Arquivo da Categoria: Página inicial

O TEATRO na ESCOLA Farsa de Inês Pereira, Gil Vicente

Apreciações críticas da dramatização da Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, pelo ator Alexandre Sá, da Associação Teatro Educação – «Teatro da Mala».  

 

Sofia Barbosa |10.ºA

O teatro tem o poder de mudar o modo como vemos o mundo. É das formas de arte mais antigas e respeitadas, mas, mesmo assim, é subvalorizado. Os jovens, na sua maioria, não gostam do teatro. Os jovens de Canelas, na sua maioria, não gostavam de teatro. Não gostavam de teatro, porque, provavelmente, nunca haviam visto uma peça de teatro ou, provavelmente, nunca se tinham visto perante uma boa peça de teatro. De qualquer forma, a sua opinião sofreu uma drástica mudança no dia 15 de fevereiro de 2023. Alexandre Sá mudou, talvez para sempre, a nossa perceção acerca do teatro. Trazido pela Associação Teatro Educação (ATE) – «Teatro de mala» – , o ator revolucionou uma peça que já era revolucionária por si só. Aos olhos dos alunos presentes, a Farsa de Inês Pereira tomou uma perspetiva completamente diferente, fazendo com que os mesmos lhe atribuíssem o devido valor. No auditório da Escola Básica e Secundária de Canelas, os alunos permitiram-se apreciar, quiçá pela primeira vez, a arte que é a literatura portuguesa. 

De um modo brilhante, a peça foi adaptada para ser interpretada por um só talentoso ator. Alexandre Sá saltou de personagem em personagem – desde Inês até aos Judeus casamenteiros – com uma perícia excecional. Encarnou cada uma e tornou-as suas, proporcionando um momento único e cheio de criatividade. Moveu todos os alunos e professores, fazendo-nos rir e chorar (de rir), ouvir e aclamar, cantar e dançar. Trouxe o século XVI até ao ano de 2023, dando, assim, um toque de modernidade a este clássico português. O ator entregou-se ao momento e à obra, dedicando-se a cem por cento ao espetáculo. Prendeu-nos ao palco através de elementos cénicos peculiares, de uma magnífica trilha sonora e interagindo com o público, incluindo-o em vários momentos da apresentação. Ao permitir que os alunos participassem na encenação e subissem ao palco, conseguiu tornar toda a experiência ainda mais mágica.

 Por outro lado, ao contrariar os padrões, esta interpretação da Farsa de Inês Pereira levou a que nós, alunos, acedêssemos à aprendizagem. Através da linguagem informal e das músicas que ouvimos na rádio, dei-nos algo com o qual nos podemos identificar, tornando toda a experiência mais apelativa. Expôs-se o tão característico caráter cómico, desvendou-se o enredo e clarificou-se a dimensão crítica desta tão aclamada sátira vicentina, tudo de forma a que fosse facilmente compreendido por jovens do século XXI.

 Do meu ponto de vista, é através da inovação que se salva a arte e, no dia 15 de fevereiro de 2023, o teatro português ficou mais longe da sua ruína. Os alunos foram presenteados com a oportunidade de presenciar uma estonteante exposição desta bela arte, fazendo com que a sua opinião acerca da mesma mudasse. Deu-se uma segunda chance ao teatro e até mesmo à Farsa de Inês Pereira e muitos foram surpreendidos.

 Depois disto, há até quem diga que o teatro é fixe afinal. Há até quem ouse dizer que aprender assim até vale a pena.

 

Diana Bessa | 10.º A

 No passado dia 15 de fevereiro, tivemos a oportunidade de assistir à dramatização da «Farsa de Inês Pereira», pelo ator Alexandre Sá, da Associação Teatro Educação (ATE).

 Esta peça, escrita por Gil Vicente em 1525, dramatiza a história de vida de Inês, uma jovem sonhadora que procurava um homem de classe social privilegiada com quem pudesse casar, para assim se libertar do domínio exercido por sua mãe.

