“Se eu fosse poeta por um instante”.

 

Foi pedido aos alunos que fizessem de conta que eram o poeta Egito Gonçalves.
A partir dos versos de um dos seus poemas:
“Atravessa-nos um rio de palavras:
Com elas eu me deito, me levanto,
e faltam-me palavras para contar…”
deviam escrever um poema onde os integrassem da forma que quisessem.
 

 

As palavras 

 

As palavras falam-nos com sentimentos, 

com preocupação, amor. 

Com elas eu me deito, me levanto.

Ai se eu soubesse mais sobre elas, ficaria com todas. 

 

Estas atravessam-nos como um rio de palavras, 

que encantador! 

Elas dão-nos imenso carinho,

dão-nos gratidão, educação. 

Ai se eu soubesse mais sobre elas, ficaria feliz. 

 

As palavras são capazes de mudar o mundo num abrir e piscar 

e faltam-me palavras para contar. 

 

Ana Pardilhó

 

 

  Os sentimentos

 

 Atravessa-nos um rio de palavras:

 amor, ódio e raiva

 que nelas a confusão se instala.

 

 Com elas eu me deito, me levanto,

 sem sequer me dar conta, 

 sem saber  o porquê de tê-las.

 

 O que são? De onde vêm?

 São vida e morte, são dor e alegria,

 são  tantas coisas e, por isso, 

 faltam-me palavras para contar…

 

Tatiana Vicente

 

 

Poema sobre as palavras

 

Atravessa-nos um rio de palavras.

Com elas eu me deito e me levanto.

Ouço-as uma a uma com atenção,

e penso no poder que têm de alegrar, ou não.

 

Gosto de as ler e de as dizer.

E, através delas, trazer alegria.

Faltam-me palavras para contar,

quanta riqueza nelas podemos encontrar.

 

Leonor Gomes

 

Atravessa-nos um rio de palavras

que são como se fossem fábulas,

de tal forma encantadas,

que só existem em contos de fadas.

 

Com elas eu me deito, me levanto,

pensando no amor que quero tanto

são belas e pertinentes as palavras,

pensando no dia que quero tanto.

 

E faltam-me palavras para contar

falham-me as memórias

saber que ainda virão,

mesmo que não apareçam.

 

Leonardo Mendes

 

 Poema

 

A cada noite, quando nos deitamos,

atravessa-nos um rio de palavras

e refletimos sobre o que necessitamos

para perceber o quão as memórias boas são raras.

 

Traumas passados sempre na mente,

situações temporárias, amores não correspondidos,

adolescentes gradualmente mais carentes

corações cada vez menos preenchidos.

 

Sempre com as lágrimas nos olhos

com elas eu me deito, me levanto;

pensamentos aos molhos

com as músicas me encanto.

 

E faltam-me palavras para contar

o que passo a cada dia

e tento encontrar-me

nos momentos em que me ria.

 

Ana Sampaio, Carina Almeida, Rafaela Martins

 

 

  O dilema dos poetas

 

Com elas eu me deito, me levanto,

mas muitas vezes não permanecem.

Todos os dias anseio 

que elas se formem para as escrever.

 

Atravessa-nos um rio de palavras:

que nos ajudam a fortalecer,

nem sempre as consigo ligar

e faltam-me palavras para contar.

 

As ideias tento passar,

mas entre todas elas,

nenhuma conseguiu escapar 

à ingénua ignorância e pura sabedoria.

 

Matilde Pereira e Lara Oliveira

 

 

Atravessa-nos um rio de palavras 

Com elas eu me deito, me levanto,

e faltam-me palavras para contar…

 

Faltam-me palavras para contar

tudo aquilo que não vivi,

os momentos que deixei passar

e as páginas que não escrevi.

 

Vi por mim passarem as horas 

Perdi muito por medo de errar

Tenho saudades de histórias, memórias

E de pessoas que não vão voltar

 

Contudo reconheço a importância das palavras

Com elas me isolo no meu canto

São como um bem necessário,

imprescindível

com elas me deito, me levanto.

 

 Sofia Faria

 

Atravessa- nos um rio de palavras 

Que nos invade o pensamento 

Com coisas boas e outras más 

Que nos enchem de sentimento 

 

Com elas me deito, me levanto 

Pensando nelas com algum encanto,

Mas para meu espanto,

Eu as uso como um manto 

 

E faltam-me as palavras para contar 

O quanto elas me podem completar 

E nesta vida continuar

Isaac Carneiro, Daniela Matoso, Joana Tavares e Ivan Marinho

 

 

 Poema

 

Atravessa-nos um rio de palavras 

com elas me deito, me levanto 

e faltam-me palavras para contar.

Faltam-me palavras para descrever  

o que é tão fácil dizer 

mas, neste mundo tão pequeno, 

que mais posso eu querer? 

Só posso perceber que, 

quanto mais demorar, 

mais tarde a casa vou chegar 

 

Inês Lopes 

 

Alunos do 10.º c