Arquivo mensal: Maio 2024
“ O regresso da Malta das Naus” , teatro na escola
No âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal, no dia 15 de maio , os alunos do 5º ano assistiram a uma dramatização levada a cabo pelos alunos da Sala Simbiose em parceria com o Centro de Inclusão Social (CIS), orientados pelo professor Luís Baião, intitulada “ O regresso da Malta das Naus”. A mesma teve como objetivo motivar os alunos para um importante e rico período da história de Portugal os Descobrimentos e Expansão marítima portuguesa, do qual Portugal foi o pioneiro no século XV.
Os alunos demonstraram muito interesse e aplaudiram o trabalho realizado por todos os intervenientes.
Aos alunos ao professor Luís Baião, e às colaboradoras do CIS OBRIGADA
O grupo de HGP
Opinião da turma do 5ºA sobre a peça de teatro (texto coletivo)
Gostamos muito de assistir à peça de teatro «O regresso da Malta das Naus» que para além de educativa, pois abordava os descobrimentos portugueses e a vida a bordo das naus no século XV, foi muito engraçada.
A peça começou com uma referência à copa do mundo para depois contar a viagem de Vasco da Gama e a sua chegada à India. Ao longo da atuação, os atores interagiram connosco, fizeram piadas e explicaram, de forma divertida, as dificuldades da viagem e as difíceis condições de vida nas naus.
Consideremos que foi uma forma ótima de contar um acontecimento importante da história do nosso país e sem dúvida que aprendemos coisas interessantes sobre os descobrimentos. Para além disso a atuação foi muito ativa e divertida com os efeitos de luzes, a música, as danças, as máscaras e as partes cómicas. Este espetáculo alegrou o dia de toda a gente, pelo que, aos elementos da sala SIMbiose e ao professor Luís Baião um muito obrigado por nos proporcionarem momentos tão alegres.
Alunos do 5º A
Knolling Literário – O Príncipe Nabo, de Ilse Losa
Algumas turmas do 5.º ano analisaram a obra “O Príncipe Nabo”, de Ilse Losa, através da atividade “Knolling Literário”.
A técnica “Knolling” é utilizada no mundo fotográfico e foi adaptada à realidade educativa, como estratégia para incentivar o gosto pela leitura. Os alunos foram desafiados a escolher um objeto relacionado com o livro e a justificarem a sua relação com o mesmo. Os objetos foram organizados e fotografados para, posteriormente, cada grupo de trabalho fazer uma apresentação oral aos colegas da turma. Este registo fotográfico pode ser encontrado na Biblioteca Escolar.
Enredados nas redes sociais
Navegamos numa «terra de ninguém» onde vale tudo, do elogio à ofensa, do enaltecimento à calúnia? Ou a Internet é um espaço privilegiado e único, onde podemos expressar livremente a nossa opinião?
A reflexão séria! A opinião responsável!
Por alunos do 11 Ano
(Textos realizados em contexto de oficina de escrita)
Beatriz Duro | 11 C
Verdadezinhas
Em tudo há um lado bom e um lado mau, mas, neste caso, até que ponto o bom superará o mau? As redes sociais e o seu impacto na sociedade são possivelmente dos assuntos atuais mais discutidos, e ao qual a «arte de bisbilhotar» está sempre associada.
O impacto das redes sociais é, assim como a sua vasta extensão, do conhecimento geral – até que ponto isso afetará a nossa privacidade? a nossa imagem? o nosso desenvolvimento? a nossa relação com os outros? A NOSSA VIDA?
Partilho da opinião de que as redes sociais, apesar de todos os «filtros» disponíveis para tirar fotos, eliminam muitos dos «filtros» humanos, morais e éticos, que nós deveríamos ter. O facto de nos podermos esconder atrás de um ecrã vai espoletar comportamentos de que teríamos vergonha caso se tratasse de uma situação cara a cara. Ofensas, haters e cyberbullying, a política do «vale tudo» tem tomado proporções incontroláveis. A liberdade de expressão, tal como todas as outras, tem limites (já dizia o filósofo que «A minha liberdade termina quando começa a do outro»).
E a verdade? De que forma é afetada nesta situação? As fake news são um exemplo da manipulação e distorção dos factos, problema este que rapidamente se alastra da esfera global para o quotidiano e para a vida de cada indivíduo. As várias versões dos acontecimentos espalham-se com mais rapidez, prevalecendo aquela em que mais pessoas acreditam e não a que corresponde necessariamente à verdade.
Finalizo lembrando a importância de permanecermos fiéis aos nossos valores, e de recordarmos que nem tudo é o que parece, especialmente nas redes sociais.
Davi Ribeiro | 11 A
O declínio da verdade!
