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E se eu fosse um animal? Qual seria? Porquê?

 

Ao longo do ano, as turmas de 9.º ano participaram num projeto da Biblioteca escolar: “10 minutos a ler”. O romance que os acompanhou, Um ateliê de sonhos de Lucy Adlington, permite acompanhar a protagonista na sua luta pela sobrevivência num campo de concentração durante a segunda guerra mundial. De igual modo, é um apelo lancinante à perseverança, ao nunca desistir de acreditar nos sonhos, à amizade em tempos conturbados. Uma vez que a protagonista, Ella, designa grande parte das outras personagens não pelo nome próprio, mas pelo nome do animal com  o qual ela os associou (por partilharem determinadas características), foi lançado o repto aos alunos de se verem pelos olhos de Ella. Desse modo, deveriam selecionar o animal com o qual se identificam, justificar essa opção e elencar algumas vantagens e desvantagens. Assim, sob a forma de narrativa, página de diário ou texto de opinião, nasceram textos de autorreflexão, propiciadores do (re)conhecimento do Eu.

 

 

Perosinho, 20 de maio de 2021

    Querido diário

    Inicialmente, irei apresentar-te a característica que mais me marca e, a partir dela, a) vou associar-me à borboleta.

  De acordo com a minha experiência de vida, diria que sou uma pessoa de muitas mudanças; não só físicas, mas também do foro psicológico. Geralmente, consigo sempre compreender os argumentos que os outros têm sobre determinados temas, com isso mudo de opinião muito facilmente. Umas das outras coisas que me fazem identificar com a borboleta é que, no início, antes de ela ser uma borboleta, é uma simples lagarta que todos olham e dizem que é insignificante, fraca e que não tem nada a oferecer ao mundo. Depois de um amadurecimento, ela descobre o seu verdadeiro potencial e decide mostrar a todos que estavam errados. Fá-lo com umas belas asas, que demonstram a sua personalidade, e que tornam claro que não devemos julgar o livro pela capa. Como nem tudo é um mar de rosas, ser uma borboleta tem o seu ponto fraco. Quando ela era um ser pequeno e, supostamente, insignificante, ninguém se importava ou, quando se importavam, era para a rebaixar ainda mais. Por isso, ela tornou-se desconfiada e tem tendência a não confiar em ninguém, o que faz dela uma solitária.

    Por fim, devo dizer que estou surpresa com o quanto me identifico com a borboleta, agora só espero não morrer tão cedo como ela!

                              Até à próxima, querido diário

                                                                                                                         Tatiana

Tatiana Vicente 9.º B n.º 19

 

     Na minha opinião, se eu fosse um animal, provavelmente seria alguma espécie de ave que predomina na natureza em vez de ambientes urbanos e com grandes concentrações.

     Honestamente, não saberia dizer qual em específico, pois são tantas que seria difícil escolher; porém, talvez uma águia, por exemplo. Isto porque valorizo muito e aprecio a liberdade deste tipo de animal, é incrível poder simplesmente voar e pousar onde eu quiser, sem grandes problemas. As águias também possuem uma grande agilidade e velocidade, que admiro e gostaria de adquirir. Claro que, sendo um animal completamente selvagem, seria responsável pela minha sobrevivência, o que pode talvez ser visto como uma desvantagem, mas isso não seria grande problema pois com as aptidões de uma águia e a minha persistência e vontade seria algo com que não me preocuparia muito. As águias também são praticamente inexistentes em ambientes com grandes concentrações humanas, existindo mais em grandes zonas naturais sem interferência da humanidade e afastadas dos mesmos e dos seus problemas, geralmente, inúteis e prejudiciais, coisa que gostaria de fazer também, caso fosse possível.

     No geral, a águia é um animal que admiro, pois a sua exuberante liberdade de vida e a sua dependência apenas de si mesma e não dos humanos, é algo que me agradaria poder ser, também como o constante contacto com a natureza, algo que também amo profundamente.

Diogo Lemos Ribeiro 9.º B,n.º16

 

           Se eu fosse um animal, seria um lobo. Posso não ter todas as características de um, mas tenho um conjunto de itens, que eles têm, com aos quais me identifico muito bem.

         Os lobos são animais muito organizados, cautelosos e equilibrados; vivem em matilha, tal como eu que sou uma pessoa organizada e gosto de andar sempre com pessoas em quem confio plenamente. No entanto, às vezes, também gosto de andar sozinho, de ter o meu próprio espaço; essa é uma das características que me diferencia do lobo. Gosto de ser cauteloso nas decisões que tomo, pensando nos riscos e vantagens da decisão, diria que também sou uma pessoa equilibrada. 

         São animais que não gostam de mudanças e desorganização, daí andarem em matilha e respeitarem a hierarquia que representa a organização. Sou uma pessoa que não gosta de desorganização, é uma coisa que me perturba se for em demasia. Além do mais, também não gosto de mudanças, mas faço um esforço para me adaptar a elas, assim como eles.

         Além das nossas diferenças, temos muitas características em comum e o lobo é um animal que me fascina de diversas formas. São estes os  motivos porque escolhi este animal.

 

Isaac Lamarão,9.B n.º 12

 

     Associar-me a um animal em específico é uma tarefa difícil, pois pessoas e animais reúnem muitas características diferentes e únicas. Porém, através de reflexão e das perguntas feitas a outras pessoas, cheguei à conclusão de que posso associar-me à coruja.

     A coruja, um símbolo do conhecimento e da sabedoria, um animal de raciocínio, quieto e desconfiado; características que creio serem semelhantes às minhas, pois posso dizer que sou alguém que não sabe tudo, mas busco o conhecimento máximo, que raciocino antes de qualquer ação, gosto de atividades de introspeção e sou relativamente desconfiado e seletivo quanto às pessoas. Este modo de vida tem muitas vantagens, como evitar desavenças com pessoas e sucesso em coisas que realmente me importam: notas escolares, por exemplo. Assim, tenho sempre um foco: lógica e calma são as minhas principais características. Porém, como tudo, há desvantagens, acredito que a maior seja, justamente, ser alguém muito desconfiado.

     Considero muito interessante o raciocínio acerca da correspondência psicológica entre nós e os animais, pois permite-nos fazer uma autoavaliação, atividade que é muito necessária para monitorizar os nossos comportamentos e planearmos o futuro.

 

Gabriel Inocêncio,9.B,n.º7

 

Um Dia de Gata

      Eu creio que acordei cedo… Acordei com o barulho da caixa  mágica da minha dona. Ela fala sozinha com aquela caixa e leva-a  para todo o lado, deve ser importante… Porque é que ela tem uma  caixa que a acorda cedo? Talvez ela tenha acordado de propósito  para me dar comida… 

      Voltei a dormir depois de comer. 

     Durante o dia, como e durmo conforme me apetece, porque  tenho a casa toda só para mim. No entanto, às vezes tenho saudades da  minha dona, porque gosto de festas e quero mais comida. É mesmo  pena não conseguir abrir aquele armário frio sozinha! Se ao menos  ela já tivesse voltado… 

     É bom fazer o que quero, quando quero; não ter de caçar para  comer, nem ter de me preocupar com outros gatos no meu território. Porém, é muito aborrecido ter de esperar pela comida ou ir àquele senhor de  branco, a que chamam veterinário, para ser picada com sei lá o quê… 

    São muito estranhas as pessoas… Porque é que se castigam  naquela máquina de tortura a que chamam chuveiro? E porque  passam o dia todo fora de casa? O que é isso do trabalho? E porque é  que caminham em duas patas? E metem-se dentro de trapos  porquê? Não entendo… 

      Fico sempre sentada à porta, enquanto espero que a minha dona  volte. Não consigo dormir com fome… Vou dormir depois de comer. 

Rita Santos,9.ºB, n.18

 

A sustentabilidade do planeta: os três Rs e o lixo marinho

No âmbito do Projeto Eco-Escolas foi pedido aos alunos de 6ºano, em português, que elaborassem um texto narrativo/ ou uma carta em que esta problemática fosse abordada. 

 

                                                                                                 Alto das Torres,5 de maio de 2021

    “Queremos que os políticos ouçam os cientistas!”
                                                                              Greta Thunberg 

  Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

  Chamo-me Lucas Reis, vivo em Vila Nova de Gaia, tenho doze anos e planos para o futuro.  Escrevo-lhe esta carta para lhe afirmar que estou preocupado, pois sinto que o meu futuro está a ser roubado por políticos! 
  Como?
  É simples. No futuro, as pessoas continuarão a ter que comer e não deveriam ter de lutar por comida ou água potável. Mas como é que isso não acontecerá, se os políticos não cumprem o seu dever de representar o povo e atender às suas necessidades?
  Em 2050, se continuarmos neste ritmo, entre a sobrepesca e o despejo dos nossos detritos para o mar, haverá mais plástico do que peixes nos mares! Aliás, o plástico já entrou na nossa cadeia alimentar!
  Falando de outro assunto, e o Acordo de Paris? O Acordo de Paris, mesmo que os países que o assinaram o cumprissem, o aumento da temperatura média global seria de 2,4 a 2,7 ºC, e não o aumento de 1,5 a que o acordo se propôs! Mas os países não o estão a cumprir, e se continuarmos assim o aumento será de 4ºC! 
  Senhor Presidente, como responsável máximo pelo nosso país, como fiscalizador da ação governativa, nós as gerações mais novas, os jovens deste país, exigimos que tome uma posição!  Que defenda mudanças sérias, de forma a garantir que as gerações mais novas tenham futuro. Que não colabore com o faz-de-conta que temos vindo a assistir. Que seja capaz de denunciar os interesses instalados da indústria de combustíveis fósseis  e que exija que as mudanças sejam feitas!
  Mas deixo-lhe uma pergunta:
  Como é que gostaria de ser recordado no futuro? O Presidente dos Abraços? Ou aquele que tudo fez para ajudar a salvar a Humanidade?
  Barack Obama afirmou que a geração dele era a primeira a sentir os efeitos das alterações climáticas e a última que pode fazer alguma coisa. Suponho que o ex-presidente dos Estados Unidos também estivesse a falar de si, senhor Presidente. De que está à espera? Há uma contagem decrescente, após a qual as alterações climáticas tornar-se-ão irreversíveis!
   Desde já os meus agradecimentos pela atenção dispensada. Fico a aguardar notícias suas.

                      Atentamente,
                                             Lucas Reis

                                                                                                                                    Lucas Reis, nº 15,  6ºD

 

RECICLAR

    Era uma vez, três contentores do ecoponto, de seus nomes, o Embalão, o Papelão e o Vidrão. Vivem no passeio da Rua Delfim de Lima, em Canelas. 
     O Embalão é o amarelo, que dá para colocar o plástico e latas. 
     O Papelão é o azul, serve para pôr jornais e caixas de cartão.
     O Vidrão é o verde, serve para pôr as garrafas de  vidro e os frascos.
   Num certo domingo de maio, os três contentores estavam muito tristes, porque viam muitas pessoas a não separarem e o lixo ir todo para os contentores do lixo normal.
     -Embalão, por que estás triste? -perguntou o seu amigo, o Vidrão.
    -Sabes, Vidrão, as pessoas ainda não se sensibilizaram para o verdadeiro problema e andam a poluir o nosso planeta!- respondeu o Embalão, a chorar.
      O Papelão ao ouvir isso, concordou logo com o seu amigo.
  -Temos que fazer alguma coisa, antes que seja tarde demais!-disse ele, já todo entusiasmado com a ideia que teve naquele momento.
    -O quê!?- perguntaram o Embalão e o Vidrão ao mesmo tempo. Admirados com a ousadia do amigo.
     No dia seguinte, enquanto que as pessoas dormiam, andaram eles a colocar cartazes no jardim para alertar para o perigo de não separar para reciclar:
    Nos oceanos, os animais estão a morrer sufocados com os plásticos que engolem e a Terra está a morrer aos poucos!!
     Coloquem o lixo em nós! Os aterros não são a melhor solução!

Afonso Manuel Silva, nº1,6ºD

 

                                                                                  Oceano Atlântico, 5 de maio  de 2021

   Exmo. Senhor Presidente da República

   Provavelmente não me deve conhecer, eu sou um dos golfinhos que mora nos grandes oceanos e estou a escrever-lhe esta carta para o alertar sobre um assunto muito falado ultimamente: a poluição dos oceanos .
   Todos os dias, quando estou a procurar alimento, encontro toneladas e toneladas de lixo, plástico, beatas de cigarro , máscaras , entre outros, e estes formam ilhas de lixo ! Eu sozinho, bem tento limpar um bocado, mas sempre  que eu tento, vem sempre mais e mais lixo…Quando encontro peixes , eles estão mortos, cheios de lixo dentro, ou enrolados em plástico!
   No fundo, o que eu estou a tentar dizer é que se todos ajudarmos um bocado a separar, reutilizar , reciclar e recolher lixo conseguimos ir longe e travar de uma vez por todas esta chamada ” sopa de plástico ” e as ilhas flutuantes de lixo.
Podemos viver num mundo melhor, temos  é que agir já !
 É importante mudar a legislação, pedir a colaboração de todos na limpeza das praias e , claro , na separação para reciclagem .

P.S.  Senhor Presidente , por favor responda-me a esta carta .
Muito obrigada pela sua atenção!

                                                     Golfinho fêmea, Bárbara*

Bárbara Alves,nº4, 6ºD

 

O lixo marinho

                                                                       Atlanta, Oceano Atlântico, 2 de Maio de 2021
 
    Bom dia, Exmos. Senhores Governantes da UE,
 
   Eu sou uma tartaruga e vim falar-vos como estão as coisas aqui no meu oceano.  Não trago boas notícias…
  Primeiro temos de reparar em alguns assuntos muito importantes: a minha espécie e muitas outras estão em extinção; o mar está coberto de lixo; os animais estão a morrer por causa da poluição; estão a ser criadas  ilhas de lixo por causa do que os humanos atiram para o mar. Estas “ilhas” são muito prejudiciais para nós, os animais marinhos,  fazem com que muitos  morram.
   E para que este assunto não se agrave, queria pedir-vos, tanto eu como os outros animais de Atlanta, que fizessem um comunicado aos países que governam e também que tentassem transmiti-lo aos países fora da Europa:
  Façam separação para reciclagem! 
  Coloquem em prática os 7R’s! Devem pesquisar para verem o que está a acontecer aqui no Oceano! Pode ser que assim as pessoas pensem antes de atirarem lixo para todo o lado, menos o correto! 
  Queremos que tomem consciência que, por causa dos atos dos humanos, milhões de animais marinhos morrem, milhões de famílias perdem um parente, milhões de amigos ficam sozinhos, e muito mais. Ouvi dizer que a cada 4 segundos 1 quilo ou mais de lixo é despejado no mar. 
   Há muitos ativistas que estão a tentar explicar-vos o que está a acontecer connosco, mas há muitas pessoas que decidem apenas ignorar.
Com isto, espero que me ouçam, me compreendam e ajudem na nossa causa.
   Ajudem-nos a criar um mundo mais sustentável!!!
 
