Arquivo mensal: Março 2018

DIA 8 DE MARÇO?!!!

Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas.

Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, deflagrara um incêndio. Cerca de 130 mulheres morreram queimadas!

Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de março como “DIA INTERNACIONAL DA MULHER”. De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.

PORQUÊ CELEBRAR?

  • Chamar a atenção para o papel e dignidade da mulher;
  • Contribuir para uma efetiva tomada de consciência sobre o valor da mulher como ser humano;
  • Compreender o seu papel na sociedade;
  • Contestar e rever preconceitos e limitações impostos à mulher.

 SABIAS QUE…

 […]

Ensinavam-me e eu aprendia:

                  “O homo faber; o homo sapiens; o homem é um animal racional; os homens descobriram o fogo; os homens da pré-história; o homem é um animal religioso; os patriarcas; Deus é pai; os faraós; o homem é um animal social; os filósofos gregos; os imperadores romanos; as eternas aspirações do homem; os guerreiros, os cavaleiros; os soldados, os marinheiros; os descobridores, os aventureiros, o homem da renascença; o homem tem sede de conhecimento; os físicos, os matemáticos; os homens lutam pela sua liberdade; os homens e a sua angústia vivencial; os operários, os capitalistas; os homens fazem o progresso técnico; os homens do governo; a declaração dos direitos do homem; os homens da imprensa; os homens lutam pelo poder; a exploração do homem pelo homem; milhões de homens morreram na guerra; os homens de boa vontade; a arte é uma necessidade do homem; o homem face à natureza…”

                  Um dia, perguntei:

— ONDE ESTÃO AS MULHERES?

Explicaram-me primeiro que as mulheres têm ficado quase sempre em casa, fazendo filhos e tricot; explicaram-me depois, com a grande paciência com que sempre fui tratada, que, quando se dizia homem, as palavras deviam ser vistas com maiúsculas, Homem, e se pretendia com isso significar “ser humano”, e todas as importantes coisas com ele relacionadas.

— Mas por que ficaram as mulheres em casa? E por que desaparecem elas nessa sombra linguística? — Perguntei várias vezes, sem que me dessem resposta.

Noutro dia, ou mais precisamente, numa tarde de sol da minha adolescência meditativa, escrevi um poema:

“Eu quereria conquistar as palavras…”

Seguiam-se os vários fins e propósitos que eu destinava às palavras que eventualmente conquistasse.

Só muito mais tarde me apareceu a estranheza da forma condicional do poema. Não me passara pela cabeça dizer “eu quero…”. Tão longínquas me pareciam as possibilidades de ação e escolha que eu remetia a minha vontade para a expressão de um devaneio.

Crescida, adulta, meu filho, pequeno, perguntou-me:

— Mãe, é verdade que são os homens que fazem tudo?

A História dos homens está nos livros, mas a história das mulheres é só decifrável ao longo de cada vida.

Maria Isabel Barreno

ANTIGAMENTE…

  • As primeiras eleições em que as portuguesas adultas puderam votar sem restrição aconteceram a 25 de abril de

ARQUIVO DIÁRIO DE NOTÍCIAS

  • O Código Civil de 1966 estabelecia que os maridos tinham o direito de abrir a correspondência das mulheres

(hoje é equivalente a terem acesso à password do computador e do telemóvel para cuscar/bisbilhotar à vontade). Esta lei só caiu em 1976.

  • Os maridos detinham a autoridade sobre as mulheres e seus bens, que podiam administrar como entendessem.
  • Cabia aos maridos autorizar ou não que as esposas tivessem determinadas atividades profissionais.
  • Os maridos decidiam unilateralmente sobre a educação das crianças;
  • A mulher tinha apenas o direito “de ser ouvida”, cabendo-lhe, por lei, “o governo doméstico”.
  • Na Constituição de 1933 afirmava-se que não havia distinção entre as pessoas em função do sexo, mas logo a seguir acrescentava-se: “salvas, quanto à mulher, as diferenças resultantes da sua natureza e do bem da família.” 
  • As telefonistas, enfermeiras, hospedeiras da TAP e funcionárias do Ministério dos Negócios Estrangeiros não podiam casar e as professoras precisavam de autorização especial;
  • O Ministério da Educação proibiu as professoras de usar maquilhagem e indumentária que não se adequasse à “majestade do ministério exercido”;
  • As professoras só podiam casar com a autorização do Ministro, concedida apenas desde que o noivo demonstrasse ter “bom comportamento moral e civil” e meios de subsistência adequados ao vencimento de uma professora;
  • O acesso às carreiras da magistratura e da diplomacia estava interditado às mulheres;
  • Em 1932, em todos os manuais de leitura estava incluída a seguinte frase: “Na família, o chefe é o pai; na escola, o chefe é o mestre; na igreja, o chefe é o padre; na Nação, o chefe é o governo.”
  • Salazar declarava:Nos países ou nos lugares onde a mulher casada concorre com o trabalho do homem (…) a instituição da família, pela qual nos batemos, como pedra fundamental de uma sociedade bem organizada, ameaça ruína.”