Na vasta Internet, muitas vozes se erguem num ruído interminável e ensurdecedor. Infelizmente, essa liberdade revela-se, muitas vezes, um truque que nos deixa perdidos numa verdadeira «terra de ninguém», onde impera a despreocupação e a desordem.
Em primeiro lugar, é evidente que a Internet deveria ser um lugar de liberdade e de expressão, onde as pessoas poderiam comunicar e partilhar ideias. Porém, o facto de se esconderem atrás dos ecrãs alimenta ações descuidadas e até maldosas. A falta de consequências reais para aqueles que espalham mentiras e falam mal dos outros tornou as redes sociais um local propício a conversas tóxicas. E a liberdade é constantemente distorcida por uma cultura de inculpabilidade e de impunidade.
Além disso, a difusão das chamadas «verdades alternativas» enfraqueceu a própria ideia de uma verdade absoluta. Na Internet, cada pessoa pode criar a sua própria história, escolhendo e interpretando os factos de acordo com os seus pontos de vista e as suas intenções. Assim, a verdade, que deveria iluminar o caminho na escuridão da informação falsa, torna-se mais relativa e pessoal, perdendo o seu poder e capacidade de unir e esclarecer.
Em suma, a realidade da Internet atual é sombria. Estamos a afogar-nos num mar de informações falsas, manipulação e conflito, onde a verdade é frequentemente ofuscada pela conveniência e pela sede do protagonismo ou do poder. É necessária uma ação imediata para trazer a ordem e a responsabilidade a este espaço online, antes que seja demasiado tarde para salvar os verdadeiros valores, como a honestidade, o amor e a empatia, que tanta falta nos fazem!
Érica Santos | 11 A
O aparecimento das redes sociais provocou um grande impacto na sociedade. Porém, o meio para onde a maioria das pessoas se direciona resulta num espaço inseguro e muito dependente da impulsividade do indivíduo que o usa. Navegamos «numa terra de ninguém» onde fazem falta os brios, uma terra onde se planta o mal, propositadamente ou não.
A Internet deve ser encarada como um espaço onde nos podemos expressar livremente? A nossa opinião deve ser exposta e é válida, se não for ofensiva, porque o que escrevemos publicamente tem impacto sobre a vida dos outros. Para tal não acontecer, não devemos apelar ao ódio uma vez que é nosso dever, como seres humanos, preservar a humanidade e combater a maldade. Este espaço virtual deixa de ser privilegiado e seguro a partir do momento em que o bem-estar da vítima é retirado momentaneamente.
Nas redes sociais, encontraremos definitivamente verdades e farsas, e cabe-nos a nós determinar umas e outras. Julgo que, não existe uma verdade absoluta, mas sim uma verdade relativa e liberal estabelecida com intervalos temporais e com dados verídicos. A ciência, por exemplo, tem vindo a descobrir verdades que completam ou substituem outras um dia já descobertas. Apesar de a verdade poder ter diferentes versões e assumir diferentes formas em diferentes momentos, a veracidade do mundo e das coisas provém da sabedoria, do conhecimento e da coerência em interpretar o que nos rodeia.
Em suma, preservar e comunicar a verdade impede e isola a ignorância. Preservar e espalhar a verdade evita catástrofes, e o exemplo deve começar por nós!
Lara Bastos | 11 D
«Meias verdades fazem meia maratona»
Atualmente, navegamos num mundo digital onde já não se distingue a verdade da mentira, o certo do errado.
Na minha opinião, e apesar de a Internet ter múltiplos benefícios, estamos a entrar num caminho perigoso: repleto de ódio, mentira e, acima de tudo, descontrolo.
Em primeiro lugar, vemo-nos obrigados a questionar tudo o que «vemos, ouvimos e lemos» (na Internet) – nas palavras de Sophia de Mello Breyner –, e que, consequentemente, «não podemos ignorar». Desta forma, damos por nós constantemente a filtrar a informação, desconfiamos da credibilidade de todo o mundo digital. Temos provas claras desta descrença no nosso quotidiano, na rubrica «Polígrafo» do noticiário da SIC, por exemplo. O objetivo desta rubrica é, precisamente, averiguar a veracidade daquilo que encontramos na Internet.
Em segundo lugar, precisamos de tomar consciência de que o mundo digital se está a tornar numa espécie de «Jogos da Fome»: vale tudo – do ódio à mentira, do crime à difamação. Tudo isto por puro egoísmo, para o qual a Internet veio dar ainda mais abertura. Deparamo-nos constantemente com situações de pessoas próximas que se expõem ou são expostas na Internet. Sim, que se expõem a elas próprias, porque, como disse, vale tudo.
Em conclusão, no mundo digital, já dizia o artista Plutónio, «meias verdades fazem meia maratona» e é urgente pôr fim a esse descontrolo.