                                              Os melhores cumprimentos,
 
                                              os Habitantes de Atlanta.
                                                                                                                                           Sofia, nº25, 6ºH
 
 
 

                                                                                                             Canelas, 5 de maio de 2021

    Exmo. Sr. Presidente da República

   Escrevo-lhe esta carta para lhe falar de um assunto importante, a poluição.
  Hoje em dia pouca gente faz a separação do lixo doméstico. Para travar isso sugiro que torne, com a ajuda do governo, a separação do lixo doméstico obrigatória.
   Todos os dias milhões e milhões de toneladas de lixo vão parar ao mar, e isso é causa das chamadas “Ilhas de lixo”. 
    Muitas das vezes, a morte dos peixes é causada porque ingerem plástico, a pensar que é comida. O mesmo acontece com as tartarugas que muitas das vezes morrem sufocadas , ingerem plástico e ficam presas nas redes de pesca que os pescadores deitam ao mar. 
   Senhor Presidente, temos que agir enquanto podemos !
   Espero que leia esta carta e que tome decisões inovadoras !
  Cumprimentos,           
                                 Afonso Cardoso, aluno do AGE de Canelas

 
 
Afonso Cardoso, nº2, 6ºD
 

 

            Na grande cidade vivem o ecoponto azul, o amarelo e o verde, três amigos diferentes, mas com o mesmo objetivo, reciclar.

                Neste preciso momento estão a resmungar por causa dos humanos.

                – Blewwww – diz o amarelo a cuspir uma caixa de cartão – e eles voltaram a fazê-lo, estes humanos não sabem reciclar!

                – Calma, amarelo – diz o verde aborrecido – ficares assim, não vai fazer os homens de repente, tornarem-se inteligentes.

                O azul interrompe a discussão a dizer:

                – Vocês não podem estar sempre a culpar os seres humanos.

                – E porquê?! – perguntam os outros dois com ar indignado.

                – Então, se não é um hábito da espécie, como é que os humanos podem melhorar? – pergunta o verde.

                – Apercebendo-se de que tirar uns segundos para verificar em qual de nós devem pôr o seu lixo.

                – Espero que eles se apercebam rapidamente! – disse o amarelo.

 

Maria Líbano, 6º E

 

              Os ecopontos têm vida (embora ninguém saiba) e vivem preocupados com o ambiente e o bem-estar do nosso Planeta. É por isso que o trabalho deles é ficar com as coisas inúteis, de que ninguém precisa e que têm de ser recicladas, o lixo.

                – O nosso Planeta corre muitos riscos – disseram o azul e o amarelo, que tentavam explicar ao verde o que era o desperdício e a poluição.

                – Porquê?

                – As pessoas deitam lixo para o mar e para o chão em vez de reciclarem!

                – O que é que isso tem de mal? – quis saber o verde.

                – É que isso causa muita poluição na Terra. E nós trabalhamos para ficar com o lixo que deve ser reciclado. – explicaram eles.

                – O azul fica com o papel e o cartão, o amarelo com o plástico e o metal, e tu, verde, com o vidro. Só assim conseguiremos um mundo melhor e mais limpo!

 

Clara Castro, 6º E

 

               Numa manhã de primavera, os tão famosos ecopontos azul, verde e amarelo estavam a falar sobre a poluição.

                – Verde? – fala o Azul.

                – Hum…

                – Estou a sentir-me mal.

                – Alguém meteu dentro de ti algo que não fosse papel?

                – Não me lembro …

                – Eu vi um homem. Pôs o plástico dentro do azul – interveio o Amarelo.

                – Ufa … hoje em dia os humanos não respeitam o ambiente.

                – Pois, nós aqui e há sempre alguém, que está perto de nós e prefere deitar o lixo para o chão! – diz o Azul.

                – Não conseguimos fazer nada.

                – Conseguimos sim, verde! – diz o Azul.

                – Podemos espalhar-nos pelo parque, em vez de estarmos aqui todos juntos. Não será o suficiente, mas poderá ajudar.

                Depois de fazerem o que o amarelo propôs viram melhoras na reciclagem por parte das pessoas.

 

Cândida Rodrigues, 6º E

 

               Num dia de sol, no ano de 2021, em maio, no Porto, existiam o ecoponto azul, amarelo e verde, os melhores amigos de sempre!

               Estes amigos tinham um único sonho, ser todo dia utilizados pelas pessoas à volta, mas quase ninguém lhes ligava!

             O ecoponto azul dizia sempre que se cada pessoa no mundo reciclasse papel, não seria necessário o uso da  silvicultura excessiva para o fabrico do papel. O ecoponto amarelo queria tanto que as pessoas reciclassem o plástico, para que ele não fosse parar ao mar e matar inocentes animais marinhos. O ecoponto verde não aguentava saber que pessoas e animais se cortavam no vidro, por este ter sido atirado para qualquer lado.

             Até que um dia tiveram a melhor ideia de todas. Decidiram falar com todas as crianças que encontravam para os influenciar a reciclar o lixo. Para isso teriam de pedir aos pais e a todos das suas famílias para o fazerem, tornando, assim o mundo um lugar incrível.

             E eles conseguiram! Todas as crianças fizeram isso, influenciaram os mais velhos e o mundo revelou-se um lugar limpo e habitável.

 

Gabriel Albuquerque, 6º F

 

     Vila Nova de Gaia, 3 de maio de 2021

 

    Caro planeta Terra,

 

    Estás cada vez mais poluído. Não basta apenas 1 milhão de pessoas respeitar-te e cuidar de ti. Todos nós temos de tratar-te bem para a nossa realidade melhorar.

     És muito importante! Dás-nos o oxigénio e a comida. A nossa vida depende de ti e a tua vida depende de nós. Atualmente, o ser humano polui muito e, se continuar, podes deixar de ser habitável. Nós, os humanos, temos de tomar uma atitude e passar a cuidar, reciclar, reutilizar, repensar e tratar. Se todos fizermos isso poderemos continuar a viver, nós e tu.

     Prometo que vou tratar de ti com muito carinho e vou dar o meu melhor para te ajudar. Todos temos que fazer isso!   

 

       Um abraço do teu amigo.

                  Fábio Manso

Fábio Manso, nº6,  6º I

 

  Canelas, 3 de maio de 2021

 

     Querida Terra,

 

     Escrevo-te esta carta para te dizer o quanto és maravilhosa e como te estão a poluir.

     Eu não sei como há pessoas que não reparam que estão a destruir a sua casa e que se continuarem irão arrepender-se.

      Tens paisagens incalculáveis e vistas impossíveis de imaginar. Agradeço-te por criares a natureza em que nós vivemos, por criares os animais, as plantas e a água.

      Mas, ao mesmo tempo que há pessoas a poluir-te, também há pessoas a tentarem salvar-te. Todos temos de perceber que tu não és só a nossa casa, mas sim a de todos os seres vivos.

 

Adeus e um grande abraço.

                  Gabriel

 

P.S.: Espero que as pessoas também recebam esta carta.

 

Gabriel Gomes, n.º 8, 6.º I

 

 Canelas, 3 de maio de 2021

 

     Querido planeta Terra,

 

     Estou a escrever-te esta carta para te dizer o que sinto que está a acontecer.

     Eu sei que o ser humano não é uma boa influência para ti, pois aos poucos nós estamos a destruir-te mas, lá no fundo, penso que mesmo assim gostas de nós.

     Na minha opinião, nós somos “maus”, pelo facto de estarmos a estragar quem nos está a acolher. Nós deveríamos reciclar mais, cuidar melhor do lixo, não fazer experiências em animais… porque assim estamos a estragar o nosso lar. Mas, de que adianta dizer isto ao ser humano se ele continua a fazer o mesmo?

     Pois, não adianta nada.

 

Um abraço muito grande.

                  Lara

 

Lara Filipa Costa, n.º 15 ,6.º I

 

Vila Nova de Gaia, 3 de maio de 2021

 

     Querida Terra,

     Apesar da tua atual situação, espero que estejas bem.

     Escrevo para te agradecer por nos dares casa, alimento e oxigénio. Penso que o ser humano é mal-agradecido, pois se fosse bem-agradecido não te poluía e não te fazia mal. Se sobrevives há vários milhões de anos, também vais conseguir ultrapassar os atuais problemas. Peço-te desculpa pelo que te estamos a fazer.

     Eu, tu e os seres humanos vamos vencer a poluição. Acho que vais voltar a ser como eras há algum tempo atrás, porque a poluição dos automóveis vai desaparecer em breve e terás menos um problema.

 

     Um grande abraço,

      Ivan Valente

 

Ivan Valente, n.º 13 , 6.º I

 

 Canelas, 3 de maio de 2021

 

     Meu amigo planeta Terra,

 

     Estou a escrever-te esta carta por vários motivos, um deles é para te agradecer por seres o meu habitat, a minha casa. Por este motivo, não devia existir nem metade da poluição que há, as pessoas deviam parar por um minuto e pensar no que está a acontecer.

     Tu estás nas nossas mãos, és aquilo que fazemos de ti e somos nós que temos que mudar.  Nós sem ti não somos nada, por isso devemos tratar-se como o nosso melhor amigo.

     As pessoas, hoje em dia, não pensam assim, julgam que tu és de ferro e aguentas tudo, mas nós devíamos tratar de ti como se fosses ouro.

     Tenho saudades de pesquisar no Google “planeta Terra” e apareceres lá tu, com as tuas cores vivas, verde e azul e não com umas cores sujas.

 

     Um abraço da tua amiga,

                  Tatiana

 

P.S.: Prometo-te que um dia vai tudo melhorar e vou voltar a ver as tuas lindas cores.

 

Tatiana Silva, n.º 27,  6.º I

 

              Num dia de verão, perto da praia, o ecoponto azul, o ecoponto amarelo e o ecoponto verde tiveram uma conversa sobre a reciclagem no mundo.

                – Por que razão é que as pessoas não fazem a reciclagem do seu lixo? – perguntou o ecoponto verde.

                – Também não consigo perceber. Nós estamos aqui para as ajudar e elas pouco nos ligam. – disse o ecoponto amarelo.

                 – As pessoas devem utilizar-nos, pois só assim será feita a reciclagem e podemos tornar a Terra um lugar melhor! – exclamou o ecoponto azul.

                Estes amigos conversaram durante muito tempo, tentando perceber como poderiam as pessoas mudar de ideias e melhorar as suas atitudes. Até que o verde achou que tinha arranjado uma solução e disse:

                – Temos que mostrar a todos a importância da reutilização dos materiais. Só assim o mundo poderá ser salvo!

                Passado algum tempo, o mundo inteiro concordou com aqueles ecopontos duma praia distante, ao ver o cartaz que foi espalhado por todo o planeta a apelar à reciclagem, começando a ter cuidado e a colocar o lixo sempre nos ecopontos das suas terras.

Ivo Blanquet, 6º G

 

     Era uma vez três ecopontos, o azul, o amarelo e o verde. O azul era resmungão, mas ao mesmo tempo curioso! O amarelo era despreocupado e brincalhão, o verde era o mais preocupado de todos e o mais atento.

     Um dia, o Vicente teve na escola uma aula sobre como reciclar e aprendeu como deveria fazê-lo. Ao ir para casa e ao passar por estes ecopontos ouvi-os falar.

    O verde triste dizia:

    – Hoje em dia há pouca gente que faz a reciclagem e o nosso planeta vai de mal a pior!

    O Vicente ficou muito surpreendido por ver que os ecopontos falavam… Muito assustado disse:

    – É verdade que hoje em dia pouca gente se preocupa com o nosso planeta e ele está doente.

    – Falas muito, rapazinho! Esta juventude está lá preocupada com o nosso planeta? – disse o azul resmungando.

    – Realmente vocês aprendem tanto na escola sobre a reciclagem e pouco fazem para a melhorar. – disseram os outos dois ecopontos.

    – Eu e a minha turma preocupamo-nos muito em fazer a reciclagem. – retorquiu o Vicente.

   – Então prova o que dizes. – disseram os ecopontos em conjunto.

   E Vicente foi capaz de dizer tudo aquilo que tinham aprendido na escola e como conseguiam pôr em prática.

   – Pois ajudas, deviam ser todos assim…

    Depois de uma boa conversa, os três ecopontos entenderam que ainda havia pessoas que continuavam a zelar pelo nosso planeta e o Vicente seguiu o seu caminho para casa com uma nova ideia sobre como pôr mais pessoas a reciclar.

 

Beatriz Ferreira, 6º G

 

            Numa manhã de verão, no parque, à beira da fonte, encontraram-se os ecopontos Azul, Amarelo e Verde. Tinham convidado, também, o Caixote do Lixo do parque para uma conversa ecológica!

             Quando chegou o caixote do lixo, a conversa começou imediatamente e o tema era a reciclagem:

            – Eu odeio as pessoas que põem no sítio errado os resíduos – disse o Azul.

            – É verdade, Azul, eles põem o vidro no Amarelo e o papel no Verde – afirmou o Verde.

            – Ou pior, colocam tudo no lixo comum e não querem saber se aquilo vai ser reciclado – queixou-se, indignado, o Caixote do Lixo.

            – Tens razão, mas também nem sequer têm os ecopontos em casa e não se preocupam com a reciclagem – respondeu o Amarelo.

            – Será que os Humanos conhecem as vantagens da reciclagem? – perguntou o Verde.

            – Se eles soubessem que, ao não reciclar, a espécie deles pode acabar, talvez começassem a proteger o meio ambientem, reciclando! – exclamou o caixote do lixo.

            – Mas não sabem! – gritou, furioso, o Azul.

            – Se nós pudéssemos fazer algo…- suspirou, pensativo, o Amarelo.

           Os ecopontos e o caixote do lixo passaram o resto do dia a pensar em possíveis soluções para fazer com que as pessoas reciclassem os resíduos. Chegaram à conclusão de que, por exemplo, se os quatro recusassem resíduos mal colocados, educavam os Humanos; se se distribuíssem ecopontos grátis por todas as casas e apartamentos, a obrigação de reciclar estaria mais próxima de cada família; se tornassem o processo de reciclagem mais lúdico, como se fosse um jogo repleto de desafios, talvez as crianças e toda a população, passasse à ação.

            – É preciso, então, passar da conversa à ação! – concordaram todos.

 

David Carvalho, nº 5,  6º C

 

           Os ecopontos de plástico, do papel e do vidro reuniram-se na praia para falar sobre a reciclagem. Decidiram encontrar-se na praia, porque é um sítio onde há muita poluição.

            – Devíamos arranjar uma maneira de fazer com que todas as pessoas reciclem. – disse o ecoponto de plástico.

            – Concordamos. – disseram em conjunto os ecopontos de vidro e de papel.

            – Têm alguma ideia que realmente dê resultado e ponha os humanos a reciclar?- perguntou o ecoponto de vidro.

            Depois de pensarem um pouco e tentando descobrir algo de novo o ecoponto de papel disse:

            – Acho que sim. Podíamos criar uma história divertida sobre a importância da reciclagem.

            – Boa ideia! Agora só temos de começar a trabalhar nessa história. – disse o ecoponto de plástico.

            Naquele momento, decidiram começar a criar aquela história que poderia levar as pessoas a fazerem sempre a reciclagem do seu lixo e o Planeta Terra ficaria mais limpo e mais feliz.

