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Biblioteca com projeto financiado pela RBE

Em virtude de ter visto aprovada a sua candidatura ao projeto “Todos juntos podemos ler” da Rede de Bibliotecas Escolares, a biblioteca escolar irá receber um apoio financeiro de 2600 euros destinado à aquisição de tablets e livros. Este projeto é de dois anos e destina-se a apoiar a implementação de programas inclusivos de leitura, dirigido a um grupo de 40 alunos e apoiado por diversas estruturas/projetos do nosso agrupamento.

A escola fez-se representar na entrega dos certificados em Lisboa, no passado dia 20 de março, no encontro da RBE de apresentação das candidaturas de 2019.

Esta candidatura pretende dar um contributo decisivo à ação da biblioteca escolar na promoção da escola inclusiva e para o desafio que lhe é atribuído no domínio da leitura no agrupamento. Assume-se como um projeto de leitura para TODOS, com ações contínuas e regulares, em que a biblioteca escolar é promotora de atividades para alunos com insucesso escolar e para alunos oriundos de outros países com dificuldades de aprendizagem e inclusão.

A biblioteca escolar, em articulação com os docentes das disciplinas e conselhos de turma, pretende intervir de um modo contínuo e sistemático na promoção da competência leitora, como resposta à diversidade das necessidades e potencialidades de todos os alunos incluídos no projeto, e que se traduza na capacidade de mobilização e integração dos saberes disciplinares, em contextos de inclusão e de exercício da cidadania.

“O MONSTRO DAS CORES” na Escola EB1/JI de Ribes

O MONSTRO DAS CORES” (de Anna LLenas) foi a obra escolhida na Escola EB1/JI de Ribes para explorar de forma lúdica-pedagógica as emoções dos seus alunos.(fotos)

O livro conta a história do “Monstro das Cores” : Tristeza (azul), medo( (negro), raiva (vermelho), calma (verde), alegria (amarelo), amor (rosa). O Monstro, todo colorido, sente-se confuso com tantos sentimentos e cores. Então, a sua amiga explica-lhe o que significa estar triste, estar alegre, ter medo, estar calmo e sentir raiva.

As docentes pretendiam através desta história usar “O Monstro” como “exemplificador de emoções”, levando os alunos a perceberem as emoções que costumam vivenciar e/ou evidenciar.

Assim após exploração da obra, desenvolveram-se atividades que permitiram aos alunos falarem dos seus sentimentos positivos e negativos. 

Para os mais pequeninos, uns “potinhos” das emoções foram criados para que cada criança pudesse colocar as frases representativas dos seus sentimentos e preocupações (foto).

Cada criança possui um caderno onde pode desenhar e representar um momento, um sentimento que o preocupa. (foto)

As restantes turmas uniram-se na elaboração de um placard. O “Monstro” e os seus “Filhotes” foram “alimentados” com os medos, sentimentos e preocupações das crianças.

Todos estes trabalhos conjugaram-se com outras atividades que desenvolveram a expressão oral e escrita.

Assim este recurso de educação emocional, permitiu diminuir alguns problemas de disciplina, aumentar a motivação e melhorar as relações dos alunos.

“Educar a mente sem educar o coração não é educação em absoluto” Aristóteles

Poetas à solta

Os alunos do 2º Ciclo da turma C do 6º ano (Henrique, Lara, Catarina, Beatriz Duro, Leonor e Alexandra) e as alunas Sara e Tatiana do 12º ano transformaram-se em poetas no dia 20, a propósito da celebração do Dia Mundial da Poesia. Ao longo de toda a manhã, deambularam por todas as salas de aula dos diferentes níveis e ciclos de ensino, apresentando-se como poetas (Almada Negreiros, Fernando Pessoa e Florbela Espanca), declamando poesia e apresentando esses extraordinários poetas portugueses. E Portugal, sem dúvida, é um país que produz grandes poetas… Tudo em prol da poesia e do prazer de ler e escrever!

Um agradecimento aos alunos e aos respetivos professores que prepararam cuidadosamente esta atividade em articulação com a biblioteca escolar.

 

Erasmus+ na escola

A nossa escola recebeu, entre os dias 15 e 18 de março, vários grupos de alunos de várias nacionalidades.  Esta segunda mobilidade do projeto Erasmus+, no âmbito de consciencializar e alertar para o problema do vandalismo, as suas causas e soluções, trouxe à nossa escola alunos e professores da Alemanha, Itália, Polónia e Grécia.

