Micropedagogia “Ativar os sentidos”

 

Na aula de português do 6ºC, os alunos foram convidados a alterar a planta da sala de aula, retirando mesas e cadeiras para criar um espaço central livre.

Depois sentaram-se no chão e ficaram à espera de “Ativar os sentidos”, fechando os olhos para ouvir “ A primavera” de Vivaldi e inalar diversos cheiros (casca de pinheiro, folhas de eucalipto, alfazema, limão, água de rosas…). Depois riscaram num papel palavras…descrição, conto…

O resultado foi este…

No outono, nas florestas de eucaliptos consegue-se sentir o cheiro das folhas caídas no chão onde a terra está molhada.  As árvores já quase despidas, as bolotas caídas no chão, rodeadas de arbustos e de folhas de várias cores. O terreno quase plano, tem agora poças de água que formam riozinhos que acabam noutras poças.

As flores desaparecem, deixando a floresta só com árvores e arbustos. Ao fundo tem uma lagoa, não é grande nem pequena. Na água, as folhas boiam e são levadas pelo vento.

 

Uma grande aventura

Tudo era lindo, olhei à minha volta, e senti-me uma sortuda por ter uma oportunidade tão grande como esta, quem diria uma criança como eu numa floresta tão linda!

Ouvia-se o som dos pássaros a cantar, os passos delicados dos coelhos medrosos, que por ali passavam, o som das águas de um pequeno riacho ali existente… Para não falar dos cheiros que criavam um ar ainda mais maravilhoso por causa daquelas plantas, das rosas erguidas que davam cor à floresta, dos eucaliptos que marcavam a sua presença, balançando ao sabor do vento. Existia, ainda, um odor apimentado como quando cheiramos menta.

Estava contentíssima até que ouço um grito, parecido com um papagaio:

– Beatriz, levanta-te da cama! Senão chegas atrasada à escola!

 

Uma caça perdida

 Era um bonito dia de primavera, no séc. XIX, e eu e os meus homens íamos sair para caçar. Enquanto andávamos pela floresta, comecei a sentir uns odores fortes de plantas, não sei explicar.Continuámos até que avistámos um puma e decidimos que seria ele a nossa vítima. Aproximámo-nos do animal muito devagar, mesmo muito devagar. Cercámo-lo, pegámos numa espingarda e mirámos nele. Pum! Ouviu-se na floresta inteira. Falhámos por pouco e voltámos para casa sem nada.

 

Cheiros inesquecíveis

Passeava pelo bosque e comecei a sentir uns cheiros cativantes, de tal forma que me senti obrigada a ir ver de onde vinham. O primeiro fez-me lembrar um grande e perfumado eucalipto. O segundo lembrou-me flores coloridas e cheirosas. Mais à frente, surgiram uns arbustos que tinham umas folhas verdes, cujo cheiro era indecifrável.

 Era um bosque lindíssimo. Tudo parecia perfeito à minha volta: cores vivas e variadas, plantas com diversos odores, muito agradáveis. Era como se estivesse em casa, como se o bosque me quisesse ali, bem como a todos os outros animais, pássaros, esquilos, borboletas…

Tudo era magnífico e fascinante!

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