“Portugal é um país conservador, paternalista e – Deus seja louvado – atrasado, termo que eu considero mais lisonjeiro do que pejorativo.”

  • Em muitas localidades, quando uma mulher morria os sinos dobravam menos vezes do que quando era um homem.
  • Na Constituição de 1976, o artº 13º estabeleceu que todos são iguais perante a lei.
  • Na Constituição de 1976, o artº 36º estabeleceu que os cônjuges tinham direitos e deveres iguais no casamento e que os filhos nascidos fora do casamento não podiam ser objeto de discriminação.

HOJE…

  • Embora, em ambos os sexos, as gerações mais jovens sejam bastante mais escolarizadas, no caso das mulheres, corresponde ao triplo;
  • As raparigas abandonam muito menos a escola em idades precoces que os rapazes;
  • As mulheres já são a maioria dos diplomados no ensino superior;
  • Em termos estatísticos, em certas profissões que, no passado, foram maioritariamente preenchidas por homens, como a medicina, a magistratura ou a advocacia, as mulheres estão em maior número.

MAS

  • No mercado de trabalho, ainda não há igualdade: para idênticas qualificações, as mulheres recebem, em média, menos do que os homens, em especial nas posições mais qualificadas.
  • Na esfera doméstica, ainda é sobre as mulheres que recaem os principais deveres e obrigações com a casa e no acompanhamento dos filhos pequenos.

Ser mulher é ser corajosa e lutadora, é ter o poder de transportar a humanidade no ventre!

Bruna Pinto (12º A)

Especialmente hoje, é de realçar a importância de perpetuarmos esta luta pela igualdade de direitos para que nenhuma pessoa, seja de onde for, cresça com a crença de que ser mulher a diminui.

 Joana Oliveira (12º A)

  • Mulher do passado!

Provavelmente, acharás estranho que te escreva, uma vez que o teu tempo nada tem a ver com o meu, ainda que eu consiga ver algumas semelhanças: violência doméstica; assédio sexual; diferenças salariais; sobrecarga de trabalho doméstico…

Rita Rodrigues (12º A)

  • Que é a mulher neste mundo, senão um ente privilegiado para quem as leis repressivas são uma injúria?

Camilo Castelo Branco (pesquisa de Inês Gonçalves – 12º A)

  • Ser mulher é chorar as dores do mundo e, em instantes, sorrir um sorriso de criança!

André Fernandes (12º A)

  • As mulheres passaram de simples donas de casa, sem poder de decisão nem opinião, a membros ativos da sociedade… grandes passos para um mundo igualitário. Por estas e outras conquistas, proponho um brinde à mulher!

Gonçalo Ferreira (12º A)

  • É Dia da Mulher,

É Dia de felicidade,

É a vitória de uma luta infinita!

Mulheres de todo o mundo, sorriam!

Para celebrar este dia foi preciso reconhecer…morrer… renascer…

A todas… feliz Dia da Mulher!

Cristiano Teixeira (11º C)

 

  • Ser Mulher é a beleza da arte!

Rute Lopes (11º C)

 

  • As mulheres são o sol e são a lua, cujo brilho permanece eterno, mesmo quando as nuvens mais escuras insistem em apagá-lo…

Bruna Araújo (11º C)

 

  • Uma mulher constrói o que os outros acham impossível… a resiliência é uma tática de sobrevivência que as mulheres ancestrais dominavam!