 Mal entrámos no Grande Auditório da Escola, local onde a peça decorreu, deparámo-nos com o ator a dançar e a cantar excentricamente, à espera que nós, os espectadores, nos sentássemos nos nossos devidos lugares.

Existem inúmeras maneiras de representar esta peça, porém, Alexandre Sá, mesmo que sozinho a atuar (com uma pequena ajuda do nosso colega de turma, André Almeida, a interpretar o papel de Moço), conseguiu captar a nossa atenção e despertar muito riso na plateia. Conseguiu, ainda, educar-nos, de forma moderna e descontraída, sobre a Farsa de Inês Pereira, e combater os estereótipos negativos que os alunos têm relativamente aos textos literários.

O ator também fez paragens, onde nos explicava, de forma simples e clara, a cena que ele tinha representado anteriormente, usando uma varinha infantil, cor-de-rosa, para indicar que estava fora da personagem, e, como é obvio, o público adorou. No final desta excelente representação, Alexandre Sá proporcionou-nos uma sessão de fotos.

Na minha opinião, esta peça foi bastante educativa e cativante. Diverti-me imenso e aprendi bastante.

Íris Ferreira | 10.º A

 O «Teatro da mala» apresenta-nos uma versão moderna e adaptada da obra Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, com a particularidade de ser representada por um ator apenas, Alexandre Sá.

Na minha opinião, a peça foi muito bem conseguida, prendendo a atenção do público do início ao fim. Os apartes do ator para explicar algumas cenas acabam por ser muito úteis para a interpretação da mesma, para além de serem interativos com o público e provocarem o riso.

Por ser uma versão modernizada, Alexandre Sá consegue ainda concretizar os vários processos de cómico pensados por Gil Vicente e adaptá-los de maneira a tornar a peça uma autêntica comédia. O facto de ser representada por uma pessoa apenas poderia ser um ponto negativo, no entanto, a excelente adaptação e o carisma do ator tornam a peça muito dinâmica, não havendo espaço para a monotonia.

Concluindo, este é, sem dúvida, um espetáculo a não perder, que nos prova que o teatro pode ser divertido e educativo ao mesmo tempo. 

Ana Sofia Familiar | 10.ºA

No passado dia 15 de fevereiro, a Associação Teatro Educação trouxe até nós uma representação da «Farsa de Inês Pereira», através do ator Alexandre Sá.  

Durante o espetáculo, o ator interpretou sozinho todas as personagens, mudando várias vezes de acessórios, expressões faciais e voz. No decorrer da peça, Alexandre Sá fez várias pausas, criando oportunidades para explicar, de uma forma bastante esclarecedora, tudo o que tinha acabado de dizer e representar, o que contribuiu para que nós conseguíssemos compreender ainda melhor a ação dramática. A certa altura, foi chamado ao palco um colega nosso, o André, para fazer o papel de “Moço”, acabando por protagonizar alguns momentos engraçados e importantes. Sem dúvida que a sua aparição contribuiu para que a peça se tornasse ainda mais divertida e engraçada.

Por fim, quando terminou, houve um tempo disponível destinado ao esclarecimento de dúvidas. Alguns de nós aproveitaram para tirar uma fotografia com o ator. Foi sem dúvida uma experiência incrível, em que, além de aprendermos, ainda nos conseguimos divertir. Foi, na minha opinião, uma atividade necessária e bastante educativa.

Beatriz Duro |10ºC

 No dia 15 de fevereiro, às 09:15h, as turmas de 10.º ano assistiram a uma representação da Farsa de Inês Pereira. Dramatizada por um único ator, Alexandre Sá, da Associação Teatro Educação (ATE), a atividade teve o intuito didático de ajudar os alunos na compreensão de uma peça tão elaborada como a de Gil Vicente.