Joana Moreira, 6º G

 

 

 

 

 

 

Um encontro com o Diabo

 

      Do outro lado do horizonte, o sol punha-se calmamente, enquanto deixava a noite tomar o seu lugar. Estava cansada, então, os meus passos eram lentos e a rua fazia-se parecer mais longa do que era realmente. A noite trazia consigo o vento forte e o meu corpo tremia por vontade própria. As minhas mãos esfregavam os braços sobre o casaco, na tentativa de os aquecer, mas era em vão.

      Soltei, enfim, um suspiro de alívio, quando fui abraçada pelo calor da cafetaria e a barriga roncou baixinho, depois de ver as montras cheias de bolos apetitosos.

       Escolhi sentar-me longe, no fundo do estabelecimento, porque passar despercebida era o meu passatempo favorito, logo após ler. Carregava sempre um livro debaixo do braço, pois, qualquer pequeno espaço livre era perfeito para me perder entre as imensas palavras e adjetivos, que formavam um mundo paralelo, estranhamente perfeito aos meus olhos.

       Mesmo assim, chamaram por mim. Era alto, magro e bem vestido. Os seus cabelos eram claros e os olhos negros, estranhamente negros. Não sei quanto tempo estive a apreciá-los, porque me fizeram perder quaisquer noções de tempo e espaço. Pareciam buracos negros; lentamente e sorrateiramente sugando-me a alma e, quando aquele rapaz sorriu, eu senti que a última gota de sanidade dentro de mim tinha sido sugada.

      Sabia o meu nome e perguntou se podia sentar-se. Não respondi, porque me sentia estranhamente sobrecarregada com a sua presença e ele sentou-se de qualquer maneira.

      Os nossos pedidos chegaram e eu perguntava-me como é que ele sabia exatamente o que eu queria. Era possível que me lesse a mente? Não, que parvoíce a minha.

      Perguntei quem ele era e respondeu-me que já havia lido aquele livro, disse que não queria causar transtornos nem ser um spoiler.  Por isso, apenas ia comentar que o final o deixou emocionado, mesmo que não fosse capaz de chorar. A sua voz pareceu-me familiar, mesmo sabendo que nunca o tinha ouvido. Era grossa e vibrava em tons cativantes. 

         – Também gostas de ler?

      A sua resposta não veio imediatamente, pois a sua primeira reação foi, finalmente, desviar o olhar de mim e encarar a mesa, enquanto sorria quase que ironicamente.

        – Pergunto-me como reagirias, quando eu respondesse que sim a essa pergunta, mas se soubesses quem realmente sou!…

          – Quem és? – Agora era eu quem não queria desviar o olhar dele, porque me intrigava. Enquanto aguardava alguma resposta ou alguma dica, a minha mão estendeu-se timidamente para pegar num guardanapo, tinha fome. No entanto, como se ele previsse os meus movimentos, ele estendeu a sua. 

         Os seus dedos longos e finos tocaram os meus e eu pude sentir o quão quente ele era. Olhei-o nos olhos.

       O rapaz misterioso levantou-se e asas de anjo saíram das suas costas. A minha boca abriu-se. Estaria a sonhar?

      Como se aquilo fosse algo natural do seu dia-dia, começou por quebrar pescoços. Depois, com um garfo, espetou-os nas carnes humanas como se estivesse pronto para as comer. Gritos preenchiam a cafetaria e era tanto o medo que eu quase conseguia tocá-lo. Em questão de segundos, o chão ficou virou vermelho devido ao sangue e toda a gente estava morta menos eu. Um sussurro no meu ouvido disse: “Sou o diabo”.

        Tudo estava normal. Eu ainda estava com a mão no guardanapo e a sua ainda estava sobre a minha. As pessoas ainda falavam ao fundo e a máquina do café ainda fazia barulho, sempre que um era tirado. Ele sorriu e uma lágrima escorreu solitária pela minha bochecha.

            – Na realidade, eu não sou assim, isso é o que fazem de mim…

 

 Beatriz Santos 11.º D

 

 

      Com uma faca na mão, uma poça de sangue à sua volta e um corpo estendido no chão, Lídia para e questiona as suas ações pensando para si mesma: 

     – O que é isto? O que é que eu fiz? Não posso ter sido eu! 

     Entretanto, a porta da cozinha abre e por ela passa uma figura alta e sinistra. Lídia olha-o de cima a baixo, reparando nos seus sedosos cabelos, nos seus brilhantes olhos vermelhos, no seu tronco musculoso, elegantemente vestido com um fato também vermelho. Porém, não pôde deixar de reparar na cauda que abanava freneticamente  atrás de si. 

   – Ora! Que beleza divina! Não te assustes, mas eu já te conheço! Com que então finalmente fizeste o que sempre tentei induzir-te a fazer!? Confesso que estou orgulhoso. 

    Lídia, estranhamente calma, larga a faca ensanguentada e entra num estado de transe, como se estivesse possuída e diz: 

     – Não tenho medo! Mas sinto uma alarmante vontade de matar! Quero sangue!

    – Não te preocupes; eu ajudo-te! Eu tenho esse poder sobre as pessoas! Um tormento infernal, acredita!

     Estava uma tarde solarenga. Um casal que passeava por verdes e estonteantes jardins, sorrindo e gargalhando. De repente, Lídia começa a sentir-se estranha e a sangrar gravemente do nariz. O marido, Manuel, decide levá-la para casa. 

    Já em casa, Lídia passa o resto da tarde a dormir, a descansar e Manuel cuida dela. Escureceu. Enquanto a noite descia, Lídia ficava cada vez mais estranha e irreconhecível. Enquanto dormiam, Lídia, aparentemente, tem um pesadelo e acorda com os olhos em sangue e completamente negros, sem qualquer brilho de humanidade. Vai à cozinha, abre a gaveta e tira uma faca; dirige-se novamente ao quarto, onde Manuel dormia descansadamente. Sem hesitar, Lídia espeta-lhe uma faca no centro do tronco, descendo rapidamente, abrindo o corpo de Manuel a meio. 

     – Foi um sinal. Eu enviei-te para casa e dei-te o que lá no fundo sempre soubeste que querias: essa vontade de matar! Na verdade, não fui eu quem ta deu. Tu sempre foste assim, eu só te desvendei. 

       Lídia, surpreendida e chocada, diz: 

      – Sinto-me eu mesma! Vamos?

     – Onde?- disse a tal figura sinistra.

    – Para onde quiseres, desde que haja pessoas, e muitas pessoas a quem possamos tirar as miseráveis vidas- disse Lídia. 

    Neste momento, Lídia tem um impulso e pega na faca novamente do chão e espeta-a na figura alta e sinistra. A vontade de matar era incontrolável. 

   Depois de o matar, Lídia acorda do transe e olha à sua volta, apenas vendo sangue e dois corpos no chão. Na verdade, um deles era o seu marido Manuel e o outro era um vizinho que lá tinha ido pedir ajuda. Lídia observa o cenário e chora desesperadamente, pensando que tinham sido assaltados ou que um criminoso qualquer os tinha deixado ali.

  Lídia matara-os; porém, não se lembrava de absolutamente nada. Era tudo negro, solitário, assustador. Mal ela sabia que ela própria tinha feito aquilo e que o ia fazer, provavelmente, muitas mais vezes. 

    Afinal, o diabo está dentro dela, é ela, mesmo que ela nunca saiba e nem se aperceba.

 

FIM! 

Trabalho realizado por: 

Lara Pereira nº13, Eduarda Rocha nº15, Nádia Soraia nº16    11.º D

 

 

            O sol tinha desaparecido e eu, na minha inocência, pensei que apenas fosse de madrugada…

            O tempo passava e cada vez parecia mais estranho não haver luz na praia, numa manhã de junho. Caminhei um pouco para sul; talvez ainda fosse cedo demais e não ter noção das horas era algo completamente normal para uma adolescente no verão.

            De repente, vejo uma forte luz a aparecer. Não era uma luz de um bonito nascer do sol, era uma daquelas luzes que vemos num filme de terror. Caminhei mais uns cem metros, a luz começou a queimar-me ligeiramente os braços e então resolvi parar. Parei numa rocha preta e olhei para o mar.

          Poucos minutos passaram até que vejo algo a mover-se até mim. Uma figura estranha, com uns grandes chifres, pele vermelha, uma cauda brilhante e um olhar enigmático caminhava sobre o mar. Levantei-me automaticamente. Olhei para ela com um olhar assustado, hoje arrependo-me desse olhar…

    A figura misteriosa aproxima-se de mim e pergunta-me se sei onde estou. Instantaneamente respondi que sim. Se havia pessoa que conhecia aquela praia, com certeza era eu. Ela soltou um riso irónico e disse-me que talvez eu não estivesse onde imaginava. Fiquei arrepiada com aquelas palavras e perguntei-lhe, então, onde estava. Desatei a correr de olhos fechados, com todas as forças que tinha, para o lado oposto daquele sítio, que eu imaginava ser a praia, quando ela me disse que era o Diabo e que eu estava na entrada do Inferno. 

        Poucos minutos depois, abri os olhos, na esperança de tudo aquilo ter sido um pesadelo e de a minha mãe estar a gritar comigo para eu sair da cama. Nunca imaginei querer tanto a minha mãe a gritar comigo, como naquele segundo. No entanto, quando os abri, vi o Diabo à minha frente, outra vez. Questionei-me como é que ele conseguira ir para ali tão rápido, mas essa não era a coisa que mais me preocupava no momento. Preocupava-me o facto de, aparentemente, estar no Inferno.

           Depois de respirar fundo várias vezes e de aceitar o que me estava a acontecer, resolvi que o mais sensato a fazer era descobrir por que razão eu estava ali. Afinal, não é todos os dias que damos de caras com o Diabo, à entrada do Inferno.

            Sentei-me numa cadeira de madeira antiga, era igualzinha às cadeiras do tempo dos meus avós, aquelas que eles me mostravam em fotografias. O Diabo sentou-se numa outra à minha frente. Entre nós existia uma pequena mesa, que noutras circunstâncias poderia ter sido utilizada para um belo jogo de cartas ou para uma partida de xadrez. Tudo estava já preparado para uma conversa destinada a acontecer.

            Olhei o Diabo nos olhos. Ele já estava a olhar para mim. Foi neste momento que lhe fiz todas as perguntas que me passaram pela cabeça. Perguntei-lhe o motivo pelo qual estava ali e por que razão tudo parecia tão igual ao mundo na terra, tirando a ausência da luz do sol e a presença de uma luz macabra. Pela primeira vez, o Diabo esboçou um sorriso sincero. Pareceu-me estranho, mas limitei-me a ouvi-lo.

            Bem… Não tinha um relógio para ver as horas, nem o sol para saber quanto tempo a minha conversa com o Diabo tinha durado, mas com certeza foram umas boas longas horas. Sobre o que falamos? Sobre tudo e mais alguma coisa. Assuntos normais entre o Diabo e uma adolescente. Deus me livre de os contar.

        No entanto, creio que o Diabo gostaria que vos desse uma palavrinha por ele. Primeiramente, posso dizer-vos que ele prefere ser tratado por “Diabinho”, pois considera o nome “Diabo” bastante agressivo. Ele disse-me até que já tinha tentado ir à Conservatória trocar o nome, mas não o deixaram entrar devido ao seu aspeto. Adiante, fez-me uma visita guiada ao Inferno, com a qual eu fiquei impressionadíssima: não imaginamos todos os recursos que tem. Explicou-me as razões daquelas pessoas específicas estarem lá, eu compreendi e até concordei completamente.

            Afinal, o Diabo só quis que eu lá fosse porque se estava a sentir bastante sozinho ultimamente.  

            Antes de me poder despedir do meu novo amigo Diabo, comecei a ouvir a minha mãe a gritar para eu sair da cama. Naquele momento senti um misto de sentimentos, um alívio por não ter de dizer à minha mãe que fui conhecer o Inferno, nem que começava a ter uma saudadezita do meu encontro com o Diabo.

 

Inês Rodrigues, nº9, 11º D

 

            Estávamos em 1980, numa vila de lenhadores, no Canadá. Um lugar calmo onde os habitantes viviam pacificamente. Porém, havia um grupo de jovens que era mauzinho e gostava de fazer muitas travessuras.

            Uma menina chamada Elizabeth vivia nesta vila. Era alta, tinha cabelos loiros e olhos azuis, vestia roupas escuras e trazia consigo um casaco de peles de animais para se proteger do frio. Com dezasseis anos tinha poucos amigos, mas desses poucos, todos eram verdadeiros, por isso andavam sempre juntos. Ela era um dos elementos do grupo de jovens que pregava partidas de mau gosto aos habitantes.

     Um dia, enquanto dormia, teve um pesadelo. Sonhou que estava num lugar completamente diferente do que habitava e numa época que não era a sua. Existia lá um edifício enorme com vários jovens da sua idade, parecia uma escola, mas diferente das que costuma ver no seu dia-a-dia. Viu também veículos esquisitos, que pareciam carroças, mas não havia bois para os puxar. Elizabeth estava assustada e confusa, nunca tinha visto algo assim.

      Entretanto, acordou. Passou o dia todo a pensar naquilo, notava-se que estava transtornada e os seus amigos  repararam que ela não estava bem. Decidiram ir para as montanhas brincar na neve, mas o inevitável aconteceu: a montanha começou a tremer e, quando olharam para cima, já era tarde demais. Era uma avalanche, tentaram fugir, mas não conseguiram. Elizabeth e os seus amigos morreram ali, enterrados vivos pela força da natureza.

        Os anos passaram. Estávamos em 2020, Maria, uma menina com dezasseis anos, tinha olhos azuis, cabelos loiros e vivia em Portugal, um país localizado no sudoeste da Europa. Frequentava uma escola no norte de Portugal, mais precisamente no Porto. Era uma menina sociável, no entanto, andava sempre com um pequeno grupo de amigos, aqueles em quem ela mais confiava.

        Um dia, à tarde, depois da escola, estava sozinha à espera dos pais para ir para casa. Tinha uma vestimenta elegante, as pessoas olhavam sempre que passavam por ela, de facto, não passava despercebida. Enquanto Maria esperava pelos pais, começou a ter alucinações sobre a sua escola, como se, por algum motivo, já tivesse sonhado com ela em tempos passados. De repente, parou de ter aquela alucinação, provavelmente estava cansada. Olhou para o outro lado da rua e viu uma das suas amigas a passar, o nome dela era Elizabete e, nesse momento, surgiu outra alucinação. Desta vez, parecia que estava numa vila antiga de lenhadores. Maria viu um grupo de jovens da sua idade a brincar na neve, à beira de uma montanha. Enquanto os observava, reparou num pormenor que lhe chamou a atenção. Naquele grupo de jovens, havia uma menina igualzinha a ela, olhos azuis e cabelos loiros, no entanto, ouviu chamar Elizabeth. Por um breve momento, Maria ficou assustada e confusa, mas provavelmente era só uma coincidência. Subitamente, sente o chão a tremer, quando olha para o grupo de jovens, vê uma avalanche a enterrá-los vivos. Aterrorizada, Maria consegue parar aquelas alucinações e volta ao normal. 

