Quadras de S. João do 5º H

 

 

Ó meu rico Santo,

Meu querido S. João,

Na tua festa, brinca-se

E lança-se o balão!

João, nº9

Santo António, como eu gosto de ti!

São João, São João,

Vou comprar um manjerico

E passear com o meu balão!

Jorge, nº10

 

São João, São João,

Fogo-de-artifício no ar!

És tão especial

Que o sol já está a raiar!

Luís, nº15

São João, São João,

O que tens de tão especial?

Eu quero um balão

E bailar no arraial!

Eva, nº7

Meu querido S. João,

Hoje chegou o teu dia!

Vamos cantar e dançar

Com paz, amor e alegria!

Lara, nº13

 

São João, São João,

Tu alegras o meu dia!

A voar vai o balão

E aumenta a minha folia!

José Lopes, nº11

Hoje há festa.

Onde estás tu, S. João?

Estás no manjerico

E no meu coração!

Alexandre, nº1

São João, São João,

Já preparei o arraial.

Agora só falta o balão

E não há nenhum mal!

André, nº2

São João, São João,

Dá-me uma musiquinha.

No teu dia especial,

Quando se come sardinha!

Matilde, nº19

Amanhã é S. João

Dia cheio de alegria.

Vou atirar o balão

E beber sangria.

José Rodrigues, nº 12

 

São João é muita diversão

E festa todo o dia!

Claro que não falta animação

E também muita alegria!

Naiara, nº20

No dia de S. João,

Comem-se muitas sardinhas.

Há animação e alegria

Na minha barriguinha!

Mariana, nº17

Ó meu rico S. João,

És um santo popular!

Na tua festa não faltam

Balões para lançar!

Martim, nº18

 

 

 

 

 

 

Texto de opinião sobre “A importância dos 10 m a ler”

                  O “10 minutos a ler” é um projeto a que a escola aderiu e nós gostamos bastante. Há livros diferentes para diversos anos, de acordo com a idade e os interesses da matéria em estudo.

        Esta atividade de leitura diária deve ser feita em todas as disciplinas, num determinado tempo semanal que se vai alternando à medida que as aulas vão decorrendo.

                A nossa biblioteca escolar escolheu o livro “Os meninos que enganavam os nazis” para todo o 6.°ano, de forma a conhecermos melhor como era a vida num período de guerra e destruição no século XX. Este assunto foi escolhido para que ninguém se esqueça do Holocausto em que milhões de pessoas foram torturadas e mortas em campos de concentração só porque pensaram de modo diferente.

               Na nossa opinião, todos os professores devem ler quando chega a sua vez, mas isso nem sempre acontece! Porém, há  professores que leem mais de dez minutos e às vezes enquanto trabalhamos, os professores encantam-nos com a leitura do livro.

             Em síntese, achamos que esta atividade dos “10 minutos a ler” é surpreendente, inovadora e educativa, porque nos leva a aumentar o nosso vocabulário, a conhecer situações reais que aconteceram a muitas pessoas e sensibilizar-nos para que algo semelhante nunca volte a acontecer.

 

Texto coletivo 6.º E

               

 

                 Os “10 minutos a Ler” foram propostos pela biblioteca escolar do Agrupamento de Escolas de Canelas e aprovados pelo Conselho Pedagógico. Consiste na leitura de uma obra, durante 10 minutos, em qualquer disciplina, no mesmo horário semanal que se vai alterando. Para o 6º ano foi proposto a obra “Os Meninos que enganavam os Nazis”. Esta leitura foi interrompida durante o ensino à distância, quando foi lida a obra ”Aristides de Sousa Mendes”. Estes livros estão integrados no tema “Holocausto”, trabalhado em algumas disciplinas.

        Destacamos vários aspetos positivos nesta atividade, como treino da leitura expressiva, expansão do vocabulário, aquisição de novos conhecimentos sobre a vida dos judeus na época, promove a participação dos alunos, ajuda a desenvolver a criatividade e imaginação dos mesmos.

