PORQUE A TUA OPINIÃO CONTA  

Texto expositivo-argumentativo a propósito da (in)compatibilidade entre a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento económico.

   Ultimamente, temos vindo a assistir a uma desagregação climática e às consequentes manifestações que têm o objetivo de chamar a atenção das forças governamentais para impedir que esta crise continue a crescer.

   Na verdade, a população mundial tem vindo a aumentar e isso exige que a produção acelere também e que haja espaço disponível para a nova população habitar. Logo, os graus de poluição e de desagregação quer de ecossistemas quer dos espaços verdes aumentarão. Paralelamente, existem outros fatores que contribuem para intensificar estas consequências, nomeadamente, os transportes aéreos, que emitem muita radiação, o consumismo excessivo, o desperdício de comida e de bens, entre outros.

   Face ao exposto, o planeta Terra não aguentará estes níveis de poluição abundantes, acumulará gases de efeito de estufa que resultarão na destruição da camada de ozono e, assim, a temperatura irá aumentar, pois a camada protetora da Terra não será capaz de reter os raios ultravioleta do sol, ou seja, o termómetro já traduz um sinal de alerta elevado.

   No entanto, infelizmente, está nas raízes do ser humano, o egoísmo, a ambição e a ganância que nos torna (a todos) cegos aos avisos que tanto o planeta como os animais têm vindo a dar. Será possível que os poderosos deixem os seus hábitos e comecem a mostrar preocupação com o ambiente em que vivem? Com o ar poluído e sujo que respiram? E também com as paisagens que estão a ruir? Sim, é possível, mas a este ritmo será tarde demais.

   No fim, quando tudo estiver destruído, quando a última gota de água secar, quando a última molécula de oxigénio for respirada, e quando a ínfima migalha for consumida, o Homem aperceber-se-á de que o dinheiro não é assim tão poderoso como julga.

                                                                                                                    Raquel Pardilhó, 11ºB      

Comemoração do Dia da Mulher

Ais

Ai das mulheres cujos vizinhos fecham as janelas para não ouvirem os Ais delas.

Ai das mulheres cujos amigos esperam e não desesperam perante os seus Ais!

Ai dos pais que, apesar de não ouvirem os Ais das filhas, sabem que dão Ais

Ai das mães que não podem dar Ais pelas suas filhas… porque, afinal, também elas deram, em seu tempo, os seus próprios Ais!

Ai das mulheres que nem sequer têm mãe para ouvir os seus Ais.

Ai das mulheres cujos irmãos não creem nos seus Ais.

Ai das mulheres, quando os filhos não sabem que as suas mães dão Ais!

Ai das mulheres que soltam Ais por não conseguirem fugir dos seus próprios Ais!

Ai dos homens… surdos aos Ais dos seus semelhantes… Ai da sociedade que aceita os Ais das suas mulheres que como ventos correm pelas ruas desertas de amor, e de humanidade…!

Ai! … GRITEMOS! Façamos do nosso grito um abrigo, uma mão aberta, uma coroa de flores por cada mulher injuriada, agredida, violada, violentada, assassinada…

Ai! … GRITEMOS pelos Ais de todas as mulheres, pelos MEUS, OS TEUS, pelos NOSSOS Ais

8 de março – DIA INTERNACIONAL DA MULHER

 

ACONTECEU

 

        Não Lisbon, mas Canelas revisited

       Em fevereiro e a convite do projeto Na Senda dos Contos, o ator António Domingos revisitou a sede do nosso Agrupamento com roupagem de Álvaro de Campos. No espetáculo teatral «A visita do Sr. Engenheiro», o ator – metamorfose do poeta da Modernidade -, entabulou uma conversa consigo próprio, entrecortada por trechos de sete poemas do heterónimo. Ou terá sido o contrário?