        Apavorada com aquela situação, começou a caminhar para ver se aquilo lhe saía do pensamento, mas ela não conseguia tirar aquela imagem da sua cabeça. Sentia-se horrível com o que tinha acabado de presenciar. Maria continuava a caminhar pelo passeio, olhou para a estrada e reparou num carro que estava a andar lentamente ao seu lado. Lá dentro ia alguém a olhá-la fixamente, com um olhar malvado. Assustada, começou a caminhar mais depressa, mas o carro ia ao seu lado a acompanhá-la. Maria começou a correr, virou numa rua à direita e deparou-se com duas ruas, uma delas não tinha saída. O carro continuava a segui-la. Desesperada, atravessou a rua, para se dirigir à rua que tinha saída, apareceu uma carrinha que a atropelou e a deixou inconsciente.

        Quando acordou, reparou que não estava num hospital e sim num local diabólico que não conseguia descrever de tão aterrorizada que estava. Levanta-se da cama e apercebe-se que tinha uma silhueta no fundo do quarto. Esta começa a desaparecer e, na única fonte de luz que existia naquele lugar, aparece um homem. Maria olha para ele, começa a afastar-se, nota que é o mesmo homem que estava no carro a persegui-la. Ela tenta fugir, mas não havia saída. Voltou-se para ele e viu que tinha desaparecido, olhou para trás e viu-o, ali mesmo atrás dela. Maria recuou, de repente, a pele do homem começa a desfazer-se e, por debaixo dela, encontra-se uma criatura inimaginável, nunca antes vista por Maria: era alto, tinha dois chifres, uma cauda, um sorriso rasgado com dentes muito afiados e asas de anjo, mas aquilo não era um anjo, as suas asas eram pretas. Maria não conseguia acreditar naquilo que estava à sua frente, completamente apavorada, perguntou:

       – Qu… Quem és tu? E… e onde estou?

      Ao que ele responde, com uma voz grave e aterrorizadora:

      – Quem sou eu? Hm… Provavelmente, devias saber quem eu sou, mas eu conto-te na mesma. Sou o Diabo e o sítio em que te encontras é o Purgatório. O local onde serás castigada pelos teus pecados cometidos no passado.

      – No passado? Mas que passado? Eu não fiz nada de mal!- exclamou Maria.

   – Tens a certeza? Pensa bem… Devias ter perguntado quem és tu de verdade, para perceberes que não passas de uma encarnação, que tudo foi um sonho, uma alucinação provocada por este local. É para isso que o Purgatório serve. Pagar pelos pecados que cometeste no passado e, assim, fazer-te sofrer para o resto da tua vida, Elizabeth.

Diana Guimarães, Fabiana Guedes, Inês Ribeiro 11ºD

 

 

     Quando me encontrei com o Diabo, não vi nenhuma figura, como costuma ser descrita. Apenas vi uma figura preta no meio da noite, na minha casa.

     – Por que é que não apareces?- disse eu.

    – Porque, na Terra, eu não posso aparecer como apareço no Inferno, por isso, esta é a minha única forma de provocar medo.- disse o Diabo.

   – Então, tu pretendes ter aliados a partir do medo?- repliquei. Na verdade, eu não conseguia vê-lo e essa deve ser a causa para conseguir falar tão fluentemente e não sentir medo.

   – Claro. É a partir de algo de que todos querem fugir que conseguem aproximar-se do mal!- replicou ele.

   – Então, deixa ver se percebi, o medo de que todos querem fugir é mau.- reforcei.

   – Certamente, o medo é o primeiro passo para as pessoas chegarem mais perto de mim. Por exemplo, uma criança, quando é afastado dos pais, fica dominada pela raiva e pelo ódio, que dura a vida inteira, pelas pessoas que a afastaram dos pais.- disse o Diabo.

   – Mas, se isso não for assim, todos são diferentes, não é possível outra forma?- inquiri eu.

   – Se não for assim, é com outras histórias, outros contextos, mas, no fundo, todos os sentimentos maus, estão na origem do medo!- disse ele.

   – Muito bem, que assim seja!- disse eu.

Inês Mota 11.º D

 

            Celeste e Dante choram. Joãozinho está deitado no caixão, psicologicamente noutro mundo, vagueia por um caminho sem fim. Verifica que está sem roupas e esfomeado, sente com um calor arrasador, até que avista um reflexo ao longe, ele aproxima-se…

            Um homem, igualmente nu, segurava um espelho na mão. Joãozinho aproxima-se e questiona-o sobre onde está e o que fazem ali. Tranquilamente, ele responde que estão no inferno e que o seu desejo foi ter um espelho. Logo a seguir, Joãozinho desata a correr já que o tomou por maluco e continuou a seguir o caminho.

            Pouco depois, distraído, pisa um monte de dinheiro. Olhando para o lado, encontra uma mulher, charmosa e elegante, virada de costas, chorando. O pobre rapaz junta-se à mulher e pergunta o que se passava, pensando que podia, finalmente, saber o que estava a acontecer com a sua vida; contudo, a mulher não falava, paralisada olhava para o nada. Com as notas no bolso, Joãozinho começa a ficar preocupado; faz tudo para ter a atenção da senhora; até que ela solta as suas primeiras palavras: “não há como sair daqui, estamos no inferno”. O jovem, sem entender o que se passava, pergunta-lhe a razão de ela ter afirmado tal coisa. A mulher responde que, brevemente, algo monstruoso, vermelho e com chifres, conhecido como diabo, irá ter com ele, podendo Joãozinho pedir um desejo. Influenciada pela ganância, a dama escolheu ter todo dinheiro que o diabo podia oferecer.

          De repente, o corpo do rapaz é arrastado pelas forças do mal para o meio do caminho; o Diabo aparece oferecendo um desejo. Desesperadamente, Joãozinho pede para sair dali, afirmando que não merece estar naquele torturante sítio. O diabo recusa-se, julgando o jovem pelo mal que causou na Terra, acusando-o de roubo. Justificando-se, o pobre rapaz, garante que roubava para poder ajudar a família, pois vivia  numa casa pequena e passavam fome. Por isso, queria, em primeiro lugar, ajudar os pais que sempre fizeram tudo por ele. O Diabo, comovido, torna-se piedoso e aceita o desejo de Joãozinho. Assim, ele volta à Terra, de mente e corpo, e acorda no caixão. Abre os olhos, vê os seus pais, desesperados a chorar, e logo se levanta, confortando-os.

          Daquele modo, Joãozinho torna-se o primeiro homem a sair do inferno e a voltar à vida.

Carlos Ferreira 11.º D

 

UM ENCONTRO COM O DIABO

 

     O literato e guarda-livros Emil Corian encontrou-se com o Diabo na noite de 14 de agosto de 1939. Não foi desagradável o colóquio entre ambos. Troca­ram impressões sobre o tempo, futebol, política, mu­lheres e comida. Exatamente como fariam dois amigos de longa data, ou dois desconhecidos que se tivessem interessado um pelo outro, por mero acaso, num bal­cão de taberna.

      A dada altura Corian admirou-se muito.

     ‒ Mas então o Diabo é isto? Perdoe. Não fazia ideia de que fosse alguém como o senhor!

    O Diabo não se ralou.

  ‒ Tenho sido sucessivamente diabolizado. Acredi­te, meu caro: não sou pior do que qualquer um de vós.

    Falaram de Fausto. Uma patranha! De D. Juan. Outra peta! Das tentações dos santos eremitas. Uma parvidade, à conta da carestia de proteínas e de esti­mulação sexual! Falaram da genesíaca contenda entre anjos bons e anjos maus. Pura iconografia, arte, igno­rância!

    De modo que no final da noite, Corian não teve dúvidas em considerar-se feliz por esta intimidade com o Príncipe das Trevas. Gostava especialmente do modo como ambos aligeiravam os assuntos e arrumavam co­pos de aguardente.

      ‒ Mas, e desculpe que lhe pergunte, o que veio fazer?

      O Diabo, no que aliás se mostrou bastante jovial, explicou-o, começando por mostrar um grande cansaço em relação ao mundo e ao ofício que lhe atribuem.

     ‒ Fujo, meu caro!

     ‒ Mas foge de quem? Foge de quê?

     ‒ Fujo da miséria dos homens!

     ‒ Como assim?

     ‒ Da vontade de me tornar um facínora!

  Não era fácil a sua existência. Tendo nascido da monstruosa imaginação humana, literalmente das ima­gens que pôde o cérebro humano efabular, em milénios de insaciável perversão, depressa se viu remetido aos ce­nários mais tortuosos, aos antros mais fétidos, aos co­vis mais sanguinários, desenhado com toda a espécie de protuberâncias e disformidades (chifres, asas de dragão, cauda em forma de serpente, pés em cunha, dentuça fe­lina), nutrido pelo prodigioso manancial de pesadelos e crendices que a linguagem dos livros aferrolha em crip­tas bolorentas. Fora trazido de geração em geração até aos dias mais recentes em pérfidas e anódinas expressões de sátira, culto ou exorcismo. Vivia de esmolas (vivera sempre!), da esmola do Mal! Nada tinha contra os ho­mens ou contra Deus. Assistia, com terrível resignação, ao papel que a humanidade lhe reservava, inculpado e culpável, imperdoado e imperdoável, gérmen de guerra, de pestes, de tormentos infinitos. Em suma, um bode ex­piatório, se alguma vez expiar pôde ou pudesse possuir algum significado!

     Emil Corian espantou-se. Com efeito, o Diabo não passava de um fantoche, de um títere na história huma­na. O Diabo suspirou.

    ‒ Com efeito, não passo de um bonifrate!

   Quis o primeiro demorar-se nisto. Como tinha sido possível tamanha mentira, tanta literatura, tão vasta ficção? O Diabo não sabia.

    ‒ O fim deste suplício estará a escrever-se agora. Julgo que em menos de um século, o Inferno terá fechado definitivamente as portas.

    ‒ O Inferno deixará de existir?

    ‒ Meu caro, o Inferno nunca existiu. Não esse de que querem todos distanciar-se!

    ‒ Mas, então, e os pecadores?

    Era opinião do Diabo que dentro de pouco tem­po, Freud ‒ ouvir-se-ia falar de Freud! ‒ havia de fechar com um grande letreiro o Inferno, tal como o concebeu a razão humana, para abrir-lhe portas mais profundas.

    O jovem guarda-livros, compreensivelmente, não foi capaz de entendê-lo. O Diabo sorria. O alívio fazia-o sorrir. Corian, por contágio, sorriu também. Não conhe­cia Freud. O Diabo declarou-lhe as benfeitorias da ciên­cia nova.

   Ao sexto copo de aguardente, o Diabo resumiu.

   ‒ Venho trazer-lhe a prenda de casamento!

   ‒ Como sabe que vou casar-me?

   ‒ Meu caro, nada escapa ao Diabo!

   ‒ Mesmo não passando o Diabo de uma falácia?

   ‒ As falácias são poderosas!

   ‒ E porque me presenteia?

   ‒ Porque nunca acreditou verdadeiramente na mi­nha existência!

   ‒ Mas se sou ateu!

   ‒ Por isso mesmo!

   ‒ Minha futura mulher é judia: rir-se-á desta aven­tura.

  ‒ Avizinham-se tempos poucos propícios ao riso…

   Corian maravilhou-se que em lugar de querer le­var-lhe a alma, o Diabo viesse trazer-lhe um presente.

   ‒ Não se admire tanto.

   ‒ Este é um acaso inesquecível!

   ‒ Brindaremos pela sétima vez. Depois sairei pela mesma porta por onde entrei. Virão ao seu encontro dois indivíduos. Um deles far-lhe-á uma proposta. Recuse-a. Saia sem demora do país. Leve Esther. Decida-se pelo desconhecido!

   ‒ Fala da América?

   ‒ Sabe bem que sim!

    Corian viu-se sozinho. Sentia-se ébrio e confuso. Uma mão calorosa bateu-lhe nas costas. Era Nicolae Pe­trescu, assistente do Professor Năstase. Vinha acompanha­do de Corneliu Adorjan, um reputado camisa verde. Tra­zia boas notícias. Corian fora aceite como professor auxi­liar no curso de Economia na Universidade de Bucareste. Corian escorropichou o pequeno copo. Sentiu-se estremecer. Sorriu. Não deitaria tudo a perder.

    ‒ A mim o Diabo não engana.

    Aceitou.

 

LOPES, João Ricardo – O Moscardo e outras histórias, Amarante: Gráfica do Norte, 2018, pp. 17- 21.

 

Porto, 14 de agosto de 1939

    Querido diário, 

    Cá estou eu! Mais um dia, frustrado com a minha própria existência por mais incrível que seja. Por todos me verem como um monstro, uma coisa horrível, medonha ou até assustadora como alguns me descrevem.

    Contudo, hoje, foi diferente, ou então pensei eu que seria. Hoje conheci um literato e guarda-livros, conhecido como Emil Corian, e até nos demos bastante bem: conversamos bastante sobre futebol, política, mulheres e também comida. Parecia que nos conhecíamos há anos, ou pelo menos ao tempo suficiente, para descobrirmos interesses em comum. 

    Até que certo momento, durante a conversa sobre diversos assuntos e alguns copos de aguardente, eu decidi desabafar, dizer o que me ia na alma. Para ser sincero, até não correu mal, ele pareceu compreender o que eu lhe estava a tentar dizer, o que  estava a tentar desabafar. Pois, mas não correu como eu pensava! Apesar de o avisar sobre os perigos que podia correr, ele não acreditou em mim, pensava que eram “coisas do diabo”, como as pessoas costumam dizer. 

    Enfim, hoje apercebi-me que não passo de um fantoche ou um bode expiatório em que ninguém acredita; um ser criado pela imaginação do ser humano. Esta é uma maldição que tenho de carregar comigo até ao fim dos meus tempos. Pois a vida é assim e eu tenho de aprender a aceitá-la tal como é. 

    Amanhã é um novo dia para a minha existência e nunca se sabe o que pode acontecer. 

                                                                                                         Diabo

Nádia Cunha  11.º D 

   

Santarém, 27 de agosto de 1939

       Querido Diário,

        Sinto-me vazio e desesperado. As pessoas apenas acreditam em lendas e nem se atrevem a aproximar-se de mim. São tudo lendas e mitos. Sim, fui desobediente, desrespeitei o meu pai, mas não criei os monstros, os psicopatas, os assassinos. Tudo o que fiz foi tentar ajudá-los, a esses e todos aos outros que necessitavam de mim e se sentiam perdidos.

        Parece que as pessoas, quando olham para mim, veem chifres, caudas, pés de cabra e sangue, muito sangue, mas não é assim que me vejo! Eu não sou assim.!? Sou um ser humano completamente normal.

        Com apenas um olhar, consigo perceber que estou a ser julgado e sinto que és o único com quem posso falar.

        Se bem que consegui falar com um homem, misterioso, porém, livre, pois não acredita em nenhum dos extremos, nem em Deus, nem no Diabo.