Joana Sousa (11º C)

  • Ser mulher é ser diferente

Perceber a magia da igualdade

É ser única e forte.

É vencer a tristeza facilmente!

 

Ser mulher é ter garra

É lutar e persistir

É apaixonar-se pela vida,

É não deixar o amor fugir.

 

É marcar a História,

Cair, mas não em vão.

É levantar um exército,

Trazer a diferença no coração!

Sara Freitas (11º C)

 

  • Mulher

Ser

Corpo

Alma

Parto

Calma

Ser mulher é ser igual, sem deixar de ser diferente.

Cátia Coutinho/Patrícia Menezes (11º C)

  • Parabéns pela tua coragem, firmeza e determinação nessa luta interminável pela igualdade e pela aceitação do teu ser! … és hoje modelo de valentia, perseverança e destemor…! Alcançaste um patamar espantoso, conseguiste muito daquilo a que aspiraste, mas ainda não cruzaste os braços.

Afinal, como será o teu amanhã?

Tatiana Mota (11.º D)

Sincera

Encorajadora

Realista

 

 

Modesta

Única

Lutadora

Honesta

Esforçada

Romântica

 

É viver intensamente!

  • Ser mulher é ter de se impor o tempo inteiro, para que tudo se torne verdadeiro.
  • Ser mulher é ser protetora, sempre justa e cumpridora.
  • Ser mulher é viver tudo, pois tem o coração aberto e puro.
  • Ser mulher é amor, mas também é dor!

Ana Lopes (11º B)

Fabiana Oliveira (11º B)

 

Toda a mulher quer ser amada.

 Toda a mulher quer ser feliz.

 Toda a mulher quer ser princesa.

 Toda a mulher quer ser cuidada.

 Toda a mulher quer ser forte.

 Toda a mulher quer ser diferente.

 Toda a mulher quer ser acarinhada.

 Toda a mulher quer ser perfeita.

 Toda a mulher quer ser independente.

 Toda a mulher quer ser respeitada.

 Toda a mulher é imprescindível!

 

Edgar Martins (11ºB)

Hélder Campos (11ºB)

Tiago Teixeira (11ºB)

  

“Quem exige o silêncio da mulher não pode ser seu amigo”

                   Alice Walker

“O homem é uma mulher imperfeita”

            Elizabeth Gould Davis

 

“Não se nasce mulher. Torna-se mulher”

 Simone de Beauvoir

(Pesquisa de Joana Costa, 10.º A)

“Na Senda dos Contos”- Partilha de leituras

No dia 19 de março, pelas 11h10, a turma 9ºB assistiu, na biblioteca, a uma apresentação de dois livros (“Tudo, tudo e nós” de Nicola Yoon; “Metamorfose” de Kafka) escolhidos por alunas do 9ºA.

Esta atividade permitiu a troca de experiências de leitura e certamente conseguiu despoletar o desejo de ler!

Gostei da apresentação“ de Tudo, tudo e nós” de Nicola Yoon! Despertou a minha curiosidade e o desejo de o ler! Fiquei surpreendida com o fim da história…

(Ana Oliveira , 9ºD)

Os livros despertaram o meu interesse! Gostei muito das apresentações!

(Beatriz Augusto, 9ºD)

Gostei das apresentações das alunas, principalmente sobre obra “Tudo, tudo e nós” porque me despertou a vontade de ler e saber mais sobre o livro.

 (Beatriz Loureiro, 9ºD)

Gostei muito da apresentação de “Tudo, tudo e nós”, pois o tema do “Amor” é abordado de uma forma surpreendente. Quanto ao livro “Metamorfoses”, apreciei o tema controverso: o respeito pela diferença.

(Jéssica Coutinho, 9ºD)

 Fiquei interessado na leitura do livro “Metamorfose” cujo tema é a aceitação das diferenças…

(Tiago , 9ºD)

Gostei muito das apresentações das colegas Sofia e Daniela. Contudo, preferi o livro “Tudo, tudo e nós”, pois despertou-me a atenção o comportamento da mãe que não ultrapassou a morte do marido e do filho…Um livro sobre o amor, sem dúvida…

(Sara Sousa, 9ºD)

Teatro em Alemão – Dia do Agrupamento

No dia 23 de fevereiro de 2018, dia do Agrupamento de Escolas de Canelas, as luzes acenderam-se sobre o palco do grande auditório da escola-sede, onde os alunos do 11ºC, que estudam Alemão, representaram a peça “Die Bremer Stadtmusikanten”.