O ator utilizou assessórios, fantoches e vestes, e recorreu, diversas vezes, à música para criar os climas pretendidos, assim como para diferenciar as cenas e personagens umas das outras. A interação com o público, com a chamada de um dos seus elementos ao palco, foi também um fator essencial para manter a atenção e interesse dos alunos. Através da declamação da maioria dos versos da peça e dos apartes para esclarecer o desenrolar dos acontecimentos, Alexandre Sá permitiu uma melhor assimilação dos conteúdos estudados em aula. Pessoalmente, uma das partes de que mais usufruí foi a altura em que este apresentou a opinião de Inês relativamente ao pretendente, Pêro Marques, demonstrando que não correspondia de todo às suas expectativas, chegando até a troçar dele.

 Para concluir, considero que foi uma atuação muito bem conseguida, que, apesar de ter um carácter educativo, permitiu-nos também ter um momento lúdico e de descontração. Considero que, associado a este momento, se deve fazer uma adaptação da célebre máxima latina «ridendo castigat mores» (A rir se corrigem os costumes) para, neste caso, «A rir também se aprende».

Soraia Ferreira | 10.ºA

 A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, dramatiza a vida de uma jovem que sonha com um ideal de marido. Quando as suas expectativas são, supostamente, atendidas, esta percebe que “sonhava” com o homem errado.

Encerrando uma crítica a vários tipos sociais, esta peça foi representada pelo ator, Alexandre Sá, no dia 15 de fevereiro, no auditório da nossa escola. De uma maneira descontraída e chamativa, foi permitido aos alunos aprofundarem o conhecimento da obra, que é objeto de estudo no 10.º ano.

O ator, que interpreta sozinho todas as personagens, fez um ótimo trabalho de representação. Foram feitas pequenas interrupções ao longo da peça, de modo a explicar e contextualizar a respetiva situação, tendo facilitado a aprendizagem da farsa.

 Assim, Alexandre Sá deu a conhecer a intemporalidade e moralidade com que Gil Vicente recheou a obra, além de oferecer uma outra forma de estudo aos alunos que mostram resistência à leitura. Tudo com muito humor, já que, afinal, «A rir se castigam os costumes».

Sandra Oliveira |10ºC

 No dia 15 de fevereiro de 2023, assistiu-se, na EBSC, à Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, peça encenada e representada por Alexandre Sá, da Associação Teatro Educação.

Foi abordada toda a ação dramática, destacando-se os aspetos essenciais. A peça inicia com o descontentamento de Inês em relação à sua vida, o seu monólogo e o diálogo com a Mãe. Depois, a chegada de Lianor Vaz, que apresenta a Inês um pretendente para casar, Pêro Marques, por quem ela mostra desagrado. Facilmente se conclui que Inês não queria casar com alguém da vila, simples e ingénuo. Seguidamente entram os Judeus, Latão e Vidal, o Escudeiro e o Moço (que assinala a verdade das mentiras contadas pelo seu amo). Brás da Mata, o Escudeiro, corteja Inês e é bem sucedido. A trama continua, com a vida a dar uma grande lição a Inês.

Todas as personagens da farsa foram representadas pelo ator Alexandre Sá.

Particularmente, considero que foi uma peça de teatro esplêndida e muito bem representada. No final de cada cena, o ator fazia uma breve explicação do que tinha acabado de acontecer, de uma forma percetível e cómica ao mesmo tempo.

Gostei muito desta peça e da maneira como nos foi apresentada. As músicas, os elementos teatrais e a expressividade complementaram toda a farsa, tornando-a agradável de ver. Os cómicos de situação, as personagens-tipo e os restantes aspetos que incorporam a peça já a tornam igualmente cómica, principalmente graças à ironia de algumas personagens.

Por fim, esta obra de Gil Vicente é muito marcante, visto que trata/crítica, através do riso, problemas de uma época, que permanecem nos dias de hoje.

