Relatório da visita ao teatro Sá da Bandeira

 

  No passado dia 7 de fevereiro, todas as turmas de 6ºano da escola Básica e Secundária de Canelas foram assistir à peça de teatro “A aventura de Ulisses” numa adaptação da obra “Ulisses”, de Maria Alberta Menéres.

    Esta atividade foi organizada pelas professoras de português do 2ºciclo e teve como objetivos: despertar o gosto pelo teatro; enriquecer o imaginário e o mundo da criança; proporcionar momentos lúdicos e divertidos; diversificar metodologias de ensino/aprendizagem e fomentar nos alunos atitudes de saber estar numa sala de espetáculos.

    Por volta das 13.30h, os alunos saíram da escola e dirigiram-se ao autocarro que os esperava no exterior e transportou até à cidade do Porto. Foram acompanhados pela Diretora de Turma e outros professores.

    Chegaram ao auditório cerca das 14h e ainda tiveram de aguardar um pouco pelo início da peça.

    Muitos ficaram deslumbrados pela beleza e requinte do interior da sala. Não faltaram pequenos vídeos e fotografias, enquanto aguardavam, para mais tarde recordar.

     A apresentação durou, aproximadamente, uma hora e meia.

Com cerca de oito personagens, as aventuras de Ulisses foram transformadas num jogo eletrónico, onde cinco dos atores lideravam os que no palco se apresentavam, tendo possibilidade de fazer pausa no comando, parando, desta forma, os movimentos dos atores que se encontravam no palco.

    Seguiram-se algumas das aventuras e desventuras de Ulisses, onde cada um dos episódios da “Odisseia” surge assim como etapa ou nível desse jogo, cabendo a Ulisses contornar os obstáculos que o afastam do seu grande objetivo: reencontrar a sua mulher Penélope e o seu filho Telémaco.

    Antes de chegar ao último nível do jogo, Ulisses terá de enfrentar a fúria das tempestades e a força dos Ciclopes, terá de resistir aos feitiços de Circe, ao canto das Sereias e à sedução da ninfa Calipso. (Esta última não é referida no livro.)

    De referir que, apesar de todas as aventuras vividas, esta peça de teatro retrata ainda uma bela história de amor, que superou o tempo e a esperança, fazendo-nos acreditar que o amor é forte e a tudo resiste.

   Os alunos consideraram que a peça foi muito interessante, manteve-os curiosos e sempre muito atentos, porque a qualquer momento podiam ter de interagir com os atores, o que captou ainda mais a sua atenção e tornou a apresentação mais divertida.

      Esta atividade cumpriu os objetivos propostos e os alunos adoraram a experiência!

 

Texto coletivo elaborado pelos alunos do 6ºE

 

 

 

“SEMPRE QUE OS ALUNOS PENSAM, O MUNDO PULA E AVANÇA!”.

O uso do telemóvel na escola

    O uso dos telemóveis na escola é um tema bastante controverso, que tem gerado debates significativos nos últimos anos. Na minha opinião, o uso desses aparelhos, no âmbito escolar, é algo negativo, que penso que não deveria acontecer.

   A sua presença constante pode causar distrações, provocando falta de atenção e desinteresse e afetando negativamente o meio de aprendizagem. Por mais que esses aparelhos possam ser ferramentas de trabalho muito valiosas, acabam por ser usadas, na maioria das vezes, para outras atividades não tão vantajosas como, por exemplo, os jogos online, conversas paralelas virtuais e a utilização das redes sociais, entre outras. Para além disso, a dependência excessiva nesses dispositivos pode causar problemas de saúde graves como, por exemplo, aditismo, depressão, sedentarismo e até mesmo a falta de interação social direta.

    Acredito que, por esses mesmos motivos, é importante restringir o uso dos telemóveis no meio escolar, a não ser no caso de uma emergência ou quando solicitado por um professor, preservando assim, um ambiente propício à aprendizagem e à criação de hábitos saudáveis.

(elaborado em aula, no decurso do teste)

Diana Vaz, nº7, 7ºA.

 

O telemóvel na escola

    Usar o telemóvel na escola sempre foi um assunto muito discutido por todos, nestes tempos. Na minha opinião, usar o telemóvel na escola é errado.

