Arquivo mensal: Novembro 2018

Máscaras Sociais

 

Nos dias de hoje, grande parte de nós evita dar-se a conhecer aos demais, refugiando-se em máscaras.

 Assim, já todos nós encarnamos uma personagem que pouco tem a ver connosco. É confortável escondermo-nos atrás daquilo que queremos que pensem de nós, salvaguardando, inconscientemente, os nossos pontos fracos, as nossas fragilidades.

Contudo, frequentemente acabamos por viver limitados, presos à máscara que criámos. A meu ver, é muito mais vantajoso apresentarmo-nos como realmente somos, sincera e genuinamente. Desta forma, não vivemos condicionados, presos à personagem que tentamos interpretar.

Em suma, embora existam casos em que sentimos serem necessárias as máscaras, devemos evitá-las para não vivermos preocupados com a possibilidade de estas caírem ou de se colarem demasiado ao nosso rosto.

Carolina Dias, nº 7, 12º A

 

Todos sabemos o quão difícil pode ser mostrarmo-nos aos outros na nossa essência, sem nos escondermos em máscaras sociais.

Ao vivermos em sociedade, temos presente a necessidade constante de estar em contacto com outras pessoas, partilhar opiniões, vivências e, muitas vezes, sentimentos, e, portanto, sentimos a necessidade de nos protegermos de forma a nos sentirmos incluídos, compreendidos e, inclusivamente, aceites.

 No entanto, apesar das chamadas máscaras sociais nos proporcionarem essa segurança e aceitação, são também nefastas, na medida em que não nos permitem que sejamos autênticos nem que expressemos as nossas opiniões e pensamentos da forma que realmente são, mas da forma que os outros querem que sejam. Acabamos, assim, por abdicar da nossa essência em prol da aceitação.

Penso, então, que devemos ser o mais autênticos possível, devemos ser fiéis a nós mesmos, desprender-nos das máscaras sociais e viver de forma plena sem receio da aceitação por parte dos outros.

                                                                                                                                      Madalena Pinto nº14 12ºA

ERASMUS+ Herança Cultural

 

Gostei muito, pois conheci novas pessoas de nacionalidades diferentes da minha e porque também foi muito divertido!

Beatriz

 

 

 

 

Com esta minha experiência, ERASMUS+ senti muita honra em ser portuguesa e uma vontade de aprender novas línguas e cultura.

Leonor

 

 

 

Foi muito bom viajar para a Roménia, conhecer novas culturas, novas pessoas.

David

 

 

Com esta nova experiência de estar na Roménia, aprendi novas culturas e línguas. Foi uma grande aventura divertida!

Catarina

  

 

 

 

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Um mundo mudo

Sete horas da manhã. Toca o despertador. Levanto-me e visto-me. Com um ar sonolento vou lavar a cara, despertando gradualmente. Acabo de me arranjar e vou tomar o pequeno-almoço que, sorridente, me espera. Olho para o relógio. Já estou atrasada. Pego na mochila e saio de casa. Entro no carro e observo a rua aparentemente pacífica que me rodeia. Mas o meu olhar detém-se no ar rabugento e apressado das pessoas.

Chego à escola, como se tivesse entrado numa tempestade num copo de água. Dirijo-me alegremente para a primeira aula. Seguem-se outras; diferentes e iguais. Vão passando as horas… chega o almoço. Com os amigos, vou para a cantina. Reparo em muitos olhares tristes, sarcásticos e tímidos à minha volta. A fila caminha. Entro e passo o cartão. Um bom tempo passado com piadas sem nexo e gargalhadas sinceras. Volto para a aula. Bocas e boatos são jogados para o ar.

Acabaram as aulas. Saio da escola direitinha para casa. Um ambiente mais sonoro. Passam vizinhos ao meu lado. Penso em dizer boa tarde. Nenhuma palavra. Apenas o ladrar dos cães interfere naquela telenovela muda.

Entro em casa com a maior alegria do mundo, à espera que anoiteça. Que chegue o amanhã para repetir tudo de novo. Só com as vozes da minha mente, refletindo sobre este mundo novo.

Amanhã será outro dia. Com vozes e esperança.

