como ele é:

não consigo ser muito específico a falar dele,

mas consigo dizer-vos

que é um mundo mágico,

em que eu não consigo ser sério dentro dele.

É um mundo em que somos o que queremos

e somos nós quem decide como ele é.

O meu é um mundo tranquilo,

mas com diversão.

E se ainda não perceberam

de que mundo estou a falar,

então eu digo-vos:

é o MUNDO da IMAGINAÇÃO!

Lucas, 5º D

 

Tantos objetos,
Os mágicos e os não mágicos.
Os não mágicos são tantos,
Mas, os mágicos são poucos!

As chaleiras, os copos e outros,
São objetos sem poderes,
Sem encanto, nem génios…
Apenas material para deveres.

Mas os lápis e as canetas,
São mágicos e encantados,
Criam mundos belos, terras infinitas,
Com tudo o que queremos!

Nuno Duarte Novo, 5ºD
 

 

Adoro o meu computador
ele leva-me a viajar,
consigo ver o meu padrinho 
e com os meus amigos falar.

Com ele ouço músicas
e vejo vídeos sem fim.
Gosto do meu computador,
quero-o só para mim!

David Alexandre, 5ºH

 

 

Eu  adoro desenhar

o que consigo imaginar.

É uma boa forma

de pôr o cérebro a trabalhar.

 

Com os lápis de cor

eu posso colorir

tudo em meu redor

e ainda me divertir.

 

Pedro,  5ºH

Carta de Fernão de Magalhães

 

Greetings future generations,                                                                            February 4, 1520

       I have no idea if you say these in the future, but it doesn’t really matter. I’m writing this letter for an extremely important reason. I don’t know how you’re treating our planet. I don’t even know if the human race still existing. I hope so, but with all these changes and all the evolution I expect from us, I don’t know if Earth is able to survive.

    Before everything I want you to know how beautiful our planet is. The  oceans, the forests, the beaches, the animals… Everything it’s just amazing. For many years I’ve worked to discover new lands, new food, new people and many other things. Wright now, I’m in the middle of nothing, around me there’s only ocean, lots and lots of clean water. I decided to call it Pacific Ocean. Oh, you will not believe in what I saw in the other day. Some really strange birds, black and white, but they couldn’t fly. Unbelievable! Now I get it. I’m finally fulfil my craziest and biggest desire, to at least find out the real form of Earth. And I finally understand the importance to care for it, for our planet. Saying the same thing again, I don’t know how you’re treating it, but I think it’s not in the wright way.

     The human being is capable of many things. Believe me, I know that. We arrived to India, we discover the compass, the monocle and I know that in there, yes, whenever you are, we’ve conquered so much more. The man doesn’t know how to keep the beautiful things that life gives to them. They think everything they ruin they can have back. NO! Not everything works like that and Earth is one of them. Forgive me, I know I’m being rude, I know I’m accusing you without proves, but I know us enough. So many people died to give you a life and freedom and this is your way to say thanks to them, destroying everything they fought for. I’ll stop to accusing you, but promise, not to me because I must be dead, but to yourself, that you’ll think about what you read here.

     I have to go now.

Goodbye,

                                       Ferdinand Magellan

Autoria – Sofia Barbosa, 7º A

Página de diário de um romântico incurável: Bocage

Oficina de escrita

Imagina que és Bocage; vives dominado pelo espírito do Romantismo, acreditas, por isso, na morte por amor e no sofrimento como forma de estar vivo.

Produz uma página de diário, onde reflitas sobre o amor, o sofrimento amoroso e a morte de amor, da perspetiva de Bocage e dos românticos, como é evidente na ária de Martini.

 

Página de diário de um romântico incurável: Bocage

 

Lisboa, 1 de maio de 1800

    Querido diário,

    Hoje, busco inspiração no meu interior para relatar-te que, nesta suave manhã de primavera, nunca vi tão brandos olhos num alegre prado. 