    O telemóvel não deveria ser usado na escola, pois vicia os alunos e deteriora a visão deles com a luz do ecrã, podendo ser pior ou igual ao açúcar nas crianças pequenas. Este gadget danifica o nível de atenção dos alunos com as notificações e o vício do “scroll”, além de que também cria problemas físicos, como a anorexia, devido às redes sociais. Esse minicomputador, ao viciar, faz com que os alunos em vez de irem brincar ao ar livre nos intervalos, fiquem agarrados ao telemóvel, agindo como se umas algemas os prendessem ao ecrã. No entanto, o telemóvel também é uma ferramenta multiusos que facilita a vida das pessoas, sendo uma lanterna, calculadora, motor de busca e muito mais.

    O Não uso do telemóvel tem muitos benefícios mentais e físicos e, tal como referem, “o telemóvel é aconselhado a partir dos 13/14 anos”.

(elaborado em aula, no decurso do teste)

Dinis Ferreira, nº , 7º A

A propósito do “Ulisses” da Maria Alberta Menéres

Na disciplina de Português, no âmbito do estudo da obra “Ulisses” de Maria Alberta Menéres, os alunos do 6º ano realizaram alguns trabalhos que lhes permitiram uma abordagem diferente da obra.

 

O REGRESSO A CASA

   O episódio que eu mais gostei da obra de Ulisses, foi a parte onde, depois de muitas aventuras e descobrimentos, Ulisses finalmente volta para casa.

   Para mim, essa parte teve muito significado devido ao sentimento da saudade, pois, Ulisses durante dezoito anos, saiu de casa para salvar a princesa que tinha sido capturada, tendo deixado a sua família sozinha para trazer a paz ao seu povo, e isso deixou-me muito emocionada.

  E, quando vejo que a família de Ulisses, filho e a mãe, ainda tinham a saudade e a esperança que, passados dezoito anos, Ulisses ainda estaria vivo, fiquei com um sentimento de que tudo era possível, pois, quem ama, acredita e tem esperança.

   E, por isso, fiquei muito feliz e entusiasmada quando ele, finalmente, volta para casa e reencontra, depois de tantos anos e de tantas saudades, a sua família, e que seria honrado pelo seu povo por nenhum ter a coragem que Ulisses teve.

 

Maria Beatriz Coelho Teixeira

Turma: 6ºA, nº19.

This slideshow requires JavaScript.

AFINAL, OS (AS) ALUNOS (AS) PENSAM E ESCREVEM!

 Neste cartoon está subjacente o tema da igualdade na educação.

  Na imagem apresentada, podemos observar uma balança em que os dois pratos estão equilibrados. No prato do lado esquerdo, estão quatro indivíduos, dois homens e duas mulheres, que têm cores de pele diferentes. Contrariamente ao lado esquerdo, no lado direito há uma pilha de livros também diferentes, uns mais pequenos e outros maiores.

   Do meu ponto de vista, os livros do prato direito podem representar a educação. O facto de a balança estar equilibrada pretende demonstrar a igualdade que pelo menos deveria existir no âmbito da educação. No prato do lado esquerdo, as pessoas de etnias e nacionalidades diferentes estão abraçadas, remetendo para a igualdade entre elas.

   Assim, neste cartoon, Dino pretende sublinha a igualdade entre pessoas diferentes e o direito que estas têm ao ensino, sendo esta igualdade de género, etnia, nacionalidade e origem. Está subjacente, pelo menos na minha opinião, uma crítica à desigualdade que, apesar de ser debatida e ser um problema que está a ser resolvido, até mesmo nas escolas, continua a persistir nos nossos dias.

   Concluindo, com este cartoon, o autor apela para a igualdade no setor da educação, apelando, através da imagem da balança, à igualdade que deveria existir, mas que, por vezes, é uma ideia mal concretizada. Mesmo que neste cartoon a ideia principal remeta para a educação, podemos associá-lo a outros setores e áreas da realidade.

                                                                                                            (Texto produzido em sala de aula)

                                                                                                              Sofia Moura, 10ºA

Apreciações críticas

O filme A Missão, realizado por Roland Joffé, termina com a seguinte afirmação:

«Nós fizemos o mundo assim!»

          De facto, ao longo dos séculos, uns mais do que outros têm assumido, para o bem e para o mal, protagonismo na condução do mundo. Porém, cada um de nós pode contribuir para a construção de um mundo melhor. E a arte pode ser a arma que impele à ação.

A arte tem essa força!