Sandra Oliveira | 11 C
A verdade é sempre única
As redes sociais surgiram na vida das pessoas com efeitos positivos e negativos. Através delas, podemos expressar-nos incomensuravelmente e comunicar com o outro. Contudo, essa extrema liberdade de expressão pode ter impacto significativo na vida de pessoas, por gerar desinformação e calúnia.
No meu entendimento, as redes sociais são essenciais, em muitos aspetos. Esse espaço permite-nos ser autónomos. Todavia, tal liberdade pode causar efeitos negativos na vida de alguém. Por exemplo, muitos famosos são, nas redes sociais, constantemente atacados e difamados com base em boatos. Na Internet, alguém pode passar de enaltecido a odiado rapidamente. Por isso, é necessário ter cuidado com o que se diz, porque, com ou sem intenção, pode arruinar-se a vida de alguém, baseando-se em mentiras.
Não obstante, é igualmente relevante referir que as redes sociais podem desencadear problemas severos na vida das pessoas, maioritariamente nos jovens. A título de exemplo, muitos jovens desenvolvem depressão, ansiedade e um sentimento de culpa por se compararem com os influencers. O desejo de alcançar o corpo ideal, a popularidade e a vida perfeita atualmente está incontrolável. Essencialmente, este desejo de alcançar a perfeição e os ataques maldosos nas redes sociais podem levar ao suicídio. Por isso, é necessário cultivar a responsabilidade.
Concluindo, é essencial utilizar a liberdade de expressão de forma cautelosa, de modo a não prejudicar a vida de alguém, já que, afinal, só existe uma verdade, embora ela seja tantas vezes questionada e até distorcida. Com isto, é relevante acrescentar que a beleza do mundo está nas diferenças presentes em cada um de nós. Alcançar a perfeição não é nem deve ser o nosso principal objetivo, mas sim ser feliz, respeitando o outro, dentro e fora das redes sociais.
Soraia Ferreira | 11 A
O problema da Internet: o Homem
Com a evolução das tecnologias, a Internet gerou a discussão sobre o que se pode ou não dizer e sobre o que é o certo e o errado. Mas será que esse certo e errado são respeitados? Ou são apenas palavras convenientes, que nos fazem parecer politicamente corretos, mas, na verdade, «entram por um ouvido e saem pelo outro»?
Na minha opinião, a Internet é um privilégio que nos dá a possibilidade de nos mantermos informados sobre o planeta, de comunicar a nível mundial, de espalhar mensagens positivas e de praticar o bem. Todo o mal que está associado à Internet tem origem antrópica. Analisemos um exemplo bastante conhecido: o cyberbullying. O fenómeno vai de comentários maldosos até ao roubo de identidade. Um indivíduo, na sua forma mais maldosa de aborrecimento e baixa autoestima, é capaz de fazer alguém querer acabar com a própria vida, utilizando a Internet. Aqui, o problema é, em si, a Internet ou o facto de uma parte da população a utilizar para fazer o mal? Devemos culpar o meio por onde foram feitas ou a origem das ações?
É igualmente importante referir a situação dos influencers e da publicidade, ou, por outras palavras, da manipulação. Não importa qual seja o produto, o influencer mostra-o, publicita-o, e vende-o. Não vende só o produto, vende-se a si próprio. Mas nós, utilizadores, deixamo-nos manipular, com ingenuidade, pela ideia de que, com aquele produto, seremos tão bem-sucedidos como quem o vende, comprando-o. Aqui, a culpa é da Internet, por ser usada como meio publicitário, ou nossa, por nos deixarmos dominar e influenciar pela respetiva publicidade?
Concluindo, a Internet é uma ferramenta da qual podemos tirar proveito, se o soubermos fazer. Atribuir a culpa do mal que vem com ela, mas que tem origem antrópica, à própria Internet, mostra a arrogância e a irresponsabilidade que banha a humanidade. A população chegou ao ponto de culpabilizar algo imaterial para não assumir os seus próprios erros. Deste modo, não façamos da Internet a «má da fita»; antes, apressemo-nos a «cortar o mal pela raiz»!
Abril sempre!
No dia 25 de abril
Comemora-se a liberdade
Porque antes as pessoas eram perseguidas
Pela polícia política sem piedade.
As pessoas viviam tristes e amedrontadas
Porque não podiam dar a sua opinião
Mas num determinado dia
Cansaram-se e fizeram uma revolução.
Os soldados a lutar
Tristes, não podiam as famílias visitar
Tinham a obrigação de combater
E muitos acabaram por sofrer.
Salazar guardava um grande tesouro
Quando ele se abriu
Saiu a liberdade
Que trouxe a felicidade.
O povo saiu à rua
A ditadura foi finalizada
Colocaram cravos vermelhos nas armas
E a liberdade foi conquistada.
Poema coletivo turma 5ºC
Ilustração de Yasmin Serrano