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O «Teatro da mala» voltou à nossa escola

 

No passado dia 15 de fevereiro, as turmas do 10.º ano puderam assistir à dramatização do texto Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, pelo ator Alexandre Sá, da Associação Teatro Educação (ATE)/ «Teatro da mala».

Esta atividade de complemento curricular, no âmbito da disciplina de português, permitiu, de forma atual, descontraída e apelativa, aprofundar o estudo desta obra do teatro português, desconstruindo a resistência que alguns jovens ainda oferecem à leitura do corpus textual literário em análise no ensino secundário.

Em época de Carnaval e porque ninguém leva a mal, respeitando a máxima do Mestre Gil  “Ridendo castigat mores”, isto é,  “a rir castigam-se/corrigem-se os costumes”, o ator Alexandre Sá desvendou a atualidade da farsa e o seu caráter didático e moralizador.

 

Afinal estudar Gil Vicente até não é assim tão difícil, pois não?

 

A docente de português,

Sara Ribeiro

É URGENTE PRESERVAR O NOSSO PLANETA

É URGENTE PRESERVAR O NOSSO PLANETA,

                                    É URGENTE CUIDAR DA NOSSA CASA

     Nós, seres humanos, e todos os outros seres vivos, fomos colocados neste planeta (a que deram o nome Terra) para vivermos todos em comunhão. Mas, até que ponto é que respeitamos a Natureza?

     O nome do nosso planeta remete-me, imediatamente, para a expressão mãe-natureza, uma vez que, apesar de não nos darmos conta, habitamos dentro dela. A Natureza está nos mares, nos oceanos, nas florestas, nas montanhas, nas flores… em tudo e mais um pouco. Apesar da sua omnipotência, constatamos que ela está cada vez mais degradada e é, constantemente, sabotada pelo ser humano.

    Todos os dias, os noticiários abrem com alertas sobre a situação decadente do planeta, que assombra a sobrevivência de várias espécies, ameaçando a sua extinção e, cada notícia é um alerta sobre a problemática do aquecimento global. Este tema, cada vez mais recorrente nos dias de hoje, merece uma solução, ou pelo menos, uma mudança de atitude que possa atenuar os danos futuros. Para isso, é necessário começar por intervir no quotidiano de todos nós, com campanhas de sensibilização, para, por exemplo, apelar à separação do lixo. Um gesto tão simples, mas recusado por muitos, poderia fazer a diferença.

     Além disso, para combater esta situação alarmante, é imperativo recorrer à utilização de materiais mais sustentáveis e amigos do ambiente. Assim, substituíamos ou reduzíamos o excesso de plástico, que diariamente provoca a morte a centenas de espécies marinhas.

   Concluindo, existe claramente um enorme desrespeito pela Terra, pela nossa Casa, pelo que devíamos mudar as nossas rotinas para contribuirmos todos para a sua preservação, isto é, para a preservação da humanidade.

 

14 de dezembro,

Lara Portilha, 12ºC

Alunas do 10.º C escrevem sobre… Fernão Lopes!

      «Fernão Lopes, cronista da nua verdade, homem para muito – digo eu, neste tempo de tão pouco.»

                José Saramago, «A nua verdade», in Deste Mundo e do Outro

Tendo percebido nele um «homem para muito», as alunas do 10.º C escrevem sobre…

Fernão Lopes!

 

O Espelhar de Emoções

   Ao escrever o Capítulo XI da «Crónica de D. João I», Fernão Lopes retrata a revolta do povo lisboeta perante a ameaça à vida do Mestre de Avis.

   Circulando o rumor de que a rainha D. Leonor teria ordenado a sua morte, o povo acode. No entanto, era D. João que matava o Conde Andeiro, saindo, no fim, como vítima aos olhos daqueles que o defendiam. O cronista descreve-nos, com todo o pormenor, este episódio e o plano traçado por Álvaro Pais.