       Tentei ajudá-lo, mas não acreditou em mim. Já foi bom falar com alguém, mesmo que não confiasse em mim. Ando calado há muitos anos, não posso continuar a ser um exemplo de manipulação e desejo de matança e vingança. Sou o oposto. 

      Mais uma vez, recomeço a minha vida, noutro lugar, sempre na tentativa de alguém acreditar no que digo e no que faço. Terei de continuar neste mundo, mas não desistirei de encontrar alguém como eu ou que acredite em mim. Nem que vá até ao fim do Mundo.

                                                                       Até sempre, o teu desafortunado

                                                                                              Diabo

Lara Pereira 11.º D

 

        Paraíso Tórrido, 13 de um mês qualquer, ano indeterminado

           Querido Diário:

            O dia está encoberto, vejo as folhas a cair das árvores e a serem levadas lentamente pelo vento para um lugar afastado. Acontecimentos normais, num longo dia de outono.

            Na realidade, não tenho a certeza se devia estar a escrever mais uma página da minha vida! Afinal eu sou o Diabo e parece que tenho apenas de assustar, perseguir e aterrorizar pessoas. Escrever e ter um diário talvez seja apenas para os “bons”, ou para aqueles que o fingem ser. Que loucura, o Diabo escrever e ter tempo para ler!!?

            Uns dias passaram desde que o temível e assombroso Diabo tentou ajudar alguém. Desculpa, queria dizer manipular. Às vezes, confundo as palavras. Eu sou o Diabo e jamais ajudaria alguém.

            Na verdade, creio que estou apenas a fazer um desabafo, a expor num papel os meus sentimentos. Ah! Mas que praga! O Diabo não tem sentimentos. Do que estou eu a falar? Que estupidez.

            Mas não te preocupes, o Diabo vai continuar a ser o mesmo. Afinal, ele não pode mudar a opinião de cada um sobre ele. Apenas vai aguardar que, um dia, talvez não muito distante, alguém acredite e conheça a verdadeira essência do Diabo.

                                                                                  Até um dia menos desditoso

                                                                                  Do teu infernal

                                                                                              Diabo

Inês Rodrigues 11.º D

 

 

Porto, 15 de agosto de 1939

    Caro Diário,

   Ontem foi um dia difícil, não que os restantes não o tenham sido, mas este destaca-se. 

    Sou julgado pelos olhos de quem me vê, associado a tudo o que acontece de mal, sirvo de desculpa para o que está errado e, por isso, sou deixado de lado. À minha figura são associados lendas e mitos que, por sua vez, mantêm as pessoas afastadas e isoladas no medo e na mentira. Eu sei que o meu passado não foi o melhor, Se nem o meu pai era perfeito, então por que motivo teria eu de ser?! Agi da pior maneira ao desobedecer-Lhe. Contudo, o sentimento de que estava a fazer o que estava correto prevaleceu e, por isso, fui enviado para o mundo dos mortais. Já fui como todos os meus irmãos, mas, por alguma razão, as pessoas veem algo fora do comum: chifres curtos, caudas pontiagudas, pés de cabra e uma cor vermelha do mesmo tom que o sangue. Embora estes sejam os seus testemunhos, sou um ser humano como outro qualquer. Toda a minha vida, neste mundo, foi observada, sinto que a qualquer momento estou a ser julgado ou responsabilizado por aquilo que não fiz. 

    Recentemente conversei com um homem, misterioso e de mente aberta. Este indivíduo não era crente nem em Deus, nem no Diabo. A este homem ofereci ajuda que foi rejeitada, pois o homem não acreditou em mim, como qualquer outro neste mundo.

    Hoje traço um limite a tudo isto, estou cansado de ser o dito Diabo – maléfico e dono dos infernos. Só quero que todos me tratem da melhor forma, pois este ser vermelho, que todos temem, não representa o que eu sou. Infelizmente, terei que viver com esta imagem até ao fim dos meus tempos e, portanto, tu serás o único que não me pode julgar, és o meu confidente e por isso estou-te grato.

                                                           Do teu infernal e descrente

                                                                      Diabo

Tiago Pinto

 

Porto, 13 de outubro de 1939

           Querido Diário,

 

            A minha vida não é fácil. Nasci como uma aberração, fruto da imaginação das pessoas. Uma criatura invulgar que preza o mal e, sempre que acontece algum acidente, culpam-me a mim. Como costumam dizer: “É obra do Diabo”. 

            De facto, sou apenas um fantoche controlado pela mente das pessoas. Aos olhos de muitos sou uma besta, tenho asas de dragão, chifres, cauda de serpente, dentes afiados, pés em cunha; um completo animal à vista dos muitos que acreditam que eu existo. No entanto, sou apenas uma pessoa comum, igual aos outros. Fico frustrado com a mentalidade das pessoas, tão pequena ao ponto de esta fantochada ter sido passada de geração em geração. Sou culpado por tudo: guerras, pestes… e até mesmo remetido aos cenários mais sanguinários e tortuosos. 

            Definitivamente, a minha existência não é fácil! As pessoas pensam que sou como um bode expiatório. Como se alguma vez expiar os pecados dos outros fosse trazer algo significante para a minha vida! Sou um ser normal e gostaria que me tratassem como tal: sem julgamentos, olhares ou pensarem que lhes vou fazer alguma coisa de mal. Pelo menos, consegui conversar com alguém, com uma única pessoa. No entanto, só o consegui fazer, porque ele não é como os outros. Não acredita em Deus nem no Diabo, por isso, pela primeira vez, consegui conversar como uma pessoa normal! Estive cara a cara, sem pensar que vinha trazer azar à sua vida. Porém, o que é bom dura pouco! Não posso ser visto à frente dos outros que acreditam que eu trago algo de mau à vida deles. Portanto, não posso ficar o tempo que eu quiser.

            Infelizmente, a minha vida é assim. Desenhada na mente das pessoas e sendo levada de geração em geração. Quando vão aceitar que sou igual a eles? Duvido que o façam! Uma vez entrada na cabeça das pessoas e passado por diversas gerações, um preconceito, uma imagem nunca vai sair da cabeça deles. Por essa razão, nunca vou ser considerado como um deles. Miseravelmente, tenho que viver e enfrentar este destino que foi traçado até ao final da minha vida.

 

                                                                                                          Do teu inconsolável

                                                                                                                     Diabo

Inês Ribeiro 11.º D

 

12.08.1939

    Querido diário, sabes… 

    Não, espera. Isto parece piroso, deixa-me recomeçar. 

    Como é suposto um diabo escrever um diário? Estou tão habituado a que me vejam como alguém sem sentimentos, alguém mentiroso e sem qualquer tipo de empatia, que, agora, que pretendo escrever como me sinto para demonstrar como eles estão errados, não sei nem como começar, que irónico!

    O meu nome já nem parece ter impacto algum, sabes? Roda de boca em boca com uma naturalidade e rudez que eu nunca pensei que alguma vez tivesse.

    É até engraçado como os humanos gostam de me culpar por algo negativo! Eu, na realidade, não mexo um dedo, não preciso. Os humanos são egoístas e egocêntricos e isso já chega para que não pensem duas vezes no que falam ou dizem; quando sofrem as consequências, admiram-se. Eu castigo, sou eu realmente o errado na história? 

    O meu real objetivo é trazer à tona a verdadeira personalidade da pessoa. Que culpa tenho eu, se essa pessoa é impura? 

    Por que tenho de ter as costas largas e aguentar com as críticas, quando eles é que são os errados? Queria saber como se sentiriam se vivessem na minha pele.

                                                                                              Do teu miserável

                                                                                                          Diabo

                                                                                                                          

Beatriz Santos 11.º D

                                                                                 

        

                                                    Dia #23

            Diário,                                                                                          

         Sei que já não escrevo aqui há anos, mas já há algum tempo que acumulo sentimentos e frustrações dentro de mim e hoje decidi libertar algumas delas.

       Considero-me um tanto calmo e “clássico”, por vezes, manipulador, claro, mas isso não deveria afetar a veracidade das informações ou profecias que passo às pessoas. Há dias, tentei avisar um homem num bar de um dos eventos mais importantes da história e passei por lunático, um total maluco!  

       Lá estava eu, com o meu copo de whiskey (como é que alguém é capaz de duvidar de alguém que tem whiskey como bebida de preferência??!), sentado ao balcão, enquanto conversava com o indivíduo. No final, o tal teve a audácia de não acreditar no que eu disse!!! Não foi a primeira vez que algo do género aconteceu e certamente não será a última! Porém, esta estará no topo daquelas que mais me irritaram até agora. 

      Enfim, um dia tudo vai mudar. Ou eu vou mudar? Por enquanto sigo esta vida de malfeitor e de “o Diabo obrigou-me 🙁 !!!”.

                                                                             Até à próxima vez, seja ela quando for…

                                                                                                       Do miserável Diabo 

Eduarda Rocha 11.º D

 

4 de setembro de 1939

 

    Meu maléfico diário…

    Dia 14 de agosto, tentei ajudar um cavalheiro a salvar a sua amada, mas, devido à ideia errada que ele tem sobre mim, não acreditou.

    Hoje ele está a combater e irá perder a família e a própria vida na guerra.

    Às vezes, só queria que as pessoas me dessem a oportunidade de me dar a conhecer para verem que eu não sou aquele diabo que eles pensam. A única igualdade que eu tenho com esse diabo da imaginação deles são os cornos, os pés de cabra e a minha cauda porque, de resto, eu sou muito diferente.

    Eles julgam que eu sou mau, porque foi isso que lhes ensinaram, mas isso não corresponde à verdade. Na realidade, eu creio que, por vezes, sou melhor do que certos humanos, porque não levo ninguém para a guerra para perder a família e a própria vida.

    Eu tento sempre ajudar, mas nunca ninguém me dá ouvidos. Só espero que, um dia, eles mudem a sua ideia sobre mim e me vejam tal como eu sou.

 

                                                                                Obrigado, por me ouvires maléfico!!

                                                                                             Do teu miserável

                                                                                                             Diabo

Fabiana Guedes 11.º D

 

A importância da Leitura

(atividade proposta na  Oficina do Saber+)

 

     Para mim a leitura não é uma coisa “chata”, como é para a maior parte das pessoas, até pelo contrário, eu acho que é uma coisa fantástica e maravilhosa. 
      Em primeiro lugar, a leitura não é nada mais nada menos do que uma forma de pensar e imaginar. Quando nós lemos um texto ou um livro a nossa imaginação flui, é como se estivessemos a ouvir as personagens ao nosso lado. Estamos, praticamente, dentro da história! 
      A nossa imaginação às vezes também pode enganar. Podemos estar a imaginar as coisas de uma forma, mas quando vamos a ver, na realidade podem ser totalmente diferentes, isso pode ser engraçado ou muito “chunga”. 
       Se nós lermos um texto ou um livro com vontade de ler não nos vai apetecer parar. Não vamos reparar se estamos com fome, sede, ou alguma outra coisa, só vamos querer saber o que vai acontecer na próxima página! 
    Um texto ou livro não só  enriquece a nossa criatividade, mas também a nossa aprendizagem. No caso de livros escolares claro com que aprendemos, e muito, mas com os textos ou livros comuns também se aprende. Podemos aprender: expressões novas, formas de textos profissionais, outros tipos de gramática, e até quem sabe, uma nova língua, só temos de saber procurar. E os autores do livro ou texto estão a ensinar sem saber!
     Concluindo, a leitura é importante para a nossa imaginação e para a aprendizagem, logo nunca a devemos deixar, eu só queria que houvesse mais pessoas interessadas na leitura, pois poucas pessoas sabem da vantagem dela. 

 Diogo Almeida, 6ºB,º7.

 

    Na minha opinião a leitura é imprescindível, pois tem inúmeras vantagens. 
    Se nunca tivesse lido, nunca teria sido levado a viajar de lugar para lugar ou de época em época numa questão de segundos, sem sair fisicamente de onde estou.
   Existem livros de diversas categorias para todos os gostos e feitios e quando começamos a ler um livro que gostamos, não somos nós a “arrastar” o livro até ao final, mas sim ele a arrastar-nos.
   A leitura expande a nossa criatividade e o nosso conhecimento e não pode ser esquecida.
  Para concluir espero que este texto incentive a alguém começar a ler mais, porque como já disse, mas isto é crucial saber:
   Ler é muito importante!

Lucas Reis, 6ºD, nº 15

 

  Para mim a leitura é muito importante porque podemos fazer várias coisas, comunicarmos a qualquer distância, aumentar a nossa criatividade, curiosidade e descobrir outra forma de ver o mundo.
   É divertido ler porque às vezes olhas para o mundo e dizes que ele é desinteressante e “chato”, mas depois de leres vários tipos de livros, vais ver que não és o único a ver o mundo assim. Vais ver que há pessoas que olham para um mundo cheio de fantasia, ação e  muita diversão. Com qualquer livro, vais descobrir o que cada um vê, escreve e sente de forma diferente, não só o mundo, mas tudo em seu redor.
    A leitura é fascinante, ela faz-te abrir os olhos para a criatividade, para a curiosidade, e para a magia da imaginação, por isso  a leitura é muito importante. 

Beatriz Silva, 6ºB

 

    Eu acho que ler é importante porque faz bem à memória e à imaginação. 
   Eu gosto de ler embora não gosto de ler tudo nem gosto de ler sempre. Não gosto de livros muito compridos, mas gosto de poesia, contos etc…
  Quando nós lemos o nosso cérebro tem de estar sempre a criar imagens ou quando vemos televisão ou jogamos computador as imagens já lá estão. Por isso, a minha mãe diz que ler treina algumas partes do cérebro que não se podem treinar noutro momento. É como fazer exercício físico, correr não é a mesma coisa que fazer flexões.
    Também acho que é importante ler para termos mais informações, por exemplo: ler as legendas de um filme, ler as placas da rua, etc… As pessoas que não sabem ler têm de estar sempre a pedir ajuda. 
   Às vezes, eu acho os textos aborrecidos e canso-me rápido, mas mesmo assim penso que toda a gente devia ler pelo menos um bocadinho.

 

David, 6ºD, nº7.

 

    Hoje em dia muitas pessoas esqueceram que ler é muito importante.
    Ler um livro faz muito bem, porque, trabalhamos a nossa imaginação e a leitura.
  Os livros contém muitos conhecimentos, que um dia nos farão alcançar objetivos e concretizar muitos sonhos. Os livros também contém: magia que nos faz imaginar muitas criaturas, ideias que depois usamos para criar muitas “obras de arte” de todos os tamanhos e feitios.
    Por exemplo: estou a ler um livro que é o “Gato malhado e a Andorinha sinhá” que me fez perceber que o amor não tem  cor nem feitio e que devemos respeitar os outros.
     E, com este texto, concluo que a leitura é uma das coisas mais importantes que existe, porque nos ensina diversas coisas da vida, porque nos ensina a compreender o significado dos sentimento, que muitas vezes não sabemos o que são.

Daniela, 6ºB,nº5.