Esta peça, adaptada de um conto tradicional alemão, escrito pelos famosos irmãos Grimm, conta-nos a história de quatro animais que, pela sua velhice, aos olhos dos donos já são inúteis e em consequência disso são abandonados. Graças ao trabalho de equipa, estes animais são capazes de escapar de situações perigosas e resolverem a sua futura vida em conjunto.

A  peça, adaptada por Patrícia Menezes e Cátia Coutinho, foi um espetáculo cheio de luz, cor, música e muitas gargalhadas à mistura fazendo a delícia do jovem público constituído por alunos do 4.º e 6.º anos.

Os alunos do 11.º C estão de parabéns, pois conceberam e montaram esta peça desde a construção do texto aos cenários, luz e som, demonstrando sempre  grande entusiasmo e camaradagem.

 Es war toll!

Beatriz Silva, 11.º C

Dia do Agrupamento – Workshop de Alemão

    No dia 23 de fevereiro de 2018 realizou-se o dia do Agrupamento na nossa escola, com inúmeras atividades, entre as quais um Workshop de Alemão.

    Este Workshop foi dinamizado pelos alunos da turma B, do 10.º ano, e realizou-se das 11h30 às 13 horas. O objetivo deste workshop era divulgar esta língua estrangeira e motivar os alunos de 9.º ano a escolherem alemão no próximo ano letivo.

    Antes de recebermos os nossos colegas, decorámos a sala que nos foi destinada com cartazes, postais, bandeiras e outros materiais alusivos à Alemanha, tornando, assim, o ambiente mais acolhedor.

    Duas turmas de 9.° ano visitaram o nosso espaço, aí realizaram várias atividades: o jogo Kahoot, que tinha como objetivo responder a perguntas sobre aspetos geográficos, culturais e linguísticos da Alemanha e países de expressão alemã; cantar uma canção em alemão; fazer uma sopa de letras com a temática do vestuário e, por fim, jogar ao bingo aprendendo os numerais cardinais.

    Apenas duas turmas visitaram a nossa sala temática, mas esperamos que tenham ficado agradados com o nosso entusiasmo.

    Esta iniciativa foi muito positiva e esperamos que os alunos que nos visitaram se sintam encorajados a aprender a língua alemã, caso optem por Línguas e Humanidades no próximo ano letivo. Viel Glück!

                                                                                         Vitória Campos, 10.º B

Carta

Portugal, 23-02-2018  

Olá Rita!

Tu e o tio estão bem? Espero que sim. Escrevo-te na tentativa de te transmitir o que foi o nosso ”Dia do Agrupamento”. 

            Antes que me esqueça queria definir o que é o “Dia do Agrupamento”. ”Dia do Agrupamento” não é um dia como os outros, nesse dia nós não temos aulas e a nossa comunidade educativa reúne-se. Mesmo assim temos, de manhã um horário a cumprir mas para compensar, à tarde, podemos participar nas atividades que quisermos. Logo às 08:30 da manhã é nosso dever estar à porta da sala para esperar um professor que vai ser “o nosso guia” se me permites dizer. Assim o fizemos, à hora marcada estávamos todos reunidos, prontos para a primeira atividade do dia: o karaoke de inglês.

            De seguida, fomos para a sala de informática programar um robô.

            No fim fomos para a próxima atividade que por acaso foi a que eu mais gostei: O Quiz de História e Geografia de Portugal, em que tivemos de responder a várias perguntas, a nossa turma ficou em terceiro lugar. Quando acabámos fomos pintar com marcadores e lápis de cera dois grandes painéis.

De seguida, fomos ao concurso de Leitura, nós ficamos em primeiro lugar. Finalmente, chegou a horado almoço e nós devoramos a comida. Para gastar as energias que ganhámos ao almoço fui assistir aos Jogos sem fronteiras, apoiando a minha turma, que ficou em quarto lugar…

                                                              Despeço-me com bjs e xi-coração                                     Beatriz!

Beatriz Barros Duro   5ºC