   Tendo o elemento coletivo como peça fundamental da narrativa, o escritor relata os acontecimentos de uma forma cinematográfica. Ao recorrer às sensações auditivas e visuais e às interjeições, faz-nos sentir que vivemos a ação na primeira pessoa. Considero, ainda, que a ênfase dada à personagem coletiva é o que o distingue dos restantes escritores, daquela e de outras épocas.

   Podemos concluir que é a escrita com dinamismo, visualismo e coloquialismo de Fernão Lopes que torna este capítulo tão cativante.

  Beatriz Barros Duro, 10.º C

 

Sem Querer, Fazendo

   Fernão Lopes foi o primeiro grande cronista e prosador português. É merecedor deste título pela sua escrita cinematográfica, inovadora e repleta de sensações.

   Na «Crónica de D. João I», vemos, ouvimos, sentimos… como se lá estivéssemos; e isto deve-se à sua escrita: ao diálogo com o leitor, à pontuação expressiva, às sensações visuais e auditivas que nos transportam para o ambiente da ação.

   Além disso, há uma grande imparcialidade na sua escrita. O cronista valoriza os mais esquecidos, as massas, o Povo de Lisboa. A glorificação é a forma de nos lembrar que o povo foi o ator principal da revolução.

  Em suma, Fernão Lopes escreveu e inovou, esteve à frente do seu tempo. As suas crónicas são não só a glorificação do povo, mas também da escrita portuguesa.

Beatriz Maria Peixoto Gomes, 10.º C

 

Rebelião pela Pátria

   No Capítulo XI da «Crónica de D. João I», escrita por Fernão Lopes, evidencia-se uma ação com marcas cinematográficas e com muito realismo, sobre o alvoroço criado na cidade de Lisboa depois da morte do Conde Andeiro e do aparecimento do Mestre como salvador da pátria.

  Fernão Lopes é um homem “à frente do seu tempo”, ele escreve e retrata os acontecimentos como ninguém antes fizera. Ao lermos a Crónica, deparamo-nos com imagens visuais e auditivas que nos levam até ao tempo longínquo da crise de 1383-1385. Nesse Capítulo, o protagonista é o Povo de Lisboa, pelos sentimentos de amor e fidelidade ao Mestre e pela fúria e vontade de vingança perante a rainha. “As gentes” unir-se-ão num ato de patriotismo para defender o Mestre de Avis. Com persistência e desejo de que Portugal “seja de quem cá vive”, fazem esta revolução, revelando a sua grandeza e terribilidade.

   Para mim, este momento marca a importância do povo numa rebelião, na luta pela sua independência e pela sua pátria, detalhadamente contada por este escritor, Fernão Lopes.

Fátima Cristina Neivas Dias, 10.º C

 

A Beleza na Escrita de Fernão Lopes

   No famoso capítulo XI da «Crónica de D. João I», Fernão Lopes narra o caos que se levantou na cidade de Lisboa após a morte do Conde Andeiro e o papel do povo na aclamação do defensor do reino. Fernão Lopes conta isto de forma única.

  O cronista narra os acontecimentos com imparcialidade e é, também, notavelmente inovador com as personagens, revelando não só as suas qualidades como ainda os seus defeitos. Isto também é aplicado ao povo, ao qual Fernão Lopes concede o protagonismo, algo raro na literatura da época.

  O estilo de escrita é inovador. O autor utiliza uma técnica cinematográfica e puxa os leitores para a sua crónica, usando o dinamismo, o movimento e o coloquialismo.

   Para concluir, as crónicas de Fernão Lopes são fontes literárias e históricas extremamente significativas para os portugueses, tanto pela beleza da sua escrita como pela informação relevante com que estas nos presenteiam.

Maria Carlota Fernandes Prazeres 10.º C

 

O Povo Unido pelo Bem da Nação

   Não é nenhum segredo que uma das mais interessantes crónicas de Fernão Lopes é a de D. João l, onde nasce a ideia de uma nação unida em torno do bem comum.