       Preso às reflexões e ao texto de Pessoa, ora evocados pelo ator ora interrompidos momentaneamente por difusas interpelações do performer, o público vogou durante 50 minutos na arte e na poesia do múltiplo «Sr. Engenheiro»: insidioso, subtil, diáfano, brilhante…

Sara Ribeiro      

Diferente Por Um Dia

    Um dia estava a passear, por uma floresta misteriosa, era um pouco longe de minha casa, mas mesmo assim a minha mãe deixou-me ir passear nessa floresta.

   Estava a correr, quando de repente, mesmo à minha frente apareceu a rainha das fadas, que me disse:

   – Duarte, tu gostas da natureza, não gostas que as pessoas matem os insetos sem motivo nenhum, sabes a importância das abelhas e amas a liberdade.

   – Concedo-te estas asas e a varinha de condão. Tens isto por um dia, se quiseres é claro.   Se quiseres tens de as usar para melhorar o mundo. – Acrescentou ela.

   – Claro que quero! – Respondi

    A rainha das fadas ofereceu-me os objetos e desapareceu.

    Sem perder mais tempo, parti para ajudar as pessoas. Comecei por Portugal. Resolvi os problemas das pessoas pobres. Quando terminei passei para Espanha, nesse país fiz a mesma coisa.

   Continuei pelos países que estavam em guerra. Resolvi os problemas das pessoas pobres.

   No final do dia voltei para a floresta. Infelizmente graças ao tamanho do mundo, não consegui ajudar todos. Chegou a meia noite e perdi as asas e a varinha, desta vez a rainha das fadas não apareceu, apesar do que aconteceu não desisto de melhorar o mundo.

 

      Nuno Duarte Novo, 5ºD

Quem Quer Ser Bilionário? Danny Boyle

Os alunos do 9ºC visionaram o filme “Quem Quer Ser Bilionário” de Danny Boyle e, num trabalho interdisciplinar, escreveram uma apreciação crítica.

 

         O filme “Quem quer ser bilionário” do realizador Danny Boyle, produzido em 2008, tem como principal trama o brilhante desempenho de um jovem, Jamal Malik, personagem principal, no famoso concurso televisivo, “Quem Quer Ser Bilionário?”. Jamal consegue chegar à questão final e vence surpreendentemente o concurso.

        Cada questão colocada pelo apresentador desperta a memória de Jamal… e as suas respostas são fruto da sua experiência de vida e das memórias da sua infância e juventude. Assim, em torno da ação central, o filme mergulha na Índia profunda e apresenta diversos temas que mostram o desrespeito pelos Direitos Humanos.

     Na verdade, esta película cinematográfica mostra-nos graves problemas sociais. Relativamente ao sistema educativo, por exemplo, para além de muitas crianças não poderem ir à escola, as condições físicas dos estabelecimentos escolares são deploráveis. Muitas casas são, aliás, muito rudimentares e não têm saneamento básico.

        Contudo, um dos temas que mais choca o espetador é a exploração infantil. Com efeito, homens sem escrúpulos aproveitam-se da vulnerabilidade de crianças órfãs para as obrigar a mendigar. A maldade é de tal modo acentuada que estes homens chegam a cegar propositadamente crianças para, assim, apelar à sensibilidade das pessoas e conseguir obter mais dinheiro.

      Este filme leva-nos também a conhecer o desrespeito pelas mulheres, dado que é abordado o tema da exploração sexual. Esta questão é bem notória porque a amada de Jamal Malik é precisamente alvo dessa exploração.

    A corrupção está presente em muitas situações ao longo do filme e começa precisamente na postura do apresentador do concurso. Só com muita resiliência e coragem é que Jamal consegue enfrentar quer o apresentador quer a polícia.

       Por fim, salientamos que esta obra cinematográfica é uma janela aberta à reflexão sobre uma sociedade com graves problemas. É também uma lição de perseverança e de resiliência. Apesar do contexto social dramático de Jamal, ele consegue vencer!