        No entanto, temos de referir alguns obstáculos à realização desta atividade, nomeadamente, alguns professores não a cumprem, por acharem que “retira tempo precioso” e que é “desnecessária para os alunos”.

                Para concluir, depois de analisarmos diferentes perspetivas, achamos que a prática dos “10 m a ler” é importante, pois traz bastantes benefícios, como conhecimentos, que não são transmitidos no tempo de aulas normal. Permitiu-nos ler obras interessantes que realçam os valores fundamentais da dignidade humana.

                 A nossa turma considera que a atividade deve ser continuada.

A turma do 6.ºD

 

          A atividade “10 m a Ler” apresentada pela biblioteca, tornou-se projeto do agrupamento, aprovado pelo Conselho Pedagógico. Consiste em ler todos os dias, em tempos letivos alternados, ao longo do ano, a mesma obra para todos os alunos de um determinado ano. Iniciámos a leitura do livro “Os meninos que enganavam os Nazis”. Durante o confinamento lemos “Aristides de Sousa Mendes”, partilhado na classroom. Quando voltamos para o ensino presencial, retomámos as aventuras da família Joffo. Estes dois livros abordam a questão do “Holocausto”.

               Queremos destacar como aspetos positivos: torna a prática da leitura como um hábito permitindo a todos os alunos que a façam, ajuda a desenvolver a imaginação, adquirir vocabulário e novos conhecimentos e aumentar a autonomia da leitura.

                      Não podemos deixar de referir que esta atividade nem sempre se realiza, porque alguns professores não a aceitam.

               Para concluir, a turma do 6.ºB considera esta atividade essencial para a nossa formação enquanto leitores. Sugerimos, que no próximo ano, não seja sobre “Holocausto” tema muito cruel.

A turma do 6.ºB

 

           O “10m a Ler” é uma atividade que consiste em ler todos os dias da semana, qualquer que seja a disciplina, dez minutos da obra proposta. Este projeto é dinamizado pela biblioteca da escola, que distribuiu livros por todas as turmas, adequados a cada nível de escolaridade. Começamos a ler “Os Meninos que enganavam os Nazis” e durante o confinamento passamos a ler a biografia de “Aristides de Sousa Mendes”. Este ano as duas obras escolhidas estão integradas no tema comum do “Holocausto”.

           Na nossa opinião destacamos positivamente o desenvolvimento do vocabulário e da leitura, o conhecimento da personalidade de Aristides de Sousa Mendes que ajudou a salvar milhares de judeus da perseguição nazi, a história dos irmãos Joffo que tiveram de fugir de casa, na França ocupada pelos alemães.

         Por outro lado, destacamos, negativamente, o facto de nem todos os professores cumprirem a atividade e , como cada aluno lê silenciosamente o seu livro, é mais difícil ao professor apoiar no esclarecimento de dúvidas.

              Para finalizar, gostaríamos de afirmar que esta atividade é muito interessante e deve continuar. Propomos que a leitura seja feita coletivamente e que todos os professores a respeitem.

 

A turma do 6.ºH

“Os meninos que enganavam os nazis”

 

      Ultimamente tenho lido o livro “Os meninos que enganavam os nazis”, uma história verídica sobre um menino judeu e o seu irmão a viverem num mundo nazi.

      Este livro leva-nos numa viagem que nos coloca nos sapatos de crianças que tentam sobreviver num mundo onde a sua religião é ilegal, um conceito bastante interessante. Apesar de ainda não ter lido o livro por completo, é um bom livro. Nem sempre está de acordo com o seu nome, mas é um livro bastante descritivo e ao mesmo tempo fácil de compreender, apesar de uma mão cheia de palavras francesas e alemãs.

     Um livro extremamente interessante que recomendo ao leitor desta crítica. 

 

João Barroso, n.º 14 – 6.º I

 

             

 

“Que condição é a tua Mulher/Homem do século XXI?”, no âmbito da Igualdade de Género.