 

     Hoje vou  falar sobre o porquê da leitura ser tão importante para todos nós.
    Muitas vezes quando estamos a ler alguma história de algum livro que nós gostamos, à medida que a história vai avançando, sentimos que estamos dentro dela e também imaginamos toda a história na nossa cabeça…
   A maior parte das pessoa não gosta de ler e acha que ler não traz nada de bom para a vida, mas essas pessoas estão enganadas!
   Ler faz bem, relaxa-nos e faz com que  alarguemos a nossa imaginação. Ler faz-nos ter uma melhor aprendizagem. 
   Às vezes ficamos com preguiça de começar a ler um novo livro, mas quando começamos, nunca mais queremos parar até o livro acabar, quanto mais a história avança, mais nós ficamos curiosos. 
   Hoje em dia, a maior parte dos jovens preferem ficar agarrados às tecnologias, mas se experimentarem ler um livro, vão ver que vão gostar, tal como eu.
    Adoro ler, sinto-me sempre mais relaxada, mais calma, mais tranquila… 
   Todos devemos experimentar ler um livro, nem que seja só uns 10 minutos por dia.

Maria Damaceno,6ºB, nº14.

 

       Eu penso que a leitura é muito importante e fico triste quando observo que há cada vez menos pessoas a importarem-se com isso e cada vez mais pessoas a deixarem de ler.
    Em primeiro lugar, queria dizer que ler é muito divertido, ler dá asas à imaginação, porque, quando lemos, entramos em mundos diferentes, viajamos sem sair do lugar, por exemplo, nunca leram o Capuchinho Vermelho e imaginaram o lobo vestido de avozinha? Ou talvez tenham imaginado a bruxa do João e Maria a cair no forno! Às tantas, até imaginaram o lobo a soprar a casa dos três porquinhos! Às vezes, estão tão concentrados a ler que nem percebem que entraram no mundo daquele livro.
     Mas atenção, não só é bom ler livros de fantasia e aventura, os livros escolares, por exemplo, também são muito importantes, pois, através deles, adquirimos conhecimento, coisas muito importantes que levamos para a vida toda.
     Ora vejam lá que num dia destes, estava a ler o panfleto do Pingo Doce e imaginei que estava a ir às compras!
     Concluindo, eu acho que a leitura é muito importante e todos nós devíamos de ler nem que fossem só dez minutinhos por dia.

Catarina, 6ºB, nº4

 

    A leitura tem uma importância muito grande, ajuda-nos a ter novos conhecimentos sobre o mundo, faz-nos aprender novas palavras e conhecer novas histórias.
      Quando eu andava no primeiro ano as primeiras letras que eu vi, pareciam linhas curvas e estranhas. Com o passar do tempo fui aprendendo mais, e descobri que as letras formavam palavras, as palavras formavam frases e as frases formavam histórias.
     Com este conhecimento pude ler os livros que a minha mãe me lia antes de dormir, o que me fez sentir um pouco adulta.
   Através da leitura é possível aprender sobre lugares distantes, animais e plantas diferentes, sem sair do lugar.
   Um livro é como uma tela de cinema, mas melhor,  porque quem passa o filme somos nós.
   Confesso que sou um pouco preguiçosa, às vezes, para ler, mas quando leio gosto muito.

Mariana, 6º B, nº 15.

 

     A leitura é muito importante e cada vez mais está a  ficar em segundo e terceiro plano. 
     A leitura é para todas as idades, desde crianças até adultos. 
   Na minha opinião a leitura é muito importante porque puxa pela nossa imaginação, por exemplo com os contos de fadas, e o nosso conhecimento com histórias do passado. 
   Muitas  vezes quando estou triste , gosto de ler um livro, pois deixa-me alegre, e faz-me esquecer todas as coisas más que acontecem lá fora, no mundo , e faz – me ver as coisas de uma maneira diferente. 
    A leitura leva-nos para um mundo diferente do nosso, um mundo em que não há guerra, nem tristeza, mas sim um mundo de alegria e paz.
    Há livros para todas as pessoas, há pessoas que preferem livros de aventura, outros de terror e outros de romance , mas todos eles são importantes.
    Devemos transformar a leitura num hábito do nosso dia a dia.

 Beatriz Santos,  6ºH,nº2.

 

   A leitura é muito importante, pois com ela podemos descobrir coisas muito interessantes, que nos enchem de alegria.  Por exemplo, quando estou triste,  escrevo uma história a contar tudo,  a razão de  estar triste, invento amigos imaginários para as histórias, sítios novos e muitas outras coisas. Acho que todas as pessoas que se sentem tristes, frustradas ou irritadas, deveriam fazer isso, pois acalma muito e permite refletir .
     Com a leitura podemos entrar noutro mundo, um mundo onde não há guerra, um mundo onde toda a gente é imortal, um mundo onde toda a gente é feliz…. ou então num mundo de piratas, que é totalmente o contrário do outro, um mundo onde os piratas roubam as crianças, um mundo como o do Peter Pan… Mas cada história é diferente e cada pessoa gosta do seu livro, eu por exemplo, gosto muito de livros de ação ou de bandas-desenhadas.
      A leitura tem vindo a ser cada vez mais esquecida ou trocada pela internet.  Temos que dar mais valor ao livros e aos autores , que tiveram de estar sentados à frente de um computador ou de um papel durante dias, semanas, meses… (e muitas das vezes, sem saber o que escrever).

      A leitura não pode ser esquecida!!!

Sofia, 6ºH, nº 25

 

     A leitura é muito importante, porém cada vez mais esquecida, principalmente por nós jovens.
      A leitura para mim é muito importante, faz-me desenvolver a imaginação,  dá-me a conhecer novas palavras e histórias do passado. Permite-me,  também, aprender novas culturas e tradições. 
   A leitura faz-me muito bem quando estou triste, pois ajuda-me a esquecer os sentimentos maus e lembrar-me das coisas boas da vida. 
     Há vários géneros de livros para todas as idades e para todas as pessoas, para as pessoas que gostam de livros de contos de fadas, livros de romances, livros de aventuras, etc. 
       A leitura não tem idade certa, todas as pessoas podem ler desde as crianças aos idosos.
      Para concluir temos de cada vez mais a valorizar a importância da leitura e a incentivar as crianças a ler.

Beatriz Marques,6ºH, nº3.

 

    Ler um livro, faz-me despertar o sentido da imaginação. Posso ir mais além, percorrendo o caminho das letras e conhecendo cada uma delas ao pormenor. Lendo seja qual for o livro, faz-me entender que posso ganhar conhecimento com  o passar dos anos. Tenho a possibilidade infinita de enfrentar novos desafios com a leitura de um romance, da história de um país ou de uma cultura.
  Sabendo ler, é abrir portas para algo de bom e mágico. Determina o modo  como  interpreto um texto e permite-me ir para o mundo da imaginação, estar numa nave da Star Wars a combater inimigos…
   Saber ler é um caminho para mil histórias de encantar ou descobrir aquele livro de histórias de Portugal que  adoro ler. Cada letra, cada palavra e cada frase que leio, faz-me avançar, ganhando novo vocabulário, permitindo  ler algo mais difícil.
     Por pura diversão ou apenas por informação, adoro ler.

Afonso Manuel, 6ºD, nº1.

 

     Ler ajuda-nos a relaxar e a libertar todo o stress. Se pegarmos num livro e lermos, pelo menos 10 minutos por dia, o bem que faz ao nosso cérebro e ele agradece por essa contribuição. 
      Hoje em dia, são poucas as pessoas que têm tempo para lerem um livro, um jornal, uma revista ou até mesmo uma notícia que esteja a dar na televisão. Com os telemóveis ou as playstations, as crianças, os adolescentes e até mesmo os adultos, preferem a tecnologia do que um bom livro. 
    Se começarmos a incentivar os mais pequeninos a lerem um livro, desde cedo é uma mais valia para aprenderem o gosto pela leitura.
      Há tantos livros por descobrir… e ao lermos cada um deles, a nossa mente abre-se para a imaginação. Desse modo, exploramos um mundo infinito de novas sensações e libertamos a memória para algo maravilhoso e ao mesmo tempo magnífico.
    Um livro pode ser o nosso melhor amigo… Abre-nos as portas para a criatividade, o conhecimento , a comunicação.
     É muito importante ler.
      LEIAM MAIS!

Martim José Silva,6ºD,nº17

 

   Gostar de ler é aprender melhor as coisas, termos e palavras. 
   Apesar de ter 11 anos ainda não cheguei ao ponto de apreciar corretamente a leitura e sinceramente não gosto muito de ler, mas consigo assistir a uma leitura de histórias apresentada por outros. 
    As leituras são agradáveis e até nos entretêm. 
   Ao ler aprendemos a ver detalhes, a saber observar melhor o que nos rodeia, ajuda- nos no vocabulário do nosso dia a dia e  mantém a nossa mente mais concentrada.  Ler à noite acalma- nos e ajuda- nos a adormecer. 
   Por isso, vamos apreciar a leitura!!!

                                                                                                                                                   Leandro Rocha, 6ºG

 

    Na minha opinião, é muito importante ler.
   Quando entramos na escola aprendemos logo a ler, porque é muito importante para a vida toda e faz-nos conseguir saber sobre vários assuntos dos nossos interesses. 
    Nos livros podemos ler várias opiniões de pessoas de todo o mundo, das experiências que elas passaram e isso é muito interessante pois quase viajamos sem sair do lugar!
  Desde  crianças devemos criar hábitos de leitura diária, para que nos seja mais fácil imaginar e escrever sobre os assuntos que gostamos, pensamos ou fazemos. 
    Cada vez é mais difícil conseguir ganhar o gosto pela leitura, pois os meios digitais são mais apelativos para as crianças e como tal a escola e professores têm um papel fundamental em relação à leitura.
   Se não aprendêssemos a ler todos éramos analfabetos e incultos, não sabíamos nada sobre assunto nenhum incluindo o que se passa no mundo. 
 
 
                                                                                                                                  Tiago Magalhães, 6º G
 
 
    A leitura é uma forma importante de ganhar conhecimento.
   Através da leitura aprendemos palavras novas, desenvolvemos o nosso vocabulário, conseguimos perceber mais sobre certos assuntos e ajuda-nos também a escrever melhor.
    Ler é uma forma de estarmos também distraídos! E que boa distração…
   Os livros foram esquecidos pelas televisões, pelos computadores, pelos videojogos e pelos telemóveis.
     Atualmente, a leitura ajuda milhares de pessoas a passar o tempo, uma vez que estão confinadas em casa.
 
                                                                                                                                            Ivo Blanquet, 6º G
 
 
       Ler é cultura.
       A leitura é muito importante para a nossa evolução  e para a nossa mente.
    Com a leitura tornamo-nos mais cultos e podemos aprender sobre os mais  variados assuntos.  
     Existem vários tipos de leitura, logo os leitores podem escolher o que mais gostam.
    Eu não costumo ler muito, mas acho que devia, pois assim  exercitava mais o poder da leitura e alargava muito os meus conhecimentos.
    Ler é aprender, é conseguir sentir muitas vezes os sentimentos  dos autores.
   Hoje em dia a leitura está um pouco esquecida, pois os livros são caros e não estão ao alcance de todos.  Hoje em dia existem outras tecnologias para o fazer, mas nada melhor do que folhearmos um livro, tem outro sabor.
   Muitos livros têm uma história tão empolgante que se torna de leitura fácil e rápida.
   Talvez mais tarde, eu  comece a ter mais  gosto  pela leitura.                                                                                                                                       
                                                                                                                                     
                                                                                                                                      Francisca Pinho, 6ºG
 

 

    A leitura é muito importante para o crescimento de qualquer ser humano. Todos os dias devemos ler, pois é uma forma de aprendermos palavras novas, não cometermos erros ortográficos, adquirirmos novos conhecimentos, termos acesso a várias culturas e a diferentes formas de pensar e de agir.
    Algo que costumo fazer, frequentemente, é ler em voz alta, para perceber se o que estou a dizer faz sentido. Desde muito pequena, tive acesso a vários livros que os meus pais me liam para adormecer de forma mais tranquila.
     Um dos livros que mais gostei de ler foi Harry Potter E A Câmara Dos Segredos, de J.K Rowling, porque gosto muito de magia e mistério.  Aconselho a todos aqueles que gostem de aventura e fantasia a lerem este livro, bem como outros da saga.

    Em suma, por todas estas razões devemos ler e nunca esquecer a importância dos livros, pois são uma porta aberta para o mundo!

 
                                                                                                                                         Joana Moreira, 6.º G
 
 
 
        A leitura é um portal para os novos cenários, imagens e sensações.
   A leitura permite despertar a curiosidade, explorar a imaginação e estimular a criatividade, porque ao conhecer diferentes histórias e pontos de vista, terei mais argumentos e pontos de apoio para criar a minha própria versão.
   Ao ler, diminui a ansiedade e desperta o gosto, porque a leitura estimula positivamente o nosso sistema nervoso.
  Um dos exemplos que demonstra isto é o livro “A Bela e o Monstro”, em que a Bela tem um fascínio pela leitura, leu os livros todos da pequena biblioteca da vila e alguns deles, ela contava a sua versão.
  Para mim, a leitura é uma forma de aprendizagem e de me divertir! 
                         
 
                                                                                                                                  Francisca Nogueira, 6ºG
 
 
   Desde pequenino que a leitura faz parte da minha vida.
  Ainda hoje me lembro das histórias que os meus pais me contavam antes de dormir, algumas delas ouvia vezes sem conta!
  A leitura permite-nos aumentar o nosso vocabulário, a nossa criatividade e o nosso conhecimento acerca do mundo.
 Na verdade com o passar dos anos afastei-me dos livros e da leitura. Tive que criar algumas estratégias para retomar o meu gosto pelos livros: adquiri livros de assuntos que mais gostava e criei um horário para ler.
   E hoje em dia quando acabo de ler um livro fico por um lado surpreendido ( já acabei! ) e, por outro lado, fico com mais uma aventura na minha cabeça.
                               
                                                                                                                                   Guilherme  Meira, 6º G
 
 
   Quando estou a ler, eu sinto que estou  noutro mundo,  viajo sem sair da cadeira.
   Ler, traz-me o conhecimento de novas ideias, novas palavras e muitas mais coisas que me fazem querer ler .
   Apesar de ter 11 anos,  ainda não aprecio muito a leitura.
   O melhor livro que já li foi o Diário de um Banana.     

   Na escola, nas aulas, eu adoro ler e aprender novas palavras e outras coisas.  Na escola nunca tive dificuldades na leitura, mas sempre preferi matemática.    

                                                                                                                                       Lucas Claro, 6º F   

 
 
   Gostar de ler é aprender melhor os termos e palavras. Quando estou a ler sinto-me calmo e atento.
    Ler traz conhecimento, desenvolvemos hábitos de leitura,  e não nos deixamos levar por outras opiniões, permite-nos dar sugestões por conta própria. 
    A leitura é essencial, mas a maioria acha muito difícil! Mas as vantagens são tantas!
  Desperta-nos outras motivações, como o entendimento, a cultura, o conhecimento, porque falamos e escrevemos melhor. 
   Eu entendo que a leitura, a capacidade de ler um texto compreendê-lo e interpretá-lo traz-nos o gosto na leitura que nos permite sempre aprender mais e mais.
   O objetivo principal deste texto é demonstrar a magia da leitura e das descobertas que ela implica.       
    Ler  é um exercício que mesmo sendo um hábito se torna um desafio .
                           