   Ao longo do Capítulo XI, é percetível o grande apoio que o Mestre de Avis recebe por parte do povo de Lisboa para que se torne rei. A certa altura, Álvaro Pais e o Pajem conspiram com o Mestre, a fim de que ele mate o Conde Andeiro, mas saia como vítima. Com todo o alvoroço e preocupação que se gera nas ruas da cidade, o plano decorreu na maior perfeição e, assim, D. João é considerado inocente e aclamado por toda a população. Este capítulo mostra toda a diferença que um boato faz no desenrolar de uma situação, mas também ilustra a capacidade de pessoas tão diferentes se unirem para proteger o futuro de Portugal.

  Por esses motivos e pela escrita cinematográfica do cronista, esta crónica relata, fabulosamente, uma das histórias mais intrigantes do início da segunda dinastia portuguesa.

Mariana Peixoto Oliveira 10.º C

 

A Importância de um Povo

   No Capítulo XI, da «Crónica de D. João I», de Fernão Lopes, pretendo realçar a rebelião do Povo de Lisboa, visto que o cronista, bastante fora do seu tempo, a destaca.

  Este Capítulo contém personagens individuais como o Pajem, Álvaro Pais e o Mestre de Avis, e coletivas: o Povo de Lisboa. Em todos os casos, são como atores, já que Fernão Lopes narra a ação de forma cinematográfica, recorrendo a sensações visuais e auditivas.

   Este povo é destemido, forte e corajoso, todavia com instinto vingativo e cruel. A ação coletiva é extraordinária: a fúria e a vontade de lutar pela sua nação é de tamanha intensidade que une toda a população e revela a sua grandeza e terribilidade. Um enorme alvoroço é criado com o nobre intuito de proteger o seu Mestre e o futuro da pátria.

 Fernão Lopes inovou ao dar o devido valor à personagem coletiva deste enredo, destacando o seu melhor e o seu pior, priorizando não os reis e os nobres, mas sim o povo que batalhou para salvar a sua pátria.

    Concluindo, do meu ponto de vista, Fernão Lopes é alguém inovador e progressista, que abriu portas ao reconhecimento coletivo do povo, um grupo tão determinado e valente.

Sandra Oliveira 10.º C

     

 Compilação de apreciações críticas do Capítulo XI, da Crónica de El-Rei D. João I de Boa Memória, «História de uma Revolução». Trabalho de escrita realizado em contexto de Oficina Saber+ (10.º C).

Apreciação Crítica de Cartoon

Caros alunos e alunas!

        Porque se aprende a escrever melhor, lendo outros textos e treinando a escrita, regularmente, partilho convosco alguns trabalhos dos vossos colegas, resultantes das oficinas de escrita para treino de Apreciação Crítica de Cartoon.

       Estes textos foram realizados nas aulas de português.

        Agora é a vossa vez!

        

       Boa(s) leitura(s) e escrita(s) criativa(s)…

        A professora: Sara Ribeiro

 

Pawel Kuczynski

 

À deriva nas redes

        Neste cartoon, de Pawel Kuczynski, podemos observar vários telemóveis um pouco afastados uns dos outros. Em cada ilha é visível uma pessoa, que está a utilizar o seu telemóvel.

        Esta ilustração pretende criticar um aspeto muito importante da atualidade: todas as pessoas estão, a todo o momento, a usar o telemóvel nas suas atividades diárias, mesmo que a pessoa com quem querem comunicar esteja apenas a uns passos de distância.

        De facto, as tecnologias têm vindo a contribuir decisivamente não só para o aumento do isolamento social, bem como para a diminuição do contacto entre as pessoas.

       Concluindo, cartoons como este são essenciais para alertar e sensibilizar o público em geral para o facto de as tecnologias estarem cada vez mais a controlar a vida de cada um, permitindo assim a reflexão individual e coletiva, com vista à mudança de comportamentos.

Ana Francisca Novais Pinto, nº1, 10ºB

 

 

       O isolamento social

   Neste cartoon, da autoria de Pawel Kuczynski, cartoonista de origem polaca, conseguimos observar alguns telemóveis a flutuar. É ainda visível, em cada um dos telemóveis, uma ilha com apenas uma palmeira e uma pessoa encostada ao seu tronco e mais nada, a não ser mar à volta.