 

LIBERDADE

A afirmação de José Jorge Letria – «liberdade é, antes de mais nada, o respeito pelos outros e o respeito que os outros nos devem em função os nossos direitos» – surge como pretexto para algumas reflexões sobre esse valor universal

LIBERDADE

 

Artur Pereira, 12.ºA

   Quando eu era pequeno, liberdade era poder ver televisão até tarde e comer chocolate todos os dias. Sentia-me aprisionado pelas regras dos meus pais, então, ser livre era ver-me livre delas. Mas, ao longo do tempo, o conceito de liberdade tem transcendido dentro de mim, até que se tornou impossível de compreender.

   O que somos nós? Criaturas que só podem viver num planeta, dos infinitos que existem; criaturas que só conseguem aceder a uma parte restritíssima do espetro da luz e som; criaturas que vivem em corpos com muitas exigências, como comer e dormir. É impossível chamar livre a algo que existe neste contexto tão pequeno.

   E, como se isso não bastasse, nós aprisionamo-nos ainda mais. Inventamos culturas que nos prendem dentro de padrões, como a monogamia, trabalho, escola, família ou religião. Para além de termos de seguir as regras da sobrevivência, ainda somos ensinados a viver. Mas o maior atentado à liberdade pela cultura é a linguagem, a categorização de tudo em desenhos. Pensemos, por exemplo, em «maçã». Aparentemente, todos sabemos o que é uma maçã? Mas eu discordo. Eu não consigo aceder a toda a realidade de uma maçã. Mesmo com mil câmaras, há sempre infinitas possibilidades inexploradas. Quando é trincada, com o passar do tempo, a sua cor muda e oxida, os triliões de átomos que a constituem estão em constante alteração. E toda esta realidade surge categorizada apenas em símbolos que, no nosso cérebro, fazem todo o sentido. E onde é que estaríamos sem a cultura? Estaríamos mais livres. Ou, pelo contrário, tudo seria um caos? Não sei.

   Eu imagino a liberdade como o nada, e, nesse nada, eu entraria em pânico. Sem cima, nem baixo, sem forma ou gravidade, se surgisse uma linha, eu ficaria mais descansado, faria dela o meu chão e já tinha os pés assentes. No entanto, deixaria de ser livre!

  Então talvez regras e realidade restrita seja algo bom, pelo menos temos algumas certezas, conseguimos viver e, embora a nossa liberdade seja pouca, conseguimos fazer muitíssima coisa com ela.

 

Clara Carvalho, 12.ºA

  Liberdade, apenas uma palavra com nove letras, é, para mim, depois do amor, o sentimento mais importante no ser humano. Liberdade, é a base das nossas vidas.

  Quando eu era pequena, a minha mãe dizia-me: «A tua liberdade acaba quando a dos outros começa». Sinceramente, eu ainda não consigo explicar concretamente o que isso significa, mas, pelo pouco que entendo, a liberdade é algo que provém da mutualidade entre os seres humanos. Acredito que cada um de nós deve viver a sua própria vida da maneira que deseja, livremente, desde que não invada a vida do outro, que está também a viver a sua vida. Penso que os nossos direitos e deveres são um bom exemplo para ilustrar isso. Em Portugal, todas as crianças têm o direito de ir à escola. Se, porventura, os pais de uma criança do primeiro ciclo não a quisessem levar à escola, simplesmente porque queriam ficar a dormir mais umas horas, esses pais estariam a pôr os seus interesses pessoais à frente dos direitos da criança privando, assim, a sua liberdade.

  Por outro lado, cada um de nós é livre para pensar no que quiser e bem entender, contudo nem sempre somos livres para o dizer. O que eu pretendo comunicar é que, por vezes, muitos de nós fazemos comentários desnecessários, em que insultamos ou desprezamos as pessoas. Isto é nada mais nada menos que desrespeitar o outro e, consequentemente, tirar-lhe a respetiva liberdade. Tal como José Jorge Aletria diz, a «liberdade é, antes de mais nada, o respeito pelos outros e o respeito que os outros nos devem em função os nossos direitos».

