Arquivo mensal: Junho 2019

Porque importa resgatar os contos

 

 

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Eco da memória coletiva, a dramatização apresentada esta semana no grande auditório da nossa escola apresentou o texto Leandro, Rei da Helíria, de Alice Vieira, com uma roupagem fresca e original.

Resgatando a metáfora do sal, medida de um amor imensurável, presente no conto tradicional O sal e a água, os nossos atores (sim, porque na dádiva, na alegria e na entrega incondicional igualam ou superam os profissionais), reavivaram os valores da simplicidade e do amor nas relações humanas, pilares tantas vezes esquecidos ou ofuscados por Amarílis, Hortênsias, Simplícios e Felizardos que persistem em grassar em reinos temporalmente longínquos ou próximos.

Com uma linguagem simples, adereços da casa, cenário minimalista, sonoplastia elementar, os alunos do 12.º C, orientados pela docente Georgina Tavares, proporcionaram aos mais novos um espetáculo ímpar que constituirá também  memória coletiva da nossa comunidade.

Porque importa resgatar o âmago do que nos distingue como humanos, (enclausurados nas sombras da aparência, cativos das matizes do ter:  ter de mostrar, ter de quantificar, ter de provar, ter de, ter de… , aniquilamos frequentemente o Ser), esta atuação que parte de um conto tradicional, abre espaço para as possibilidades e impossibilidades da sobrevivência do amor num contexto em que tudo o resto parece proliferar.

                                                    

                                   Sara Ribeiro

 

 

    

 

Projeto ZEROPLÁSTICO em ação contra a poluição pelo plástico

 

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Os alunos do 10ºA responsáveis pelo Projeto ZEROPLÁSTICO dinamizaram o workshop “Novo uso, nova vida”, mostrando aos alunos do 7ºB como podem prolongar a vida útil de alguns objetos de plástico. Seguiu-se uma ação de recolha de plástico nos espaços interiores e exteriores na escola, com vista ao seu encaminhamento para reciclagem, através do Projeto “Toneladas de Ajuda”, da Suldouro.

Um encontro feliz com Joel Neto e a sua escrita

 

Foi com um enorme prazer que recebemos a visita do escritor terceirense Joel Neto. Tivemos o privilégio de conhecer as obras e autores que mais o marcaram enquanto leitor ao longo da sua vida e de o escutar a respeito do processo de leitura e da escrita, das suas obras e dos seus projetos, das suas convicções e ideias. Uma sessão de autor excepcional e do manifesto agrado de todos. As questões colocadas pelos alunos foram inúmeras durante os 90 minutos deste encontro com o escritor.

Joel Neto é autor de vários livros, entre os quais Arquipélago, best-seller,  A vida no campo, porventura a sua obra mais popular, Meridiano 28 e do seu mais recente livro, A vida no campo: os anos da maturidade. Num périplo pelo país para o lançamento desse livro de crónicas, dando continuidade ao anterior e magnífico livro “A vida no campo”, que é um diário do seu regresso à terra e às raízes, à sua simplicidade e encanto, esta obra  reúne as crónicas por si publicadas no jornal Diário de Notícias e que se afigura já como um grande sucesso. A Biblioteca conta já com várias obras do autor para requisição!

Joel Neto é um escritor de escrita escorreita e límpida, na qual o leitor é conduzido numa viagem onde prevalecem pequenas e grandes descobertas, numa narrativa plena de gentes e lugares singulares e de palavras cristalinas que nos deixam implicados na leitura.

É um excecional contador de histórias e nas suas obras tudo é descrito com transparência, clareza e detalhe, o que faz com que muitas vezes o leitor, até pela familiaridade dos locais e gentes, se torne quase uma personagem da narrativa.

Há escritores que são um deleite na escrita e na oratória: Joel Neto é um deles. É além disso uma pessoa simples e com visíveis qualidades que faz com que nos aproximemos de si e da sua escrita.