 

Choque de imagens

                Ao longo da história, a definição do que é ser Mulher vem-se alterando até ao atual quotidiano. Desde cedo que a mulher tem assistido ao seu estilo de vida traçado, seguindo os costumes e as tradições da sociedade: como agir e se apresentar em público, a sua utilidade e a sua submissão à figura masculina. Apesar de, ao longo dos tempos, terem surgido diversos protestos para mudar esta condição, será que realmente houve uma mudança? Será que a mulher do século XXI é muito diferente da do passado?

               Eis uma conversa possível entre duas figuras femininas que representam realidades diferentes.

                – Somos do sexo feminino, estamos destinadas a tomar conta da casa e dos nossos filhos…

                – A tua vida vai somente resumir-se a ficar fechada em casa?

                – Bem, sim… Quando eu me casar, educarei os meus filhos. Vou cozinhar em casa e esperar o meu marido à noite.

                – E o teu futuro marido irá sustentar a tua casa, sair e fazer o que quiser?

                – O homem deve ser o chefe, deve comandar a família. A mulher deve segui-lo. O papel do homem é trabalhar e o da mulher, ficar no lar.

                – E tu? E a tua vida? E os teus sonhos?

                – O meu sonho é estudar, ser uma mulher instruída para que o homem se orgulhe de mim e possa dizer que tem uma mulher culta e com a qual possa sair sem se envergonhar. E tu? Quais são os teus sonhos?

                – Eu quero ser independente, não ser submissa a uma figura masculina, viajar pelo mundo sem que haja algo ou alguém que me prenda.

                – E os teus filhos? E o teu marido? E a tua casa? Como vais tratar disso tudo?

                – Isso é alguma meta de vida? Sou obrigada a ter tudo isso e a deixar a minha vida de lado?

                – Sim, esse é o teu dever enquanto mulher. É assim que eu vivo.

                – E és feliz?

                Com este diálogo, as diferentes mentalidades são notórias, e podemos perceber que a própria essência da mulher mudou: esta quer ser algo mais do que aquilo que é esperado dela. Mas será que isso é suficiente?

                – Sim, eu sou feliz. Tenho uma casa, tenho filhos, tenho um marido que me sustenta e me acompanha para todo o lado. Não tenho que me preocupar em ser julgada e chegar ao mesmo patamar que o homem. E tu? És feliz?

                – No que toca em seguir o meu próprio caminho, sim, mas…

                – Como assim “mas”, estando tu tão convicta dos teus objetivos?

                – Apesar de saber o que eu quero, a sociedade coloca entraves: sair à rua sozinha é assustador, principalmente à noite; em alguns sítios onde trabalhei, os homens recebem mais por serem homens; sou julgada pela roupa que eu visto; se tiver cuidado com o meu corpo, posso ser vista como um objeto sexual.

                – Isso é normal.

                – Não, as coisas não deviam ser assim! A ciência está constantemente a progredir, mas as mentalidades não acompanham essa evolução?

                – Pelos vistos, o mundo não mudou assim tanto…

                Apesar de a mulher moderna ser diferente da do passado, provocando este choque de imagens, ainda está  presente a desigualdade, o medo de as mulheres saírem à rua sozinhas. Não basta a própria mulher mudar a perceção de si mesma, mas também mudar a daqueles que contribuem para o progresso da desigualdade de género.

 

Beatriz Bensabat e Raquel Pardilhó 12ºB

 

Carta aberta a uma jovem de um século passado

Inês e Eduarda

123 Canelas, 2021

Canelas, 4410-299

                               

Maria Isabel III

Filha de um artesão local

123 Canelas, 1826

Canelas, 4410-299

Canelas, 23 de abril de 2021

     Querida Maria Isabel,

 

     Estamos a escrever-te esta carta, porque precisamos que mudes o futuro. Pelos conhecimentos que temos, as mulheres são tratadas de uma maneira bastante diferente da dos homens, e assim tem sido desde os tempos primordiais. Os homens, seres bastardos e insignificantes, julgam que têm todo o poder sobre a mulher. Julgam-nas, desrespeitam-nas, exploram-lhes o corpo e o esforço e esperam que façam tudo o que lhes é dito. Nos nossos dias, uma em cada três mulheres será vítima de violência cometida pelo parceiro. O nosso objetivo, com este texto, é provar-te exatamente o oposto.