   Em suma, a liberdade é um passo para a felicidade, uma vez que consiste na cooperação com os outros, incluindo o respetivo respeito.

 

Clara Filipa, 12.ºA

   Liberdade pode apresentar vários significados e gerar pontos de vista completamente   diferentes a seu respeito. Para muitos, liberdade é não estar preso, para outros, é a ação de se conseguirem expressar sem medo. Para mim, ter liberdade é não ter medo de viver.

  Liberdade! Será que todos se sentem livres? Ou será que mesmo tendo liberdade, algumas pessoas se sentem sufocadas pelo medo? 

   Hoje em dia, olhando para a história do passado, liberdade é não ser escravizado, é poder ser o que se quiser e seguir uma determinada religião, sem que alguém nos castigue por isso. Mas o medo…o medo faz com que a liberdade pareça nula.

  Como adolescente do século XXI, posso considerar-me parcialmente livre, mas nunca serei totalmente livre, enquanto viver com medo. Medo esse que não é do escuro, não é de fantasmas, mas é um medo gigante das pessoas que formam a nossa sociedade. Só irei mudar e tornar-me livre quando não tiver medo de andar sozinha; só serei livre quando me sentir segura para usar uma saia sem medo do que possa acontecer; só me sentirei livre quando puder deixar de olhar por cima do ombro na rua.

  Do meu ponto de vista, liberdade significa ser livre de medos e receios, é poder ter opiniões, crenças religiosas, voz na sociedade. Todos temos deveres e direitos, toda a gente tem o direito à liberdade e o dever de não interferir com a liberdade do outro. Porque a liberdade é como um isolamento, eu tenho o direito de a ter (mantendo-me no meu espaço) e tenho o dever de não me intrometer na do outro (não se pode invadir um isolamento que já pertence a alguém). As pessoas devem sentir-se livres e dar espaço para que os outros também se sintam soltos das amarras que os impedem de voar.

  Em modo de conclusão, para ser livre é necessário viver sem medo do que se pode encontrar ao virar da esquina; e o dever de cada um é não se colocar ao virar da esquina. 

 

Catarina Ferreira, 12.º A

   A liberdade é algo que faz parte de cada um de nós por direito. No entanto, acredito que «a nossa liberdade termina quando a do outro começa», provando que o respeito é essencial para todos podermos usufruir desse direito.

  Considero que a nossa liberdade, muitas vezes, acaba por desaparecer nas coisas mais simples, como em decidir o que vamos vestir quando saímos à rua. Claro que, na nossa sociedade, podemos vestir e usar o que queremos, porque temos liberdade para isso. Porém, o respeito que os outros deviam ter por nós nem sempre está presente. Os comentários negativos, por vezes, escondem-se por trás da chamada «liberdade» e da frase «Estou apenas a dar a minha opinião». Assim, acredito que a liberdade é usada, muitas vezes, como desculpa para atitudes negativas, contrariando a sua essência.

  Por outro lado, a nossa liberdade é sempre fundamental, nem que seja para nos sentirmos melhores com nós mesmos e também para nos sentirmos mais importantes. No dia a dia, algumas das nossas opiniões podem ser desvalorizadas ou podemos acreditar que nem devemos falar o que pensamos, porque não vamos ser ouvidos. No entanto, acredito que há sempre situações que nos ajudam a perceber que aquilo que nós pensamos será valorizado. Por exemplo, em situação de trabalho, a opinião do trabalhador pode não ser a mais relevante para o chefe, mas para os amigos e família, a nossa ajuda é sempre importante e, por isso, a nossa liberdade de expressão não é posta em causa e não há espaço para o desrespeito.