    Penso que este cartoon pretende criticar o isolamento social causado pelas novas tecnologias e as redes sociais. Atualmente, vivemos numa sociedade que está centrada nas redes sociais e na Internet, o que pode ser, simultaneamente, benéfico e prejudicial.

       Por um lado, a Internet é uma boa ferramenta para se comunicar com pessoas à volta do globo, para realizar trabalhos, tanto na escola como no emprego, e em geral, é uma boa forma de entretenimento, desde que seja utilizada com moderação.

   Por outro lado, a Internet pode ser deveras aditiva e fazer com que as pessoas, nomeadamente os jovens, se isolem e tornando-se excessivamente dependentes dela.

   Penso que este cartoon é bem conseguido, pois retrata de forma criativa o tema do isolamento social, ao ilustrar pessoas dentro dos telemóveis, isoladas umas das outras. Para além disso, é eficaz na transmissão da mensagem pretendida.

    Em suma, penso que este cartoon retrata muito bem a sociedade atual e a forma como a Internet a influencia.

Dinis Ribeiro Sousa, nº28, 10ºB

 

              A imagem apresenta vários telemóveis idênticos a flutuar no oceano. Em cima de cada aparelho, é visível uma ilha pequena, um monte de areia com uma palmeira no meio, e uma pessoa que parece estar aborrecida, encostada ao tronco da árvore.

        Este cartoon, de Pawel Kuczynski, avisa-nos para o perigo de estarmos dependentes da tecnologia. De facto, ao representar as pessoas continuamente a olhar para baixo (coladas ao ecrã do telemóvel), pode parecer que estas estão isoladas num mundo cheio de pessoas, cada uma fechada na sua pequena bolha.

        Na minha opinião, o cartoon não reflete totalmente a nossa sociedade atual, pois, apesar de passarmos muito tempo no telemóvel, somos mais sociáveis do que nunca. Na verdade, com a tecnologia, conseguimos comunicar com pessoas de quase qualquer parte do planeta, contrariando o isolamento expresso na imagem.

        Além disso, considero que a representação de “humanos aborrecidos” não se justifica, ou, pelo menos, nada tem a ver diretamente com a tecnologia. No entanto, a mensagem do cartoon é sem dúvida pertinente, pois, mesmo assim, com as novas tecnologias, precisamos de contato real, físico, de nos olharmos “cara a cara”, para continuarmos psicologicamente saudáveis.

        Para concluir, julgo que o cartoon expressa uma mensagem importante em alguns aspetos, mas erra ao culpar as tecnologias do isolamento social, já que não são elas o que está errado na sociedade, mas sim o comportamento humano.

Dinis Moutinho, nº 28, 10ºB

 

        O cartoon apresentado, da autoria de Pawel Kuczynski, insere-se na temática do uso abusivo dos telemóveis.

        A imagem apresenta vários telemóveis, cada um com uma ilha, formada por areia, uma palmeira e o seu utilizador, que se encontra sentado e aparenta estar introspetivo. Os telemóveis estão dispostos com uma certa distância entre eles.

        Esta composição poderá simbolizar a ausência de comunicação entre as pessoas que utilizam esta tecnologia individual. A maneira como são apresentados os telemóveis de uso pessoal, equiparados a ilhas, independentes, e sem aparente conexão, é refletida na posição derrotista e solitária de quem os usa.

       O cartoonista terá procurado alertar os consumidores desta tecnologia digital, que tem por princípio básico aproximar todos, para o facto de que, pelo contrário, está a tornar-nos cada vez mais sós, isolados na nossa própria “ilha”. Esta será uma consequência negativa ao nível de relações interpessoais que estão a ser transformadas de forma profunda, alterando os comportamentos de todos nós.

    Em suma, este cartoon reflete a dificuldade crescente nas relações humanas e  consequente isolamento social, potenciado pelo uso compulsivo do telemóvel.      

        Bruna Moreira, nº 2, 10º B

 

 

                                                                  Cartoon de Biratan

 

A árvore da partilha ou a partilha de uma árvore?