     Ao contrário do que pensas, não tens de seguir o exemplo da tua mãe ou das tuas antepassadas. Começa a questionar a tua existência e a tua autoridade neste mundo. Para nós, no ano em que estamos, a realidade ainda não é perfeita, mas várias mulheres lutaram para nos dar tudo a que temos direito hoje. Noções como o direito à propriedade e tratamento igualitário são bastante comuns, no entanto, o esforço que houve por parte de quem contribuiu foi enorme, e apenas começamos a notar as diferenças há cerca de cinquenta anos. Foram numerosos os protestos, conflitos e divergências de ideias que nos ajudaram a chegar onde estamos.

     Nós sabemos como as mulheres da tua época são tratadas, temos consciência dos casamentos convencionais, que apenas dão importância à mulher de acordo com o valor do dote, e entendemos a pressão imposta para serem boas esposas e mães. Todos esses temas, ainda hoje, são debatidos e desmontados por aqueles que defendem os direitos das mulheres.

      Algo que também mudou foi a participação das mulheres na vida política. Se na tua era não deixarem as mulheres votarem, elas também não irão desempenhar altos cargos políticos.

     Uma das maiores transformações foi a atitude como foram tratadas as mulheres. Atualmente, é lhes prestado muito mais respeito do que em tempos anteriores, especialmente nas suas opiniões. Com essa melhoria, as mulheres começaram a tornar-se mais instruídas, portanto, também têm mais oportunidades hoje em dia.

     Tudo isto, toda esta luta, por sermos mulheres, por sermos consideradas um ser inferior. Como já referimos, a maneira de pensar mudou imenso e não para de mudar. Não sejas indiferente a toda esta ignorância e começa a prestar atenção.

 

Atenciosamente,

Inês e Eduarda

 

Carta para um “Ele” passado

                                                                                                                                        

02/04/2021

               Caro Ele, Tu, Eles, Nós

             

                Primeiro, e antes de tudo, espero que esta carta te encontre de plena saúde, pois o que tenho para te dizer, vai requerer força da tua parte para aceitar.

                Por demasiado tempo, tens oprimido a alma feminina, alma tão gentil, que mesmo na presença de todas as tuas vis atitudes, jura perante a imagem de Deus amar-te. Alma responsável pelo milagre de todos os milagres. Alma que carrega nas suas costas o peso de uma família: Alma que encerra o seu livro e vai para o céu sem nunca ter escrito uma página da sua história.

            Comecei por te mostrar que a mulher merece mais do que aquilo que tu lhe permites, mas agora faço-te um pedido, não por mim ou por ti, mas por ela, que dentro daqueles trapos que lhe ofereces tem uma princesa aprisionada. Ao invés de uma cozinha para trabalhar, dá- lhe um mundo para viver. Não lhe perguntes se fez o jantar, pergunta-lhe se fez as malas para longas e aprazíveis viagens. É verdade que todos temos de chorar de vez em quando, mas garante que as lágrimas dela são apenas de felicidade. Isto para que, no futuro, todos tenham uma casa com uma esposa feliz e uma vida de prosperidade.

                Eu, homem da atualidade, me reinvento por ti, mulher, que me ensinaste o que é sentir. Não te peço que trabalhes, apenas que me ames na mesma medida que te amo a ti, e peço desculpa, se alguma vez te fiz sentir menos do que tu és. Não digo só que te amo, mas também que te sou leal, pois lealdade é ação. Mesmo que te ame ou odeie, hei de sempre respeitar-te e ter o teu interesse em consideração.

                Termino apenas com um apelo ao “ele” ao “tu” ao “nós” e até ao “eles”: tratem melhor todas as mulheres deste mundo! Quanto a “elas”, espero apenas que uma vida de felicidades esteja à vossa frente.

