Todos os artigos de Paula Rodrigues

ESCOLA GALARDOADA COM O “PRÉMIO NACIONAL eTwinning 2018″ 

O projeto “Da minha casa para o mundo” desenvolvido pelos alunos da turma do 5º A no ano letivo transato, no âmbito do projeto “eTwinning”, foi distinguido com o “Prémio Nacional eTwinning 2018”, vencendo na categoria do 2º Ciclo.

O projeto assentou na perspetivação da casa como um espaço que reflete a cultura dos seus habitantes, as suas tradições e história de um povo. Foi nosso intuito potenciar um vínculo afetivo ao edifício no qual habita a família, a “casa”, promovendo um misto de conhecimento do lugar em que vivemos e de descoberta da história familiar que afeta  esse espaço. A escola foi igualmente encarada como uma segunda casa, espaço de formação, afetos, inclusão e cidadania. Outro dos seus objetivos foi partilhar elementos comuns e distintos, tradicionais das nossas casas típicas de Espanha e Portugal, envolvendo a escola parceira de Lugo, Galiza.

O projeto teve igualmente uma forte vertente de integração curricular, tendo participado a disciplina de Inglês (Paula Aires), História e Geografia de Portugal (Augusto Oliveira), Educação Tecnológica (Paula Gomes), tendo grande parte do trabalho sido realizado pelos alunos na biblioteca escolar, contado com o apoio do professor Manuel João Pinto. Desenvolveu-se ainda uma articulação com os alunos do projeto “Sim, somos capazes”, sob a orientação do professor Luís Baião, visando a promoção de uma  escola ainda mais inclusiva.

Este projeto fora já em setembro galardoado pela Agência Nacional com o “Prémio Selo Nacional” e o “Prémio Selo Europeu”, destinado a projetos europeus colaborativos. Os Selos de Qualidade eTwinning são concedidos a escolas com excelentes projetos eTwinning, o que significa que o projeto atingiu um determinado padrão a nível nacional e europeu em inovação pedagógica, integração curricular, comunicação e colaboração entre escolas parceiras e utilização das tecnologias.

A cerimónia de entrega do “Prémio Nacional eTwinning 2018” decorrerá em Lisboa, no dia 23 de novembro de 2018, entre as 11h e as 17 horas e 30 minutos, onde estará representada a nossa escola com cinco alunos, os quais serão responsáveis pela mostra de um pequeno vídeo com algumas das atividades desenvolvidas e pela apresentação do projeto.

Um agradecimento a todos que colaboraram e participaram no projeto, não esquecendo os pais e encarregados de educação que, ao longo do mesmo, deram sempre o suporte necessário.

 

O coordenador do projeto

Augusto Oliveira

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Reconto de uma das histórias que Marlene Aires entrelaçou … no dia 22 de outubro na Biblioteca

 

Era uma vez uma menina que tinha uma mãe lavadeira. Um dia ela foi com a mãe, ao rio Tejo, lavar roupa.

Nesse dia estava muito calor e a menina decidiu ir nadar num pequeno charco. Andou, andou e andou e foi-se afastando, até que chegou finalmente. Estava pronta para mergulhar, mas lembrou-se que estava a usar uns brincos de ouro que o pai lhe tinha dado e colocou-os em cima de uma pedra. Nadou, pulou, cantou, estava muito feliz, mas um homem que andava por ali, estava a observar tudo o que ela fazia e roubou-lhe os brincos. Era tarde quando se apercebeu e foi a correr ter com a mãe. Esqueceu-se dos brincos. A meio do caminho, lembrou-se deles, mas quando regressou já não estavam lá. O homem foi ter com ela e perguntou-lhe se estava à procura de uns brincos de ouro. A menina respondeu que sim, pois tinha sido o seu pai a dar-lhos e ela não os queria perder. O senhor terminou dizendo que tinha pegado neles e estavam no fundo de um surrão e se ela os quisesse tinha de lá ir buscá-los. Sem pensar duas vezes entrou dentro do surrão e o senhor fechou-o e foi para bem longe. Já era muito tarde e a mãe dela estava muito preocupada. Procurou, procurou e procurou, mas não havia sinais dela.

O homem passou a andar de aldeia em aldeia a apresentar “o primeiro surrão que canta”. Ele ameaçava bater-lhe se ele não cantasse. Enquanto isso, a mãe da menina não se cansava de a procurar. Finalmente, o senhor chegou à aldeia da menina e voltou a apresentar “o primeiro surrão que canta”. A senhora decidiu ir ver esse pequeno espetáculo. O homem voltou a ameaçar o surrão e novamente saiu uma voz lá de dentro a cantar. A mãe conseguiu identificar a voz da filha. Então, ela teve uma ideia. Quando acabou foi perguntar ao senhor se queria ir comer uma sopa na sua casa. O homem, como andava esfomeado, aceitou de imediato. Mal chegaram, a mulher disse para ele colocar as suas coisas num canto e sentar-se na sala. De repente, a senhora lembrou-se que lhe faltavam as couves e as batatas, mas o armazém era muito longe. O homem ofereceu-se logo para ir comprar. Quando ele já estava a uma distância considerável foi até ao surrão e tirou a sua filha. Deu-lhe um banho, vestiu-a com roupas lavadas e decidiu encher com um monte de dejetos de vaca e galinha o surrão. O senhor chegou, a mulher fez a sopa, ele comeu-a e ainda teve o descaramento de pedir para dormir em casa dela. A senhora não deixou, pois era uma mulher viúva e toda a gente ia começar a comentar. O homem foi-se embora.