        Nesta imagem, de Biratan, podemos observar uma árvore bastante alta a crescer entre dois prédios. Para as janelas de cada edifício, estende-se um ramo, fazendo com que todos tenham “um pouco da árvore para si”.

       Em diferentes planos, podemos observar uma senhora a regar um dos ramos da árvore, uma pessoa a colher flores e outra a apanhar um fruto. No terraço do prédio do lado esquerdo, vemos um homem a usufruir da sombra proporcionada pela árvore enquanto lê um livro. Também é possível visualizar, na parte inferior da imagem, um homem a apreciar o canto do pássaro que nidifica num dos seus ramos.

   Na minha opinião, este cartoon pretende chamar a atenção do público para a necessidade de recuperar a vida em comunidade e em comunhão plena com a Natureza. Na verdade, se vivermos numa sociedade em que todos contribuem um pouco para o coletivo, as pessoas são mais felizes e conseguem tirar muito mais proveito de tudo o que as rodeia, o que parece ser realçado na imagem através do uso de cores vibrantes e vivas.

     Como anteriormente referido, este cartoon transmite uma mensagem muito importante, uma vez que, na imagem, os habitantes cuidam da árvore, ajudam-se uns aos outros, fazendo com que todos possam tirar proveito dela. Este é um aspeto que já não é tão recorrente na sociedade atual, uma vez que, ao contrário do passado, em que todos se conheciam e se ajudavam, hoje em dia as pessoas vivem muito “no seu cantinho” e a maior parte não se preocupa com o que as rodeia, ignorando vizinhos e meio ambiente.

      Concluindo, este cartoon alerta as pessoas para uma temática atual – a necessidade de cuidar do outro e da natureza, partilhando recursos – e fá-las refletir um pouco sobre os seus comportamentos.

Ana Francisca Novais Pinto, nº1, 10ºB

 

 

A importância da Natureza

      O cartoon, da autoria de Biratan, pretende mostrar todas as utilidades que uma árvore tem para nós, humanos, e porque razão devemos proteger a natureza.

     Neste cartoon, conseguimos observar uma árvore frondosa a crescer entre dois edifícios. Esta planta parece estar a beneficiar de forma expressiva as pessoas que vivem em ambos os prédios, uma vez que podemos observar os residentes a usufruir dos “frutos” oferecidos pela mesma.

       Percorrendo diferentes planos, conseguimos ver uma pessoa a apreciar a sombra que a árvore oferece, e um outro residente a colher maçãs. Observa-se, ainda, alguém a colher as suas flores e uma outra pessoa a regá-la. No cimo do prédio, um idoso encontra-se sentado a ler um livro e aprecia a melodia de um pássaro que se abrigou nos ramos desta árvore.

   Tal como já referido, penso que este cartoon pretende ilustrar os benefícios que as árvores e a Natureza (em geral) oferecem à Humanidade, alertando-nos para a necessidade da sua conservação.

    Em conclusão, penso que este cartoon é bem conseguido, já que ilustra com criatividade os benefícios que a Natureza nos oferece e por que razão é imperioso protegê-la.

  Dinis Ribeiro Sousa, nº 28, 10ºB

 

 

                 CERCERA, David Vela (Espanha), 2005. O primeiro beijo. In VII Porto Cartoon.

                  Porto: Museu Nacional da Imprensa (p.22)

 

Relação digital

       Neste cartoon, de Cervera, podemos observar uma menina e um menino, sentados no banco de um parque com árvores. O casal está a conversar um com o outro, talvez a “namorar”, utilizando o telemóvel.

       A imagem tece uma crítica à digitalização das relações pessoais, neste caso concreto ao ilustrar um casal de jovens a dar o que parece ser “O primeiro beijo” (título da obra).

       De facto, no mundo em que vivemos, o uso de aparelhos eletrónicos e das redes sociais cresceu exponencialmente, perdemos o contacto com os nossos amigos, parentes e até com os nossos parceiros e utilizamos preferencialmente as mensagens para estabelecer um contacto, que não é físico. Claro que há benefícios no recurso à tecnologia, já que, quando queremos falar com alguém que mora longe, os aparelhos digitais são, sem dúvida, uma possibilidade que facilita a comunicação.