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=K82ofnHzS4M

 

Trabalho realizado por: Francisco Rocha nº5 e Pedro Almeida nº11

 

 

Diálogos improváveis entre a mulher de ontem e mulher de hoje…

 Sentadas à beira-mar, três mulheres que representam diferentes épocas (passado, presente, futuro), dialogam sobre o seu papel na sociedade e refletem sobre a sua condição.

     –  Apesar da evolução do papel da mulher na sociedade, ainda temos um longo caminho pela frente… (Flávia )

     – A sério que te queixas? Eu vivo para cuidar da casa, dos meus filhos e marido. Não conheço o termo liberdade, nem tão pouco posso mencioná-lo. Estou aprisionada a esta vida.    (Marisa)

    – Esse estigma de dona de casa está realmente ultrapassado, mas olha que ainda ouço algures comentários e afirmações de que o lugar da mulher é na cozinha. Para não falar da constante objetização da mulher e dos comportamentos defensivos que somos obrigadas a adotar.  (Cátia)

   – Felizmente já não passo por isso. Hoje a mulher é livre desses estigmas. Sinto-me privilegiada enquanto falo disto convosco. Se bem que, a desigualdade salarial mantém-se.  (Flávia)

   – Sinto o mesmo. Trabalho numa empresa prestigiada de marketing e o meu colega Pimenta Machado, que ocupa um cargo inferior na organização, ganha um salário superior ao meu. (Cátia)

   –  Que blasfémia! (Flávia)

   –  Como ousam reclamar por causa de meros euros, quando nem sequer liberdade para arranjar um emprego tenho? Sou economicamente dependente do meu marido. Bem, na verdade, dependente apenas. Até para sair do país preciso da sua autorização. (Marisa)

   – Sinceramente não imagino o que é ser dependente de um homem, tenho 25 anos e não sou comprometida, nem penso ser. O meu foco, neste momento, é a minha carreira e não um casamento. (Cátia)

  – Talvez a desigualdade de género nunca chegue à sua extinção… Provavelmente,  haverá sempre algo a melhorar.  (Flávia)

  –  Sim, mas apesar das diferentes perspetivas em relação ao papel da mulher na sociedade e das diferentes épocas que nos separam, haverá sempre algo que nos une… ser MULHER!  (Marisa)

  – A vontade de mudança e o simples facto de sermos mulheres e tudo o que isso reflete.   (Todas)

 

Trabalho realizado por:

  • Marisa Santos Ferreira nº14
  • Cátia Silva nº5
  • Flávia Ferreira nº8

 

 

Ser mulher hoje! Eu, mulher me afirmo/existo!

              Há algum tempo atrás, as mulheres não tinham os mesmos direitos e deveres que os homens, sendo consideradas apenas como donas de casa.

                De facto, durante anos, tentou-se definir o que seria um comportamento esperado de uma mulher: ser o sexo frágil, maternal e sensível, sendo aquela que realizava as tarefas domésticas, cuidava da casa e educava os seus filhos. Porém, na atualidade as coisas mudaram. Felizmente, as mulheres mudaram o seu posicionamento na sociedade e passaram a desempenhar um novo papel, muito mais presente e ativo. No entanto, apesar de as mulheres terem ganho o seu espaço no mercado de trabalho e terem conseguido tantas conquistas, ainda lutam por respeito, reconhecimento e igualdade salarial. Ser independente é prescindir de uma relação de dependência com o masculino, mas para isso não precisamos de abdicar do outro, tão pouco de estabelecer uma relação competitiva ou de poder com o género oposto.

                Na verdade, ser mulher não é viver à sombra de um homem. Precisamos de nos reinventar, aprender uma nova forma de convivência com o masculino, na qual possamos somar experiências, respeitar e ser respeitadas. Todos temos as mesmas potencialidades, a mesma força interna, uma imensa riqueza criativa, a mesma competência, importância e direitos, mas somos seres de natureza distinta. Nem melhores nem piores do que os outros: apenas seres diferentes.