O jantar de receção, realizado na noite do dia 15, foi possível com o apoio dos alunos de restauração, que colocaram as suas aprendizagens em prática para proporcionar um jantar agradável a todos os convidados.

Nos dias que se seguiram, o problema do vandalismo foi apresentado de acordo com factos de cada uma das nacionalidades e, posteriormente, discutido, contando com a participação de agentes policiais, artistas e académicos especializados no assunto, os quais, após apresentarem as suas experiências, pontos de vista e dados, responderam a questões e participaram na partilha de ideias.

Foram feitas também caminhadas ao longo das ruas e visitas pelos locais mais importantes e relevantes do Porto e de Gaia. Entre estes locais, destacam-se a Torre dos Clérigos, a Sé do Porto e a Livraria Lello. Durante todos estes percursos, os nossos visitantes demonstraram-se interessados e surpresos com a beleza das nossas cidades e a

simpatia das nossas pessoas, tendo também experimentado alguns pratos tradicionais portugueses que não desiludiram.

No fim destes longos dias de exploração, aprendizagem e contacto com novas culturas, esta mobilidade acabou com um jantar especial de tema medieval. Apoiados, mais uma vez, pelos alunos de restauração vestidos a rigor, este jantar contou com comida adaptada ao tempo medieval, acompanhado de danças e cantorias.

 

Érica Silva, 11.º B

FALHÁMOS!

 

Hoje falhámos!

Hoje, dia 15 de março, os nossos alunos, os nossos jovens precisaram de nós e nós, com as nossas preocupações triviais, absorvidos no nosso mundo individual, nem nos apercebemos… alheámo-nos e ignorámos o seu despertar climático!

Hoje aconteceu algo inusitado e inédito nas nossas escolas, nas nossas cidades: os nossos jovens fizeram greve para marcharem unidos contra o curso imparável das alterações climáticas, exigindo medidas sérias e concretas para mitigar esta calamidade mundial.

Perdemos a oportunidade de os incentivar nesta luta que, afinal, é pelo futuro de todos. Apesar de ter sido uma greve amadurecida ao longo de várias semanas, de ter sido “postada” nas redes sociais, de ter ignorado fronteiras e nacionalismos vazios, não dinamizámos qualquer atividade pedagógico-didática nas nossas escolas, não incentivámos os nossos alunos a participar ativamente neste movimento cívico. Assobiámos para o lado, desvalorizámos a importância do assunto, não acreditámos neles, na seriedade da sua luta, desmarcámo-nos com pensamentos e afirmações ao gosto dos “velhos do Restelo”: “eles não querem é ter aulas”, “eles querem é passear”, “eles faltam, mas ficam a dormir”. 

Quando precisamos dos nossos alunos para concretizarmos as mil e uma atividades que, histericamente, promovemos na escola, quando lhes pedimos para cantar, ler, dançar, jogar, representar, tocar, pintar, construir, cozinhar, quando lhes pedimos que carreguem, que arrumem e que limpem, eles correspondem, participam, empenham-se e enchem de alegria e de poesia os átrios, os campos de jogos, os auditórios e as salas, contagiando-nos e, quantas vezes, afagando os nossos egos inseguros e acomodados.

Quantas vezes acusamos os nossos alunos de serem passivos, de viverem acomodados, de não agirem, de não terem objetivos, de não se preocuparem com o futuro, de não lutarem por causas sociais, políticas ou ambientais? Afinal, não é essa a lição que temos tentado transmitir aos nossos jovens? Não queremos que tenham espírito crítico? Não ensinamos a cidadania?

Hoje falhámos, porque não estivemos ao lado deles, não os incentivámos a participar, não defendemos aqueles que, apesar de querem participar, não puderam faltar às aulas ou porque não tiveram coragem ou porque não estavam devidamente esclarecidos ou ainda porque os pais ainda não conseguiram ultrapassar a conceção redutora da escola, confinada às quatro paredes da sala de aula.

Hoje, dia 15 de março, os nossos alunos, os nossos jovens precisaram de nós e nós, como numa sexta-feira igual a todas as outras, agimos rotineiramente, entrámos na sala de aula sem nos apercebermos de que os alunos ausentes estavam a fazer História, estavam a lutar pelo futuro de todos nós!

Clara Faria