Quando chegou na aldeia seguinte, ameaçou o surrão de novo, mas ele não cantou. Voltou a ameaçar e nada, até que ele se fartou e começou a bater-lhe. O surrão rasgou-se, espalhando os detritos por toda a gente. Correram atrás dele, mas nunca o conseguiram apanhar.

Beatriz Duro, Lara Oliveira e Catarina Teixeira, 6ºC.

Máscaras Sociais

 

Nos dias de hoje, grande parte de nós evita dar-se a conhecer aos demais, refugiando-se em máscaras.

 Assim, já todos nós encarnamos uma personagem que pouco tem a ver connosco. É confortável escondermo-nos atrás daquilo que queremos que pensem de nós, salvaguardando, inconscientemente, os nossos pontos fracos, as nossas fragilidades.

Contudo, frequentemente acabamos por viver limitados, presos à máscara que criámos. A meu ver, é muito mais vantajoso apresentarmo-nos como realmente somos, sincera e genuinamente. Desta forma, não vivemos condicionados, presos à personagem que tentamos interpretar.

Em suma, embora existam casos em que sentimos serem necessárias as máscaras, devemos evitá-las para não vivermos preocupados com a possibilidade de estas caírem ou de se colarem demasiado ao nosso rosto.

Carolina Dias, nº 7, 12º A

 

Todos sabemos o quão difícil pode ser mostrarmo-nos aos outros na nossa essência, sem nos escondermos em máscaras sociais.

Ao vivermos em sociedade, temos presente a necessidade constante de estar em contacto com outras pessoas, partilhar opiniões, vivências e, muitas vezes, sentimentos, e, portanto, sentimos a necessidade de nos protegermos de forma a nos sentirmos incluídos, compreendidos e, inclusivamente, aceites.

 No entanto, apesar das chamadas máscaras sociais nos proporcionarem essa segurança e aceitação, são também nefastas, na medida em que não nos permitem que sejamos autênticos nem que expressemos as nossas opiniões e pensamentos da forma que realmente são, mas da forma que os outros querem que sejam. Acabamos, assim, por abdicar da nossa essência em prol da aceitação.

Penso, então, que devemos ser o mais autênticos possível, devemos ser fiéis a nós mesmos, desprender-nos das máscaras sociais e viver de forma plena sem receio da aceitação por parte dos outros.

                                                                                                                                      Madalena Pinto nº14 12ºA

ERASMUS+ Herança Cultural

 

Gostei muito, pois conheci novas pessoas de nacionalidades diferentes da minha e porque também foi muito divertido!

Beatriz

 

 

 

 

Com esta minha experiência, ERASMUS+ senti muita honra em ser portuguesa e uma vontade de aprender novas línguas e cultura.

Leonor

 

 

 

Foi muito bom viajar para a Roménia, conhecer novas culturas, novas pessoas.

David

 

 

Com esta nova experiência de estar na Roménia, aprendi novas culturas e línguas. Foi uma grande aventura divertida!

Catarina

  

 

 

 

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Um mundo mudo

Sete horas da manhã. Toca o despertador. Levanto-me e visto-me. Com um ar sonolento vou lavar a cara, despertando gradualmente. Acabo de me arranjar e vou tomar o pequeno-almoço que, sorridente, me espera. Olho para o relógio. Já estou atrasada. Pego na mochila e saio de casa. Entro no carro e observo a rua aparentemente pacífica que me rodeia. Mas o meu olhar detém-se no ar rabugento e apressado das pessoas.

Chego à escola, como se tivesse entrado numa tempestade num copo de água. Dirijo-me alegremente para a primeira aula. Seguem-se outras; diferentes e iguais. Vão passando as horas… chega o almoço. Com os amigos, vou para a cantina. Reparo em muitos olhares tristes, sarcásticos e tímidos à minha volta. A fila caminha. Entro e passo o cartão. Um bom tempo passado com piadas sem nexo e gargalhadas sinceras. Volto para a aula. Bocas e boatos são jogados para o ar.

Acabaram as aulas. Saio da escola direitinha para casa. Um ambiente mais sonoro. Passam vizinhos ao meu lado. Penso em dizer boa tarde. Nenhuma palavra. Apenas o ladrar dos cães interfere naquela telenovela muda.

Entro em casa com a maior alegria do mundo, à espera que anoiteça. Que chegue o amanhã para repetir tudo de novo. Só com as vozes da minha mente, refletindo sobre este mundo novo.

Amanhã será outro dia. Com vozes e esperança.

 

Matilde Pereira – 9ºG