  Em suma, para mim a liberdade é sinónimo de ouvir e ser ouvido, de respeitar a opinião dos outros e de ser respeitado também. Acredito que este direito deveria ser mais valorizado, porque é ele que nos pode levar a alcançar tudo o que queremos.

 

Eva Saraiva, 12.º A

  Quando pensamos em liberdade, metaforicamente, associamos o vocábulo a cores como o branco ou o vermelho e a conjuntos de pessoas a lutar pela mesma causa. Se formos realistas e refletirmos, quando pensamos em liberdade, vem-nos ao pensamento tudo a que temos direito, mas pouco nos lembramos dos nossos «deveres».

   A meu ver, o conceito de liberdade deve, então, ser um espaço aberto ao equilíbrio entre os direitos e os deveres, postos no mesmo nível. Por exemplo, várias vezes por ano, ouvimos nas notícias que diversos setores de uma empresa fazem greve, ou seja, lutam pelos seus direitos, mas estarão essas pessoas a cumprir os seus deveres? Outro exemplo, até bastante simples de compreender, relaciona-se com os casais, em que o homem tem, aparentemente, o direito de sair e a mulher, o «dever» de se manter em casa. O facto de o homem usufruir apenas dos seus direitos condiciona de forma grave a liberdade da outra pessoa em causa. Por isso, encontrando o equilíbrio entre direitos e deveres, obtém-se a liberdade, sendo preciso saber usufruir dela.

  Por outro lado, as pessoas podem ser livres de fazer o que querem, todavia, não o fazem, porque reprimem certas vontades. Por este motivo especificamente, eu penso que, para sermos totalmente livres, teríamos de nos livrar de vários julgamentos e é, aqui, que voltam a entrar os deveres.

 Para terminar, acrescento apenas que, para sermos livres, temos de proporcionar liberdade ao outro de igual forma, para sermos livres temos de poder cantar em frente a uma plateia ou não deixar de vestir o que gostamos, só porque o outro não gosta.

 

Rita Machado, 12.ºA

  A liberdade de cada ser humano tem vindo a aumentar ao longo dos tempos, mas, infelizmente, nem todos a conseguem alcançar.

  Durante estes últimos meses, pudemos observar, principalmente através das notícias, o que se está a passar no Irão. Mulheres são presas e mortas por não usarem uma peça de vestuário, o hijabe. Durante os últimos meses, esta imposição levou a grandes manifestações, não só no Irão, mas também à volta do mundo. Pretende-se que as mulheres, nesse país, possam finalmente alcançar a liberdade de escolha, depois de tantos anos a serem forçadas a usar o hijabe. Outro exemplo que é importante mencionar é o que está a acontecer nos Estados Unidos da América este ano. Um país considerado desenvolvido, mundialmente conhecido e respeitado por políticos e cidadãos à volta do mundo, decidiu ilegalizar o aborto. É preocupante que, em pleno século XXI, ainda estejamos a debater e a questionar um direito e a liberdade das mulheres.

  Na minha opinião, a liberdade não depende só do país onde vivemos, das leis que os nossos políticos fazem, também depende da sociedade onde nos inserimos. As ditas “minorias” do mundo dificilmente conseguirão, pelo menos a curto prazo, alcançar o mesmo grau de liberdade que está ao alcance das restantes.

  Para concluir, «A liberdade é, antes de mais nada, o respeito pelos outros e o respeito que os outros nos devem em função dos nossos direitos». Isto significa que, enquanto não nos respeitarmos, nunca conseguiremos alcançar a liberdade para os 8 biliões de pessoas que existem no mundo.

 

 

Uma aula diferente

Em vez de lápis, livro e caderno, alunos usam enxadas e ancinhos na aula de Português.

       No dia 7 de outubro, na aula de Português, a turma do 6º B foi trabalhar na horta pedagógica, onde, no âmbito do projeto Ecoescolas, plantaram legumes e recolheram sementes. 