 

Matilde Pereira – 9ºG

 

      

“Vos estis sal terrae”: ouvi e apregoai

     

Na sexta-feira, dia 2 de novembro, os alunos do 11º ano do ensino regular e do ensino profissional, assistiram a uma encenação do Sermão de Santo António aos Peixes, de António Vieira, no âmbito da disciplina de Português.

Tal como aconteceu com Santo António, mudou-se o púlpito e o auditório de Vieira. Passou-se de uma igreja a uma sala e de índios a alunos. Manteve-se, no entanto (e tal como o pregador esperaria), a doutrina do autor que, apesar dos séculos que nos separam dele, continua a adequar-se à atualidade em que vivemos.

O ator, com toda a sua vivacidade, foi capaz de magnetizar todos os que assistiam, pela forma como moldou a doutrina de Vieira ao novo público e ao tempo atual, pelo uso de vários adereços, pela interação com a plateia, que chegou a colaborar na representação de alguns excertos, e pela abordagem jovial e mais leve da obra que, provocou o riso sem desvirtuar a doutrina.

Tal como os peixes que, atenta e ordeiramente, ouviram a pregação do santo homenageado pelo escritor, também os alunos foram dominados pela energia do ator e pela sua forma característica de interpretar a personagem.

 

Érica Castro, 11.º B n.º 7

  

 

Micropedagogia “Ativar os sentidos”

 

Na aula de português do 6ºC, os alunos foram convidados a alterar a planta da sala de aula, retirando mesas e cadeiras para criar um espaço central livre.

Depois sentaram-se no chão e ficaram à espera de “Ativar os sentidos”, fechando os olhos para ouvir “ A primavera” de Vivaldi e inalar diversos cheiros (casca de pinheiro, folhas de eucalipto, alfazema, limão, água de rosas…). Depois riscaram num papel palavras…descrição, conto…

O resultado foi este…

No outono, nas florestas de eucaliptos consegue-se sentir o cheiro das folhas caídas no chão onde a terra está molhada.  As árvores já quase despidas, as bolotas caídas no chão, rodeadas de arbustos e de folhas de várias cores. O terreno quase plano, tem agora poças de água que formam riozinhos que acabam noutras poças.

As flores desaparecem, deixando a floresta só com árvores e arbustos. Ao fundo tem uma lagoa, não é grande nem pequena. Na água, as folhas boiam e são levadas pelo vento.

 

Uma grande aventura

Tudo era lindo, olhei à minha volta, e senti-me uma sortuda por ter uma oportunidade tão grande como esta, quem diria uma criança como eu numa floresta tão linda!

Ouvia-se o som dos pássaros a cantar, os passos delicados dos coelhos medrosos, que por ali passavam, o som das águas de um pequeno riacho ali existente… Para não falar dos cheiros que criavam um ar ainda mais maravilhoso por causa daquelas plantas, das rosas erguidas que davam cor à floresta, dos eucaliptos que marcavam a sua presença, balançando ao sabor do vento. Existia, ainda, um odor apimentado como quando cheiramos menta.

Estava contentíssima até que ouço um grito, parecido com um papagaio:

– Beatriz, levanta-te da cama! Senão chegas atrasada à escola!

 

Uma caça perdida

 Era um bonito dia de primavera, no séc. XIX, e eu e os meus homens íamos sair para caçar. Enquanto andávamos pela floresta, comecei a sentir uns odores fortes de plantas, não sei explicar.Continuámos até que avistámos um puma e decidimos que seria ele a nossa vítima. Aproximámo-nos do animal muito devagar, mesmo muito devagar. Cercámo-lo, pegámos numa espingarda e mirámos nele. Pum! Ouviu-se na floresta inteira. Falhámos por pouco e voltámos para casa sem nada.

 

Cheiros inesquecíveis

Passeava pelo bosque e comecei a sentir uns cheiros cativantes, de tal forma que me senti obrigada a ir ver de onde vinham. O primeiro fez-me lembrar um grande e perfumado eucalipto. O segundo lembrou-me flores coloridas e cheirosas. Mais à frente, surgiram uns arbustos que tinham umas folhas verdes, cujo cheiro era indecifrável.

 Era um bosque lindíssimo. Tudo parecia perfeito à minha volta: cores vivas e variadas, plantas com diversos odores, muito agradáveis. Era como se estivesse em casa, como se o bosque me quisesse ali, bem como a todos os outros animais, pássaros, esquilos, borboletas…

Tudo era magnífico e fascinante!

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