(Apreciações críticas do filme «A missão» realizadas em contexto de oficina de Expressão Escrita)

Por alunos do 11.º Ano

 

Sofia Barbosa| 11 A

Uma história de Amor e Preconceito

    A maioria dos filmes não passa de uma rápida sucessão de imagens, com mais ou menos conteúdo, um longo vídeo que nos mantém demasiado cientes do espaço que nos rodeia. Poucos são os que conseguem mover o público, extraindo-o da sua realidade e fazendo-o imergir noutra, completamente nova. “A Missão” de Roland Joffé é um desses filmes. Esta obra cinematográfica, lançada em 1986, faz-nos viajar no espaço-tempo, levando-nos até à Terra de Vera Cruz, num tempo antigo, mas organizado pelas mesmas regras do agora.

   O filme acompanha a missão de São Carlos (século XVIII, Brasil), organizada pelo padre jesuíta Gabriel (Jeremy Irons) a fim de converter os índios guaranis. Após cometer um ato imperdoável, Rodrigo Mendonza (Robert De Niro), ex-mercador de escravos, junta-se a ele na tentativa de reparar os seus erros. Encontrando a paz e o perdão que procurava, Mendonza pede para se tornar padre, vindo a ser um elemento crucial da missão. Todavia, a Igreja, por motivos políticos, acaba por ceder aos desejos dos portugueses, entregando-lhes o território e colocando em risco a missão e as vidas dos guaranis.

   Esta foi a história que Roland Joffé nos decidiu contar. E não é que foi maravilhoso? Com uma banda sonora magnífica e personagens cativantes, a atenção do espectador é totalmente captada durante 125 minutos. Recorrendo à ação e às emoções, é narrada uma história sobre amor, compreensão, arrependimento; uma história sobre tirania, intolerância, insensibilidade. Um filme sem um final feliz, porque, num mundo dominado pelo ódio, não há lugar para o “viveram felizes para sempre”. Através desta longa-metragem, revive-se um dos tempos sombrios da humanidade de um jeito de tal forma realista e envolvente que faz despertar em nós raiva e frustração dirigidas à crueldade do Homem do passado e do presente. Crueldade essa que faz com que esta seja uma história sobre tiranos e ladrões. Sobre um povo que tudo faz pela sua casa, pela sua comunidade, pelas suas crenças e outro que o priva da sua liberdade. Crueldade essa que obriga a que esta seja uma história que nos mostra que o amor nem sempre é a solução. Não num mundo em que poucos são os que jogam segundo as regras. Mas a verdade é que «Nós o fizemos assim». E é aqui que reside toda a magia: no facto de, em apenas duas horas, se conseguir transmitir uma mensagem tão impactante. Esta proeza não seria possível sem o extraordinário talento dos atores que nos permitiu vivenciar o filme a cem por cento, contribuindo para a sua grandiosidade e beleza. E esta sua beleza tem tanto de positivo como de negativo.

   Do meu ponto de vista, a conversão dos guaranis ao cristianismo foi romantizada. Atualmente, reconhecemos que tentar convencer um grupo de pessoas de que as suas crenças estão erradas e forçá-las a mudar é imoral, incorreto. No entanto, no filme, estas missões são representadas como sendo algo honrado e digno, merecedor de glorificação. Na minha opinião, perderam uma oportunidade de usar este tema como uma lição. Lição sobre a qual poderíamos refletir de modo a evitar cometer os mesmos erros do passado.

   E foi esta a história que Roland Joffé quis imortalizar. Uma história sobre um tempo antigo, organizado pelas mesmas regras do agora. Porque ainda há quem não jogue de acordo com as regras. Porque ainda existem guerras políticas e religiosas, guiadas pelo preconceito. Porque ainda existem momentos em que a bondade, a honestidade e o amor não vencem. E é nestes momentos em que filmes como «A Missão» são essenciais: refletem nitidamente a sociedade, mostrando-nos a nossa própria fealdade e incentivando-nos a fazer melhor. 

 

Lara Bastos | 11 D

   «A Missão», filme protagonizado por Robert de Niro, passa-se no contexto histórico que envolve o passado de Portugal e Espanha e das suas colónias no Brasil (século XVIII).

   De facto, a história (baseada em factos reais) gira em torno da missão pela qual o Irmão Gabriel, um padre jesuíta, é responsável e que tem como objetivo converter os índios Guarani. Posteriormente, e após cometer um crime, junta-se a ele Mendoza, um ex-mercador de escravos. Com o passar do tempo, a convivência com os Índios transforma Mendoza. A história desenrola-se quando é convocada uma reunião entre portugueses, espanhóis (com interesses económicos no território indígena) e jesuítas, que pretendiam continuar sua “a missão”.  O filme acaba, numa nota muito pesada, com o genocídio e destruição da comunidade dos Guaranis, devido a esse jogo de interesses.