      E, ah! o que aqueles olhos me fizeram, quando a vi tocar aquelas flores de mil cores, que explodiam vários aromas. Ouviam-se os pássaros amadores, com os seus versos modulados e seus ardores, que incitavam os meus olhares ardentes por entre as árvores sombrias. Mais tarde, vários animais a sorrir que, estando a alisar a erva, ela percorria com a maior pureza e até nas mais altas montanhas, onde deslizam os mais queixosos rios, se conseguia sentir o meu sofrimento, pois ela não me descobriu e, assim, fico isolado. Mas ai!, tudo o que vês, se eu não te vira, nesta manhã clara, me causara a mais triste noite! 

     Se eu puder morrer de amor, não há morte mais bela, porque, morte de amor, melhor do que a vida!

     Até nunca,

                                                                        Bocage

Inês Mota 10.º D

 

Páginas de diário…

Oficina da escrita

Imagina que és um dos jovens do poema “Outra Margem” de Maria Rosa Colaço. Escreve a página de diário de um deles relativo ao seu primeiro dia de escola.

 Porto, 15 de setembro de 1952

Caro diário,

                      Hoje foi um dos melhores dias da minha vida.

                     Foi o meu primeiro dia de escola. Após passar a ponte da minha aldeia, fui a caminho da escola. Quando lá cheguei, reparei que ela era mesmo muito grande. 

                Entusiasmado, corri logo para conhecer a escola; mal entrei na sala de aula, sentei-me em frente à professora numa secretária de madeira. Fiquei feliz porque, logo no primeiro dia, fui ao quadro e pude desenhar com o giz. No recreio, jogamos ao pião e comi o meu pão seco, mas soube-me pela vida. Fiquei triste, quando acabou a aula, mas sabia que ia voltar na segunda-feira. De regresso a casa, corri para contar aos meus pais e aos meus familiares.

                       Gostei muito deste dia, foi fantástico.

                                                 Abraço,

                                               Rafael

 

Rafael Ribeiro 8.º D

 

                                                          Ribeira do Rio Douro,18 de maio de 1977

Querido Diário.

              Hoje foi um dia muito importante, pois foi o primeiro dia de escola. Estou muito contente por estar a estudar e não a ir para o campo ajudar os meus pais.

                Vou dar o meu melhor para não passar o resto da minha vida a trabalhar no campo e, assim, conseguir um trabalho que sustente a minha família. Na escola, não importa se somos ricos ou pobres, somos todos tratados da mesma maneira.

              Eu tenho de caminhar durante algum tempo para chegar lá, mas isso, para mim, não importa, desde que consiga fazer o meu futuro naquele lugar.

              Espero que  haja muitos mais dias como estes, pois lá é onde eu vou lutar pela minha vida, dar o meu máximo e não estar sempre agarrado a uma enxada a trabalhar no campo.

                                                                                                          Um forte abraço.

                                                                                                                   Rodrigo.

Rodrigo Fonseca 8.º D

 

 

Porto, 26 de maio de 1984

            Querido diário:

 

           Hoje foi o meu primeiro dia de escola, é tudo tão bonito e diferente. Há muitas pessoas, umas vestem-se bem e são bonitas, outras, como eu, usam roupas velhas e o cabelo mal-arranjado.

             Esta escola é um lugar mágico, há livros e cadernos, canetas e lápis, coisas que jamais pensei que existissem.

          Tive medo e senti-me nervosa, todos olhavam para mim com ar desconfiado e eu sorria timidamente. Para mim, tudo isto é uma nova descoberta, um conjunto de alegrias que não têm explicação.

              Será que vou conseguir voltar amanhã?

         Tenho medo, mas vontade de voltar e aprender coisas novas. Quero estudar e conseguir ser alguém de importante na vida, quero ter um bom emprego e conseguir viver sem dificuldades e comprar uma casa e roupas novas…

              Será pedir muito, meu querido diário?