          Contrariamente ao habitual, as atividades desenvolvidas na aula de Português, de dia 7 de outubro, não implicaram o uso  de lápis, caderno ou manual escolar,  mas sim de instrumentos de jardinagem. Nesse dia, os alunos do 6ºB trocaram o estudo da gramática e da educação literária, pela aprendizagem de práticas sustentáveis de horticultura, procedendo ao plantio de alfaces e rabanetes. Também elaboraram placas de identificação das espécies semeadas, retiraram ervas daninhas dos canteiros, protegeram as sementeiras com palha e recolheram sementes de flores.

This slideshow requires JavaScript.

     Houve também tempo para uma experiência gustativa, com a prova  dos mirtilos do Japão. 

          Nesse dia solarengo de outono, a  aula ao ar livre, foi sem dúvida diferente e divertida.

                                                                                                                                                    Alunos do 6.ºB

“À conversa com as palavras”, Na Senda dos Contos.

 

P R O J E T O  N A  S E N D A  D O S  C O N T O S

À  c o n v e r s a  c o m  a s  p a l a v r a s

 

No dia 31 de maio, pelas 09:00h, realizou-se uma atividade na Biblioteca – À conversa com as palavras, no âmbito do projeto Na Senda dos Contos. A turma do 7º A apresentou uma breve dramatização do conto “As palavras cor de rosa e as palavras cinzentas”, de Sophie Carquain (in, Petites histoires pour devenir grand). 

Foram convidadas para participar nesta atividade a turma do 3º ano, da docente Elisabete Veras, e a turma do 4º ano, do docente Vítor Silva.

A primeira parte  da atividade contou com a participação dos POETAS ANDARILHOS  que, na voz de um grupo de alunos do 7º, 9º e 12º ano,  declamaram breves poemas para desejar boas férias aos pequenos alunos de Ribes!

 

(Matilde Silva (7º ano) – A bailarina, Cecília Meireles; Inês Rodrigues (7º ano) – A Chácara do Chico Bolacha, Cecília Meireles; Lara Oliveira  (9º ano) Ter um amigo, Leif Kristiansson (tradução de Sophia de Mello Breyner Andresen); Pedro Neto,  (9º ano) Leilão de jardim, Cecília Meireles; Martim Ramos (9º ano) A  Casa, Vinícius de Moraes; Matilde Pereira (12º ano) – Eros e Psique, Fernando Pessoa; Bruna Lopes  (12º ano) – Tinha um cravo no meu balcão, Eugénio de Andrade; José Mendes (12º ano) – A lua foi ao cinema, Paulo Leminski; Luís Nantes (12º ano) – Havia um menino, Fernando Pessoa; Cristiana Fonseca (12º ano) – Ou isto ou aquilo, Cecília Meireles)

 

Na segunda parte da atividade, a turma do 7º A presenteou o auditório com a DRAMATIZAÇÃO do texto “As palavras cor de rosa e as palavras cinzentas”.

 

(Narradora: Matilde Silva; Nuvem: Madalena Silva; Menino: Paulo Prata; Sol: Dinis Rodrigues; Palavras: Ana Malheiro; Marta Silva; Mafalda Fernandes; Inês Rodrigues)

 

A terceira parte da atividade exigiu a participação e a criatividade dos pequenos convidados que ficaram “tête-à-tête” com uma folha de papel imaculada sobre a qual repousava uma caixa de lápis de cor, para cada aluno, que a Direção da escola gentilmente ofereceu.

O olhar dos alunos-meninos iluminou-se de alegria e foi uma animação…pouco a pouco, as mãos ternurentas e  ainda ávidas de movimento foram acariciando a brancura da folha lisa e riscando as cores da imaginação.

A luz da pureza e a vontade de ser alguém naqueles desenhos inundou o espaço, por vezes tão cinzento!