  Na minha opinião, este é um filme que, pelo seu teor lancinante, mas real, é muito pertinente e, em muitos aspetos, relacionável com o «Sermão de Santo António», de António Vieira. De facto, o tema da escravização e da antropofagia social patentes no sermão encontram-se também evidenciados no filme. Infelizmente, os indígenas são apanhados entre um jogo de interesses que os prejudica, levando à destruição da sua comunidade e integridade.

  Este abuso, por parte dos países colonizadores, sente-se até aos dias de hoje. As diferenças sociais e a discriminação de muitos povos permanecem e isso deve-se, em parte, ao histórico de segregação que os colonizadores inseriram nessas comunidades.

   Em conclusão, o angustiante filme, «A Missão», deixa o seu auditório a refletir sobre o tema da escravização e da segregação, que a colonização trouxe para a humanidade.

 

Diana Pinho | 11 A

   O filme «A Missão», de Roland Joffé, retrata parte da vida de Rodrigo Mendoza: um mercador de escravos, que mata o seu próprio irmão na disputa pela mulher que ama. O remorso desse ato leva-o a juntar-se aos jesuítas, em missão no Brasil, através da influência de Padre Gabriel. Desde a sua conversão, Mendoza passa a fazer de tudo para proteger os índios brasileiros dos colonizadores.

    Este filme, lançado em 1986, tem os seus aspetos positivos, como a negação da ideia de os índios serem «animais selvagens e perigosos», nos momentos de discussão entre os colonizadores e os jesuítas. O retrato da forma amigável como o Padre Gabriel espalha o catolicismo também me parece um ponto positivo.

   Um aspeto negativo do filme seria o reduzido número de falas entre as personagens que, sem uma contextualização prévia, pode deixar a história pouco esclarecedora para o espectador. Em termos cinematográficos, a falta de qualidade de algumas cenas pode ser justificada com a altura em que o filme foi realizado.

   Aproveito para relacionar este filme com o «Sermão de Santo António», de António Vieira. No século XVII, este utilizou o sermão como recurso para repreender os portugueses por colonizarem e por se sentirem superiores em relação aos índios.

 Para concluir, acho importante referir que o filme faz um retrato claro da violência utilizada na colonização e da insistência dos colonizadores em impor a sua religião e cultura aos povos que viriam a dominar.

 

Íris Ferreira | 11 A

«Nós fizemos o mundo assim!»

   O filme «A Missão», dirigido por Roland Joffé, é um drama histórico que se desenrola durante o século XVIII, no Brasil. Este filme, fala-nos do conflito entre os colonizadores europeus e as populações indígenas do Brasil. O filme tem, assim, como tema principal, a colonização.

   No filme, seguimos a vida de um mercenário, Rodrigo Mendoza, que, em busca de se redimir, se converte ao cristianismo; e a vida do Padre Gabriel, um padre jesuíta dedicado a proteger e converter os nativos. A ação desenrola-se à medida que Mendoza e Gabriel estabelecem uma missão em território brasileiro, com o objetivo de proteger a população indígena das ameaças dos colonizadores.

   Na minha opinião, este filme é um clássico que todas as pessoas deviam ver, destacando-se pela sua banda sonora impactante, que chama a atenção do espectador, ajudando a expressar o drama das cenas; pelo tema social e ético que aborda, o choque cultural entre portugueses e espanhóis colonizadores e as populações nativas da América do Sul, dando ao espetador várias perspetivas sobre o processo de colonização, explorando não só as motivações dos colonizadores, mas também as consequências para as comunidades nativas, e pela sua relevância mesmo na atualidade.

   Apesar de se passar no século XVIII, o filme aborda temas que permanecem relevantes na contemporaneidade. Não é por acaso que o filme acaba com a frase impactante, “Nós fizemos o mundo assim”, fazendo os espetadores refletirem sobre os seus comportamentos.

   Concluindo, podemos comparar «A Missão» com o texto de António Vieira, «Sermão de Santo António aos peixes», dado que ambas as obras falam sobre os mesmos temas, em contextos idênticos, ambas as obras exploram a fé e a ação humana, desafiando os espetadores ou os ouvintes a refletirem sobre as suas ações e comportamentos.