                                                                       Até breve

                                                                                   Maria

Beatriz Moreira 8.º D

 

                                                                                   Gaia, 18 de maio de 1970

Querido diário.

            Hoje aconteceu uma coisa incrível! Tive a experiência mais magnífica da minha vida,  vou contar-te tudo o que me lembro!

           No domingo de manhã, estava toda entusiasmada, pois a minha mãe e o meu pai disseram  que eu ia para a escola. Fiquei toda feliz mas, depois, lembrei-me que a escola mais perto ficava no Porto e eu moro em Gaia; o que queria dizer que eu tinha que atravessar o rio, mas estava tudo bem porque, se eu quero  saber algo mais do que contar alfaces e cenouras, tenho que ir para escola. Quando chegou a noite, eu nem conseguia dormir, só de imaginar algo mais do que esta minha vida e o quanto ela ia mudar. Acordei cedinho e fui logo arrumar as minhas coisas, no caso, um lápis e um caderno e também o barquinho a remos que eu precisava para ir para a outra margem. Reparei que eram poucas as crianças que iam para o Porto estudar, a maioria ia para as feiras vender e isso motivou-me ainda mais para ir para a escola aprender. Ao chegar à escola, era tudo tão bonito, tão vivo que os meus olhos saltaram de alegria,

          Aprendi coisas esplêndidas e um pouco complicadas, mas faz parte, fiz novos amigos, com o mesmo sonho que eu: ter uma vida financeira e intelectual incrível e isso não tem preço.

                                                                                       

                                                                                            Beijinhos da tua companheira

                                                                                                          Maria

Tatiana Vicente 8.º B

 

 

Gaia, 20 de março de 1972

     Querido diário,

     Hoje vai ser o meu primeiro dia a ir para uma de escola. Para ser sincera, nunca estive tão nervosa para ir a algum sítio. As únicas pessoas que conheço são as filhas das amigas da minha mãe, de resto não conheço nenhum rapaz, a não ser que ande lá algum primo ou vizinho meu…

      Acredito que deva ser excelente ir para a escola, pois podemos ter mais convivência uns com os outros! Espero, um dia, poder contar aos meus filhos ou filhas como foi o meu primeiro dia de escola e todas as coisas que passei, acredito que vou ter memórias incríveis.

     Espero que, com a escola e todas as coisas que irei aprender, possa  ter um futuro melhor e fazer muita coisa mudar, porque um dos meus sonhos é poder mudar o mundo para melhor, transformá-lo num local onde todos possamos expressar o que sentimos, um mundo com muito mais amor e carinho.

       Quando chegar da escola, conto-te como foi o meu primeiro dia numa escola no Porto. Vá, agora tenho que de ir, senão chego atrasada…

 

                                                                                                     Espero ver-te em breve!

                                                                                                     Sofia

 

Ana Peixoto 8.º B

Ser Poeta é…

          Escrever com o coração.                     Beatriz Oliveira, 5º E

 

          Ser criativo e inspirador.                      Lucas Claro, 5º F

                                            

          Ser sonhador.                                           Renato Ramos 5º F

 

        Ser um pensador.                                    Gabriel Paiva, 5º G

  

        Ser o pai da poesia.                                 Gonçalo Machado, 5º G

 

 

É aquele que parece que deixa as palavras voar.          Cláudia, 5º D

 

É uma pessoa que diz palavras inspiradoras que preenchem as almas dos outros.       José Alves, 5ºD

É um criador de poemas sem fim.                                      Beatriz, 5ºD

 

É uma pessoa cheia de imaginação, como se fosse de outro planeta.                           Nuno Duarte, 5ºD

 

É um ser que escreve com a alma.                                     Beatriz Marques, 5ºH

 

É alguém que ao escrever transporta os seus sentimentos para o papel.                      Renata, 5ºH