                Concluindo, o mais importante é que possamos entrar mais em contacto com o nosso universo interno e agir de acordo com as nossas reais expectativas e desejos, sem pressuposições preconceituosas e estereotipadas, ou ainda, sem tanta preocupação com valores e expectativas externas que, muitas vezes, não nos representam e não expressam quem somos realmente.

 

Trabalho realizado por:

Fabiana Guedes nº7; Inês Ribeiro nº10; Nádia Cunha nº16

 

 

“A juventude é uma fase da vida frequentemente associada à esperança e à vontade de mudança”.

     Efetivamente, é nos anos iniciais da vida de uma criança que esta aprende o essencial para que um dia mais tarde possa vir a mostrar-se um ser humano íntegro, preocupado com o próximo e com o bem comum da sociedade.

    A educação é um dos pilares mais importantes, se não o principal para um desenvolvimento de sucesso. Se a criança cresce no seio de uma família que não lhe ensina as regras básicas da boa educação, como o respeito e a solidariedade, como é que no futuro esta pessoa irá comportar-se com os outros?

    Outro ponto bastante importante a referir é a questão da igualdade de género.

     Hoje em dia, diz-se que vivemos numa época onde não há diferenças entre o homem e a mulher, no entanto se formos a ver bem apenas vivemos numa ilusão de igualdade.

     É verdade que, no que diz respeito aos direitos da mulher, já alcançamos e evoluímos muito, já podemos trabalhar, conduzir, escolher com quem queremos casar. No entanto, ainda temos um longo caminho a percorrer.

     De facto, não faz sentido nenhum uma mulher não poder usar decotes ou saias acima do joelho, porque sabe que assim que sair à rua vai ter olhares e “comentariozinhos” desagradáveis vindo de homens e até de outras mulheres. É meramente descabido, enquanto mulheres, termos medo de andar sozinhas na rua durante a noite. 

     Por isso, é imperativo mudar a forma como educamos as nossas crianças, visto que elas são o futuro do nosso país. Em vez de educar as meninas de que é errado responder mal, é errado usar roupa curta, que para se ser uma menina bonita é importante sorrir, deve educar-se os meninos de que não é agradável lançar piropos e realizar comentariozinhos nem achar que uma saia curta é um “sim”.

     Aprendermos a respeitar-nos mutuamente fará com que no futuro, as crianças de hoje em dia, que venham a ser donos de empresas, por exemplo, possam atribuir salários iguais pelo mesmo tipo de trabalho independentemente do sexo.

     Concluindo, é essencial o esforço das famílias para o sucesso do jovem e pensando em larga escala, para o sucesso do país.

 

Beatriz Penas, 11º B

 

Se as nossas avós nos contassem

 

Se as nossas avós nos contassem, a conversa seria assim:

“Minha neta, o que eu vivi

Nunca escolheria para mim.”

 

Começa então a recordar:

“Era eu jovem, magra pela pobreza,

Mal me conseguia levantar,

Ora com que destreza

Começaria a trabalhar?”

 

E, com a voz arrastada, continua:

“Vês esta pele enrugada?

É uma pele pouco amada.

Perdeu o brilho pelo trabalho

Que foi escolhido num baralho.”

 

Com o peito já apertado de desgosto, continuei a ouvir, fixando o seu rosto:

“Ainda me lembro das noites passadas

A derramar lágrimas desvalorizadas,

E dos dias em que fui esquecida e sofri

Mas perante os outros sempre sorri.

Desejei a liberdade de falar

Mas mesmo que falasse não seria ouvida

Por isso limitei-me a sonhar

Na minha realidade escondida.”

 

Foi aí que os meus olhos falaram, não consegui evitar. Pensei na liberdade, na felicidade roubada e decidi questionar. Não havia muito a dizer, a vida passara a voar.

“Fui forçada a amar,

Fui forçada a sofrer,

Fui forçada a casar

Sem nunca poder viver.