 
                                                                                                                                     Ângelo Rafael, 6º F
 
 
      Inspiração, calma e paz são algumas das palavras que me lembram  a leitura .
    Ler faz com que o nosso cérebro atinga uma capacidade de concentração elevada . É com a leitura que crescemos enquanto pessoas e seres humanos.
  Aprendemos palavras novas e o significado das mesmas.
  Tenho 12 anos e dificuldades para ler, mas sei que aos poucos eu consigo entender muitos dos textos que leio .
   A leitura é algo que faz renascer uma pessoa. 
       
                                                                                                                             Artur Freitas, 6ºF
 
 
     A leitura, para mim, é importante. Neste momento estou a ler “Hotel Transylivania 3!”
    Os idosos deviam ler muito para manter o cérebro mais ativo.
     Por vezes, ao ler livros de aventuras podem levar-nos a viajar no tempo. 
    A  leitura é muito importante para a nossa cultura geral, pois permite  obter  muitos conhecimentos. 
      Quando estamos a ler temos paz, sossego e concentração.
      Enfim, todos  devíamos ler um pouco!

 

                                                                                                                              Rodrigo  Monteiro,6º Fº

 
 
    Na minha opinião, a leitura é muito importante, porque nos ajuda a compreender melhor as palavras.
    Há pessoas que não gostam muito de ler, porque não entendem o sentido da leitura.  Ler não é só juntar as letras e formar palavras, frases, parágrafos… 
   Ler é entender o que o autor quer dizer.
   Ler também é uma nova forma de comunicar, sem palavras pronunciadas, sem gestos, sem símbolos, só com letras!
     A leitura também pode contar uma história, só que muito melhor, porque nós podemos imaginar muito além do que os ecrãs podem mostrar.
   Os livros também são importantes, porque nos dá autonomia por exemplo: quero apanhar um autocarro, mas não sei ler então não sei onde estou, não sei para onde vou e como vou fazer para chegar lá!
 
                                                                                                                                                 Isabella Murta, 6º F
 
 
   Para mim, ler é  um mundo diferente cheio de fantasias, histórias, aventuras, ação e muitas outras coisas.
   É importante ler para não  dar erros, aprender, falar melhor e aprender mais vocabulário.
   Quando leio sinto-me bem, sinto-me noutro mundo, sinto-me feliz.     
   Ler é como andar nas nuvens!
   Prefiro ler mangá do que livros casuais.
   Ler é  magia a preto e branco.

 

                                                                                                                                         Cândida Rodrigues, 6º E 

 
 
    É importante ler…
    É importante ler, porque faz bem ao cérebro.
    Ler faz bem , porque aumenta o vocabulário e faz-nos crescer.
    É muito bom ler, porque nos abre a nossa mente e os nossos horizontes.
    Eu gosto de ler, recomendo a leitura a todas as pessoas que não gostam de ler. Se for um livro que fale de Paris parece que nos encontramos  nesse sítio.
     Os livros são o futuro!

 

                                                                                                                                                 Ricardo Afonso, 6º E

 
 
     É importante ler…
   É importante ler, porque faz bem, porque ajuda-nos a ler melhor e aumenta a nossa criatividade. 
    Ler é importante, porque é uma boa forma de passar o tempo,  e ajuda na forma  como falamos e como interpretamos as coisas!
    Ler, também, ajuda a conhecer novos termos e novas palavras ainda desconhecidas. 
    Eu gosto de ler e recomendo a leitura a todas  as pessoas!     
   

                                                                                                                                          Ricardo Silva Reis, 6ºE 

 

   É importante ler, porque nos ajuda a passar o tempo de uma boa forma, ao invés de só passarmos tempo a olhar para ecrãs. 
    Mesmo que, às vezes, seja preciso, ainda mais durante a quarentena em que nós temos de estar muito tempo a olhar para o computador nas videoconferências com os professores. 
    A leitura também é importante porque na questão da ficção a mente do leitor viaja até um lugar fora da realidade, mesmo até sendo um livro sobre um mistério policial ou algum outro texto que não retrate algo que já aconteceu, este está a mostrar ao leitor um novo lugar, que até pode ajudar a refletir sobre a realidade e ajuda a fomentar a criatividade.
   Pelas razões acima descritas eu acho que é importante ler e espero que toda a gente concorde.
             
                                                                                                                                                    Maria Líbano, 6º E
 
 
    É importante ler, porque podemos treinar a nossa memória, o nosso raciocínio, alargar o nosso vocabulário e a forma de falar. 
     Existem livros de várias formas e feitios! Têm vários  temas, histórias, autores, muita  imaginação e formas diferentes de escrever. 
    Eu leio de vez em quando, mas ainda  não consigo ter o gosto pela leitura como gostaria!
               
 
                                                                                                                                                  Beatriz Oliveira, 6º E
 
 
   É importante ler…
   Ler faz bem, porque assim aprendemos a ler e escrever melhor.
   Ler faz com que a nossa imaginação aumente.
   Há  livros para vários gostos.
   Pessoalmente, eu ainda não aprecio muito a  leitura.
  Para mim, ler enfeitiça o nosso cérebro e o livro que me anda me a enfeitiçar é o estranhão.
  Recomendo porque dá  muitas asas  à nossa imaginação.

 

                                                                                                                                                       Eduardo Reis,6º E

 

 
    Ler é muito importante, porque nos faz viajar sem sair do lugar. Eu costumo ler muito, porque acho divertido e interessante. Ler também aumenta a nossa inteligência.  
   Há muita gente que não gosta de ler e eu não entendo bem porquê! 
   Atualmente estou a ler o livro «Os Cinco», o sétimo da coleção. Tenho vários livros em casa, e costumo ler outra vez os que já li quando não tenho nenhum novo. Ler faz-me ficar muito feliz, porque os livros têm sempre histórias interessantes. 
   Resumindo, eu gosto muito de ler porque me faz bem, e acho que toda a gente devia ler.
 
 
                                                                                                                                                          Maria Clara, 6ºE
 
 
  A leitura é uma maneira de aprender.
  Pode ser através da leitura que desenvolvemos a nossa criatividade e imaginação.
  Podemos viver as histórias e a aprender através delas e novas maneiras de agir.
  A leitura ajuda-nos a desenvolver novas técnicas de aprender.
  A leitura é um meio de comunicar com outras pessoas e de falar com pessoas .
 Ler entretém-me e diverte-me! Ajuda-me a conhecer outros mundos e outras personagens.
  A leitura é importante para tudo e para todos, ajudando-nos a desenvolver e a ensinar o que os nossos antepassados aprenderam ao longo do tempo.

 

                                                                                                                      Miguel Teixeira, 6º G

 

   A leitura significa conhecimento, significa aprender, quer dizer, é importante ler, certo? Pelo menos eu acho que sim.
   É importante ler, porque aprendemos os nossos erros,  aprendemos como escrever palavras que não conhecemos e escrever palavras que escrevíamos errado. Quando lemos, nós entramos  noutro mundo “um mundo imaginário” em que tudo pode acontecer, e não acontecer.
   É engraçado, escrever tudo isso sendo que eu não leio muito! Mas tantas pessoas dizem que é incrível, então “pego” algum tempo do meu dia, que normalmente eu jogo e pego um livro para ler, só que eu parei de fazer isso, por não ter mais livros, mas adoraria ter!
   O “10 minutos a ler” é importante para quem tem dificuldades com a escrita e a pronúncia das palavras, pois além de conseguirmos prestar mais atenção nas palavras que a professora lê, conseguimos ver erros que cometemos na escrita. A minha mãe ela adorava e adora ler, e por isso sabe escrever tão bem, e me corrige a toda hora! Eu até, às vezes, fico meio aborrecido, porque não gosto que ela me corrija, mas eu entendo-a e sei que é para o meu bem.
   Esse foi meu texto sobre minha opinião, foi pequeno mais espero que tenham gostado!

                                                                                                                                Gabriel Albuquerque,6ºF 

 

   A leitura é muito importante para a nossa aprendizagem, para o nosso crescimento e formação como pessoa e futuros adultos. Permite-nos aprender sempre mais, conhecer outras realidades e ao mesmo tempo pode fazer-nos sonhar como nas histórias de encantar. Mas também nos ajuda a pensar pela nossa “própria cabeça “.
Quando eu era mais pequena todas as noites ao adormecer a minha mãe lia uma história  e eu sonhava com princesas e dragões em mundos longínquos e divertidos e adormecia feliz. 

   Agora é certo que é  muito fácil distrairmo-nos com a televisão e as redes sociais e, por vezes, esquecemos um pouco a leitura. 
Mas é muito importante que se mantenha sempre esse hábito.

 

Sara Botelho, 6.º I, n.º 28

 

    A leitura é muito importante para relaxar, para passar um pouco de tempo, nem que sejam cinco minutos por dia! É preferível passar uma tarde a ler do que estar a jogar jogos.

    Ler é muito importante para resfriar a cabeça e não é só isso, eu por exemplo gosto muito de ler para conhecer novas histórias, coisas novas, palavras novas, adoro descobrir novidades. Há algumas pessoas que não gostam de ler porque dizem que é “uma seca”, mas na minha opinião não é, porque quando estou a ler sinto que estou noutro lugar, eu pego no livro, sento-me na minha cadeira e sinto que não está ninguém à minha volta e começo a ler.
    A leitura é mesmo muito importante! Antes da minha irmã mais nova dormir eu conto lhe sempre uma história e no dia seguinte eu faço-lhe perguntas e ela sabe-me responder.  É incrível como uma criança de 3 anos já sabe tanto, não é?
    É por isso que é importante ler, nem que seja só um bocadinho por dia já faz muito bem. 

 

Leonor Pacheco, 6.º I, n.º 17

 

 

      Sem a leitura como seria o mundo? Sem a leitura como comunicaríamos?
     Ler é importante pois ajuda a nossa mente a rececionar as coisas mais facilmente, quis dizer que ler faz com que o cérebro se desenvolva. Ao lermos o nosso cérebro vai “guardar palavras novas” ou como dizemos guardar mais vocabulário. 
     Ao ler um livro as pessoas conseguem imaginar a história a acontecer e, com isso, fazer com que a imaginação se expanda. Por isso, podemos dizer que ler é divertido pois  leva-nos a sítios que nunca poderíamos ir “a pé”.
    Ler é essencial na vida, pois sem a leitura nós não nos conseguimos entender. Como iremos falar com os outros se não conseguirmos comunicar? É impossível entendermo-nos sem a leitura.
    Sinceramente, é preferível ler do que estar na internet, pelo menos para mim. Apesar de eu nunca ter sido uma “fã” da leitura eu gosto de ler porque ler é como se todos os problemas deste mundo fossem esquecidos. Ler é como se tivéssemos no céu. 

Lara Costa, 6.º I, n.º 15

 

   Eu gosto de ler livros de mistérios e curiosidades, quando leio posso usar a minha imaginação e criar vários cenários e personagens, acabo por conseguir viver a história da maneira que eu quiser e até imaginar-me dentro dela.

   A leitura é importante por muitos motivos, ler vai aumentar o meu vocabulário, vou saber  o significado de mais palavras, a usá-las e a escreve-las corretamente.

   Ao ler muito vou começar a ler cada vez melhor, a estimular a minha memória e a interpretar melhor qualquer história ou informação.

   Gosto de ler, mas sei que devia ler muito mais. Depois de escrever estas coisas todas sobre a importância da leitura, acho que vou aumentar o meu tempo de leitura.

 

Luana Gomes, 6.º I, n.º 19

 

 

 

 

 

“Nos bons velhos tempos…”

(textos de opinião, produzidos no âmbito do Projeto-oficina Saber +)

 

           Quando me dizem “Nos bons velhos tempos” a minha reação é ou revirar os olhos (quando é dito a a meio de uma discussão) ou chegar perto da pessoa.

               Esta pequena expressão é usada para explicar o quão divertida e desafiante era a vida antes das tecnologias (ou “modernices”), quando os nossos pais ou avós nos veem a jogar Playstation no sofá. Pessoalmente, adoro as histórias que seguem esta fala tão icónica, especialmente se for a minha avó a contá-las, visto que passou muito tempo na Alemanha sem saber uma palavra quer de alemão quer de inglês. Porém, certas histórias são para criticar a nossa maneira de viver, o que me faz revirar os olhos, pois a nossa sociedade não é igual à sociedade de antigamente e, por vezes, não é possível fazer qualquer comparação.

               A derradeira pergunta aqui é: os velhos tempos são assim tão extraordinários? A minha resposta tanto é sim como não. Sim, mesmo agora vangloriamos os anos 60 e 80 seja pela moda, pela mentalidade ou pela música que ainda hoje é considerado algo “in”. Apesar disso também não podemos só pensar que as coisas boas foram feitas naquele tempo. A tecnologia, por exemplo, permite-nos contactar com qualquer pessoa ao redor do mundo com um simples clique. Isso é revolucionário e não foi criado “Nos bons velhos tempos”.

               Concluindo, cada um tem uma reação quando ouve esta expressão e ninguém escapa às reações, quando esta é dita.

                                                                                                                                          Ana Faria  12ºB

 

         Ao longo dos anos, a expressão “Nos bons velhos tempos” é constantemente repetida pelos mais velhos. Através da mesma, conseguimos observar o carinho e a alegria que esta causa naqueles que a mencionam.

        No meu caso, as pessoas que mais utilizam a expressão “Nos bons velhos tempos” são os meus avós. Estes usam-na, quando me contam histórias do seu passado e sempre que me falam de pessoas que causaram impacto nas suas vidas. Na sua perspetiva, esses tempos foram algo de extraordinário. No entanto, para mim, que não os vivi, não têm o mesmo valor.

       Efetivamente, no futuro vamos todos acabar por dizer o mesmo, quando nos recordarmos dos tempos de hoje em dia e vamos descrevê-los como extraordinários. Por exemplo, os nossos netos ouvirão de nós, exatamente, o mesmo que nós ouvimos hoje em dia dos nossos pais e avós.

       Em suma, não vivemos todos na mesma época nem passamos pelas mesmas memórias, mas, com certeza, a frase “Nos bons velhos tempos” trará sempre alegria a cada um que a mencione.

                                                                                                                                         Cátia Silva 12º B

 

          Na minha opinião, (entenda-se, como uma pessoa já nascida no século XXI), os “bons velhos tempos” de que muito ouço falar situam-se mais ou menos nos anos 70, 80 e 90, em que  viviam os membros da minha família. De facto, os meus familiares recordam uma época em que não existia muito do que há hoje, tal como os telemóveis, também conhecidos como uma peste (exceto o covid-19). Referem-se também a estilos tão diferentes, às músicas que tanto ouvimos, às pessoas e à sua forma de viver, bem distintas nos bons velhos tempos.

         Acho que essa foi uma época positiva, apesar de alguma escassez comparando-a com a atualidade, como é natural. Ainda assim creio que nasci numa época errada, pois gostava de ter vivido nesses anos para conseguir chegar ao presente e perceber o quanto a humanidade evoluiu em pequenos e grandes aspetos.