                                                                                        

                                             

 As professoras dinamizadoras,

 Clara Faria;  Ilda Ferreira; Georgina Tavares; Sara Ribeiro.

 

 

 

 

 

Na Senda dos Contos 31-05-2022 (1)

Visita de estudo a Lisboa

 

VISITA DE ESTUDO A LISBOA

02 de junho de 2022

This slideshow requires JavaScript.

No dia 02 de junho, quinta-feira, as turmas do 12º ano do ensino regular (turmas A, B, C e D), acompanhadas pelos professores Clara Faria, Rosa Pereira, Alexandre Afonso, Domingos Oliveira, Helena Fonseca e Ilda Ferreira realizaram uma visita de estudo a Lisboa. Infelizmente, por motivos  de saúde, as docentes Sara Ribeiro e Margarida Duarte e o aluno Bruno Sousa não puderam participar.  

Pretendia-se que os alunos visitassem a Casa Fernando Pessoa,  a Fundação José Saramago e o Padrão dos Descobrimentos, permitindo, também, o (re) conhecimento de ambientes/espaços enunciados/ descritos (Chiado; Rossio; Rua Augusta; Terreiro do Paço; Cais das Colunas; Largo José Saramago, antigo Campo das Cebolas; Belém) nos textos que integram o plano curricular da disciplina de Português.

Após uma longa viagem iniciada, pontualmente, às 06:00h, e que se esperava chuvosa, os alunos puderam revisitar a vida e a obra poética de Fernando Pessoa ortónimo e seus heterónimos, na casa do poeta, agora mais moderna, mais digital, situada em Campo de Ourique.

Seguidamente, protegidos por Stº António, o Stº padroeiro de Lisboa, que segurava lá no alto as montanhas de  nuvens de algodão acinzentado, os alunos, uns animados e outros martirizados ou alienados pela fome, passearam a pé, sentindo o bulício da cidade branca. A partir do Rossio, subiram a Rua do Carmo e reconheceram, mais acima, a personagem principal sentada na esplanada da Brasileira do Chiado – Fernando Pessoa. Tirados os retratos da praxe, desceram de novo a Rua do Carmo, passaram pelo  Rossio, passearam na Rua Augusta, entraram na Praça do Comércio e descansaram no Cais das Colunas.

Todo o cais é  uma saudade de pedra e uma promessa de partida para o mundo!

A poesia, naquele momento, era mais fisiológica… a  fome foi sempre pouco poética! Estabeleceram-se horários, regras e limites e os alunos dispersaram…finalmente livres (alguns pareciam não saber muito bem o que fazer com tanta liberdade … para tudo é preciso experiência)!

Em Belém, desceram a escadaria, percorreram o túnel por baixo da linha do comboio (como manda a tradição, gritaram à vontade), subiram de novo e deram de caras com o Padrão dos Descobrimentos. No topo do monumento, alguns alunos descobriram a vertigem e, a uma altura de 50 metros, desfrutaram de uma vista deslumbrante sobre o Tejo, e sobre a parte ocidental da cidade.

Para eternizar aquele momento, aqueles anos… depois dos risos, das poses e hesitações, de alguma displicência de quem se finge indiferente, de algumas ausências e de muita paciência… disparou-se a tradicional foto de família!

A viagem foi adoçada pela visita à centenária Fábrica dos Pastéis de Belém e o regresso decorreu animado.

Sublinhe-se que nesta atividade de complemento curricular, inserida no PAA, o comportamento de todos os alunos envolvidos foi irrepreensível, tendo sido atingidos os objetivos propostos.

Esperemos que os nossos alunos guardem boas memórias da escola que os ajudou a crescer [recordar também é (re)viver] e que sejam felizes na nova etapa das suas vida!

Os professores,

 Clara Faria, Rosa Pereira, Domingos Oliveira, Helena Fonseca, Alexandre Afonso e Ilda Ferreira.

 

 

Descrição da visita