     Em suma, a internet e o telemóvel enquanto meios de comunicação são recursos ótimos, se usados com moderação. No entanto, se não houver contacto físico com o outro, tenderemos a perder a nossa humanidade, tema retratado de forma exímia e com humor pelo cartoonista.                                           

    Giovanna Viana, nº 6, 10ºD

 

 

 

 

 

 

Visita de estudo a Lisboa

 

VISITA DE ESTUDO A LISBOA

02 de junho de 2022

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No dia 02 de junho, quinta-feira, as turmas do 12º ano do ensino regular (turmas A, B, C e D), acompanhadas pelos professores Clara Faria, Rosa Pereira, Alexandre Afonso, Domingos Oliveira, Helena Fonseca e Ilda Ferreira realizaram uma visita de estudo a Lisboa. Infelizmente, por motivos  de saúde, as docentes Sara Ribeiro e Margarida Duarte e o aluno Bruno Sousa não puderam participar.  

Pretendia-se que os alunos visitassem a Casa Fernando Pessoa,  a Fundação José Saramago e o Padrão dos Descobrimentos, permitindo, também, o (re) conhecimento de ambientes/espaços enunciados/ descritos (Chiado; Rossio; Rua Augusta; Terreiro do Paço; Cais das Colunas; Largo José Saramago, antigo Campo das Cebolas; Belém) nos textos que integram o plano curricular da disciplina de Português.

Após uma longa viagem iniciada, pontualmente, às 06:00h, e que se esperava chuvosa, os alunos puderam revisitar a vida e a obra poética de Fernando Pessoa ortónimo e seus heterónimos, na casa do poeta, agora mais moderna, mais digital, situada em Campo de Ourique.

Seguidamente, protegidos por Stº António, o Stº padroeiro de Lisboa, que segurava lá no alto as montanhas de  nuvens de algodão acinzentado, os alunos, uns animados e outros martirizados ou alienados pela fome, passearam a pé, sentindo o bulício da cidade branca. A partir do Rossio, subiram a Rua do Carmo e reconheceram, mais acima, a personagem principal sentada na esplanada da Brasileira do Chiado – Fernando Pessoa. Tirados os retratos da praxe, desceram de novo a Rua do Carmo, passaram pelo  Rossio, passearam na Rua Augusta, entraram na Praça do Comércio e descansaram no Cais das Colunas.

Todo o cais é  uma saudade de pedra e uma promessa de partida para o mundo!

A poesia, naquele momento, era mais fisiológica… a  fome foi sempre pouco poética! Estabeleceram-se horários, regras e limites e os alunos dispersaram…finalmente livres (alguns pareciam não saber muito bem o que fazer com tanta liberdade … para tudo é preciso experiência)!

Em Belém, desceram a escadaria, percorreram o túnel por baixo da linha do comboio (como manda a tradição, gritaram à vontade), subiram de novo e deram de caras com o Padrão dos Descobrimentos. No topo do monumento, alguns alunos descobriram a vertigem e, a uma altura de 50 metros, desfrutaram de uma vista deslumbrante sobre o Tejo, e sobre a parte ocidental da cidade.

Para eternizar aquele momento, aqueles anos… depois dos risos, das poses e hesitações, de alguma displicência de quem se finge indiferente, de algumas ausências e de muita paciência… disparou-se a tradicional foto de família!

A viagem foi adoçada pela visita à centenária Fábrica dos Pastéis de Belém e o regresso decorreu animado.

Sublinhe-se que nesta atividade de complemento curricular, inserida no PAA, o comportamento de todos os alunos envolvidos foi irrepreensível, tendo sido atingidos os objetivos propostos.

Esperemos que os nossos alunos guardem boas memórias da escola que os ajudou a crescer [recordar também é (re)viver] e que sejam felizes na nova etapa das suas vida!

Os professores,

 Clara Faria, Rosa Pereira, Domingos Oliveira, Helena Fonseca, Alexandre Afonso e Ilda Ferreira.

 

 

Descrição da visita