       Por fim, julgo, sinceramente, que deveria existir uma máquina do tempo que me pudesse transportar para um local onde a “grande música”, o “estilo vintage” e “ os bons velhos tempos” estivessem presentes.

                                                                                                                                Bernardo Sousa 12º B

 

Hoje em dia, e mais do que nunca, ouvimos frequentemente a famosa expressão “Nos bons velhos tempos…”. De facto, falamos de ou recordamos, quase diariamente, a nossa vida antes da pandemia. Lembramo-nos dos dias em que podíamos sair com amigos e familiares, sem nos preocuparmos com os “ajuntamentos” e recordamos a sensação de poder respirar o ar puro (sem que ele tenha de passar primeiro pelo “filtro” que agora nos segue para todo o lado).

Contudo, acredito que esta nova fase também possa ter alguns aspetos positivos. Como passamos mais tempo em casa, podemos tentar descobrir novos passatempos, aproveitando assim para nos distrairmos um pouco. Além disso, foi graças à pandemia que começamos a dar mais valor ao que perdemos, especialmente à nossa liberdade e daí a recordação nostálgica dos “bons velhos tempos”.

Concluindo, embora esta nova etapa esteja a ser um pouco complicada de ultrapassar, devemos acreditar que os “bons velhos tempos” voltarão bem como a nossa rotina.

                                                                                                                           Filipa Silva Pereira  12.º B

 

        A expressão “Nos bons velhos tempos…” é usado para evocar algumas memórias agradáveis (“bons”) que fazem parte do passado e de uma certa fase da vida de uma pessoa.

     A nostalgia que é evocada com esta expressão tende a suscitar um sentimento de saudade, porque, algumas vezes, é sentida a necessidade de recordar o passado por falta de identificação com o tempo presente. Assuntos como a música, a sociedade em si, a moda, a cultura e os comportamentos são os que mais provocam esta falta de identificação. E se repararmos, as faixas etárias que costumam recordar os “bons velhos tempos” são as mais velhas, e, em alguns casos, memórias do passado podem incluir momentos marcantes com pessoas que possam já não estar vivas ou contactáveis.

     Concluindo, a sociedade muda consoante os anos passam e muitas das pessoas que cresceram em tempos passados estão presas aos antigos costumes e rejeitam os novos. Pessoas já não presentes (com quem se estabeleceram laços fortes de ternura) levam às recordações dos “bons velhos tempos”.

                                                                                                                                   Hugo Silva, 12ºB

 

   

        Os “bons velhos tempos” remetem para épocas recordadas com muito carinho, visto que eram tempos práticos e com uma certa simplicidade.

       Geralmente, a frase “os bons velhos tempos ” é utilizada pela geração mais envelhecida, para explicar que antigamente as pessoas não dependiam da sua impressão digital e que viviam as suas vidas com uma rotina simples (casa, trabalho, igreja, lazer) com um único objetivo que consistia em ter uma vida sustentável.

       Na minha perspetiva, os anos prévios, apesar de não os ter vivido, foram tempos fenomenais. Foram tempos que abrangeram muitas mudanças em diferentes áreas: avanços tecnológicos e científicos, na medicina, na política, nos acontecimentos históricos (queda do muro de Berlim) assim como na cultura (música, artes).

       Na minha opinião, os “velhos tempos “deram início a coisas que são indispensáveis hoje em dia, tais como, o computador e os dispositivos móveis com o início das primeiras interfaces gráficas (Windows), atualmente incorporadas no mundo em que vivemos.

       Em síntese, os tempos antigos eram bons e devem ser guardados como a memória de uma vida feliz; porém, como tudo, o próprio mundo tem de evoluir.

                                                                                                        João Carlos Costa Camarinha 12º B

       

       O mundo está cada vez mais a mudar e já não é o mesmo desde há 50 anos, o que faz com que muitos utilizem a expressão “Nos bons velhos tempos…” para poder relembrar com carinho o passado e, de vez em quando, criticar o presente. Consigo entender o uso desta afirmação, embora não concorde com o facto de se glorificar tanto os tempos antigos.

        A nostalgia é um dos motivos pelo qual se usa tanto esta afirmação e, de vez em quando, este sentimento faz com que nós comparemos os tempos antigos com o tempo presente, mas, nestas circunstâncias temos de nos lembrar que existem também muitas coisas boas nos tempos atuais. Por exemplo, se não fosse por causa do avanço da tecnologia, neste momento de pandemia, estaríamos todos em casa sem ter aulas e também seria muito mais difícil produzir uma vacina. Também acredito que estes tempos, independentemente de terem sido bons, não são tão extraordinários e que este pensamento surge apenas por causa da nostalgia.

       Em síntese, na minha opinião, esta frase é utilizada, muitas das vezes, por causa da nostalgia inerente ao ser humano. Afinal, os tempos do passado não foram assim tão extraordinários!

João Paulo Sousa 12º B

 

       A expressão “nos bons velhos tempos” surgiu num momento de nostalgia de alguém, ao recorrer aos tempos passados para os comparar com os tempos atuais.

     Ora, atualmente, é cada vez mais comum ouvir essa expressão, porque o século em que vivemos é definido essencialmente pelo stresse generalizado e pelas tecnologias ameaçadoras.  É, portanto, frequente, recorrer às memórias dos “bons velhos tempos” para lembrar os tempos mais verdadeiros ou alegres, comparando-os com os tempos de atual mudança. De facto, é frequente ouvirmos da boca dos nossos familiares relatos sobre as brincadeiras de rua, descritas como tempos tranquilos ao ar livre, livres de cronómetros e de tecnologia. Comparando com a atualidade, vemos que o stresse “paira no ar” e as tecnologias são fundamentais no nosso quotidiano. Contudo, não quero defender que os tempos antigos eram melhores, uma vez que maus momentos também eram experienciados sobretudo devido à pobreza e à alta taxa de mortalidade.

   Em síntese, defendo que é essencial recordar os antigos momentos mais felizes, contudo não menosprezando os tempos atuais, que são também motivo de felicidade.

Jéssica Coutinho 12º B

 

     Os tempos antigos não são assim tão extraordinários, pois glorificam a destruição, a escravatura e a supremacia. Na verdade, a expressão “Nos bons velhos tempos…” é utilizada, especialmente, pelas pessoas mais velhas que não compreendem e têm dificuldade em acompanhar a evolução acelerada da tecnologia e de outros meios que ocorre a toda a hora.        

     Hoje, no entanto, se repararmos bem, nos países desenvolvidos, a população tem segurança, apoio do estado, assistência médica, entre outros serviços, o que não acontecia no passado, por isso é que eu prefiro os tempos modernos.

     Além disso, o passado é frequentemente descrito como eras de guerras atrás de guerras: no século XX, tivemos a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, onde a Europa e o resto do mundo ficaram desfeitos e destruídos. Deste modo, como é que é possível acharmos este passado tão extraordinário?

      É inegável que nos tempos antigos também ocorreram imensos acontecimentos e surgiram invenções que vieram a mudar o mundo por completo, como a Era dos Descobrimentos em que Portugal impulsionou a descoberta e delineação do mapa do mundo. Contudo, na época atual, surgem todos os dias imensos eventos que ultrapassam os que aconteceram outrora, como é o caso do envio dos astronautas para a lua pela Space X, que inaugurou uma nova era de viagens tripuladas comerciais.

      Em suma, o passado não é tão esplêndido e ilustre como os tempos modernos, pois a humanidade continua a evoluir tão rapidamente que os acontecimentos do passado passam a ser irrelevantes.

Flávia Ferreira 12.º B

 

        Ao longo da minha vida, fui ouvindo permanentemente a expressão “nos bons velhos tempos”, e sempre concordei com essa expressão, até há um ano atrás.

       Na minha opinião, é bom recordar o passado, afinal temos o privilégio de possuir uma memória para tal. Porém, acredito que o recordarmos também pode ser prejudicial, por vários motivos.

      Primeiro, pode impedir-nos de viver plenamente o nosso presente, visto que estamos muito ocupados a pensar no passado e, neste compasso, perdemos as coisas magníficas que possuímos hoje. Facilmente encontramos um exemplo significativo do que afirmo: basta observar as pessoas que, devido a esta pandemia, estão focadas no passado sem procurar uma maneira de aproveitar o seu presente.                        

     Por outro lado, rememorar constantemente o que já passou pode afetar-nos psicologicamente. Podemos transfigurarmo-nos em pessoas amargas, frias e sem qualquer objetivo de vida. Essa atitude é visível nas pessoas de idade que, devido à sua condição física atual, recordam os “velhos tempos” com olhos de tristeza e de amargura.

     Concluindo, apesar de ser bom recordar os bons e os maus momentos, estou convencida de que é indispensável viver de forma a aproveitar a vida e o que ela nos dá, sem nos prendermos demasiado ao passado.

Marta Alves 12º B

       

        Os “bons velhos tempos” são mencionados com frequência, naturalmente, pelas pessoas mais velhas e, na minha perspetiva, não passa de uma ilusão por parte das mesmas.

         É normal partilhar essa opinião com base no que vemos nas notícias – a infindável guerra na Síria, a atual crise pandémica, o aquecimento global – tudo isto aponta para uma sociedade em degradação e um planeta em colapso. Assumo assim, que é fácil tornarmo-nos pessimistas. Porém, não partilho da mesma opinião. Tanto a nível mundial, como a nível nacional, é indiscutível a mudança positiva de todos os indicadores de qualidade de vida dos cidadãos (a esperança média de vida, o nível de educação, a prosperidade do cidadão) e até mesmo a evolução da mentalidade do ser humano. E toda esta evolução, evidente e indiscutível nos dois últimos séculos, deveu-se, essencialmente, ao Iluminismo e às ideias que caracterizam este conceito – o primórdio da ciência sobre os cânones estabelecidos, do conhecimento sobre a ignorância, dos valores humanistas sobre a autoridade dos mais poderosos.

       Em conclusão, sabemos que não existem quaisquer garantias de que estes valores, que tão bem serviram a humanidade até hoje, continuem a acompanhar o progresso futuro. Mas sabemos também que se evitarmos o retrocesso e o regresso aos valores que perduravam anteriormente, seremos capazes de prolongar esta evolução em prol de uma humanidade mais próspera e feliz.

Marisa Santos Ferreira  12ºB

 

         A expressão «Nos bons velhos tempos…» é bastante utilizada, remetendo para os bons momentos vividos no passado.

       Esta frase faz-me reviver os tempos da minha infância, onde o meu maior problema era escolher com qual dos brinquedos iria brincar durante aquele dia inteiro em casa da minha avó. Contudo, apesar de ser óbvio que esta era uma vida descomplicada e sem aborrecimentos, todos nós queríamos crescer depressa demais, o que agora percebo claramente que foi um erro.

      Agora, anos volvidos da infância, é possível afirmar que essa foi a melhor fase da minha vida, rodeada de muitos amigos e de toda a família, algo que eventualmente se vai desvanecendo, visto que deixamos de ter tempo para esses momentos tão importantes e necessários.

      Na altura, como todas as crianças,  todos queríamos “ser grandes” e, hoje, que o somos, só queríamos poder regressar à infância.

 Rafaela Marques  12ºB

 

             Certamente que, em algum momento da vida, já todos proferimos a expressão «Nos bons velhos tempos…».

               Ora, esta expressão pode remeter para vários pontos de vista, por exemplo, para a recordação do passado, vários cenários onde fomos felizes e que, entretanto, foram mudando ao longo do tempo. Pode ser encarada como uma forma de evasão do presente ou até pode remeter para certos comportamentos ou atitudes que deveríamos ter tomado, mas que nunca chegaram a ser postos em consideração.

               No entanto, é importante compreender o passado, pois o seu conhecimento ajuda-nos a entender o porquê de as coisas terem evoluído como evoluíram, o que nos impede de cometer os mesmos erros. Porém, a constante contemplação dos «bons velhos tempos» pode vir a ser mórbida a partir do momento em que nos impede de apreciar o lado bom do agora que se vive. Na verdade, todas as épocas, pelas quais passámos, têm os seus problemas, mas não implica que se ande em sofrimento contínuo pelo facto de as boas memórias não poderem mais voltar.

               Concluindo, às vezes, é inevitável a comparação entre estes dois momentos e o assumir-se a preferência pelo passado, mas, afinal, a vida atual talvez não seja assim tão má para se persistir na memória desses «bons velhos tempos». 

                                                                                                                                Raquel Pardilhó  12ºB

 

     Quando ouvimos a expressão «Bons velhos tempos…», associámo-la de imediato ao passado, como se fosse uma época boa para recordar, o que é na verdade, mas, por vezes, tal como tudo na vida, este não é assim tão bom e pode ou não ser recordado com essa expressão.

     Na minha opinião, relembrar o passado é importante para a nossa vida, pois tudo o que vivemos torna-nos no que somos hoje. Quer os bons momentos quer os maus farão parte da nossa vida para sempre e, afinal, o que seríamos nós sem memória? Esquecer-nos-íamos dos momentos? Esquecer-nos-íamos das pessoas que fizeram parte da nossa vida e que hoje já não estão cá? Esquecer-nos-íamos dos momentos que nos transformaram nas pessoas que somos hoje? É exatamente por isso que eu acho que o passado é tão importante para nós, porque, para além de aprendermos com ele, é bom recordá-lo. O passado faz-nos querer recuar, voltar aos tempos de ingenuidade, de felicidade e de imaginação.

      No entanto, como já referi, nem tudo na vida é bom: existem momentos (dolorosos) que devem ser esquecidos e continuar bem enterrados no passado.

     Concluindo, os tempos antigos fazem parte da nossa história de vida e são importantes para o nosso presente, contribuindo, possivelmente também, para a construção do nosso futuro.

Renata Silva  12ºB

 

           A década de setenta foi maravilhosa e contribuiu para mudanças no mundo inteiro. Emergiram novas teorias, invenções, múltiplas criações artísticas (quer na música quer na arquitetura).

           Na minha opinião, os anos 70 e 80 do século passado foram tempos extraordinários. Em Portugal, em 1974, ocorreu um evento histórico que depôs o regime ditatorial do Estado Novo. Este movimento ficou conhecido por Revolução dos Cravos e é, sem dúvida, um dos mais importantes momentos históricos (senão o mais importante) da História de Portugal.

          Este tempo foi magnífico, pois nele surgiram gritantes invenções, tais como: o computador pessoal, que modernizou o sistema educativo (entre outros); o primeiro videojogo, criado num laboratório militar e que consistia em duas barras e um ponto. No entanto, aquele abriu o caminho para a indústria bilionária que conhecemos hoje.

          Muitas pessoas (com uma idade superior aos 40 anos) dizem que os objetos e eletrodomésticos da década de 80 tinham uma excelente durabilidade, enquanto hoje em dia, os que compramos funcionam apenas no período coberto pela garantia. Além disso, a infância dessas pessoas era muito mais feliz do que a das crianças de hoje, que nascem já com um telemóvel na mão.

          Concluindo, considero que a expressão “Bons velhos tempos…” remete para essa década, em que existia maior simplicidade, vivia-se a vida de forma mais tranquila, comparando-a à atualidade .

Válter Silva 12.º B