Por isso peço-te que aproveites essa liberdade

E esse direito que tens à tua própria opinião,

À tua própria dignidade,

E o direito à expressão.”

 

A chorar, vi que ela é corajosa, foi uma guerreira e como hoje é bondosa,  derruba qualquer barreira.

“O meu passado não consigo esquecer

Pois com ele pude crescer.

E um dia quase desisti

Mas levantei-me e venci.”

 

E assim sofreríamos na imaginação.

Ai! Se as nossas avós nos contassem…

 

 

Trabalho realizado pelas alunas do 12ºB:

Jéssica Coutinho, nº10;

Marta Alves, nº15;

Renata Lencastre, nº19

 

 

 

 

 

 

 

Identidade de género: a MULHER na literatura

Diálogos improváveis entre a Mulher de Ontem e a de Hoje

Inspiradas no tema proposto “Diálogos improváveis entre a Mulher de Ontem e a de Hoje”, decidimos escrever um diálogo entre Carolina Beatriz Ângelo, a primeira mulher votante em Portugal, e duas alunas inquietas com a crescente despreocupação com a política nacional e consequentes elevadas taxas de abstenção juvenis.

Alice – Reparaste na taxa de abstenção das últimas eleições presidenciais?

Cátia – Eu vi, mais de 60%, um absurdo. Foi a maior taxa de abstenção de sempre em eleições presidenciais!

Alice – Honestamente estava à espera de pior, mas o valor acabou por ser muito elevado.

Cátia – A sério que não percebo como é que ainda existem pessoas que defendem que votar “não vale a pena”, pois “vai dar tudo ao mesmo”.

Alice – Mais preocupante ainda é quando são jovens que partilham essa mentalidade. Nestas eleições presidenciais, por exemplo, a grande maioria do grupo que não exerceu o seu direito de voto foram jovens portugueses.

Cátia – Que vergonha. 

Carolina – Se fossem meus netos viam o que era bom para a tosse!

Alice – Ah, quem falou?

Carolina – Carolina Beatriz Ângelo, muito prazer.

Cátia – Quem é a senhora?

Carolina – Médica, republicana e sufragista, não vos diz nada?

Alice – Foi a primeira mulher a exercer o direito ao voto em Portugal!

Cátia – Aproveitando uma falha no texto da lei. A senhora é genial, deixe-me que lhe diga.

Carolina – Teoricamente, não se tratava de uma falha, o código eleitoral da época determinava o direito de voto a “todos os portugueses maiores de 21 anos, residentes em território nacional, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família”, ora eu, em 1911, uma mulher alfabetizada, com os seus 32 anos, com formação superior e, que sendo viúva, me tornava chefe de família, reunia todas as condições necessárias para votar. O problema surgiu pelo facto de ser mulher, a sociedade machista da época não tolerava uma mulher independente, quanto mais uma votante, mas uma vez que a lei não especificava que apenas os cidadãos do sexo masculino tinham capacidade eleitoral, e que eu preenchia todos os outros requisitos legais, nada puderam fazer para me impedir de exercer o meu direito de votante.

Alice – Uma das primeiras grandes vitórias para o feminismo nacional.

Carolina B. A.  – Ora nem mais. Preocupa-me é que a minha batalha tenha sido em vão…

Cátia – Pois, efetivamente o seu esforço não é sequer conhecido por muitos…

Carolina B. A. – Não faço caso de receber nenhum tipo de fama ou troféu pela minha luta, até porque, mais do que uma conquista individual, tratou-se de um triunfo coletivo feminino. O que acho que muitos jovens não percebem, é que para hoje eles terem o privilégio de votar, muitas outras personalidades corajosas tiverem que se impor também. 

Alice – O direito do voto, torna-se, portanto, muito mais do que um direito, trata-se de um dever cívico-social, certo?

Carolina B. A. – Justamente!

Cátia – Eu falo por mim, a política às vezes torna- se um bicho de sete cabeças para os adultos, pudera para a juventude. 

Alice – É verdade, é um assunto tão interessante e importante como complicado, daí para muitos jovens ser um tópico pouco cativante, chegando até a ser maçudo. 

Carolina B. A. – Admito que assim o seja, mas esse desinteresse começa pelo facto de muitos não saberem exatamente, por exemplo, a importância e o poder que o simples ato de votar pode ter. É fundamental sensibilizar e informar os jovens para a importância de participar nos atos de cidadania e valorizar os processos democráticos.

Cátia – Isso é possível?

Carolina B. A. – Claro que sim, podemos começar por criar programas de educação política nas escolas, por exemplo. 

Alice – Uma ótima ideia! A escola não auxilia apenas no desenvolvimento de alunos com competências educacionais para integração no mundo de trabalho, mas também apresenta um papel essencial no processo de formação de cidadãos ativos e socialmente responsáveis.

Cátia – Exato! Já o ministro da educação defendia que a escola é indispensável na criação de “sociedades livres, democráticas e sustentáveis”.

Carolina B. A. – Precisamente. Com estas bases, os jovens percebiam que a política envolve tudo e todos à nossa volta e determina quase tudo o que diz respeito à nossa vida em sociedade.

Alice – Destruímos, também, portanto, o preconceito de a política ser muito distante e inacessível para a maioria, que se encontra somente na mão dos grandes órgãos de poder, dos partidos políticos ou de algumas elites.

Cátia – E enquanto extinguimos o desinteresse geral dos jovens na política, enquanto lhes dávamos igualmente um espaço livre, seguro e acessível para compreenderem e debater o que é afinal a política, e qual o papel dos jovens no cenário político nacional.

Carolina B. A. – Até porque todos os cidadãos devem ter o direito de conhecer o cenário político nacional e tudo o que implica a atuação ativa política para o seu país.

Alice – Desta forma poderíamos diminuir drasticamente a iliteracia política, e, com isso, obter jovens (votantes) mais conscientes e ativos para com a política. Tantas vantagens reunidas num só projeto, incrível!

Alice – Foi um privilégio conhecê-la!

Cátia – Digo o mesmo, tirou-nos esta preocupação de cima!

Carolina B. A. – Ora essa, o prazer foi todo meu, meninas!

 

Alice Baião Nº1, 11ºC

Cátia Santos Nº9, 11ºC

 

Links que nos auxiliaram na escrita deste texto:

https://www.parlamento.pt/Parlamento/Paginas/Carolina-Beatriz-Angelo.aspx

https://www.jn.pt/nacional/e-preciso-agir-urgentemente-junto-dos-jovens-para-combater-abstencao-10950828.html

https://sicnoticias.pt/programas/1525/2020-11-17-1525.-O-desinteresse-na-politica

A importância da leitura!

 

              Ler bem é muito importante, por isso começamos um concurso de leitura dentro da turma. Tem servido para nos incentivar a ler, depois de alguns meses de ensino à distância em que, por vezes, os problemas de som e imagem que aconteceram, dificultaram a prática desta atividade.

             Este projeto lançado ao longo do 3º período divide-se em três etapas. Nós, os alunos escolhemos o texto de uma determinada unidade do livro e selecionamos uma pequena parte que iremos estudar (lendo e relendo, em silêncio e em voz alta) para apresentar à turma, sendo depois avaliada pela professora.

             Na nossa opinião, a ideia de treinar a leitura é fundamental para que possamos ler, falar e escrever melhor. No entanto, há alguns alunos que por preguiça e pouco empenho nos seus trabalhos escolares não dão a devida importância a esta atividade, dificultando o seu desenvolvimento e aprendizagem.

          Este concurso ajuda-nos a ler com mais entoação, ritmo, expressividade, melhor dicção, a respeitar a pontuação, a projetar melhor a voz, em suma a perceber melhor o que lemos.

            Em síntese, a leitura é importante e deve fazer parte do nosso crescimento e da nossa vida. Ler é viajar para outras aventuras e viver outras experiências e outras ”vidas” inesquecíveis!

 

 Texto coletivo 6ºG